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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

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GERAIS

PIB do Agro é pressionado pelo custo alto

O PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), recuou 1,7% no segundo trimestre de 2022, acumulando baixa de 2,48% no primeiro semestre deste ano.

Segundo pesquisadores do Cepea, esse resultado negativo está atrelado em grande medida à forte alta dos custos com insumos no setor, tanto na agropecuária quanto nas agroindústrias. Além disso, é importante ressaltar que essa queda se verifica frente ao patamar recorde de PIB alcançado em 2021.

Considerando-se os desempenhos parciais da economia brasileira e do agronegócio, estima-se que a participação do setor no total fique em por volta de 25,5% em 2022, pouco abaixo dos 27,5% registrados em 2021. No segundo trimestre, cálculos do Cepea mostram retração de 2,01% no PIB do ramo agrícola e de 0,82% no pecuário. Assim, no semestre, o ramo agrícola acumula baixa de 2,71% e o pecuário, de 1,82%.

A retração do PIB do ramo agrícola decorreu especialmente da forte alta dos custos com insumos para a produção agrícola (dentro da porteira). Isso pode ser visto pela queda do PIB do segmento primário agrícola (14,01%), concomitante ao forte aumento do PIB do segmento de insumos (31,81%). A agroindústria de base agrícola teve desempenho modesto no semestre, com aumento de 0,45% no PIB. Embora os preços médios desse segmento estejam em elevados patamares, o PIB tem sido pressionado negativamente pela redução da produção (frente à do ano passado) em setores relevantes. Ademais, a agroindústria, de modo geral, tanto de base vegetal como animal, também tem sido pressionada pelo avanço dos custos. Além dos maiores preços das matérias-primas agropecuárias, outros custos industriais gerais têm se elevado. Esse estreitamento das margens nos segmentos a montante, aliado às menores produções de soja e de outros produtos agrícolas e agroindustriais, explica a queda semestral do PIB dos agrosserviços do ramo (2,93%).

Quanto ao ramo pecuário, para o segmento primário (pecuária dentro da porteira), embora o faturamento médio desse segmento esteja em certa medida estagnado frente ao ano passado, sendo observada uma acomodação dos preços pecuários, houve algum alívio dos custos ao longo do primeiro semestre – em relação ao patamar expressivamente elevado alcançado em 2021. Esse alívio, em especial a redução dos preços de rações e medicamentos, explica a queda do PIB do segmento de insumos pecuários, de 2,45% no semestre, e o aumento de 1,7% no PIB primário pecuário. A retração do PIB da agroindústria da pecuária (3,44%) reflete o aumento dos custos industriais a taxas superiores às do crescimento esperado para o faturamento.

Fonte: Cepea

Primavera começa com plantio das principais culturas de verão

Com a chegada da Primavera no Hemisfério Sul na próxima quinta-feira (22) e o crescente aumento das chuvas em grande parte do país nesta época do ano, tem-se o início do plantio das principais culturas de verão. Segundo o Prognóstico Climático do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão para os meses de outubro a dezembro indica predomínio de chuvas acima da média climatológica em grande parte das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.

A previsão indica, ainda, maior probabilidade de chuvas abaixo da média climatológica em toda a Região Sul, em decorrência dos impactos que o fenômeno La Niña pode causar

Segundo o Inmet, os primeiros episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) poderão ocorrer durante a primavera, com chuvas no Sudeste, Centro-Oeste, no estado do Acre e em Rondônia. Já na Região Sul, poderão ocorrer episódios de Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM), que estão associados a chuvas fortes, rajadas de vento, descargas atmosféricas (raios) e eventual granizo.

A Primavera no Hemisfério Sul inicia-se no dia 22 de setembro de 2022 às 22h04 e termina no dia 21 de dezembro às 18h48. Climatologicamente, é um período de transição entre as estações seca e chuvosa no setor central do Brasil.

Impactos na safra 2022/2023

No Brasil Central, o prognóstico climático aponta para o retorno gradual das chuvas, principalmente em outubro, o que será importante para a elevação do armazenamento de água no solo e estabelecimento das fases iniciais das culturas no campo, como a soja, milho e algodão.

Já na Região Sul e no sul do Mato Grosso do Sul e de São Paulo, a previsão de chuvas abaixo da média pode impactar o início da safra de grãos nessas áreas. Entretanto, os acúmulos de chuva que têm ocorrido na Região Sul desde a segunda quinzena de agosto têm mantido o armazenamento de água no solo acima de 50% em grande parte da região, o que pode contribuir para o menor impacto nas fases iniciais dos cultivos da safra de grãos, caso ocorram chuvas abaixo da média.

