Curadoria Semanal: Principais Informações do Mundo Agro! 06 a 12 de julho de 2024

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Curadoria Semanal: Principais informações sobre o mundo do agronegócio. Atualize-se e compartilhe!

GERAIS

Mapa reforça relações técnicas e comerciais com África do Sul e Etiópia

Para dialogar sobre a agenda de futuro da relação agropecuária bilateral com a África do Sul, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma missão oficial ao país. Na segunda-feira (1º), na capital administrativa, Pretoria, foram realizadas reuniões sobre temas como cooperação técnica e científica, bioinsumos, agricultura digital, agregação de valor e intercâmbio de conhecimentos.

Durante a missão, foi realizada reunião com o corpo de representantes diplomáticos das Ilhas Maurício, para apresentar oportunidades de investimento no agronegócio brasileiro e exportações. Ainda, a delegação visitou o grupo empresarial LMP, destacando oportunidades de investimento no setor agroflorestal brasileiro. Também foi realizada, na Embaixada do Brasil, em Petrória, um encontro com representantes da empresa Seara, para dialogar sobre oportunidades relacionadas ao mercado de frango para produtores brasileiros. O adido Agrícola brasileiro na África do Sul, Carlos Muller, destacou a importância dos avanços obtidos durante durante a missão, junto às autoridades e ao setor produtivo daquele país.

Já em Addis Ababa, capital da Etiópia, o secretário-Executivo Adjunto, Cleber Soares, em nome do ministro Carlos, Fávaro, retribuiu a visita feita pelo ministro da Agricultura da Etiópia ao Brasil, Girma Amente, realizada em abril. A delegação do Mapa foi recebida pelo vice-ministro da Agricultura da Etiópia, Eyasu Elias, onde foram discutidas pautas de interesse comum, com foco na cooperação técnica entre os países, com destaque para manejo de solos ácidos, e produção de fertilizantes.

Posteriormente, foi realizada reunião com o diretor-Geral do Instituto Etíope de Pesquisa Agrícola, Feto Esimo, para discutir assuntos de cooperação científica e intercâmbio de conhecimentos. A equipe também esteve com o ministro do Comércio e Integração Regional, Kassahun Gofe, abordando temas estratégicos para o comércio bilateral entre os países.

A missão foi recebida, ainda, pela vice-Ministra de Investimentos do Ministério da Agricultura da Etiópia, Sofia Kasa, que destacou áreas prioritárias para novos investimentos estrangeiros no setor agropecuário, incluindo a pecuária de corte, o comércio de máquinas e implementos agrícolas, a exploração comercial de terras agrícolas, o segmento de nutrição animal e a produção de grãos.

A delegação do Mapa visitou a embaixada brasileira para conhecer as instalações onde receberá a nova adidância agrícola do Brasil na Sede da União Africana. Concluída na sexta-feira, 5 de julho, a missão foi fundamental para reforçar e consolidar as relações bilaterais e explorar novas oportunidades de cooperação e negócios no agronegócio, promovendo benefícios mútuos entre o Brasil e os países africanos visitados.

Fonte: Mapa 10/07/2024

Aberturas de mercado no Equador para exportação de óleos e gorduras de aves e de ruminantes para alimentação animal

Com o anúncio desses dois novos produtos, o Brasil alcança sua 77ª abertura de mercado em 2024, totalizando 155 aberturas em 53 países desde o início de 2023

O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pela autoridade sanitária do Equador, da autorização para que o Brasil exporte óleos e gorduras, tanto de aves quanto de ruminantes, destinados à alimentação animal.

Nos cinco primeiros meses deste ano, o Equador importou mais de US$ 140 milhões em produtos agrícolas do Brasil, com destaque para produtos florestais, cereais e farinhas, que alcançaram cerca de 50% do total exportado.

Com o anúncio desses dois novos produtos, o Brasil alcança sua 77ª abertura de mercado em 2024, totalizando 155 aberturas em 53 países desde o início de 2023.

Esse resultado é fruto da ação coordenada entre o Ministério da Agricultura e Pecuária Ministério (Mapa) e das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Mapa 10/07/2024

Gestores estaduais se reúnem para definir estratégias para recuperação de áreas degradadas

Foto grátis close no processo de transplante de plantas

Gestores públicos das secretarias que promovem o desenvolvimento rural em 10 estados brasileiros estiveram reunidos, nesta sexta-feira (5), por videoconferência, para planejar a execução de oficinas estaduais que definirão as ações para a conversão e recuperação e pastagens degradadas. As atividades contribuirão para elevar a eficiência produtiva da agropecuária brasileira dos pontos de vista econômico e social e ambiental.

Promovidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, por intermédio da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI/Mapa), as oficinas têm por objetivos compartilhar conhecimentos, identificar as áreas e propor ações prioritárias, com base nas diretrizes do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD) e nas metas do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária 2020-2030 (Plano ABC+).

De acordo com a secretária da SDI, Renata Miranda, as tecnologias de recuperação de pastagens degradadas vêm sendo trabalhadas no Mapa há mais de uma década, com a implementação do plano ABC, hoje ABC+, e ganha ainda mais espaço no Governo Federal, com a criação do programa interministerial, o PNCPD. As políticas públicas visam o fomento de boas práticas agropecuárias contribuindo com a preservação ambiental, o aumento da renda dos agricultores e a segurança alimentar. “Apesar de temos uma robusta base de dados, é fundamental a participação e o olhar dos estados sobre essa análise territorial e as oficinas vão possibilitar essa interação. Ao final, teremos um estudo que, num futuro próximo, poderá ser amplamente utilizado na elaboração de estratégias de desenvolvimento econômico de áreas hoje consideradas improdutivas”, completou a secretária.

