Uma propriedade rural também deve ser considerada uma empresa e, assim, ser bem administrada em seu patrimônio, com seus principais recursos de produção: terra, trabalho e capital, além da tecnologia incorporada. E administrar bem representa a eficiência, ou seja, a capacidade de produzir mais com menos, considerando a otimização em tudo que se produz.
Para melhor compreensão, o fator terra corresponde à boa utilização da mão de obra e insumos destinados à produção vegetal ou animal, considerando a sustentabilidade e a capacidade produtiva em termos de suficiência. Vale destacar que a eficiência não se traduz em obter o melhor resultado econômico, pois este é um objetivo que reflete na eficácia.
Nesse sentido, a eficiência também corrobora para um melhor uso dos materiais (insumos) e horas de trabalho no ciclo produtivo, bem como evita desperdícios e/ou falhas no processo, que por consequência, refletem em melhor rentabilidade ao produtor.
Assim, o fator trabalho é condizente à capacitação contínua de proprietários e/ou colaboradores, considerando a relação direta com os investimentos de capital, como máquinas, implementos e benfeitorias. Neste cenário, por exemplo, uma nova aquisição de uma colheitadeira, sem o conhecimento adequado de operação, não refletirá em sua melhor capacidade operacional de campo (colheita), ou seja, o investimento passa a ser custo!
Em síntese, a transferência de conhecimentos, habilidades e, sobretudo, da gestão aliada à eficiência (a qual poderei exemplificar quantitativamente em outra publicação) infere que nem sempre quem possui melhor resultado econômico tem melhor desempenho. Afinal, o empresário rural deve ser o detentor do controle gerencial da atividade, que por si só, deve ser bem administrada.
Omar Jorge Sabbag
Palestrante e Pesquisador em Economia e Gestão do Agronegócio – UNESP
[email protected] / (18) 99709-4631
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