No Matopiba, região que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, o início da safra de verão pode ser marcado por chuvas dentro ou acima da média climatológica, principalmente nos meses de novembro e dezembro. Essas chuvas serão responsáveis pela elevação dos níveis de água no solo, principalmente em áreas do oeste da Bahia e no estado do Tocantins, favorecendo o estabelecimento e as fases inicias das culturas agrícolas.

Prognóstico Climático para o Período Outubro, Novembro e Dezembro/2022

Na região Norte, a previsão climática para os meses de outubro a dezembro indica predomínio de chuvas acima da média climatológica em grande parte da Região Norte, principalmente no Amapá, devido à atuação do fenômeno La Niña e ao padrão de águas mais aquecidas próximo à costa. No sul do Pará e sudoeste do Amazonas, a previsão é de chuvas ligeiramente abaixo da média durante o trimestre.

No Nordeste, a previsão do Inmet para a primavera indica que haverá o predomínio de chuvas acima da climatologia em grande parte da região. Assim como na Região Norte, a continuidade das chuvas na Região Nordeste está associada aos impactos da La Niña e ao padrão de águas ligeiramente mais aquecidas próximas à costa.

A tendência para a primavera é de chuvas próximas e acima da média histórica em praticamente toda região Centro-Oeste, exceto no centro e sul do Mato Grosso do Sul e no leste do Mato Grosso, onde são previstos totais de chuvas ligeiramente abaixo da climatologia do trimestre.

Também na Região Sudeste, a previsão para os próximos três meses é de chuvas acima da média em grande parte da região. No sul de São Paulo, as chuvas poderão ocorrer abaixo da média.

Já na Região Sul, a previsão indica maior probabilidade de chuvas abaixo da climatologia em toda a região, em decorrência dos impactos que o fenômeno La Niña pode causar.

Fonte: Mapa

AgroNordeste digital vai promover inovação no agro do semiárido brasileiro

“A conectividade é fundamental para o desenvolvimento da agricultura brasileira, que é modelo mundial. Precisamos fazer com que ela chegue também aos pequenos produtores, para que eles tenham condições de ter mais renda, mais dignidade e uma vida mais feliz”, disse o ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes.

As ações do AgroNordeste Digital envolvem a criação e fortalecimento dos ecossistemas regionais de inovação; a promoção do empreendedorismo tecnológico; o incentivo às redes de aprendizagem e troca de experiências; e Conectividade Rural. Para desenvolver essas ações, no ano de 2022, foram priorizados os Ecossistemas Regionais de Inovação Agropecuária do Vale do São Francisco (PB), Vale do Jaguaribe (CE), Vale do Açu (RN); Oeste Baiano (BA) e no Cariri Paraibano (PB).

Nessas regiões, houve a mobilização e o envolvimento para dinamizar as iniciativas de base tecnológica. Além disso, foram realizados eventos e aproximação entre investidores e startups locais, a fim de levar apoio à profissionalização dessas empresas, sistematizando e consolidando todas as experiências.

Segundo o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Mapa, Cléber Soares, o Agronordeste Digital visa promover o empreendedorismo, a inovação e o desenvolvimento de startups. “Também promove a conexão entre o produtor, os desafios do setor produtivo, os investidores, os institutos de ciência e tecnologia para levar mais riqueza, mais soluções tecnológicas e mais qualidade de vida ao homem do campo, especialmente do semi-árido brasileiro”.

Plano AgroNordeste

No evento também foram apresentados os resultados do Plano AgroNordeste, criado em 2019, para impulsionar o pequeno e médio produtor, por meio da integração de ações e políticas públicas, o desenvolvimento econômico, social e sustentável da Região Nordeste e do norte de Minas Gerais e Espírito Santo. “São vários ministérios envolvidos nesse programa, que é um sucesso. Já atendeu mais de 52 mil famílias, trazendo o desenvolvimento para o Nordeste, principalmente para os pequenos agricultures”, disse o ministro Marcos Montes.

