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GERAIS
Governo ajusta Plano Safra 2022/2023
O Ministério da Fazenda publicou nesta quarta-feira (24) a Portaria Nº 446, para ajustar a distribuição de Limites Equalizáveis no Plano Safra 2022/2023. O ato altera a Portaria Nº 6.454, de 19 de julho 2022, que autorizou o pagamento de equalização de taxas de juros em financiamentos rurais concedidos no âmbito do Plano Safra 2022/2023, que se encerra em 30 de junho deste ano.
Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa foram os bancos contemplados pelo ajuste dos limites definidos hoje.
O governo federal destinou mais R$ 200 milhões para reforçar o Plano Safra 2022/2023, que ainda está em vigor. Segundo a portaria do Ministério do Planejamento e Orçamento publicada no dia 11 de maio, serão alocados R$ 89,1 milhões para operações de custeio agropecuário e R$ 110,8 milhões para investimentos.
Os recursos suplementares deverão permitir a equalização de cerca de R$ 7,429 bilhões para aplicação em programas de financiamento do Moderfrota, irrigação e demais investimentos e custeio no âmbito do Pronamp.
Fonte: Mapa
Mapa institui maio como Mês da Saúde Animal
Buscando promover uma mobilização nacional para fortalecer a participação e o engajamento do setor pecuário, bem como a conscientização da sociedade brasileira quanto à importância das ações de prevenção e acompanhamento das doenças animais, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nesta sexta-feira (19) a Portaria nº 583 instituindo o “Mês da Saúde Animal”. A campanha nacional será executada durante o mês de maio de cada ano, sob coordenação da Secretaria de Defesa Agropecuária.
O mês da Saúde Animal visa preservar a saúde humana, animal e do meio ambiente, numa abordagem da Saúde Única. A campanha busca, ainda, divulgar a qualidade sanitária e a inocuidade dos produtos pecuários brasileiros, ampliando a confiança do consumidor, o consumo e o acesso a mercados.
“Com o avanço na ampliação das zonas livres sem uso de vacinação para febre aftosa e o aumento na dispersão mundial de outras doenças de alta relevância para a produção animal, faz-se necessário fortalecer o engajamento, o conhecimento e a participação dos produtores e de toda a sociedade na preservação da saúde animal. Assim, a criação do “mês da Saúde Animal” certamente promoverá essa maior proximidade com produtores rurais, médicos veterinários e trabalhadores do setor pecuário para a participação na vigilância e prevenção das doenças”, detalha a diretora substituta de Saúde Animal, Anderlise Borsoi.
A programação do mês da Saúde Animal incluirá a realização de campanhas de comunicação e publicidade em nível nacional, estadual e municipal, atividades de caráter informativo e educativo e ações de atualização dos cadastros dos estabelecimentos rurais e das explorações pecuárias junto aos serviços oficiais de saúde animal.
Fonte: Mapa
FAO e governos do Brasil e do Uruguai firmam compromisso para gestão dos recursos hídricos
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), e o Ministério do Meio Ambiente do Uruguai reafirmaram o seu compromisso com o projeto “Gestão Binacional e Integrada de Recursos Hídricos na Bacia da Lagoa Mirim e Lagoas Costeiras”. O lançamento aconteceu em Pelotas (RS), durante a celebração dos 60 anos da Comissão Mista Brasileiro-Uruguaia para o Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim (CLM), na Agência de Desenvolvimento da Bacia da Lagoa Mirim (ALM).
Financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o projeto Lagoa Mirim será executado em um prazo de cinco anos, e tem como objetivo fortalecer as capacidades dos setores público e privado no Brasil e no Uruguai para a gestão conjunta e integrada dos recursos hídricos, com ênfase no uso sustentável e eficiente da água, preservação dos ecossistemas e adaptação às mudanças climáticas.
A bacia hidrográfica da Lagoa Mirim é compartilhada entre o Brasil e o Uruguai, sendo o segundo maior lago na América do Sul, com uma área de 62.250 km², dos quais 53% estão localizados no Uruguai e 47% em território brasileiro. O lago e os complexos de áreas úmidas que o contornam, estabelecem uma das principais bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul, e forma com a Lagoa dos Patos e Lagoa da Mangueira, o maior complexo de lagoas da América do Sul. A abundância de água é a origem da riqueza ambiental e econômica da bacia, sendo a base das atividades agrícolas, florestais, pecuárias, pesqueiras, aquícolas, turísticas, de abastecimento de água e para diversos outros serviços em ambos os países.