O primeiro encontro aconteceu em Cuiabá (MT), no dia 10 de julho, que será seguido por Campo Grande (24/7), Belo Horizonte (26/7), Salvador (29/7), Goiânia (01/8), Belém (6/8), Porto Velho (8/8), Palmas (15/8), São Paulo (30/8) e Porto Alegre (5/9). Nas oficinas, estão previstas a participação de representantes do Governo Federal, de instituições que compõe os Grupos Gestores Estaduais (GGE), de entidades sindicais, produtores rurais e convidados.

PNCPD

Criado dezembro de 2023, por meio do Decreto 11.815/2023, o PNCPD tem como finalidade de promover e coordenar políticas públicas destinadas à conversão de pastagens degradadas em sistemas de produção agropecuários e florestais sustentáveis.

Entre as atividades previstas estão: a adoção e manutenção das tecnologias sustentáveis; o mapeamento das áreas prioritárias para o desenvolvimento de cadeias produtivas condizentes com a sociobioeconomia local e regional; o financiamento a produtores rurais; o desenvolvimento de planos de negócios de acordo com os mapas de aptidão (áreas e culturas/práticas agropecuárias prioritárias), entre outros. Práticas que podem ocorrer de forma direta ou indireta.

Fonte: Mapa 10/07/2024

Crédito Rural: Novidades do Plano Safra 24/25 no Fórum Online da Ocepar

Novidades do Plano Safra 24/25 são apresentadas no Fórum Online da Ocepar — Itaporã News, há 16 anos com você!

Em sequência as ações de divulgação do novo Plano Safra, lançado na primeira semana de julho, o secretário Adjunto de Política Agrícola, Wilson Vaz, participou nesta segunda-feira (8) do Fórum Online promovido pelo Sistema Ocepar, para apresentar as novidades do Plano em vigência.

Entre as novas ações, estão o aprimoramento de acesso a investimento para o manejo florestal sustentável; o financiamento de equipamentos de proteção individual (EPI); os investimentos para a adequação do imóvel rural à legislação trabalhista; e a possibilidade de regularizar propriedades embargadas, em decorrência de desmatamento ilegal. Ainda, o secretário adjunto, reiterou que a elevação do limite de financiamento para construção ou expansão de armazéns pelas cooperativas passou de R$ 50 milhões para R$ 200 milhões.

Na ocasião, representantes do setor agropecuário e cooperativas apresentaram suas perspectivas diante do novo Plano, que foram ouvidas pelo secretário Adjunto e serão encaminhadas para o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Ainda, foi esclarecido por Wilson Vaz que os bancos podem antecipar recursos para o semestre subsequente, diante das demandas dos produtores, para evitar a interrupção de recursos.

Também participaram do Fórum o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, o secretário-geral da organização, Luiz Roberto Baggio, e mais de 170 inscritos.

Brasil ajuda Nigéria a aumentar produção de leite com raça Girolando

Foto: Zineb Benchekchou

Produtores de leite da Nigéria, no oeste da África, estão inseminando vacas das raças nigerianas Bunaji e Gudali com sêmen da raça sintética brasileira Girolando. O trabalho é feito em parceria com a Embrapa e o objetivo é alavancar a produção de leite no país, cuja média é de dois litros diários por vaca. Segundo o diretor da Agência Nacional para o Desenvolvimento da Biotecnologia Agrária (NABDA) da Nigéria, Abdullahi Mustapha, com o melhoramento genético dos rebanhos locais, a pecuária de leite nigeriana tem capacidade de elevar a produção diária para 10 a 15 litros por vaca.

“Já começamos a fazer as inseminações artificiais do gado nigeriano com o sêmen Girolando do Brasil”, diz Mustapha. Mais de 600 vacas foram inseminadas e, segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite (MG) Marcos Vinícius G. B. Silva, já nasceram 250 bezerras F1 (meio sangue de Girolando/raça nigeriana). A expectativa inicial é realizar 2 mil inseminações em cem fazendas que fazem parte do projeto.

O diretor de pesquisa em genética, genômica e bioinformática da NABDA, Oyekanmi Nash, diz que os produtores nigerianos vão esperar que as novas vacas entrem em produção para substituir paulatinamente o rebanho. Ainda segundo ele, de início, as novas vacas produziriam entre cinco e dez litros de leite e progrediriam sem perder a boa adaptabilidade das espécies nigerianas às condições locais. O próximo passo da NABDA é fazer a análise genômica das vacas F1 para identificar quais características os animais resultantes dos cruzamentos herdaram dos pais e prever o potencial das novas vacas para a produção de leite.

FAO e Embrapa na África

O projeto Biotechnologies for Sustainable Dairy production in Africa (Biotecnologias para a produção leiteira sustentável na África) foi desenvolvido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com a presença da Embrapa. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando participa indiretamente do projeto com informações sobre o pedigree dos touros e outros dados zootécnicos. Já a Nigéria seleciona as propriedades, treina os inseminadores e fornece o suporte para obtenção e coleta de dados.

O projeto prevê o melhoramento genético do rebanho nigeriano por meio de técnicas como inseminação artificial, edição do genoma e outras biotecnologias. O objetivo é melhorar a viabilidade econômica e a sustentabilidade da produção leiteira de pequena escala na África Subsaariana, utilizando as raças bovinas locais, já adaptadas às condições da região. Em breve, a parceria deverá ser estendida para a transferência de tecnologia em pastagens, alimentação e manejo.

De grande importância para a Nigéria, o projeto também é bom para o Brasil. “Além de incrementar a exportação de sêmen, embriões e animais Girolando, estamos exportando tecnologia de ponta, desenvolvida pelo Brasil, que é a avaliação genômica da raça Girolando”, afirma o pesquisador. Silva diz ainda que a Empresa está cumprindo seu papel, já que a África é uma das prioridades para a Embrapa no que se refere à cooperação internacional.

Ações como essa deverão ser expandidas para outros países africanos e do Oriente Médio. A Arábia Saudita, por exemplo, já demonstrou interesse em participar do projeto e uma proposta semelhante já foi encaminhada às autoridades daquele país. Além da exportação de sêmen e de tecnologia, outra vantagem para a pecuária nacional é que um grande mercado de venda de animais e embriões se abre para os criadores brasileiros.