Fonte: Mapa

Sustentabilidade estimula evolução da produção brasileira de algodao

Em duas décadas, uma revolução ocorreu na cotonicultura brasileira. O País, que era segundo maior importador de algodão na safra 1996/97, tornou-se segundo maior exportador mundial no ciclo 2018/19. A busca por uma produção cada vez mais sustentável é o que explica essa transformação – e esse foi o foco central da participação da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) na plenária de Fibras da Conferência Anual da International Textile Manufacturers Federation (ITMF), que ocorre em Davos (Suíça).

A plenária, que reuniu os principais players da indústria têxtil mundial, foi realizada no domingo (18) e a palestra levada pela Abrapa teve como tema “Sustentabilidade como Estratégia Principal: O Caso do Algodão no Brasil”. A apresentação mostrou como tem sido a experiência brasileira na produção responsável da fibra, tendo o programa “Algodão Brasileiro Responsável” (ABR) como grande fator de avanços na cotonicultura nacional.

Em vigor desde 2012, o programa ABR é o protocolo brasileiro de certificação socioambiental, que avalia o cumprimento das leis brasileiras ambiental e trabalhista, além de boas práticas agrícolas e uso racional de insumos pelas fazendas participantes. Pautado pelo conceito de melhoria contínua, o ABR acaba estimulando, na prática, a eficiência na produção, o investimento em qualidade da fibra e rastreabilidade da pluma cultivada no País.

A grande adesão ao protocolo do ABR explica porque, no Brasil, produzir algodão é cultivar com responsabilidade. “O programa ajuda os produtores brasileiros a se organizarem melhor em relação à produtividade, à eficiência no uso de insumos e a atenderem as legislações trabalhista e ambiental do Brasil. Por isso, dizemos que o ABR tem sido um norteador do crescimento da produção de algodão no País”, afirma Júlio Busato, presidente da Abrapa.

Na safra 2020/21, 84% da produção nacional foi certificada pelo programa ABR

Não é apenas o produtor que ganha com a certificação. O comprador (seja doméstico ou internacional) tem recebido um produto com cada vez mais qualidade, e com o diferencial de que pode ser rastreado desde sua origem e de forma facilitada (pelo próprio smartphone, via código de barras ou QR Code).

Além disso, as propriedades rurais que cultivam algodão e são certificadas contribuem para ampliar os índices de conservação ambiental no Brasil. A eficiência no uso de recursos naturais faz com que o Brasil seja o País com menor pegada no uso de água de irrigação no mundo – consumindo 99% a menos que a média mundial de acordo com o International Cotton Advisory Committee (ICAC). Outro benefício é que as fazendas ABR emitem 41% menos gases de efeito estufa que a média mundial, conforme estudo comparativo a partir de dados da Antesis e da Amaggi.

Fonte: Abrapa

PRODUÇÃO

Zoneamento agrícola do feijão 2ª safra (2022/2023)

Foram publicadas no Diário Oficial da União as portarias 314 a 329 que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2022/2023, para o cultivo do feijão segunda safra. As unidades da Federação com indicação de plantio são: DF, GO, MT, MS, BA, SE, AC, RO, TO, ES, MG, RJ, SP, PR, RS e SC.

O feijoeiro comum (Phaseolus vulgaris L.) tem grande importância econômica e social. Pelas características de seu ciclo, é uma cultura apropriada para compor desde sistemas agrícolas intensivos, altamente tecnificados, até aqueles com menor uso tecnológico, principalmente de subsistência.

Parâmetros climáticos                              

A temperatura do ar tem grande influência na produção e produtividade do feijoeiro. Temperaturas elevadas ou baixas, em especial no período de florescimento e frutificação, são prejudiciais à cultura. O rendimento do feijoeiro é também afetado pela condição hídrica do solo, sendo que a deficiência hídrica pode reduzir a produtividade em diferentes proporções, de acordo com as diferentes fases do ciclo da cultura, principalmente nos períodos de florescimento e início de formação das vagens. O excesso de chuvas durante o período de colheita é altamente prejudicial à cultura.

Fonte: Embrapa

Estratégias para o manejo do oídio no cultivo de caju

Manter a saudabilidade das plantas é um dos primeiros passos para a produção de frutos de qualidade. Pensando nisso, a Embrapa Agroindústria Tropical lançou o estudo “Manejo químico do oídio em diferentes clones de cajueiro-anão”, abordando estratégias para o manejo do oídio, doença causada pelo fungo Erysiphe quercicola e que provoca danos à produção da castanha e do pedúnculo.

