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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

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GERAIS

Valor da produção agropecuária é estimada em R$ 1,2 trilhão

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022, obtido com base nas informações de agosto, está estimado em R$ 1.207,41 trilhão, com ligeira tendência de queda (-0,3%) em relação ao ano passado. Em relação a 2021, o VBP das lavouras apresenta acréscimo de 1,7% real, enquanto a pecuária teve queda de 4,4%.

A redução de preços das carnes bovina, suína e de frango provocaram a queda do valor da produção deste ano. Na pecuária, leite e ovos foram a exceção nesse grupo, que tiveram alta de 2,7% e 3,9%, respectivamente.

Outro produto que contribuiu para a queda do VBP foi a soja, cujo principal fator associado à redução do faturamento foi o decréscimo da produção, já que os preços médios do ano não mostram sinais de redução.

Para o complexo soja, formado por grãos, farelo e óleo, as exportações de janeiro a julho deste ano geraram uma receita de US$ 43,78 bilhões, e as carnes, US$ 14,6 bilhões.

A maior parte dos produtos analisados apresentou contribuição positiva para a formação do VBP. O algodão registrou aumento de 27,7% no faturamento real, banana 13,6%, batata inglesa 13,8%, café 35,9%, cana de açúcar 10,2% mandioca 9,2%, milho 13,9%, tomate 23,8% e trigo 40,4%. Outros com menor destaque são amendoim, feijão, mamona e mandioca. Os produtos dessa relação representam 52,5% do VBP total.

Neste ano, o algodão, café, milho e trigo apresentaram recordes de valor numa série de 33 anos, iniciada em 1989. Especialmente o milho e o trigo apresentaram volumes de produção excepcionais: milho 110,0 milhões de toneladas e trigo 9,7 milhões.

Para os produtos que se destacaram pela sua contribuição positiva, os preços foram uma variável decisiva nos resultados. Alguns produtos como algodão, café, tomate, trigo, batata inglesa, banana e tomate apresentam fortes elevações de preços em relação a 2021.

Os resultados regionais mostram a liderança de Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Minas Gerais na geração de valor na agropecuária. Em valores absolutos o montante é de R$ 642,9 bilhões, o que corresponde a 53,2% do VBP total.

Fonte: Mapa

Conab reabastecerá os estoques públicos de milho em grãos

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai realizar novo leilão para a compra de 6.900 toneladas do produto em grãos, ensacado, da safra 2021/2022. Este é o quinto aviso de compra pública voltado para a aquisição de milho neste ano. O leilão será realizado nesta quarta-feira (14), dirigido a produtores rurais, cooperativas e comerciantes do cereal.

De acordo com o edital, as entregas deverão ser feitas nos municípios de Irecê (200t) e Itaberaba (400t), na Bahia; Cachoeiro do Itapemirim (400t) e Colatina (1.200t), no Espírito Santo; São Luís (500t), no Maranhão; João Pessoa (700t), na Paraíba; Arcoverde (500t), em Pernambuco; Parnaíba (600t), Floriano (600t) e Teresina (1.500t), no Piauí; e Itabaiana (300t), em Sergipe.

Podem participar do leilão produtores rurais, cooperativas e comerciantes, desde que cadastrados perante à Bolsa de Mercadorias por meio da qual pretendam realizar a operação. Além disso, é necessário estar em situação regular no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) e registrados, na data da realização do leilão, no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais da Conab (Sican), além de outras exigências previstas. O edital completo do Aviso de Compra Pública nº 44-2022 está disponível no Portal da Conab.

Fonte: Conab

Mapa cria mecanismo para produtores e empresas do agro buscarem investimentos estrangeiros

Projetos de produtores rurais e de empresas do setor agropecuário nacional interessados em receber investimentos estrangeiros poderão, a partir de agora, podem ser cadastrados no Portfólio de Investimentos no Agronegócio Brasileiro, no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

  • Acesse aqui o Portfólio de Investimentos no Agronegócio Brasileiro

A partir do cadastramento, os projetos ficarão disponíveis para consulta direta por potenciais investidores interessados no setor agropecuário brasileiro, consolidando joint ventures, fusões, aquisições, parcerias tecnológicas, investimentos em participação, dentre outras modalidades.