Gigante da África

A Nigéria tem cerca de 210 milhões de habitantes, sendo o país mais populoso do continente africano e o sexto mais populoso do mundo. A previsão é que até 2050 o país se torne umas das 20 maiores economias mundiais. No entanto, a maior parte da população nigeriana ainda vive na pobreza absoluta. Mustapha informa que as crianças nigerianas não consomem sequer 10% da quantidade de leite necessária.

O país importa anualmente cerca de US$ 1,5 bilhão em produtos lácteos, mas Mustapha acredita que a Nigéria tem condições para ser exportador de leite para outros países africanos. “Temos um grande rebanho bovino, capacidade de alimentá-lo e pesquisadores em condições para tornar as raças nigerianas mais produtivas”, afirma. “Muitos países transformaram geneticamente seus rebanhos e estão produzindo leite em maior quantidade e melhor qualidade e nós também podemos realizar isso”, conclui.

Fonte: Mapa 10/07/2024

 

PRODUÇÃO

 

Pesquisa valida método de irrigação de cana como estratégia às mudanças climáticas

Envato - O BRCana permite a redução da suscetibilidade ao aumento da frequência e intensidade das secas ocasionadas pela mudança climática global

Foto: Envato

Pesquisadores da Embrapa idealizaram um conjunto inovador de parâmetros, coeficientes e estratégias para o manejo eficiente e sustentável da irrigação de cana-de-açúcar cultivada no Cerrado. Trata-se do Protocolo BRCana, uma prática agropecuária de manejo de irrigação para produção de cana-de-açúcar cultivada naquele bioma. O objetivo é verticalizar a produção, reduzir o custo por tonelada e a suscetibilidade ao déficit hídrico acentuado pelas mudanças climáticas. As técnicas ainda aumentam a sustentabilidade da produção de cana-de-açúcar, por reduzir a demanda de terra e de água, inclusive como menor pegada hídrica do que na produção de sequeiro.

A tecnologia recomenda o manejo da irrigação de cana-de-açúcar pelo método combinado, que adota o método via clima como base, mas conjuga a umidade do solo e o sensoriamento da planta como camadas adicionais de informação e aferição. Recomenda ainda parâmetros customizados com foco na maior eficiência do uso de água e na economicidade da produção de cana no Cerrado, incluindo o manejo nas fases de crescimento e maturação (drying-off, em inglês).

A forma de se produzir cana-de-açúcar mudou radicalmente nas últimas décadas, mas ainda não havia sido desenvolvido um pacote tecnológico de produção irrigada para esse cenário. Segundo o pesquisador, a completude e a solidez da tecnologia são conferidas por dois aspectos: estabelecer os níveis de uso de água para irrigação de cana-de-açúcar que entregam uma maior eficiência e sustentabilidade desse uso e instruir como realizar o manejo de irrigação para se atingir tais níveis. Adicionalmente, informa Bufon, o BRCana permite a redução da suscetibilidade ao aumento da frequência e intensidade das secas ocasionadas pela mudança climática global. O pesquisador enfatiza que “apesar de desenvolvida no Cerrado, a tecnologia também pode ser aplicada a outros biomas e, inclusive, outros países produtores”.

Validação do método em usinas sucroenergéticas

A prática agropecuária foi desenvolvida sob plataforma experimental de longa duração (desde 2010), grande amplitude geográfica e edafoclimática, conferindo perfeita semelhança às condições reais de produção. Segundo Bufon, todo o processo de desenvolvimento foi realizado dentro de usinas sucroenergéticas, “sob a estratégia de pesquisação (o usuário final atua como coparticipante do desenvolvimento das técnicas), o que confere elevada solidez e aplicabilidade à tecnologia”, explica. A adoção da irrigação em parte da área das usinas sucroenergéticas foi apontada como estratégia de adaptação às mudanças climáticas e incremento da sustentabilidade.

A operação de irrigação, seja salvamento ou deficitária, é complexa, tanto do ponto de vista operacional quanto técnico, sobretudo quando aplicada a culturas de ciclo produtivo mais longo como a cana-de-açúcar. O processo, em avaliação desde 2012, já escalou para uso comercial, ainda sob o acompanhamento da Embrapa, nas usinas dos grupos Jalles Machado, São Martinho, Grupo Pedra Agroindustrial, Alta Mogiana, Raizen e Santa Adélia. Com a adoção da tecnologia, a produtividade média das áreas irrigadas, em ciclos de análise de 12 anos, salta 70%, de 71 toneladas de cana por hectare (t/ha) para 120 t/ha.

Cenários da produção irrigada

O agravamento da crise climática, com prognóstico de eventos de seca mais frequentes e intensos, gera como consequência acentuação dos riscos para a segurança alimentar. Nesse contexto, políticas nacionais e organismos internacionais apontam a produção irrigada, conduzida de forma eficiente e sustentável, como uma das ferramentas de mitigação de mudança climática e suporte à segurança alimentar. Para demonstrar que a produção irrigada auxilia na mitigação das mudanças climáticas e aumenta a eficiência ambiental da produção sucroenergética, Bufon realizou um exercício da visão do padrão de sustentabilidade que se deseja nas usinas, por meio da adoção de irrigação como estratégia de adaptação às mudanças climáticas.

A outra estratégia apresentada foi a irrigação deficitária, por gotejamento ou pivô. Chama-se deficitária porque entrega apenas de 15% a 35% da demanda hídrica total da cana, mas com grandes efeitos na produtividade, longevidade, eficiência de uso da terra, redução de custo da tonelada de cana, além da redução da demanda de corretivos, fertilizantes e diesel para produzir cada tonelada da cultura. Bufon também mostrou que, se a usina optasse pela expansão em novas áreas (expansão horizontal) ao invés desse investimento na verticalização por meio da irrigação da menor fração de suas áreas, no cenário 1, seria necessária a adição de 6.900 ha de terra. O custo de formação de canavial associado a essa expansão horizontal seria de, aproximadamente, R$ 110 milhões de reais.

