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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

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GERAIS

Ministro da Agricultura destaca liderança do Brasil na agricultura de baixo carbono

Somos líderes em agricultura de baixo carbono”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante seu discurso no encontro ministerial do AIM for Climate Summit, evento apoiado pela Foundation for Food & Agriculture Research (FFAR) e sediado em Washington D.C., nos Estados Unidos.

No evento, que ocorreu de 8 a 10 de maio, reunindo formuladores de políticas, líderes da indústria, produtores, grupos da sociedade civil e cientistas e pesquisadores em todo o mundo para impulsionar uma ação climática rápida e transformadora, o ministro destacou o trabalho que vem sendo realizado no Brasil ao longo das últimas décadas, permitindo que o país seja considerado, hoje, um líder na agricultura de baixo carbono e também um dos maiores exportadores de alimentos para o mundo.

“A pesquisa e a inovação são pedras fundamentais da agricultura brasileira. Ao longo dos últimos 50 anos, graças à criação da Embrapa, o Brasil desenvolveu tecnologias de ponta em agricultura tropical sustentável. Adaptamos plantas e animais ao clima tropical e reduzimos drasticamente o custo dos alimentos para a população e desenvolvemos técnicas que aliam produtividade e cuidado ao meio ambiente”, declarou em seu discurso.

A proposta, conforme salientou o ministro, de intensificação da produção de alimentos, com sustentabilidade e tendo em vista a segurança alimentar, se apoia na ciência e inovação. Para isso, a Embrapa contou com um incremento de 46% no orçamento para este ano. Além disso, o Plano Safra 2023/24 será apoiado nas diretrizes do programa ABC+, valorizando as práticas que priorizam a agricultura de baixo carbono e demais condicionantes socioambientais.

Fonte: Mapa

Linha de financiamento rural em dólar terá mais R$ 2 bilhões disponíveis aos produtores

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (9) um aumento nos recursos disponíveis para a linha de financiamento rural em dólar com taxa fixa desenvolvida em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Com mais R$ 2 bilhões suplementares, a linha BNDES Crédito Rural na modalidade com referencial de custo em dólar chegará a um total de R$ 4 bilhões.

Para receber o crédito, o agricultor deve possuir receitas em dólar ou atreladas à moeda americana, de modo a minimizar riscos cambiais. Essa verificação será realizada pelo agente financeiro. O custo final partirá de aproximadamente 7,59% ao ano, mais variação cambial. Os prazos totais vão de 25 a 120 meses, com carência de até 24 meses. São condições extremamente competitivas se comparadas a soluções semelhantes disponíveis no mercado.

A linha de crédito foi lançada no dia 17 de abril pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o presidente do Banco, Aloizio Mercadante, e teve seus recursos iniciais dobrados nesta terça-feira..

Fonte: Mapa

Complementação para o atual Plano Safra vai permitir equalização de mais de R$ 8 bilhões

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou o valor dos recursos que serão disponibilizados para a complementação do Plano Safra 2022/23, que termina em 30 de junho. Serão disponibilizados R$ 200 milhões, o que deve permitir a equalização de cerca de R$ 8,4 bilhões para aplicação imediata nos programas de financiamento do Moderfrota, em irrigação e demais investimentos e em pré-custeio e custeio.

Conforme o ministro, a medida foi necessária porque o Plano Safra em curso não conseguiu cumprir todas as demandas dos produtores por esse crédito.

“Nós tínhamos investimentos há muito tempo paralisados. Ainda em janeiro, quando o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante assumiu, foram liberados R$ 2.7 bilhões para investimentos, que rapidamente foram tomados, e nós começamos então a busca por complementos orçamentários. Buscamos a complementação de recursos por meio de remanejamento de outros orçamentos para que nós pudéssemos disponibilizar os valores para o Plano Safra”, explicou.

Fonte: Mapa

Brasil moderniza procedimentos para registro de produtos biológicos

Foi publicada a Portaria Conjunta SDA/Mapa – Ibama – Anvisa nº 1/2023, que substitui Instrução Normativa Conjunta nº 3/2006 no estabelecimento de procedimentos a serem adotados para o registro de produtos microbiológicos empregados no controle de pragas ou como desfolhantes, dessecantes, estimuladores, inibidores de crescimento.

A nova Portaria Conjunta tem como objetivo adequar a legislação às inovações que têm surgido nos últimos tempos como, por exemplo, permitir o registro de microrganismo inativado, o que antes era permitido apenas para os microrganismos vivos. A normativa também buscou trazer algumas desburocratizações, bem como esclarecer vários pontos sobre procedimento de registro desse tipo de produto.

Com a desburocratização, será possível agilizar ainda mais o processo de registro de produtos de origem microbiológica e permitir que os produtos cheguem mais rapidamente ao mercado. A segurança e a eficácia dos produtos são rigorosamente avaliadas antes da aprovação, além de também garantir a proteção da saúde pública e do meio ambiente.