O Ministério da Agricultura promoverá a divulgação do portfólio em países com potencial de investimento estrangeiro direto e reportará ao produtores e empresas sobre eventual interesse de investidores no projeto apresentado.

A ideia da iniciativa é dar condições às empresas nacionais de ampliar a capacidade produtiva, modernizar instalações ou ainda implantar projetos de interesse do setor agropecuário a partir de investimentos externos, permitindo que as empresas/propriedades beneficiadas tenham aumento da capacidade de produção e competitividade e promoção do desenvolvimento regional local.

Como benefício indireto, a medida possibilita que a empresa acesse mercados no exterior e amplie a participação do país no comércio internacional de produtos agropecuários, seja do ponto de vista da produção, processamento ou comercialização.

Os projetos cadastrados serão divulgados para as embaixadas e consulados, nos diversos eventos de promoção comercial em que o Mapa participa, tais como feiras agropecuárias internacionais, reuniões e seminários voltados para a atração de investimentos, e servirá ainda como importante ferramenta para a atuação dos adidos agrícolas brasileiros na identificação de potenciais investidores na cadeia do agronegócio.

Fonte: Mapa

PRODUÇÃO

Mapa publica Zoneamento Agrícola para culturas do Norte e Nordeste

A Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicou na última quarta-feira (14) as portarias 282 a 313, que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2022/2023, para o cultivo do algodão herbáceo, do amendoim, do consórcio milho/braquiária 1ª safra e do milho 1ª safra.

O Zarc foi aprovado para cultivo do algodão herbáceo em AL, CE, PB, PE, RN, SE, AP, PA e RR; cultivo do amendoim em AL, CE, PB, PE, RN, SE e RR; cultivo do consórcio milho com braquiária de 1ª safra em AL, CE, PB, PE, RN, SE, AP e RR; cultivo do milho de 1ª safra em AL, CE, PB, PE, RN, SE, AP e RR.

Por que seguir o Zarc?

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só permitem o acesso ao crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento.

Fonte: Mapa

Diversificação de culturas é saída para aumentar produtividade da soja

Os desafios técnicos e as oportunidades para aprimorar o já tão consolidado sistema produtivo soja/milho segunda safra no Brasil foram apresentados pelo pesquisador Henrique Debiasi, da Embrapa Soja (Londrina-PR), durante o XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo. A expansão do sistema no País viabilizou altas produtividades para a soja. Segundo dados da Fundação Mato Grosso, de 29 sacas por hectare na safra 2014/2015, quando somente a leguminosa era cultivada, sem uma cultura sucessora, o milho segunda safra possibilitou o aumento da produtividade da soja em 100%, com 58 sacas por hectare.

“Os avanços tecnológicos associados à expansão do sistema são resultados de investimento em pesquisa, tanto pública quanto privada”, reforça Debiasi. Nessa vertente, segundo ele, estão o sistema plantio direto, o desenvolvimento de cultivares de soja de ciclo curto e adaptadas à antecipação da semeadura, híbridos de milho mais precoces e mais adaptados à semeadura na segunda safra, a adaptação das práticas de cultivo do cereal para essa época, o sinergismo entre as culturas (leguminosa e gramínea) e a mecanização agrícola.

No entanto, o uso contínuo do mesmo sistema produtivo já tem apresentado desafios ao produtor. “A degradação física do solo, plantas daninhas de difícil controle e o aumento dos danos associados a doenças, como os nematoides, são algumas das consequências da adoção e repetição de um sistema ao longo dos anos”, pondera. Uma das soluções, segundo o pesquisador, é a diversificação de culturas. “O sistema soja/milho segunda safra revolucionou a agricultura brasileira. Hoje, o grande desafio é aumentar a diversidade biológica e o aporte de palha e raízes, com especial atenção ao balanço de nutrientes”, reforça.

Entre as possíveis soluções apontadas pelo pesquisador estão a seleção, para a segunda safra, de culturas como sorgo, trigo, milheto, aveia, centeio, braquiárias e forrageiras do gênero Panicum, entre outras. “Essas culturas podem ser introduzidas em partes da área nos sucessivos anos agrícolas, nos períodos de segunda safra, melhorando a saúde do solo e trazendo ainda mais rentabilidade ao produtor”, afirma. De acordo com ele, a diversificação de culturas, com diferentes sucessões, e a rotação de culturas são práticas que permitem ganhos consistentes e comprovados para o produtor.