Essa alternativa ainda implicaria a perda de todas as eficiências de uso da terra, redução de custo de formação de lavoura, de viveiros etc. Isso ainda só seria possível se houvesse terra disponível na região da usina. Se a disponibilidade de terra para expansão fosse em terras piores e mais distantes, quantidade ainda maior que 6.900 ha seria necessária, e a demanda de insumos e combustível por tonelada de cana também aumentaria. No cenário 2, a demanda de expansão horizontal seria de 9.900 ha, com custo de formação de canavial de, aproximadamente, R$ 158 milhões. “Para os propósitos da técnica agropecuária em questão, se adotada com parâmetros e estratégias corretas, e sob bom arcabouço de regulação e gestão para o uso racional dos recursos hídricos nas bacias, a produção irrigada é mais sustentável e eficiente do que a produção de sequeiro”, salienta Bufon.

Fonte: Embrapa 10/07/2024

Plano emergencial é montado para combater fungo em plantações de uva em São Paulo

Alan Rodrigues - Bagas de uvas mumificadas mostram o estrago causado pela doença (foto tirada no sítio do produtor Ademir Minjoni, em Jundiaí, SP)
Foto: Alan Rodrigues

Produtores de uva do Circuito das Frutas Paulista – área que engloba dez municípios de São Paulo com destaque na fruticultura – estão perdendo suas produções pelo avanço da podridão da uva madura, doença causada pelo fungo Glomerella cingulata. O fungo encontrou condições ambientais favoráveis para se multiplicar nos vinhedos da região e, há pelo menos quatro anos, prejudica os vitivinicultores locais. Nesta última safra, no entanto, os danos provocados pelo patógeno chegaram a um nível sem precedentes, com perdas variando de 30% a até 100% da colheita.

Renê Tomasetto, presidente da Associação Agrícola de Jundiaí acredita que o fator climático favoreceu a multiplicação do fungo na região e ressalta que 2023 foi um ano atípico, marcado por chuvas acima da média, com precipitações na época de poda e da colheita, intercalada por períodos secos. Com umidade e temperaturas ideais, o fungo avançou de forma agressiva, vencendo a batalha para frear a sua propagação.

Rafael Mingoti avalia que, a partir da união das instituições, poderão ser realizados ajustes nas práticas de controle da doença, desde os tratamentos de inverno, adubação, tratos culturais e controles biológico e químico, o que por si já trará resultados benéficos.

A primeira fase do Plano consiste na seleção de produtores receptivos à instalação de ensaios de controle da podridão da uva madura. No período de 1 a 4 de julho, o grupo de especialistas visitou algumas propriedades localizadas nos municípios de Jundiaí, Louveira, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Indaiatuba e Elias Fausto, para conversar com os proprietários sobre o projeto e coletar restos culturais – amostras nas quais o patógeno sobrevive no período de dormência das plantas, como cachos mumificados (atacados na última safra), ráquis e gemas dos ramos da videira.

Esse material será levado para o Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Uva e Vinho, onde se desenvolverá a etapa seguinte, visando ao isolamento do patógeno, a sua identificação por meio da morfologia e testes para detectar a presença de isolados resistentes a determinados grupos de fungicidas. “É preciso identificar as espécies da fase assexual da Glomerella e avaliar a sua sensibilidade e tolerância aos fungicidas, pois alguns isolados podem, além disto, se tornar resistentes a determinados produtos devido ao uso indiscriminado”, explica o pesquisador Lucas Garrido, um dos especialistas da Embrapa Uva e Vinho convidados para essa ação, com a pesquisadora Rosemeire Naves. O cientista ressalta que o conjunto de ações propostas prevê duas linhas de enfrentamento: a primeira, com medidas para adoção imediata, visa reduzir a pressão do patógeno presente nos vinhedos; e a segunda, a redução da taxa da doença ao longo da safra.

O grupo de especialistas também instalará ensaios nas propriedades selecionadas e acompanhará os resultados. Garrido adianta que esses trabalhos vão averiguar a eficácia dos produtos em testes para acelerar a decomposição dos restos culturais do vinhedo – materiais nos quais o patógeno sobrevive de uma safra para outra. Eles irão também realizar a aplicação de indutores de resistência, aumentando a capacidade de defesa da planta; além de elaborar recomendações de manejo integrado para os produtores que tiveram grandes perdas.

Fonte: Embrapa 10/07/2024

Workshop debate integração da pecuária de leite ao manejo de abelhas em sistema biodiverso

Foto grátis close de um grupo de abelhas criando uma abelha cheia de mel delicioso

Realizado na Embrapa Gado de Leite, o 1º Workshop SAF Leite e Mel teve como objetivo trocar conhecimentos e experiências sobre sistemas agroflorestais (SAF) para o planejamento do projeto SAF Leite & Mel da Embrapa Gado de Leite. O projeto visa integrar a criação de bovinos ao manejo racional de abelhas nativas sem ferrão (meliponicultura) em sistemas agroflorestais biodiversos e será implantado no campo experimental da Unidade, em Coronel Pacheco/MG.

Com a proposta de construção coletiva e participativa do sistema, o workshop teve a participação de agricultores familiares, extensionistas da Emater-MG, pesquisadores de seis Unidades da Embrapa (Embrapa Agrobiologia, Embrapa Cerrados, Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Solos, Embrapa Milho e Sorgo e Diretoria de Negócios – DENE), professores da UFJF e UFV, representantes das ONGs The Nature Conservancy Brasil e GAAS, dos movimentos sociais MST e Fetaemg, da startup Nativa, além de apresentações de experiências de produtores em agroecologia (Fazenda Ecológica, Projeto Ecoleite e Mangalô Agroflorestal).

