(Curadoria Agro Insight)

Na curadoria Agro Insight de hoje, vamos falar da morte precoce do pessegueiro, uma síndrome que provoca severos danos às plantas, normalmente com idade entre um e oito anos, podendo levar à morte da copa. No Brasil, tem importância principalmente no estado do Rio Grande do Sul, que é o maior produtor brasileiro de pêssegos.

Reportagem do Programa Terra Sul sobre a morte precoce do pessegueiro

A reportagem detalha os principais sintomas da morte-precoce e ainda traz o depoimento de pesquisadores, que explicam algumas possíveis causas para o problema, com recomendações para minimizar a situação. O material também abriga relato do presidente da associação representativa dos produtores, que dá suas impressões sobre a incidência da síndrome em sua propriedade e na região produtora como um todo.

Sintomas

A morte-precoce do pessegueiro causa o colapso repentino da copa do pessegueiro antes, durante ou logo após a floração, geralmente em plantas com três a seis anos de plantio. Pode haver o escorrimento de seiva da planta a partir de ramos, pernadas e o tronco. Ocorre um escurecimento (necrose) da parte interna da casca e do câmbio, que pode ser verificado fazendo um corte. Quando se quebra os ramos há liberação de um odor azedo, devido a fermentação que ocorre nos tecidos internos. Pode haver presença de tecido saudável por baixo da casca, vizinhas de tecidos afetados. As árvores secam apenas acima da linha do solo, na maioria das vezes, matando somente a cultivar-copa. Por isso, mais tarde, na primavera, brotos-ladrões podem crescem a partir do porta-enxerto. Muitas vezes, ocorre morte parcial de ramos e pernadas. Outras vezes, há o problema de má brotação, floração e pegamento de frutos, afetando a produção. Algumas plantas com esses sintomas parciais podem morrer nos anos seguintes.

Figura 1. Sintomas de morte-precoce do pessegueiro em plantas parcialmente afetadas na primavera. Imagem: Bernardo Ueno

Prevenção, controle e manejo

Para o manejo da morte-precoce do pessegueiro existe dez recomendações básicas (programa de manejo para melhoria da sanidade e vigor das plantas, tornando-as mais tolerantes à síndrome) a serem seguidas:

BIBLIOGRAFIA E LINS RELACIONADOS

MAYER, N.A.; UENO, B. A morte-precoce do pessegueiro e suas relações com porta-enxertos. Pelotas: Embrapa Clima Temperado (Documento, 359), 42p., 2012. https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/994696/a-morte-precoce-do-pessegueiro-e-suas-relacoes-com-porta-enxertos

MAYER, N.A.; UENO, B. Avaliação participativa de porta-enxertos tolerantes à morte precoce do pessegueiro. Pelotas: Embrapa Clima Temperado (Documentos, 449), 35p., 2017. https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1084531/avaliacao-participativa-de-porta-enxertos-tolerantes-a-morte-precoce-do-pessegueiro

UENO, B.; MAYER, N.A.; CAMPOS, A.D.; PEREIRA, J.F.M.; RASEIRA, M.C.B.; NAVA, G.; ANTUNES, L.E.C.; REISSER JÚNIOR, C. Morte-precoce do pessegueiro. Pelotas: Embrapa Clima Temperado (Folder), 2p., 2018. https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1095497/morte-precoce-do-pessegueiro