O oídio é considerado a principal doença da cajucultura brasileira. Diante disso, o controle químico é a estratégia imediata a ser implementada no sistema de produção. A identificação de clones de cajueiro-anão com maior tolerância à doença permite que as epidemias não resultem em graves consequências para a cajucultura, como a diminuição de qualidade (mudanças de coloração, aspereza e rugosidade) e quantidade (diminuição da massa de castanhas, amêndoas e pedúnculos).

As epidemias de oídio podem se comportar diferentemente quando se utilizam determinados clones de cajueiro-anão e fungicidas com características distintas, sejam estes empregados isoladamente ou em associação. Com isso, o experimento realizado no Campo Experimental de Pacajus (CE), apresentou como estratégia de manejo o uso de dois tipos de fungicidas: enxofre e trifloxistrobina + tebuconazole. Ao todo, verificou-se os efeitos de cada substância e o comportamento dos clones CCP 76, BRS 189, BRS 226 e BRS 265 isoladamente ou em associação durante o tratamento da doença.

Por meio do estudo, os pesquisadores concluíram que o emprego de clones de cajueiro-anão resistentes torna-se uma potencial estratégia a ser incorporada ao sistema de produção frente a presença do oídio. O clone BRS 226 obteve, no experimento, a menor doença final e menor AACPOID. Por outro lado, o BRS 189 apresentou os maiores valores de doença. Quanto aos fungicidas aplicados, o trifloxistrobina + tebuconazole apresentou maior eficiência sobre a epidemia do oídio do cajueiro. O enxofre, por sua vez, demonstrou eficiência limitada em ambiente altamente afetado pela doença. Com a substância, somente clones mais resistentes conseguiram manter a doença em baixos níveis.

Fonte: Embrapa

 Ensilagem do capim BRS Capiaçu

O capim elefante – BRS Capiaçu apresenta vantagens para a nutrição do rebanho bovino, especialmente em períodos de seca.

Segundo o engenheiro agrônomo Paulino Melo, a cultivar BRS Capiaçu é um clone de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum) de alto rendimento para suplementação volumosa na forma de silagem ou picado verde. Capiaçu é um termo tupi-guarani que significa “capim grande”, seu tamanho pode chegar até 4,20 metros de altura. A cultivar destaca-se pela volumosa produtividade e alto valor nutritivo. “A principal vantagem é que ele possui o dobro do carboidrato solúvel dos outros capins que a gente tinha no mercado”, destacou o pesquisador.

Além apresentar das vantagens do capim, os pesquisadores demonstraram técnicas de ensilagem, ou seja, da conservação da forragem para utilização na alimentação do gado de leite ou de corte e alternativas para minimizar as perdas. “A silagem pode ser realizada com diversos tipos de materiais, o milho e o sorgo são os mais tradicionais, mas o capiaçu tem ganhado muita força nos últimos anos”, destacou o zootecnista Vitor de Oliveira.

Fonte: Embrapa

 Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para Caatinga

O chamado sistema ILPF Caatinga é uma proposta da Embrapa que alia produção agrícola, pecuária e uso sustentável da mata nativa, com possibilidade de produção de reserva de alimento para os rebanhos e novas fontes de renda para o agricultor, como exploração sustentável da madeira. Tudo isso com práticas de manejo adequadas ao meio ambiente. Esse tema foi abordado pelo pesquisador Rafael Tonucci, da Embrapa Caprinos e Ovinos, no Prosa Rural, programa de rádio da Embrapa.

Fonte: Embrapa

Produção de sorgo sofre incremento no Brasil

A forte expansão do sorgo no Brasil, tanto em área quanto em produção nas últimas quatro décadas, e os cenários favoráveis para um maior desenvolvimento da cultura nos próximos anos. “Temos um horizonte promissor para o sorgo. Com a expectativa de acréscimo das exportações de milho do Brasil para a China, os preços devem continuar valorizados e o sorgo deve ser mais procurado pelas agroindústrias”, prevê Felipe Fabbri, coordenador da divisão de mercado de proteínas alternativas e de custo de produção da Scot Consultoria.

“Ano a ano, temos visto incrementos na área e na produção, índices que vêm sendo puxados por agroindústrias de produção animal, que querem reduzir os custos na produção de rações, e por quebras na produção de milho em função do clima”, descreve. O Brasil, segundo o último levantamento de safras da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgado no dia 8 de setembro, produziu 2,85 milhões de toneladas de sorgo na última safra (36,9% a mais que no período anterior), em uma área plantada de 1,03 milhão de hectares (incremento de 19,4%). A produtividade, segundo a instituição, está em 2.763 quilos por hectare, com variação positiva de 14,6% em relação à safra 2020/2021.