Segundo a pesquisadora Fernanda Samarini, a Embrapa Gado de Leite tem uma atuação consolidada nos sistemas integrados de produção, como o ILPF, comprovando os benefícios das SAFs para a produção e conforto dos animais. “A ideia com esse projeto é incrementar esses sistemas, tornando-os mais biodiversos e sustentáveis”, diz a pesquisadora. Ainda segundo a pesquisadora, o projeto visa também fortalecer as conexões entre os diferentes elos da cadeia agroalimentar para a consolidação de um território agroecológico na região. “Queremos construir de forma conjunta um sistema mais biodiverso, provendo espécies de árvores e arbustos que forneçam alimentos pra os bovinos, reduzindo a dependência de insumos externos, além dos produtos oriundos da criação de abelhas nativas.”, diz.

Diferente da apicultura, que utiliza abelhas exóticas com ferrão, a meliponicultura, que será adotada no projeto, é a criação racional de abelhas nativas sem ferrão. O Brasil possui mais de 300 espécies desse tipo de abelha. O pesquisador Ricardo Camargo, da Embrapa Meio Ambiente, que proferiu a palestra de abertura do workshop, diz que as abelhas nativas são uma alternativa de produção sustentável de baixo investimento e bom rendimento e, por não terem ferrão, não oferecem riscos aos animais e às pessoas. “As abelhas são polinizadoras efetivas e contribuem para a biodiversidade, além integrarem ao sistema produtos de alto valor agregado, contribuindo para a renda do produtor”, afirma o pesquisador.

O evento contou com palestras de pesquisadores de outras cinco unidades da Embrapa. Também proferiram palestras professores de duas universidades federais (UFJF e UFV) e representantes do The Nature Conservancy Brasil (ONG), Emater-MG, Instituto Estadual de Florestas, Nativa (eco cosméticos), GAAS (adubação verde) e associações agroecológicas (Projeto Ecoleite e Mangalô Agroflorestal).

 

Monitoramento semanal das condições das lavouras

Atualizado em 08 de julho

Foto grátis planta de algodão macio no prado dourado do pôr do sol gerado por ia

Algodão  – 12,3% colhido. Em MT, a colheita ocorre pelas principais regiões do estado. Na BA, as chuvas esparsas não inviabilizam a maturação e a colheita, que está em andamento, mas em ritmo lento. Em MS, a colheita está mais adiantada do que na última safra. No MA, a colheita foi iniciada nas áreas de segunda safra. As operações se concentram no Sul do estado. As demais regiões apresentam lavouras em maturação. Em GO, a colheita avançou e, no geral, o rendimento e a qualidade são bons. Em MG, a colheita iniciou nas áreas irrigadas. Essas lavouras apresentam melhores condições e devem incrementar a média produtiva da cultura no estado. Em SP, as áreas em sequeiro têm apresentado danos significativos em virtude da escassez de chuvas. No PI, a colheita evolui normalmente.

Foto grátis foto de foco seletivo de uma planta verde no campo

Feijão 2ª safra – Na BA, o clima estável favorece a maturação e a colheita do feijão-caupi. Os grãos apresentam boa qualidade e rendimento. As lavouras de feijão cores irrigado estão em enchimento de grãos e também demonstram bom desenvolvimento. Em MG, a colheita está em fase final, restando apenas lavouras de plantio mais tardio, principalmente no Sul. A elevada incidência de mosca-branca e as restrições hídricas têm gerado perda de rendimento e de qualidade nos grãos.

 

 

Feijão em foto de close up para tema de agricultura e comida

Feijão 3ª safra – Em MG, a semeadura está concluída e as lavouras mais precoces estão em maturação. No geral, a cultura apresenta boas condições, sendo favorecida pela irrigação suplementar. Em GO, a colheita iniciou em áreas do Oeste e do Leste Goiano. Há uma condição climática favorável à cultura, além de uma baixa pressão de pragas e doenças, permitindo ótimo desenvolvimento das lavouras irrigadas. Na BA, o cultivo se concentra no Nordeste do estado. As chuvas estão sendo rápidas, mas suficientes para o desenvolvimento das lavouras, que estão entre as fases vegetativas e início da reprodutiva.

 

 

Foto grátis vapores de café fresco na mesa de madeira fecham a ia generativa

Café – Em MG, a colheita avançou, favorecida pelo clima seco e atingiu cerca de 35% da área total. A colheita iniciou
antecipadamente devido à florada mais precoce, no começo do ciclo, e pelas temperaturas elevadas durante a granação e maturação. Esta condição acelerou parte da fenologia da cultura, causando desuniformidade na maturação, nessas primeiras áreas, e elevado percentual de peneira baixa. O alto percentual de grãos verdes observados no início da colheita reduziram o potencial produtivo dessas lavouras mais precoces, devido à colheita de frutos imaturos e mais leves.

 

Foto grátis vista de perto do milho ainda em sua casca

Milho 2ª Safra61,1% colhido. Em MT, a colheita continua em ritmo acelerado, avançando nas áreas mais tardias e mantendo boas produtividades. No PR, o tempo seco prejudica as lavouras tardias no Norte do estado. Em MS, a estiagem prolongada continua afetando as lavouras tardias do Sudoeste do estado. Em SP, a falta de chuvas impactou no potencial produtivo das lavouras de sequeiro. Em MG, a colheita das áreas semeadas no início da janela de plantio, que tiveram boas condições de desenvolvimento, está finalizando. As áreas prejudicadas pelas baixas precipitações iniciaram a colheita. No TO, a colheita alcança 45% da área estimada. No MA, a colheita avança na região Sul, com redução da produtividade, estimada inicialmente. No PI, a colheita avança em ritmo normal devido à redução de umidade dos grãos. No PA, o tempo seco e quente no estado favoreceu a colheita nas regiões de Redenção e da BR-163, mas tem prejudicado as lavouras tardias no Polo de Paragominas. Na região de Santarém, as precipitações ainda ocorrem, favorecendo o enchimento de grão das lavouras semeadas tardiamente.