Fonte: Fao
PRODUÇÃO
Boas produtividades garantem produção de feijão em torno de 3 milhões de toneladas mesmo com menor área
A produção de feijão se mantém em torno de 3 milhões de toneladas, mesmo registrando a menor área semeada na série histórica. O resultado é explicado pelas melhores produtividades verificadas nas lavouras do país. Segundo a edição de maio do Boletim AgroConab, divulgado nesta quarta-feira (24) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as boas expectativas fazem com que o mercado espere bons volumes do produto na 2ª safra, o que resulta na restrição do movimento de alta dos preços, com as cotações se acomodando em patamares mais baixos.
A oferta da leguminosa ajustada ao consumo brasileiro tem impactado nos preços do grão no mercado. Porém os custos elevados aliado ao alto risco de plantio e de comercialização, além da menor rentabilidade quando comparada a outros produtos como soja e milho, têm influenciado na área cultivada. “Nós temos que garantir a rentabilidade àqueles que querem produzir alimentos. Incentivar a produção por meio das diversas ferramentas que já existem para que não falte um produto como o feijão, consumido por todo brasileiro. Assim asseguramos comida de qualidade no prato do brasileiro e suporte ao produtor”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Nos últimos 12 anos, o feijão perdeu cerca de 1,2 milhão de hectares em razão da menor rentabilidade na comparação com as culturas que competem por área. “O maior recuo pode ser percebido no Nordeste, onde foi registrada uma queda de cerca de 33% na região”, pondera o analista de mercado da Companhia João Ruas.
O incentivo à produção da leguminosa também pode contribuir para um maior consumo de feijão pelos brasileiros, uma vez que os preços tendem a cair com a maior oferta. “No entanto, essa redução precisa chegar ao varejo”, ressalta o analista da Conab. Até a penúltima semana de março, quando foi registrada a disparada de preços da leguminosa, foi identificada uma queda de 30% na comercialização. Atualmente, as cotações se encontram em um viés de queda influenciada pela expectativa de um bom volume de produção na 2ª safra do produto. No Paraná, principal estado produtor neste ciclo, as lavouras se encontram, em sua maioria, nas fases de frutificação à colheita. Cerca de 15% da área semeada no estado paranaense já foram colhidas, devendo atingir o pico nos próximos 15 dias.
Novas cultivares – Além das condições climáticas e do melhor manejo nas lavouras pelos produtores, a pesquisa de novos tipos de sementes tem influenciado nas produtividades da cultura. “O setor vem investindo em tecnologia desenvolvendo cultivares mais produtivas e de escurecimento lento, o que garante uma produção de forma a atender a demanda doméstica, ao mesmo tempo em que tende a facilitar a armazenagem do produto”, analisa Ruas.
Fonte: Conab
Produção brasileira de algodão deve crescer 17,6% e atingir 2,94 milhões de toneladas este ano
Levantamento divulgado no início de março pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) revela que com 1,68 milhão de toneladas de algodão exportadas na safra 2021/22, somando receita de US$ 3,208 bilhões, o Brasil voltou a se destacar no mercado internacional, alcançando o posto de segundo maior exportador mundial da commodity, atrás apenas dos Estados Unidos. A produção totalizou 2,5 milhões de toneladas, alta de 5,8% com relação ao período anterior. Para 2022/23, a área plantada deverá subir 1,3%, totalizando 1,657 milhão de hectare. A produção é projetada em 2,94 milhões de toneladas, variação de 17,6%.
Para Vagner Grade, consultor de desenvolvimento de produto na TMG – Tropical Melhoramento & Genética – empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo, esses dados reforçam o crescimento da cultura no Brasil em razão dos investimentos constantes em pesquisa e inovação. Segundo ele, o país tem se destacado pela qualidade da fibra do algodão, o que é positivo do ponto de vista comercial. “Esse cenário é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento de cultivares cada vez mais adaptadas as diversas condições climáticas, pragas e doenças”, diz.