Fonte: Embrapa

Unidades armazenadoras exportadoras de soja e milho serão vistoriadas em setembro

A partir desta semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) inicia as operações de vistoria nas Unidades Armazenadoras que exportam soja e milho para China e Rússia.

O objetivo é atualizar o Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro) e prevenir riscos nas relações comerciais do Brasil com mercados de grande relevância para o país. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento repassou aproximadamente R$ 222 mil para a Conab executar essa atividade.

Neste ano, estão previstas, até dezembro, inspeções em 487 Unidades Armazenadoras, localizadas em 15 (quinze) estados. As vistorias começam nesta segunda-feira (12), em Mato Grosso, onde estão previstas 97 inspeções, e no Paraná, onde estão previstas 244 vistorias. No dia 26/09, serão iniciadas as operações no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

Em conjunto com essa atividade, a Conab realiza também a atualização dos dados do Cadastro Nacional de Unidades Armazenadoras, sistema gerenciado pela Companhia que contém as características dos armazéns do Brasil.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de algodão

A safra do algodão está 99,1% colhida. Em MT, as áreas estão praticamente colhidas. A produtividade é considerada boa. O beneficiamento da safra atingiu 55% da área colhida, com o rendimento de fibra próximo a 42%. Na BA, no Extremo-Oeste, a colheita está em andamento nas lavouras irrigadas, favorecida pela baixa umidade.

A colheita das lavouras de sequeiro está finalizada. No Centro-Sul, a colheita está finalizando. Em MS, a colheita está encerrada. Está sendo realizado o transporte dos fardos até as algodoeiras para pesagem e o beneficiamento. No MA, a colheita das lavouras de primeira e segunda safra, no Sul do estado, está próxima da conclusão, com cerca de 40% do produto beneficiado. No PI, a colheita está finalizada. Há expectativa de boa produtividade. Em GO, a colheita está praticamente encerrada, restando apenas as áreas irrigadas. Em MG, a colheita está concentrada nas áreas irrigadas e de altitude, com boa qualidade das fibras.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de trigo

A colheita do trigo avança e atinge 11,8% das áreas.

No RS, as lavouras estão predominantemente em estágio vegetativo, com bom perfilhamento e emissão de espigas, expressando desenvolvimento satisfatório. A semeadura mais tardia em algumas áreas reduziu o efeito negativo das geadas para as lavouras.

No PR, no Norte e Oeste, a colheita alcança 13% da área total do estado, com boa qualidade de grãos, porém com produtividade abaixo do esperado devido restrição hídrica. A fase de enchimento de grãos é predominante na cultura. A ocorrência de geadas nas regiões Sudoeste e Oeste nas últimas semanas causaram danos pontuais. Em SC, as lavouras estão em boas condições e majoritariamente em desenvolvimento vegetativo.

Em MS, a colheita tem sido favorecida pelo clima predominantemente seco, mantendo a qualidade dos grãos produzidos. Em MG, as áreas de sequeiro encontram-se colhidas, faltando algumas áreas irrigadas.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de milho 2ª safra

A colheita da segunda safra de milho está 98,5% concluída. No PR, a colheita avança lentamente devido a persistência das precipitações. Mesmo assim, 95% das áreas já foram colhidas. A produtividade média alcançada até o momento é considerada boa.

No MS, a colheita está restrita aos municípios do Extremo-Oeste e Leste, que tradicionalmente realizam o plantio tardiamente para evitar riscos de geada. 97% da área do estado já foi colhida.

Em SP, a colheita foi finalizada e os produtores estão focados na eliminação das plantas de milho voluntárias, para evitar a propagação de pragas, como a cigarrinha e o pulgão. Em MG, a colheita quase concluída, com 96% da área já colhida e sem alterações significativas nas produtividades médias.

No PI e no MA, a colheita foi finalizada e as produtividades médias superaram as estimativas iniciais. Em MT, TO, GO, as operações de colheita foram concluídas, com destaque positivo para o MT, que fechou a safra com boa produtividade, a terceira maior da série histórica.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras da 3ª safra de feijão

Em GO, a colheita está sendo concluída, chegando a 97% da área total. Restam alguns talhões principalmente no sudoeste do estado. Houve perdas pontuais de rendimento em razão das baixas temperaturas que acometeram as lavouras em parte do ciclo. Porém, na média, as condições foram boas, devido ao uso de irrigação suplementar para evitar perdas por estresse hídrico.