Campo de trigo dourado

Trigo – 81,9% semeado. No RS, os dias intercalados de chuvas vêm favorecendo a semeadura, que se aproxima de 70% da área prevista. As precipitações beneficiaram o desenvolvimento das lavouras. No PR, o plantio está em fase final, mas a escassez de chuvas tem impactado a evolução das operações e também o desenvolvimento das lavouras. Áreas mais precoces iniciaram a fase de enchimento de grãos. Em SP, as lavouras são afetadas pelas restrições hídricas e pelo calor, além do aumento da incidência de lagartas. Em SC, pouco mais de ⅓ da área foi semeada. As condições são favoráveis à implantação e ao desenvolvimento inicial das lavouras. Na BA, as condições de alta luminosidade e baixas temperaturas noturnas auxiliam o bom desenvolvimento das lavouras. Em MG, as lavouras de sequeiro apresentam produtividades abaixo do esperado inicialmente. Em GO, a colheita das áreas em sequeiro está sendo finalizada. Nota-se perda de potencial produtivo nas áreas mais tardias devido à ausência de chuvas. As áreas irrigadas apresentam boas condições e estão em desenvolvimento vegetativo e floração. Em MS, as lavouras estão entre desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos. Observa-se perda do potencial produtivo em razão da restrição hídrica mais acentuada.

Fonte: CONAB – Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras. Atualizado em 08 de julho de 2024

 

MERCADO

INDICADORES CEPEA 

Campos agrícolas coloridos de cima de centeio e milho de trigo girassol

SOJA: MÉDIAS DE JUNHO SÃO AS MAIORES DO ANO; EXPORTAÇÃO É RECORDE. AOs preços da soja seguem em alta no mercado doméstico; em junho, atingiram as maiores médias do ano, em termos reais (IGP-DI de maio), de R$ 138,92/sc para o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e de R$ 133,98/sc de 60 kg no caso do Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná, respectivos aumentos de 2,1% e 2,4% em relação ao mês anterior (maio/24). Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem da firme demanda internacional pelo produto brasileiro e da valorização externa. Além disso, uma parcela de sojicultores se mostra resistente em comercializar grandes volumes, na expectativa de que a taxa cambial elevada continue favorecendo as exportações e, consequentemente, os preços do grão no Brasil. No acumulado do primeiro semestre, os embarques de soja somaram 64,13 milhões de toneladas, um recorde para o período e 2,2% superior ao volume escoado em intervalo equivalente de 2023 – dados Secex. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

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ETANOL: DEMANDA AQUECIDA E VENDEDOR FIRME SUSTENTAM PREÇOS EM ALTA. Os preços dos etanóis estão em alta há quatro semanas no spot do estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, além da demanda aquecida pelo biocombustível, que se mostra competitivo frente à gasolina C, agentes de usinas seguem firmes nos valores pedidos em novos fechamentos. Também contribuem para sustentar as cotações, conforme pesquisadores do Cepea, o elevado valor do açúcar no mercado internacional e o dólar, à medida que esse cenário tende a levar usinas a direcionarem um maior volume de cana-de-açúcar à produção do alimento em detrimento do biocombustível. De 1º a 5 de julho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,5337/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), aumento de 2,72% frente ao do período anterior. Para o anidro, a alta foi de 6,32%, com o Indicador a R$ 2,9077/litro (líquido de PIS/Cofins). Ainda assim, os atuais patamares seguem abaixo dos registrados em anos anteriores. Os Indicadores CEPEA/ESALQ mensais de junho/24 do hidratado e do anidro (spot + contratos) foram os menores das últimas três safras para o período, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-M de junho). Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis bela foto de um campo branco com céu nubladoTRIGO: CLIMA SECO PREOCUPA AGENTES. O clima seco das últimas semanas, especialmente no Paraná, em São Paulo e em Santa Catarina, limitou o avanço da semeadura e o desenvolvimento das lavouras de trigo já implantadas. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário vem preocupando agentes, tendo em vista que pode resultar em menor produtividade. Ao mesmo tempo, as chuvas em parte do Sul do País nesse último final de semana podem amenizar a situação. Quanto às transações externas, dados da Secex mostram que, no acumulado do primeiro semestre, chegaram aos portos brasileiros 3,37 milhões de toneladas de trigo, acima das 2,1 milhões de toneladas em igual intervalo de 2023 e o maior volume importado no período desde 2012. As exportações, por sua vez, atingiram 2,48 milhões de toneladas nos seis primeiros meses deste ano, um recorde. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

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AÇÚCAR: MÉDIAS INICIAM JULHO PERTO DA ESTABILIDADE. Levantamento do Cepea mostra que os preços médios do açúcar cristal branco no spot de São Paulo iniciaram julho sem grandes variações, com a saca de 50 quilos oscilando entre R$ 132 e R$ 133. Segundo pesquisadores do Cepea, usinas procuraram manter firmes os valores de suas ofertas, já que a demanda se mostrou um pouco mais aquecida. Apesar das vendas estáveis para o varejo, pesquisadores do Cepea explicam que compradores adquiriram novos lotes do cristal no mercado doméstico, diante da possibilidade de valorizações maiores, com as recentes altas internacionais do açúcar demerara e da taxa de câmbio. Além disso, há rumores de que possa ocorrer quebra de safra na atual temporada de cana-de-açúcar (2024/25), devido ao clima seco predominante no estado de São Paulo, o que pode comprometer a oferta do adoçante. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Flores de algodão