“O cenário para 2022/2023 é de forte evolução, com mais investimento em tecnologia. Devemos ter mais um ano sob a influência do La Niña e os produtores podem optar mais pelo sorgo, caso a janela se encurtar no plantio da safra de verão”, avalia Fabbri. O cereal é praticamente semeado em sua totalidade no período de segunda safra, pois apresenta maior resistência à escassez de chuva e tolera temperaturas mais altas. Essa vantagem competitiva do sorgo vem acompanhada de menor custo de produção – se comparado ao milho entre 20% e 30% a menos – e um cenário de alta liquidez vivenciada pelos produtores nos últimos anos.

Fonte: Embrapa

Monitoramento das lavouras de trigo

A colheita do trigo atingiu 14,3% da área plantada. No RS, as primeiras lavouras entraram em maturação. No entanto, a maioria ainda segue em floração e desenvolvimento vegetativo. O momento tem sido de manejo preventivo em relação às pragas e doenças. No geral, as lavouras apresentam boas condições.

No PR, a colheita alcança 19% da área. As operações ocorrem, majoritariamente, nas regiões Oeste e Norte, que tiveram plantio mais cedo. Nos últimos dias ocorreram chuvas que, no geral, amenizaram o déficit hídrico em algumas localidades e melhoraram aquelas lavouras que estavam em desenvolvimento, floração e enchimento de grãos. A ocorrência das chuvas nas últimas semanas sobre lavouras em maturação, prejudicou a qualidade dos grãos.

Em SC, a colheita foi iniciada. As lavouras apresentam boas condições e se encontram, majoritariamente, em floração e desenvolvimento. Em MS, 92% da área foi colhida. Ainda faltam algumas áreas mais tardias na região Central. Em MG, a colheita atinge 95% da área, faltando apenas algumas lavouras irrigadas.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de milho 1ª safra

A área semeada está em 12,8%. Com a colheita da 2ª safra de milho praticamente finalizada, as atenções agora recaem na semeadura do milho 1ª safra.

No RS, as chuvas intercaladas com períodos de sol dos últimos dias permitiram a continuidade da semeadura em bom ritmo. Diante da previsão da permanência de La Niña, os agricultores têm antecipado a semeadura e a operação alcançou 35% frente aos 25% no mesmo período na safra anterior. As lavouras implantadas apresentam boa germinação, uniformidade e vigor. O controle de cigarrinha está sendo realizado através da associação de tratamento químico e biológico. No PR, o plantio foi realizado em 32% da área. A maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento inicial. Apenas uma pequena parte das lavouras do Sudoeste, semeadas em agosto, foram impactadas pelo baixo volume de precipitações ocorridas. Em SC, 30% da área foi semeada. O estabelecimento das lavouras está dentro da normalidade, com boa germinação e bom desenvolvimento inicial. Em GO e MG, o plantio deve começar em outubro, após a regularização das chuvas. No MA e no PI, o início da semeadura ocorrerá no mês de novembro.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras da 1ª safra de feijão

No PR, a semeadura está em andamento sob boas condições climáticas e níveis adequados de umidade nos solos. Estima-se que 18% da área prevista foi semeada e as lavouras implantadas se apresentam com boa emergência e desenvolvimento inicial. Em SP, o plantio começou em agosto e avançou bem desde então, principalmente nas áreas mais ao sul do estado, onde se concentra a maior produção da cultura nesse período. As chuvas recentes favoreceram a implantação e o desenvolvimento inicial das lavouras.

Fonte: Conab

Programa Duas Safras busca a intensificação do sistema produtivo no RS

O programa Duas Safras é fruto da articulação entre Farsul, Senar-RS, Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA), Embrapa (unidades de Trigo, Pecuária Sul, Clima Temperado, Suínos e Aves), Fecoagro/RS, Asgav, Federarroz, Acergs, Sips e Aprosoja. As entidades promotoras coordenam esforços para intensificar a produção sustentável da agropecuária no Rio Grande do Sul. A otimização de áreas produtivas de inverno, a ampliação da produção de cereais, a produção de milho em áreas de várzea e de forragens de inverno destinados à pecuária estão entre as pautas dos eventos.