Em MG, 82% da área está colhida. O uso de irrigação vem mantendo os bons níveis de rendimento nas lavouras, mesmo nesse período de inverno, em que tradicionalmente é mais seco nas principais regiões produtoras. Pontualmente, as frente-frias registradas podem reduzir o potencial produtivo. Na BA, a colheita alcança 30% da área total. A maioria das lavouras remanescentes está em maturação. Houve registro de chuvas em algumas regiões, porém sem impacto direto sobre as operações de colheita.

Fonte: Conab

Plantio direto de mandioca mantém a produtividade e reduz os custos de produção

Talvez a mandioca seja a mais brasileira das culturas, sendo cultivada em todo o território nacional. Dessa forma, a pesquisa não pára de inovar e trazer soluções para o manejo dessa cultura, que traz consigo também aspectos socioculturais da população brasileira. Assim nasceu o plantio direto de mandioca, que a partir de princípios conservacionistas, traz benefícios para toda a cadeia produtiva.

O primeiro deles, apontado pelo pesquisador da Embrapa Marco Antônio Rangel, é o econômico. O manejo em sistema plantio direto, quando feito de corretamente, traz economia de tempo e de recursos financeiros afirma o agrônomo. “Bem conduzido, não é necessário fazer todo o preparo do solo, no qual os custos são elevados. No plantio convencional, a produtividade gira ao redor de 80 toneladas por alqueire; no plantio direto esse valor é, no mínimo, igual, sem o custo das operações. Além disso, com o plantio na palha, há maior segurança para o ecossistema. Não é uma invenção conservacionista, há lucros consideráveis”, aponta.

Esse é o segundo benefício, o ambiental. Por ser plantada em regiões de solos arenosos e, assim, mais frágeis e susceptíveis à erosão, a manutenção da palhada previne erosões, perdas de carbono e matéria orgânica. “O plantio direto de mandioca permite a preservação da vida do solo, o maior patrimônio do produtor”, alerta o especialista em sistemas de produção voltados à agricultura familiar.

Entretanto, iniciar a prática exige certos cuidados. Rangel comenta que o produtor acostumado à rotação de culturas, sistemas de integração e consórcios terá uma resposta melhor à adoção, devido ao bom uso do solo. Já em áreas novas, se faz necessário avaliar o solo, observar níveis de degradação, eficiência em relação à fertilidade, compactação e outros fatores só obtidos após uma análise do solo, feita por um profissional especializado e credenciado.

Após essas medidas, a pesquisa recomenda iniciar o plantio direto em parcelas da propriedade. A mesma observação vale para o plantio de variedades ainda não testadas ou indicadas para o solo. BRS CS 01 e BRS 420 são indicadas para os Estados do Centro-Sul (MS, SP, PR, SC e RS) e está por vir as BRS Ocauçú e BRS Boitatá.

Para facilitar o manejo ainda há plantadoras, de fabricação nacional, e a custo acessível.

Fonte: Embrapa

Monitoramento das moscas-das-frutas na cultura do pessegueiro

Sistema de Alerta

A coleta das moscas-das-frutas nas armadilhas de monitoramento tem sido realizada semanalmente e os boletins informativos semanais emitidos durante o período da safra, de setembro a dezembro.

A cultura do pessegueiro é uma das principais cadeias produtivas na região Sul do Rio Grande do Sul, mais especificamente nos municípios de Pelotas, Canguçu, Morro Redondo, Piratini e Cerrito. Na região, o pêssego é cultivado em 2 mil propriedades, de até 10 hectares, envolvendo por volta de 6 mil pessoas. Em termos de processamento, são 10 indústrias que produzem cerca de 95% do pêssego em calda do Brasil – em torno de 50 milhões de latas.

Foto: Paulo Lanzetta

Situação da Mosca

Na avaliação realizada pelos técnicos na primeira semana de monitoramento e emissão dos boletins, nenhum inseto foi encontrado nas armadilhas. A tendência é que o início da safra reflita a infestação do outono em frutíferas como o citros, que foi menos afetado na última safra. Apesar de ser cedo para projeções, os técnicos esperam que a população de moscas fique dentro do normal no início da safra.