ALGODÃO: ALTAS SÃO INTENSIFICADAS NESTE COMEÇO DE JULHO. O movimento de alta nos preços domésticos do algodão em pluma se intensificou neste começo de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem da oferta ainda restrita no spot nacional e da maior procura de compradores – esses demandantes passaram a ofertar valores superiores na tentativa de atrair vendedores. Ressalta-se que, apesar da estimativa de produção recorde de algodão na temporada 2023/24, vendedores seguem firmes em suas ofertas. Como a disponibilidade continua restrita, agentes optam por cumprir contratos a termo neste primeiro momento. No campo, segundo a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), até o dia 4 de julho, apenas 7,2% da área estimada no Brasil havia sido colhida. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis visão da xícara de caféCAFÉ: COLHEITA DE ARÁBICA AVANÇA BEM NO BRASIL. Levantamento do Cepea mostra que o volume de café arábica colhido nas regiões do Cerrado Mineiro e do Sul de Minas, importantes polos de produção da variedade, já passou da metade do total esperado para a temporada 2024/25. Produtores seguem preocupados com a qualidade do grão, que ainda está aquém do esperado. Desde o começo da colheita, no Sul de Minas, agentes consultados pelo Cepea relatam que a gramatura dos grãos está inferior ao registrado em período equivalente de anos anteriores. Com grãos de peneira abaixo de 17/18, cafeicultores demandam mais grãos para encher uma saca, fato que, por sua vez, aumenta o custo unitário de produção. Para o robusta, a colheita está se aproximando da reta final. Agentes consultados pelo Cepea também indicam que a qualidade está inferior para bebida, e o grão está com peneira abaixo do esperado. Mesmo com as atividades de campo avançando bem no Brasil, as cotações do arábica e do robusta seguem em elevação. Pesquisadores do Cepea indicam que o cenário de oferta global apertada, em especial de robusta, e o ainda baixo volume de grão da safra nova brasileira sendo disponibilizado no spot nacional – vale lembrar que produtores destinam os primeiros lotes ao cumprimento de contratos – dão suporte aos valores internos. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis detalhes de papel de parede de arroz em casca e arroz brancoARROZDEMANDA DÁ SUPORTE AOS PREÇOS. Os preços do arroz em casca estão firmes neste começo de julho no Rio Grande do Sul. De acordo com pesquisadores do Cepea, a sustentação vem da demanda relativamente firme, com interesse de compradores interno e externo. Do lado vendedor, muitos estão afastados das negociações de novos lotes, atentos aos pagamentos de custeio da temporada 2023/24 e à disponibilidade de crédito para o cultivo da safra 2024/25. Pesquisadores do Cepea indicam que, aos poucos, o mercado gaúcho de arroz em casa parece voltar à normalidade, havendo menores impactos de notícias quanto à interferência governamental nas transações da cadeia produtiva. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Foto grátis tilapia ou tilapia pretaTILÁPIA: PREÇOS RECUAM, MAS PODER DE COMPRA DO PRODUTOR CRESCE. Com o varejo ainda abastecido e frigoríficos demandando pouco peixes, os preços da tilápia recuaram de maio para junho em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Apesar disso, o poder de compra do produtor no mês esteve acima do registrado no mesmo período de 2023. Essa situação favorável foi verificada em praticamente todas as regiões, com exceção da praça de Grandes Lagos. Pesquisadores do Cepea indicam que a melhora no poder de compra do produtor de tilápias esteve atrelada à queda nos valores da ração (um dos principais gastos para o produtor). Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

vegetal natural branco frescoALFACE: BAIXAS TEMPERATURAS PRESSIONAM COTAÇÕES EM SPA. As temperaturas mais baixas registradas no Sudeste vêm desestimando o consumo de folhosas cruas, pressionando as cotações no cinturão verde paulista. Segundo levantamento da equipe Hortifrúti/Cepea, em Ibiúna, o preço da alface crespa caiu quase 32% na última semana, frente à anterior, fechando a R$ 14,57/cx com 20 unidades. Em Mogi das Cruzes, a americana se desvalorizou 3,17%, terminando à média de R$ 25,42/cx com 12 unidades. Pesquisadores do Hortifrúti/Cepea explicam que, até o momento, o inverno seco trouxe certo impacto às lavouras; naquelas que possuem irrigação, houve aumento do custo produtivo, enquanto nas que não têm, a escassez hídrica limitou o potencial de desenvolvimento dos pés. Ainda que a previsão para esta semana seja de chuvas em ambas as regiões, de acordo com a Climatempo, a estiagem pode se prolongar nos meses seguintes. Fonte: Hortifrúti/Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Composição nutritiva de raízes de mandioca fatiadas

MANDIOCA, MÉDIA SEMANAL É A MAIOR DESDE FEVEREIRO/24. Impulsionados pela baixa oferta, os preços da mandioca seguiram em alta na última semana, atingindo a maior média desde fevereiro deste ano. Entre 1º e 5 de julho, a tonelada da raiz posta fecularia foi cotada a R$ 466,29 (R$ 0,8109 por grama de amido) – valor médio nominal a prazo –, aumento de 4,8% em relação ao período anterior, mas ainda 34,9% abaixo do de intervalo equivalente do ano passado, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI). Segundo pesquisadores do Cepea, os trabalhos seguem interrompidos em grande parte das lavouras de mandioca do Centro-Sul do País, por conta do agravamento da estiagem. Além do clima, tem se notado também uma maior retração de alguns produtores, agora em razão de expectativas altistas. Assim, na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, a indústria de fécula vem tendo dificuldades para manter os volumes de esmagamento, mesmo se abastecendo em praças mais distantes. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Ovos fritos com vegetais na panela

OVOS: EXPORTAÇÕES AVANÇAM PELO 3º MÊS CONSECUTIVO. Dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea apontam que as exportações brasileiras de ovos (produtos in natura e processados) somaram 1,606 mil toneladas em junho, volume 18,6% superior ao de maio, impulsionado sobretudo pelas compras do Catar. Trata-se do terceiro mês consecutivo de aumento, com os embarques alcançando o melhor desempenho desde fevereiro deste ano. Ainda assim, ficaram 65,8% abaixo do registrado em junho/23. Quanto ao mercado doméstico, pesquisas do Cepea mostram que a liquidez segue baixa neste início de julho, com as cotações variando pouco na maioria das praças acompanhadas. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

 