Registro de produtos biológicos

O Brasil tem incentivado o registro de produtos de origem microbiológica para o controle de pragas, que vem ganhando cada vez mais espaço na produção agrícola brasileira. Isso pode ser demonstrado pelo crescente número de registros de produtos de origem biológica dos últimos anos. Só em 2023 já foram registrados 15 produtos de baixo impacto, sendo nove deles autorizados para agricultura orgânica.

“Com essa portaria conjunta esperamos que esses números aumentem ainda mais, pois o uso de produtos biológicos pode oferecer uma alternativa mais sustentável e segura em comparação com os produtos químicos”, ressalta a chefe da Divisão de Registro de Produto Formulado, Tatiane Almeida.

Ainda segundo chefe da Divisão de Registro de Produtos Formulados “a expectativa é de que essa nova norma possa estimular ainda mais a inovação e o desenvolvimento de novos produtos biológicos para o controle de pragas”, o que pode ser benéfico para o setor agrícola e para o meio ambiente como um todo.

Fonte: Mapa

PRODUÇÃO

Novas cultivares de sorgo e de milho

​Duas novas cultivares de milho desenvolvidas pela Embrapa estão disponíveis para a próxima safra e têm em comum o bom potencial produtivo em condições de baixo e médio investimento, com sementes a preços mais acessíveis. O híbrido BRS 2107, indicado para produção de grãos em lavouras de baixo e médio investimento e a BRS 4107, uma variedade de polinização aberta, para lavouras de baixo investimento. Ambas são de ciclo precoce-normal, com elevada resistência ao acamamento e quebramento de colmo, apresentam ampla adaptabilidade e estabilidade, sendo recomendadas para todas as regiões do Brasil, tanto na safra como na safrinha.

Outra novidade é o híbrido de sorgo granífero BRS 3318, desenvolvido a partir de demanda de mercado por um sorgo mais produtivo com alta sanidade foliar e baixo fator de reprodução de nematoides. “Esse híbrido foi selecionado pelo seu excelente desempenho nas áreas de Cerrado, Triângulo Mineiro e Oeste Baiano, com produção de grãos acima de 5 toneladas por hectare”, relata o pesquisador Cícero Beserra de Menezes, da Embrapa.

O objetivo, segundo ele, é ofertar uma semente de custo e qualidade mais acessível ao produtor, ajudando a balizar o mercado de sementes. “O número de cultivares de sorgo disponíveis no mercado nacional é bastante limitado, quando se compara com outros cereais, de forma que é preponderante o lançamento de mais cultivares para dar ao produtor mais opções de assertividade de plantio, uma vez que a segunda safra é muito afetada por variações climáticas de seca e frio”, diz Menezes.

O novo sorgo BRS 3318 apresenta uniformidade e é um híbrido simples, para a produção de grãos. A cultivar já está registrada para as regiões brasileiras Centro-Oeste e Sudeste, e deverá ter sua extensão de uso finalizada nesta safra para outras regiões. Com alto potencial produtivo, é estável e resistente ao acamamento. Uma de suas principais características é apresentar baixo fator de reprodução/multiplicação para o nematoide Pratylenchus brachyurus. Possui tolerância à seca e ao alumínio no solo. Todas essas características fazem dessa cultivar uma alternativa importante para sucessão de soja, especialmente para plantios na safrinha.

Foto: Guilherme Zinsly

Tanto as cultivares de milho como a de sorgo foram desenvolvidas pelos pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (MG). Testadas em várias regiões brasileiras, elas têm em comum o elevado potencial produtivo dentro das suas categorias, para atender a necessidades significativas do setor de grãos, incluindo pequenos, médios e grandes produtores.

Fonte: Embrapa

Biomassa para produção de energia

Os pellets são combustíveis sólidos à base de resíduos de biomassa vegetal, como serragem, cavacos de madeira e bagaço de cana-de-açúcar, entre outros, usados para gerar energia elétrica e térmica em usinas, empresas e aquecimento residencial. Os modelos de agropellets, contendo glicerol, são mais densos e podem oferecer soluções mais sustentáveis para recuperar energia a partir de subprodutos do bioetanol e biodiesel, reduzindo a dependência de processamento de madeira e biomassa lenhosa para biocombustíveis sólidos tradicionais.

O pesquisador Andre May, da Embrapa Meio Ambiente, explica que os pellets são como “cubinhos” de biomassa, produzidos a partir de resíduos vegetais, sobretudo de madeira, de grandes cadeias produtivas. Atualmente, a principal aplicação dos pellets de madeira no Brasil é na geração de energia térmica para as indústrias e o comércio, sendo utilizados por pizzarias, padarias, hotéis, parques aquáticos, academias de natação, estufas de pintura, indústrias alimentícias, lavanderias etc.