A medida promete ampliar a renda do produtor rural e aumentar em 40% a capacidade do agro gaúcho. Segundo a Assessoria Econômica da Farsul, o impacto no PIB do Estado seria um aumento de 7%, representando aproximadamente R$ 31,9 bilhões. “A ideia é alcançarmos esse incremento até o ano de 2030, fazendo com que certamente nós tenhamos um novo patamar social e econômico no Estado”, afirma Eduardo Condorelli.

Saiba mais visitando o site http://www.duassafras.com.br

Fonte: Embrapa

 MERCADO

Conjuntura do mercado internacional do algodão

A volatilidade do petróleo e o temor de recessão global influenciaram os preços do algodão na bolsa de Nova Iorque. Mercado oscilou procurando um posicionamento, enquanto aguarda com grande expectativa o relatório de oferta e demanda do USDA.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado internacional da soja

Preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) fecham com a média semanal com pequena alta de 0,82%. Semana inicia com altas dos preços em Chicago, pois Usda surpreende e faz forte redução da safra 2022/23 norte-americana. Mas preços CBOT têm novas baixas com entrada da safra dos Estados Unidos, “câmbio diferenciado da soja” na Argentina, safra recorde na América do Sul e temor de redução de demanda com inflação americana e recessão mundial. Preços internacionais devem continuar com viés de baixa da semana anterior afetando negativamente os preços nacionais.

Fonte: Conab

 Conjuntura do mercado internacional do milho

O volume total exportado de milho entre fevereiro/21 e janeiro/22, segundo dados da Secex atingiu 20,8 milhões de toneladas. Esse montante exportado é inferior em 40,4% ao exportado no mesmo período de 2020. Entre fevereiro e agosto de 2022, a exportação de milho foi de 15,3 milhão de toneladas, valor 100,7% superior ao mesmo período de 2021.

Fonte: Conab

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

Os preços do óleo de soja estão em queda no Brasil, já operando nos menores patamares do ano. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da baixa demanda por óleo de soja, sobretudo para a produção de biodiesel, e da maior disponibilidade do derivado na Argentina. Quanto à soja em grão, as cotações foram sustentadas na semana passada pelas valorizações externa e cambial. Pesquisadores do Cepea indicam que, agora, com o encerramento do período de vazio sanitário em muitos estados, agentes se atentam ao campo brasileiro. Produtores da região oeste do Paraná já iniciam a semeadura na safra 2022/23. A produção brasileira é estimada pelo USDA em volume recorde, de 149 milhões de toneladas, 18,25% acima da temporada anterior.

Milho

O forte ritmo da exportação brasileira, a alta dos preços internacionais e estimativa apontando queda na produção mundial de milho sustentaram as cotações do cereal ao longo da semana passada. Pesquisadores do Cepea ponderam que o movimento de alta ainda foi limitado pela resistência de compradores, que priorizam a utilização dos estoques. Esses demandantes estão no aguardo de desvalorizações, fundamentados no andamento da colheita nos EUA e na consequente possibilidade de redução dos embarques brasileiros.

Algodão

Os preços externos do algodão em pluma vêm recuando com certa força, influenciados por estimativas indicando maior oferta nos Estados Unidos. Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário vem pressionando os valores da pluma no Brasil e deixando o mercado interno em ritmo lento. Vendedores consultados pelo Cepea se afastaram do spot, voltando as atenções ao cumprimento de contratos. Já demandantes, de olho nas quedas externas, estão à espera de preços menores no Brasil para, então, realizar novas aquisições.

 

Trigo

Os preços do trigo seguem em queda no Brasil. De acordo com pesquisadores do Cepea, a pressão vem de estimativas apontando produções recordes do cereal no Brasil e no mundo na safra 2022/23. No começo deste mês, a Conab indicou que a safra nacional pode ser de 9,36 milhões de toneladas, e, na semana passada, o USDA apontou que a produção mundial 2022/23 pode atingir 783,9 milhões de toneladas, ambos recordes. No campo nacional, a colheita segue avançando satisfatoriamente, elevando a disponibilidade do produto no spot.