Grade explica que para manter o bom rendimento das lavouras e aumentar as vendas, tanto para o mercado interno quanto para outros países, o produtor precisa adquirir cultivares específicas para sua região e estar atento ao manejo correto das cultivares. “O algodão necessita de atenção para entregar produtividade e qualidade de fibra e o agricultor deve considerar questões como a fertilidade do solo, adubação e nutrição de plantas, manejo correto de inseticidas, fungicidas e herbicidas, acompanhamento da taxa de crescimento para um bom manejo de regulador de crescimento e atenção com a hora de definição final da cultura, para fazer a ‘capação’ na hora certa. É muito importante também a escolha da variedade correta para a lavoura do produtor, considerando a região em que o plantio será feito”, comenta.
Segundo o especialista, o objetivo é conseguir colher um algodão com fibra de boa qualidade, um quesito muito importante para a indústria têxtil. “O HVI (High Volume Instrument) é considerado um conjunto de características bem importantes do produto final, mas depende de uma série de fatores, como potencial genético da cultivar, época de plantio, temperatura média, disponibilidade hídrica, interações entre o genótipo da cultivar e ambiente, manejo adequado e processo de maturação, além de cuidados no momento da colheita e do descaroçamento do algodão”, destaca.
Fonte: Abrapa
CMN aprova retorno do financiamento para correção do solo no âmbito do Moderagro
Banco Central do Brasil publicou nesta segunda-feira a Resolução Nº 5.074 do Conselho Monetário Nacional (CMN) que ajusta as normas no Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais (Moderagro). O CMN, com vistas a manter níveis adequados de produtividade e qualidade do solo com efeitos positivos sobre o meio ambiente, voltou a permitir o financiamento da aquisição, transporte, aplicação e incorporação de corretivos agrícolas (calcário e outros) e de remineralizadores no âmbito do Programa Moderagro.
Desde o ano agrícola 2021/2022, essa finalidade era financiada apenas no Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Programa ABC+). Com a alteração, o produtor rural terá mais alternativas para atender às suas necessidades de crédito, podendo obter recursos com agilidade para financiar a recuperação de solos no tempo oportuno.
Fonte: Mapa
Emergência zoossanitária devido à Influenza Aviária
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) – H5N1 – em aves silvestres no Brasil. A medida foi publicada na edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira, na Portaria nº 587.
O Ato vale por 180 dias e é mais uma medida do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.
“A declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais. Todo esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessário para executar as ações de emergência visando a não propagação da doença”, explica o ministro Fávaro.
Novos casos confirmados
Na tarde desta segunda-feira (22), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no estado de Espírito Santo, que estavam em investigações desde a semana passada.
As aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) foram encontradas nos municípios de Linhares, Itapemirim e Vitória.
Até o momento, são oito casos confirmados em aves silvestres, sendo sete no estado do Espírito Santo (três ainda aguardando o sequenciamento), nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim, e um caso no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra. As aves são das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).
O Mapa segue alertando a população que não recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe.
Não há mudanças no status brasileiro de livre da IAAP perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial.
Fonte: Mapa
Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo e prevê crescimento da safra
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) divulgou um levantamento que revela o crescimento do setor algodoeiro no Brasil. Na safra 2021/22, o país exportou 1,68 milhão de toneladas de algodão, gerando uma receita de US$ 3,208 bilhões. Com esses números, o Brasil se tornou o segundo maior exportador mundial da commodity, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
A produção total de algodão na safra alcançou 2,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 5,8% em relação ao período anterior. Para a safra 2022/23, é esperado um aumento de 1,3% na área plantada, totalizando 1,657 milhão de hectares. A produção estimada para esse período é de 2,94 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 17,6%.
BOAS CONDIÇÕES – O Brasil tem se consolidado como um dos principais exportadores de algodão no cenário internacional. O país possui condições climáticas favoráveis, extensas áreas disponíveis para cultivo e uma cadeia produtiva bem estruturada, o que contribui para o aumento da produção e qualidade do algodão brasileiro.