Refeição

MILHO: PREÇOS INICIAM JULHO COM QUEDAS MAIS INTENSAS. O movimento de queda nos preços do milho foi intensificado na primeira semana de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem do aumento da oferta do cereal no spot, com o bom andamento da colheita de segunda safra, e das desvalorizações externas. Além disso, muitos consumidores brasileiros evitam adquirir grandes volumes, priorizando o recebimento de lotes negociados antecipadamente à espera de novas desvalorizações. Do lado dos vendedores, embora se mostrem mais flexíveis, uma parcela ainda aposta em recuperações nos preços, fundamentados, conforme pesquisadores do Cepea, na menor produção nesta temporada e no clima desfavorável durante o desenvolvimento da atual safra – como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca no Sudeste e em partes do Centro-Oeste. Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

 

CLIMA

PREVISÃO CLIMÁTICA 

Boletim Agroclimatológico

Prognóstico Agroclimático para o período de julho, agosto e setembro de 2024

Região Norte:

Chuvas: Predomínio de chuvas próximas ou abaixo da média em grande parte da região. Chuvas acima da média apenas no extremo norte de Roraima, Amapá e noroeste do Amazonas.
Temperaturas: Acima da média em toda a região, com possibilidade de temperaturas elevadas no sul da Amazônia, aumentando o risco de queimadas.
Umidade no solo: Baixos níveis de umidade na maior parte da região, exceto no norte, que deve ter níveis elevados, mas tendem a reduzir até setembro.

Região Nordeste:

Chuvas: Próximas à média no interior e ligeiramente abaixo da média no restante da região. Eventos de chuva intensa podem ocorrer no litoral devido ao aquecimento do Atlântico Tropical.
Temperaturas: Acima da média em todo o território, especialmente no interior.
Umidade no solo: Elevados níveis no noroeste do Maranhão e costa leste, baixos níveis no interior, favorecendo a maturação do algodão e milho segunda safra.

Região Centro-Oeste:

Chuvas: Tendência de chuvas abaixo da média devido ao início do período seco.
Temperaturas: Acima da média, com dias de calor intenso, aumentando o risco de queimadas.
Umidade no solo: Redução significativa, prejudicando lavouras de milho segunda safra semeadas tardiamente. Níveis satisfatórios no sul de Mato Grosso do Sul.

Região Sudeste:

Chuvas: Predomínio de chuvas abaixo da média, com possibilidade de chuvas ligeiramente acima da média em áreas pontuais do litoral.
Temperaturas: Acima da média na maior parte da região, com possíveis quedas em dias de incursão de ar frio, podendo haver geadas em áreas de maior altitude.
Umidade no solo: Redução geral, prejudicando lavouras de milho segunda safra e trigo. Níveis satisfatórios no leste de São Paulo e Rio de Janeiro.

Região Sul:

Chuvas: Acima da média na parte central e leste do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sudeste do Paraná. Chuvas próximas ou abaixo da média no norte do Paraná.
Temperaturas: Acima da média na maior parte, com temperaturas próximas da média no centro-sul do Rio Grande do Sul. Possíveis geadas devido à incursão de ar polar.
Umidade no solo: Níveis elevados em grande parte devido às chuvas recentes, mas o excesso pode prejudicar a semeadura e desenvolvimento do trigo no Rio Grande do Sul. Baixa umidade no noroeste do Paraná, afetando trigo e milho segunda safra.

Fontes: INMET 10/07/2024  / Clima Tempo 11/07/2024

EVENTOS E CURSOS AGRO

Confira aqui e aproveite a oportunidade!

DATA DE INÍCIO: 15 de julho de 2024 – 08:00
CATEGORIA: Cursos
Mais informações e inscrições: Agroagenda 11/07/2024
Evento on-line e gratuito
 -
DATA DE INÍCIO: 10 de Setembro de 2024
DATA DE TÉRMINO: 13 de setembro de 2024
CATEGORIA: Congresso
Mais informações e inscrições: Embrapa 03/07/2024
DATA DE INÍCIO:18 de julho de 2024 15:00
DATA FINAL: 18 de julho de 2024 16:00
Inscrições:  Agro Agenda 11/07/2024
Categoria: Live
Evento on-line e gratuito
DATA DE INÍCIO: 28 de julho de 2024 – 07:30
DATA FINAL: 1 de agosto de 2024 18:30
CATEGORIA: Curso
ENDEREÇO: UFT – Campus Palmas – 109 Norte Av. NS-15, ALCNO-14. Plano Diretor Norte.
CEP: 77001-090. Palmas/TO, Av. Juscelino Kubitscheck, Palmas – TO
Mais informações e inscrições: Agroagenda 04/07/2024
Evento presencial
INSCRIÇÕES – PROFISSIONAL SÓCIO DA SOBER e SÓCIO DE ENTIDADE PARCEIRA DA SOBER – R$320,00
INSCRIÇÃO – PROFISSIONAL NÃO SÓCIO DA SOBER – R$765,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE PÓS GRADUAÇÃO DA SOBER – R$80,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE PÓS GRADUAÇÃO NÃO SÓCIO – R$275,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO SÓCIO DA SOBER – R$40,00
INSCRIÇÕES – ESTUDANTE DE GRADUAÇÃO NÃO SÓCIO DA SOBER – R$160,00
DATA DE INÍCIO: 25 de julho de 2024 08:00
DATA FINAL: 27 de julho de 2024 18:00
LOCAL: Minas Gerais (MG)
CATEGORIA: Feira Agro
TELEFONE38 99893-4837
Mais informações e inscrições: Agroagenda 11/07/2024
Evento presencial
                         
DATA DE INÍCIO: 22 de julho de 2024 08:00
DATA DE TÉRMINO: 26 de julho de 2024 18:00
ENDEREÇO: Coopercitrus Cooperativa de Produtores Rurais Rodovia Brigadeiro Faria Lima, Km 384 Sul – Lote A – Bebedouro/SP
TELEFONE: +55 17 3344-3000
CATEGORIA: Feira Agro
Mais informações e inscrições: Agroagenda 11/07/2024
Evento presencial

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