Etanol

Os valores dos etanóis voltaram a subir no mercado spot do estado de São Paulo na semana passada. Entre 12 e 16 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado fechou a R$ 2,3819/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), alta de 6,93% frente ao período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,8378/litro (PIS/Cofins – alíquota zerada), elevação de 0,68%. Quanto ao Indicador diário ESALQ/BM&FBovespa (Paulínia – SP), de 12 a 16 de setembro, teve média de R$ 2.460,00/m³, aumento de 5,88% frente à da semana anterior. Pesquisadores do Cepea indicam que, para o hidratado, os valores avançaram depois de terem recuado por seis semanas seguidas; no caso do anidro, trata-se de uma reação após quatro períodos em baixa. O suporte, segundo pesquisadores do Cepea, veio do aumento do número de negócios no estado de São Paulo, que, inclusive, envolveram maiores volumes em alguns dias da semana.

Arroz

A procura por arroz em casca no Rio Grande do Sul esteve ligeiramente maior nos últimos dias, devido à necessidade de cumprimento de contratos de cereal beneficiado por parte de empresas do Rio Grande do Sul e de outros estados. Vendedores, por sua vez, seguiram retraídos, o que favoreceu a elevação dos preços. No acumulado da parcial de setembro, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS apresenta alta de 0,8%, encerrando a R$ 76,58/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 19 – não houve fechamento nessa terça-feira, 20, devido ao feriado da Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul.

 Boi

A demanda chinesa por carne bovina segue bastante aquecida neste ano. E o Brasil, que consegue ofertar uma carne de qualidade, a preços competitivos e em volumes elevados, segue fornecendo quantidades recordes da proteína ao país asiático. Segundo dados da Secex, em agosto, os embarques brasileiros de carne ao país asiático somaram 130,88 mil toneladas, um recorde histórico e representando mais da metade (57,2%) de toda a quantidade escoada a todos os destinos (de 228 mil toneladas). Como comparação, em agosto de 2021, quase 106 mil toneladas foram enviadas à China e, no mesmo mês de 2020, apenas 78,2 mil toneladas, ainda conforme dados da Secex. Ressalta-se que agentes do setor consultados pelo Cepea acreditam que os envios sigam intensos nos próximos meses, tendo em vista o típico aumento nas exportações à China no segundo semestre, para formação de estoques.

 

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão de chuva – De 20 a 26 de setembro de 2022

De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados estão previstos para as regiões Norte, Sudeste e Sul do País.

Região Norte

São previstos acumulados entre 50 e 60 mm no noroeste do Amazonas. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar 30 mm.

Região Nordeste

Não há previsão de chuva em grande parte da região. Entretanto, podem ocorrer baixos volumes de chuva na costa leste.

Centro-Oeste e Sudeste

Podem ocorrer baixos volumes de chuva abaixo de 20 mm. Entretanto, em áreas do sudeste de Minas Gerais e Rio de Janeiro estão previstos pancadas de chuvas que poderão ultrapassar 100 mm. Enquanto no sul dos estados do Mato Grosso do Sul, Goiás e áreas de São Paulo, a previsão é de chuvas isoladas, podendo chegar a 50 mm.

Região Sul

São previstos acumulados de chuva significativas podendo ultrapassar 90 mm, principalmente no noroeste do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina.

Figura 1. Previsão de chuva para a 1ª semana (20/09/2022 e 26/09/2022). Fonte: INMET.

Previsão de chuva – De 27 de setembro a 05 de outubro de 2022

De acordo com o modelo de previsão numérica GFS, a semana poderá apresentar volumes de chuva significativos em áreas das regiões Sudeste e Sul do Brasil.

Região Norte

São previstos acumulados entre 50 e 60 mm no noroeste do Amazonas. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar 30 mm.

Região Nordeste

Não há previsão de chuva em grande parte da região. Entretanto, podem ocorrer baixos volumes de chuva na costa leste.

Região Centro-Oeste e Sudeste

Podem ocorrer baixos volumes de chuva abaixo de 20 mm. Entretanto, em áreas do sudeste de Minas Gerais e Rio de Janeiro estão previstos pancadas de chuvas que poderão ultrapassar 100 mm. Enquanto no sul dos estados do Mato Grosso do Sul, Goiás e áreas de São Paulo, a previsão é de chuvas isoladas, podendo chegar a 50 mm.

Região Sul

São previstos acumulados de chuva significativas podendo ultrapassar 90 mm, principalmente no noroeste do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina.

Figura 2. Previsão de chuva para a 2ª semana (27/09/2022 e 05/10/2022). Fonte: GFS

CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!

Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

IrrigaFácil: uso e manejo de irrigação

Instituição promotora: Embrapa

Data: 11/07 a 19/08/22

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