A expansão das áreas de cultivo de algodão no Brasil tem sido significativa nos últimos anos. Regiões como o Mato Grosso, Bahia, Goiás e Minas Gerais se destacam na produção nacional. Além disso, a adoção de tecnologias modernas, como o uso de sementes geneticamente modificadas e práticas de manejo eficientes, tem impulsionado a produtividade e a qualidade das fibras de algodão produzidas no país.
A qualidade do algodão brasileiro é reconhecida internacionalmente, sendo valorizada por sua resistência, brancura e comprimento das fibras. Isso torna o algodão brasileiro altamente competitivo no mercado global, atendendo às demandas de indústrias têxteis e de confecção.
O setor de algodão no Brasil também se destaca pela sustentabilidade. Produtores têm adotado práticas de manejo sustentável, como o uso eficiente de recursos naturais, redução do uso de agroquímicos e preocupação com a conservação do solo e da biodiversidade. Esses aspectos são cada vez mais valorizados pelos consumidores e pela cadeia produtiva em geral.
Como resultado de todos esses fatores, o Brasil tem conseguido aumentar sua participação no mercado global de algodão. Além de suprir a demanda interna por produtos têxteis, o país exporta grandes volumes de algodão para diversos países, contribuindo para a balança comercial brasileira e gerando divisas.
É importante ressaltar que as previsões de uma safra 17,6% maior reforçam a posição de destaque do Brasil como exportador de algodão. Esses números indicam um crescimento significativo na produção, o que evidencia a capacidade do país em atender às demandas internas e externas por essa commodity tão importante para a indústria têxtil.
Outro detalhe é a qualidade da fibra do algodão, o que é benéfico do ponto de vista comercial, resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento de variedades de algodão cada vez mais adaptadas às diferentes condições climáticas, pragas e doenças.
Fonte: Abrapa/Pensar Agro
Orientações para prevenção da influenza aviária
Os primeiros casos do vírus no país foram detectados no dia 15 de maio, em três aves silvestres no litoral do Espírito Santo. No dia 20, mais dois casos foram identificados em aves migratórias: um no Espírito Santo e outro no Rio de Janeiro. A última identificação, de mais três casos positivos no Espírito Santo, ocorreu no dia 22 de abril, totalizando oito registros no país.
Por esse motivo, no dia 22 de abril, o Mapa publicou nova portaria decretando estado de emergência de 180 dias no território nacional, com prorrogação das medidas de biosseguridade por tempo indeterminado. Até o momento, no entanto, o país segue sem a confirmação da doença em aves de produção ou humanos, o que não muda o reconhecimento do Brasil como país livre da doença.
Em caso de suspeitas, os produtores devem entrar em contato com a Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária da sua região.
Fonte: Embrapa/Terra Sul
Monitoramento das lavouras
Trigo – 30,5% semeado
No PR, metade da área foi semeada, e a maioria das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo em boas condições, especialmente no Sudoeste, Oeste, Centro-Ocidental e Norte. No RS, observa-se o preparo do solo para iniciar a semeadura. Em SP, o ritmo de semeadura reduziu, mas está mais adiantada omparada à safra passada. Em GO, a semeadura das áreas de sequeiro e irrigadas está praticamente finalizada. As lavouras de sequeiro estão principalmente na fase de enchimento de grãos, enquanto as irrigadas em desenvolvimento vegetativo. Em MS, as temperaturas amenas na região produtora têm promovido o bom perfilhamento inicial e a umidade do solo tem sido suficiente para o desenvolvimento. Na BA, a semeadura está em fase final. As lavouras tem sido favorecidas pela alta luminosidade e a redução na temperatura noturna. As lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo e em boas condições.
Milho (2ª safra) 0,4% colhido
Em MT, a umidade remanescente no solo está suficiente para o desenvolvimento das plantas, mesmo àquelas semeadas fora da janela ideal. No PR, as lavouras se desenvolvem bem na maioria das regiões. Em MS, algumas áreas no Norte estão sob baixa disponibilidade hídrica. No Centro-Sul, algumas lavouras estão em fases mais adiantadas. Em GO, as lavouras avançam para os estágios de enchimento de grãos e maturação em boas condições. Em SP, as lavouras no Noroeste apresentam bom desenvolvimento, no entanto, tem se verificado redução das chuvas. Em MG, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e o volume de precipitações tem sido reduzido. No TO, as lavouras, na maioria, estão nos estágios de enchimento e maturação de grãos. No MA, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. Na região Sul, as lavouras encontram-se em floração e enchimento de grãos e nas demais regiões em desenvolvimento vegetativo e floração. No PI, no geral, as lavouras estão em boas condições, mas o deficit hídrico tem afetado o potencial de algumas lavouras. No PA, as condições climáticas continuam colaborando com um ótimo desenvolvimento das lavouras. A colheita iniciou na região Sudoeste.