Fonte: Embrapa

Safra de algodão 21/22 apresenta queda e o setor espera retomar as 3 milhões de toneladas em 22/23

A safra de algodão 2021/22 chega ao final no Brasil com produção de 2,6 milhões de toneladas, o que representa uma queda ante à projeção inicial de 2,8 milhões de toneladas. O corte de chuvas no Mato Grosso em abril e na Bahia em maio foi o responsável por esta retração.

Segundo o presidente da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), Júlio Cézar Busato, o clima também não ajudou na qualidade do algodão colhido, que perdeu, especialmente, nas áreas mais afetadas com a seca.

 

Do lado da comercialização, os produtores já negociaram praticamente toda a produção com bons preços de mercado e custo de produção mais reduzido, garantindo boa rentabilidade.

Pensando na próxima safra 2022/23, a entidade espera que a área cultivada cresça 2%, retomando os 1,66 milhão de hectares da temporada 19/20, quando o país atingiu o recorde de produção de 3 milhões de toneladas.

Fonte: Abrapa

MERCADO

Exportações e produtos com maior valor agregado são oportunidades para o Brasil no mercado chinês

Oportunidades estratégicas para as commodities agrícolas brasileiras no mercado chinês foram apresentadas pelo diplomata Felipe Martiningui, da Embaixada do Brasil em Pequim, durante painel desta terça-feira, 13, do XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo.

A China, país que mais produz grãos em todo o mundo, ocupa a segunda posição no ranking mundial de produção de milho – atrás dos Estados Unidos e seguido pelo Brasil – mas é o principal importador de soja.

Diante dos cenários entre China e Estados Unidos, da covid-19 e do conflito na Ucrânia, com medidas de recrudescimento do protecionismo agrícola, o diplomata enxerga duas possibilidades para o país asiático: autossuficiência ou diversificação, com busca por novas fontes de importação de produtos agrícolas, a exemplo dos protocolos assinados em maio deste ano para abertura do mercado chinês para milho, amendoim, farelo e concentrado proteico de soja, polpa cítrica e soro sanguíneo bovino, além de sorgo e uva, que já estão em estágio avançado de negociação.

“Para o Brasil, continuará a haver espaço para as commodities agrícolas, em curto e médio prazos. Outras considerações são a importância crescente da diversificação de produtos de exportação para China, como lácteos e frutas, a agregação de valor e a contínua atração de investimentos chineses para o setor agrícola no Brasil”, disse Martiningui. “Aprofundar a parceria sino-brasileira em todas as suas vertentes, buscando a ‘economia do conhecimento’, e onde o Brasil apresenta reais necessidades, é outro cenário importante”, descreveu.

Hoje, com a recuperação do plantel suíno na China, “com a progressiva superação da grave crise de peste suína africana”, novas oportunidades surgem, como maior demanda pelo milho, aumento nas importações do sorgo e maior consumo de carne pela população chinesa. Em relação às carnes, “previsões oficiais para 2031 indicam uma demanda de 100 milhões de toneladas (um incremento de 28% em relação a 2022), sendo 57 milhões de toneladas de carne suína, 26 milhões de toneladas de aves e 17 milhões de toneladas de carne bovina”, apresentou.

Fonte: Embrapa

Conjuntura do mercado internacional do algodão

A volatilidade do petróleo e o temor de recessão global influenciaram os preços do algodão na bolsa de Nova Iorque. Mercado oscilou procurando um posicionamento, enquanto aguarda com grande expectativa o relatório de oferta e demanda do USDA.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado internacional da soja

Preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) fecham com a média semanal com baixa de -1,48%. A implementação de um “cambio diferenciado” (Soy Dolar) para exportações de soja na Argentina, aumentando a oferta no mercado internacional, pressionam negativamente os preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT). Mas mercado climático prevendo uma safra cheia nos Estados Unidos, queda de preços de farelo, principalmente óleo de soja, e a proximidade do quadro de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) também contribuíram para queda dos preços nacionais desta semana.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado internacional do trigo

No mercado internacional, com um dia a menos devido ao feriado do Dia do Trabalho, as cotações inverteram a tendência de alta que vinha sendo observada nas últimas semanas e apresentaram desvalorizações devido à realização de lucros, restrições de exportações indianas de arroz, que acaba por afetar outros alimentos como milho e trigo e clima favorável. No entanto, a desvalorização só não foi mais acentuada devido às incertezas que ainda pairam na região do Mar Negro. A média semanal ficou em US$ 390,84/ton, apresentando desvalorização semanal de 1,7%.

