Vale destacar que as aves constituem uma das principais carnes no mundo, com projeções de 40% do total produzido em 2020. Segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), em 2019 a produção no país de carnes de aves representou 68% para o mercado interno e 32% destinado às exportações, sendo o consumo percapita em torno de 42 kg/hab/ano.
Para o final de 2020, sobretudo no segmento varejo, estimou-se uma alta de 15% nos preços das carnes do setor. Este fato relacionou à duas situações: a alta dos preços de milho e farelo de soja, que constituem um dos principais componentes da ração e obtiveram uma grande variação nos últimos 12 meses, chegando em algumas regiões a aumentos superiores a 60%.
Além disso, com o aumento das exportações para a China e a desvalorização da moeda nacional, restringiu-se a oferta no país, com consequente elevação dos preços para o consumidor. Desta forma, espera-se para o produtor alguns instrumentos de política setorial – como subsídios – para minimizar a flutuabilidade de preços dos grãos, evitando assim não inflar demasiadamente os preços na cadeia produtiva.
Diante do atual cenário, e considerando que na pandemia houve maior consumo e preparo de alimentos nos domicílios, existem projeções de elevação entre 10 e 20% no consumo de carnes do segmento avícola, sobretudo em épocas sazonais, como o “chester” e peru nas festas natalinas, destacando que alguns alimentos complementares – como arroz, azeite e vinho – também tiveram elevação de preços. Assim, cabe ao consumidor, em função do fator renda, a possibilidade de substituir por outras marcas não tradicionais ou ainda reinventar novas receitas para agradecer e, acima de tudo, comemorar por estar vivo neste período atípico!
Omar Jorge Sabbag
Palestrante e Pesquisador em Economia e Gestão do Agronegócio – UNESP
[email protected] / (18) 99709-4631
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