Feião (2ª safra)
No PR, as chuvas diminuíram na última semana e viabilizou a continuação da colheita e dos demais tratos culturais nas lavouras mais tardias. A maioria das áreas está em enchimento de grãos e em maturação. As condições gerais das lavouras são boas. Na BA, a região produtora do feijão sequeiro segue com escassez de chuvas, impactando o potencial produtivo da cultura, especialmente por estarem, na sua maioria, em fase de alta demanda hídrica. Em MG, a colheita iniciou nas lavouras mais precoces, com bom avanço nas operações. No RS, o excesso de chuvas em algumas regiões vem promovendo a redução na qualidade do produto colhido, principalmente pela germinação de grãos maduros. Em SC, cerca de 1/3 da área foi colhida. A qualidade dos grãos é boa e a maioria das lavouras restantes segue com condições fitossanitárias satisfatórias.
Soja – 98,5% colhido
No RS, o tempo seco colaborou e a colheita evoluiu 7% em relação à semana anterior. Nas regiões Norte, Oeste e Central, ela está praticamente finalizada. Nas áreas mais ao Sul e região da Campanha, onde a umidade das áreas é maior, aguarda-se a redução da umidade da palha e dos grãos para facilitar a trilha. A produtividade tem reduzido devido à condição de estiagem e apresenta desuniformidade em razão da má distribuição das chuvas. Na BA, a colheita está praticamente finalizada, e verifica-se ótimos resultados de produtividade. No MA, no Centro e Oeste do estado, a colheita está sendo finalizada. Nas regiões do Baixo Parnaíba, de Coelho Neto e de Chapadinha, no Leste do estado, a colheita está em andamento. Em SC, a colheita está praticamente finalizada no Planalto Norte e Sul e observa-se boa qualidade do produto colhido.
Algodão – 0,3 % colhido
Em MT, apesar da redução das chuvas, o solo tem boa umidade e as lavouras têm apresentado bom desenvolvimento. Na sua maioria, estão em fase de maturação. Na BA, as lavouras de sequeiro, no Extremo-Oeste, estão em estágio de formação de maçãs e maturação, enquanto as lavouras irrigadas estão em fase de formação de maçãs. A redução das chuvas favorecem a qualidade das plumas, mas limita a produtividade. No Centro-Sul, as lavouras seguem em fase de colheita. No Sul do MA, as lavouras iniciaram a maturação, entretanto a maioria delas está formação de maçãs, em boas condições de desenvolvimento. Em MS, a colheita nas regiões Leste e Sudoeste está sendo finalizada. Os cultivos do Centro-Norte estão em formação de maçãs, com algumas áreas em maturação. Em GO, as lavouras estão, predominantemente, no estágio de formação de maçãs, em bom desenvolvimento. Em MG, as lavouras apresentam bom desenvolvimento e o clima seco tem favorecido à maturação das lavouras e a qualidade da fibra. Em SP, a colheita está em pleno andamento. No PI, a maioria das lavouras estão se desenvolvendo em boas condições.
Fonte: Conab
MERCADO
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
Os valores da soja estão em baixa nos mercados interno e externo, pressionados pela finalização da colheita no Brasil e pelas condições climáticas favoráveis à semeadura da oleaginosa no Hemisfério Norte. De acordo com levantamento do Cepea, o enfraquecimento da demanda externa também pesou sobre as cotações, visto que consumidores globais estão postergando as aquisições, na expectativa de adquirir lotes a preços menores nas próximas semanas. Esses agentes estão fundamentados na ampla oferta mundial da oleaginosa, prevista pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) a 410,58 milhões de toneladas na temporada 2023/24, um novo recorde e 10,8% superior às 370,4 milhões de toneladas projetadas para a safra atual (2022/23).