Fonte: Conab

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

Os preços da soja caíram no Brasil e nos Estados Unidos. De acordo com pesquisadores do Cepea, a pressão veio do maior interesse vendedor na Argentina, pela menor demanda externa e pela proximidade da colheita da safra 2022/23 nos Estados Unidos. As previsões de chuvas para as principais regiões produtoras do Brasil a partir da segunda quinzena de setembro também contribuíram para um ambiente de certo otimismo, derrubando os valores futuros. No campo nacional, diante do encerramento do período de vazio sanitário no dia 10, o cultivo da nova temporada no Paraná e em parte de Rondônia pode ser iniciado nesta semana. O vazio sanitário também se encerrará em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amazonas e nas demais regiões de Rondônia a partir de 15 de setembro, conforme o calendário da Embrapa.

Milho

Compradores brasileiros de milho – que, em meados de agosto, relatavam certa dificuldade em negociar – voltaram a se afastar do mercado spot nacional, cenário que enfraqueceu os preços do cereal ao longo da última semana. Segundo pesquisadores do Cepea, esses demandantes estão atentos ao início da colheita nos Estados Unidos, a estimativas de safra brasileira volumosa e às recentes quedas nos preços do cereal nos portos brasileiros. Vendedores, apesar de não apresentarem necessidade de “fazer de caixa”, se mostram flexíveis, devido aos estoques elevados desta temporada.

Algodão

Desde o início de setembro, a cotação do algodão em pluma vem registrando queda consecutiva, já operando nos patamares de meados agosto. Segundo pesquisadores do Cepea, a liquidez continua enfraquecida, com negócios ocorrendo apenas para atender à necessidade imediata. No geral, ainda há desacordo quanto aos preços e à qualidade dos lotes disponibilizados no spot, e alguns agentes se focam no cumprimento dos contratos a termo. No acumulado da parcial de setembro (até o dia 13), o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em oito dias, recuou 6,3%, fechando a R$ R$ 6,2853/lp na última terça-feira, 13.

Trigo

Segundo pesquisadores do Cepea, as negociações envolvendo o trigo da nova temporada (2022/23) ainda estão em ritmo lento, mas vêm aumentando gradualmente, à medida que o cereal colhido é disponibilizado no spot nacional. Quanto aos preços, a estimativa de uma safra recorde no Brasil tem mantido os valores em queda. De acordo com a Conab, 9,36 milhões de toneladas de trigo devem ser colhidas, alta de 22% em comparação à safra anterior (2021/22). Isso é resultado do aumento de 10,6% na área com a cultura, somando 3,03 milhões de hectares. A produtividade deve ser 10,3% maior que a de 2021/22, indo para 3,091 toneladas/hectare.

Etanol

Entre 5 e 9 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado no estado de São Paulo fechou a R$ 2,2275/litro, recuo de 3,71% frente ao período anterior. Trata-se da sexta queda consecutiva deste Indicador. Segundo pesquisadores do Cepea, diante da desvalorização do biocombustível nas bombas, a demanda por hidratado até se aqueceu nas usinas em alguns dias da semana passada, mas os negócios não foram suficientes para dar sustentação ao valor médio deste etanol neste momento da safra, que é marcado pelo aumento na oferta.

Arroz

Os embarques brasileiros de arroz em equivalente casca atingiram recorde para um mês de agosto, considerando-se toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997. De acordo com pesquisadores do Cepea, os recordes são motivados pelos recentes avanços do dólar frente ao Real, que, por sua vez, favorecem a paridade do arroz nacional em relação ao importado. Segundo dados da Secex, os embarques totais do arroz (considerando-se o produto em base casca) aumentaram significativos 29,4% entre julho e agosto de 2022, somando 267,98 mil toneladas no último mês, sendo, inclusive, o quinto maior volume histórico. Quanto ao mercado interno, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS está na casa dos R$ 75/saca de 50 kg desde meados de agosto.