Milho
A colheita da segunda safra de milho começou de forma pontual em Mato Grosso, sem chegar a 1% da área, com previsão de intensificação no final de maio/início de junho. Nas outras regiões, o ciclo pode ser mais alongado, devido às baixas temperaturas que podem atrasar o desenvolvimento. Quanto aos preços, de acordo com levantamento do Cepea, continuam em baixa, influenciados por estimativas indicando safras volumosas principalmente no Brasil e nos Estados Unidos, onde o clima benéfico tem elevado as expectativas de produção. Porém, as negociações do cereal seguem enfraquecidas no mercado brasileiro e para exportação, visto que agentes estão priorizando os embarques da soja.
Algodão
Os preços do algodão em pluma vêm registrando pequenos avanços no mercado interno. Segundo colaboradores do Cepea, o suporte vem das altas nos valores externos, o que eleva a paridade de exportação e faz com que vendedores atuem no spot nacional de forma mais firme. Cotonicultores, por sua vez, dão preferência às vendas para exportação, aguardando melhores oportunidades no mercado interno. Já do lado da demanda, as altas recentes levaram muitos compradores a aumentar os valores de suas ofertas, sobretudo aqueles com necessidade urgente de renovação de estoques. Outros demandantes, contudo, ainda compram lotes de maneira pontual, seja para uso imediato e/ou reposição de estoque, devido à baixa demanda ao longo da cadeia têxtil.
Arroz
Os valores do arroz em casca seguem em queda no Rio Grande do Sul, contexto que vem sendo observado desde o início de maio. De acordo com colaboradores do Cepea, esse cenário baixista reflete um ajuste às variações observadas nos elos superiores da cadeia produtiva (arroz beneficiado e varejo). Quanto às vendas, colaboradores do Cepea identificaram que, nos últimos dias, especificamente, a liquidez esteve baixa, devido à disparidade entre os valores de compra e venda da matéria-prima.
Trigo
Os preços do trigo caíram nos mercados doméstico e internacional nos últimos dias. Segundo dados levantados pelo Cepea, no Brasil, os valores têm sido influenciados pela fraca demanda e pelo andamento da semeadura da próxima safra. No mercado externo, a pressão vem do aumento das estimativas de produção na Rússia e, principalmente, da renovação (por mais 60 dias) do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro entre Rússia e Ucrânia, a expirar no dia 18 de julho.
Açúcar
O Indicador do açúcar cristal branco CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, voltou a subir no mercado paulista na última semana. De 15 a 19 de maio, a média do Indicador foi de R$ 149,13/saca de 50 kg, alta de 0,29% em relação à da semana anterior. De acordo com colaboradores do Cepea, usinas continuam priorizando a entrega do açúcar já contratado, tanto para o mercado interno quanto para o externo, e há poucos lotes do cristal Icumsa até 180 disponíveis para venda à pronta-entrega, sustentando os valores. A paridade da exportação também tem dado apoio para o aumento dos preços do cristal no mercado interno.
Etanol
Os preços dos etanóis anidro e hidratado recuaram de forma expressiva na semana passada em São Paulo. De acordo com levantamento do Cepea, este cenário baixista, em partes, esteve atrelado ao posicionamento ainda tímido de algumas distribuidoras, que seguiram recebendo produto de outros estados produtores (especialmente de Mato Grosso) na modalidade spot, e também por conta dos contratos estabelecidos para o ano-safra. Do lado vendedor, algumas usinas ofertaram volumes pequenos, com preços menores que os praticados no período anterior, em função da necessidade de gerar receita.
Boi
As cotações do boi gordo para abate e dos animais de reposição (bezerro entre 8 e 12 meses) estão em queda neste mês de maio. De acordo com pesquisadores do Cepea, a pressão sobre os valores da arroba vem do crescimento na oferta de animais prontos para abate, o que, por sua vez, está atrelado a investimentos realizados em anos anteriores e, sobretudo, ao fim da safra e à piora da qualidade das pastagens. Do lado da demanda, parte dos frigoríficos tem reduzido o ritmo de compras de novos lotes para abate, indicando ter escalas de abate mais alongadas. E, segundo dados levantados pelo Cepea, a desvalorização da arroba do boi ocorre de maneira mais intensa que a verificada para a reposição, contexto que resulta em piora na relação de troca ao pecuarista que faz a recria-engorda.
CLIMA
Previsão de chuva
Previsão para a 1ª semana (22/05/2023 a 29/05/2023)
Na primeira, entre os dias 22 e 29 de maio, são previstos volumes de chuva maiores que 60 milímetros (mm) em áreas da Região Norte. Veja figura 1 (cores laranja, vermelho e rosa).
A previsão também indica acumulados de chuva acima de 50 mm (tons em amarelo na figura 1) no litoral de Alagoas e Sergipe devido à forte convergência de umidade em baixos níveis da atmosfera, associada à Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), no decorrer da semana.
Além disso, a combinação do calor com a alta umidade favorece a ocorrência de chuvas na divisa entre os estados do Paraná e Santa Catarina.
Região Norte: os volumes podem passar de 80 mm no oeste do Amazonas, norte do Amapá e em Roraima. Já no sul do Amazonas, Acre, Rondônia e em áreas centrais e do oeste do Pará, a chuva deve ser inferior a 50 mm. No sul do Pará e em Tocantins, a previsão é de tempo seco.
Região Nordeste: podem ocorrer chuvas expressivas na faixa leste da região, com volumes que podem ultrapassar 50 mm, especialmente, entre o litoral de Alagoas e Sergipe. Confira a nota detalhada! Já na parte central do Ceará e litoral sul da Bahia, os volumes podem ser menores que 30 mm. Nas demais áreas, o tempo ficará seco.
Região Centro-Oeste: Uma massa de ar quente e seco irá prevalecer sobre grande parte da região, dificultando a ocorrência de chuvas. No extremo noroeste de Mato Grosso e sul de Mato Grosso do Sul, a previsão indica chuvas mais localizadas e isoladas, com valores de até 20 mm.
Região Sudeste: prevalece o tempo quente e seco em grande parte da região. Em áreas do Espírito Santo e do Vale do Mucuri, em Minas Gerais, e, também, no Rio de Janeiro, a chuva pode ser fraca e isolada a partir do dia 24 de maio.
Região Sul: áreas de instabilidade podem provocar chuvas pontuais na divisa entre os estados do Paraná e Santa Catarina, com acumulados abaixo de 50 mm. Já no Rio Grande do Sul, a previsão é de baixos acumulados, com valores inferiores a 30 mm a partir do dia 24 de maio.
Figura 1. Previsão de chuva para a 1ª semana (22 a 29/05/2023). Fonte: INMET.
Na segunda semana, entre os dias 30 de maio e 7 de junho, os acumulados de chuva podem superar 80 mm em áreas da Região Sul do País. Veja figura 2.
Já no noroeste e sul da Região Norte e leste das regiões Sudeste e Nordeste, os volumes podem superar 40 mm. Nas demais áreas do País, predomina a previsão de pouca ou nenhuma chuva.
Previsão para a 2ª semana (30/05/2023 a 7/6/2023)
Região Norte: são previstos acumulados maiores que 40 mm na faixa norte e no extremo oeste da região. Já em áreas do sul do Acre, Rondônia, Tocantins e Pará, os volumes podem ser inferiores a 50 mm.
Região Nordeste: predomina o tempo quente e seco, principalmente, no interior da região. Na faixa norte e leste, há possibilidade de chuva com valores abaixo de 40 mm.
Região Centro-Oeste: são previstos baixos acumulados de chuva em praticamente toda a região. Os volumes não devem ultrapassar 50 mm.
Região Sudeste: predomina o tempo seco em parte da região, podendo ocorrer chuvas isoladas, com acumulados menores que 50 mm na divisa entre os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Região Sul: os acumulados de chuva não devem ultrapassar 60 mm no Paraná e em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, os volumes podem ser menores que 50 mm.
Figura 2. Previsão de chuva para a 2ª semana (30/05/2023 a 7/6/2023). Fonte: GFS
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CURSOS E EVENTOS
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Viticultura Tropical no Semiárido
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição: Clique aqui