Boi

O mercado interno de carne bovina segue lento. Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda está enfraquecida, o que se deve sobretudo ao menor poder de compra da grande parte da população. Esse cenário tem pressionado as cotações da proteína, mesmo com as exportações aquecidas. No acumulado da parcial deste ano (de dezembro/21 a parcial de setembro/22), a carne (carcaça casada do boi, comercializada do atacado da Grande São Paulo) se desvalorizou 10,5%, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de agosto/2022). De agosto para setembro, a queda no preço da proteína é de 1,65%.

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão de chuva – De 12 a 19 de setembro de 2022

De acordo com o modelo numérico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os maiores acumulados estão previstos para os estados do Paraná e Santa Catarina e, também, para o sul de São Paulo, além da faixa noroeste da Região Norte.

 

Região Norte

Estão previstos acumulados de chuva entre 20 e 60 milímetros (mm), com destaque para o oeste do Amazonas e Acre. Já no estado do Tocantins e no leste do Pará, não tem chuva prevista. Nas demais áreas, os acumulados poderão ser inferiores a 10 mm.

Região Nordeste

Não estão previstos volumes de chuva, com exceção de áreas da região Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), onde poderão ocorrer acumulados menores que 10 mm, principalmente na área litorânea. Já no norte do Maranhão, estão previstas pancadas de chuva de forma isolada.

Centro-Oeste e Sudeste

Em grande parte do Centro-Oeste e no norte do Sudeste, uma massa de ar seco vai dificultar a formação de chuva durante a semana. Destaque, também, para os registros de baixa umidade relativa do ar. Ainda assim, em áreas do centrossul do Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais, além do sul do Espírito Santo, os acumulados de chuva podem ficar em torno de 20 e 40 mm, podendo ultrapassar 50 mm em áreas do leste de São Paulo e no Rio de Janeiro.

Região Sul

Estão previstos maiores acumulados de chuva, entre 20 e 50 mm, em grande parte do Paraná e de Santa Catarina. No sul do Paraná, inclusive, os acumulados poderão ultrapassar 60 mm. Por fim, em grande parte do Rio Grande do Sul, estão previstos baixos volumes de chuva que não devem ultrapassar 10 mm.

Figura 1. Previsão de chuva para a 1ª semana (12/09/2022 e 19/09/2022). Fonte: INMET.

Previsão de chuva – De 20 a 27 de setembro de 2022

De acordo com o modelo de previsão numérica, a semana poderá apresentar maiores acumulados de chuva entre os estados do Paraná e São Paulo, além da faixa oeste do País.

Região Norte

Estão previstos acumulados maiores que 30 mm no oeste do Amazonas, Acre e Rondônia. Já no estado do Tocantins, em áreas do leste do Pará e no norte do Amapá, não há previsão de acumulado chuva durante a semana. Nas demais áreas, os acumulados não devem ultrapassar 20 mm.

Região Nordeste

Os maiores acumulados de chuva previstos irão se concentrar em áreas da costa leste da região, com acumulados menores que 30 mm. Nas demais áreas, não há previsão de acumulado de chuva.

Região Centro-Oeste

Acumulados de chuva abaixo de 30 mm estão previstos em grande parte do oeste do Mato Grosso, centro e norte do Mato Grosso do Sul e sul de Goiás. Já em áreas do sudeste do Mato Grosso do Sul, a previsão indica volumes de chuva acima de 50 mm.

Região Sudeste

Os maiores acumulados de chuva poderão ocorrer em grande parte de São Paulo e Rio de Janeiro, podendo ultrapassar 50 mm. Nas demais áreas, as chuvas deverão ocorrer em menor intensidade e, em áreas do norte de Minas Gerais, não há previsão de chuva.

Região Sul

São previstos acumulados de chuva, principalmente no Paraná e no norte de Santa Catarina, onde os volumes deverão ultrapassar 70 mm. Nas demais áreas, são previstos acumulados de chuva em torno de 30 e 40 mm.

Figura 2. Previsão de chuva para a 2ª semana (20/09/2022 e 27/09/2022). Fonte: GFS

CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!

Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

IrrigaFácil: uso e manejo de irrigação

Instituição promotora: Embrapa

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