A utilização desses subprodutos já agrega sustentabilidade à produção energética. Com o estudo, que foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), os cientistas conseguiram aumentar a densidade de biomassa dos pellets, a partir da incorporação de glicerol à mistura de bagaço de cana-de-açúcar (etanol de primeira geração – 1G) e resíduo lignocelulósico (advindo da produção de etanol de segunda geração – 2G).

O glicerol é um subproduto do biodiesel. Ele oferece um aditivo adequado à fabricação de sólidos combustíveis. No entanto, os estudos sobre estruturas de biomassa com glicerol para geração de energia ainda precisavam de mais experimentos e testes para desenvolver alternativas relacionadas a pellets não madeireiros, além de aumentar a compreensão sobre as relações entre matérias-primas, produtos e processos.

“A pesquisa mostrou que é possível condensar energia de maior densidade aos pellets do que a biomassa original. Isso amplia a possibilidade de usos e mercados para esses produtos, como no transporte e estocagem de energia de forma mais segura”, diz May.

Glicerol e sua importância na pelletização

O glicerol é o subproduto mais significativo oriundo do biodiesel. A produção global desse biocombustível ultrapassa 46 milhões de metros cúbicos, o que é uma quantidade significativa, com tendência de aumento até 2050. Sua conversão para biocombustíveis e bioquímicos oferece à indústria de biodiesel soluções para equilibrar vantagens econômicas e desafios socioambientais.

A utilização do glicerol tem aplicação direta como combustível e também como aditivo para combustível e alimentos. O glicerol combustível é altamente viscoso e produz uma quantidade significativa de cinzas, diminuindo o poder calorífico. Como resultado, limita a eficiência de conversão térmica dos fornos, caldeiras, motores e microturbinas.

O método mais comum de integração de glicerol à biomassa é como aditivo para pellets passíveis de queima. A peletização oferece um bom custo-benefício para converter materiais inorgânicos e biogênicos de baixa qualidade em matérias-primas para combustíveis sólidos granulares e densos em energia, melhorando seu transporte, armazenamento e utilização.

Fonte: Embrapa

Livro infantil ajuda no entendimento da importância do solo entre as crianças

O livro “A Casa da Vida – eu sou um solo vivo” é um importante instrumento de popularização da Ciência do Solo usado pelo Programa Embrapa&Escola da Embrapa Solos, sendo a base para atividades educativas desenvolvidas em instituições de ensino, pesquisa e extensão e promotoras de eventos do Rio de Janeiro (RJ). A publicação rompeu fronteiras desde seu lançamento oficial, em 2021, ao despertar o interesse de dezenas de educadores e cientistas pelo mundo. De acordo com os autores, já foram distribuídos mais de 2 mil exemplares do livro a 212 instituições de cerca de 50 municípios e 17 estados, em todas as regiões brasileiras, além de outros oito países, em três continentes.

Para baixar o livro, clique aqui.

Fonte: Embrapa

Manejo do enfezamento no milho

A doença é denominada “complexo” porque é consequência da infecção por um grupo de patógenos (uma virose e duas bactérias da classe Molicutes), transmitidos pela cigarrinha Dalbulus maidis. “Há dificuldade no controle dos enfezamentos e da cigarrinha, mas existem estratégias de manejo que podem amenizar o problema. O manejo deve ser realizado por todos os produtores rurais, independentemente de qual seja o propósito do milho: grão, silagem, semente, milho-verde”, diz Dagma Silva.

Fonte: Embrapa

Governo garante que não taxará exportações

​A informação de que não há proposta dentro do governo federal para tentar taxar as exportações trouxe alívio para a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), já que o país é o segundo maior exportador da pluma do mundo.

A confirmação foi feita pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, realizada no dia 5 de maio. “Tem algum movimento no governo para taxar as exportações? Não tem, estou sendo categórico. Taxar a exportação é exportar empregos”, disse.

Questionado sobre a reforma tributária, Fávaro defendeu a simplificação do modelo de arrecadação e reiterou que o setor agropecuário já paga muitos impostos.  “A simplificação é fundamental. E em hipótese alguma se taxa produto de exportação.

Quem fala que o agro não paga imposto é mentira”, completou. Segundo o ministro, nos municípios com a economia baseada na produção do campo, 42% da arrecadação de impostos vêm da agropecuária.

Fonte: Abrapa

Monitoramento das lavouras

Arroz – 94,5% colhido.

No RS, a colheita atingiu 99% das áreas produtoras. Verifica-se uma grande variação na qualidade do grão, principalmente em relação ao grão inteiro. Tal diferença se dá pela ocorrência de altas temperaturas diurnas e a amplitude térmica durante praticamente todo período de enchimento do grão e maturação. Além, da deficiência hídrica provocada pela estiagem durante as principais fases de desenvolvimento da cultura. Em SC e GO, a operação da colheita foi finalizada. No MA, a colheita de arroz sequeiro foi iniciada em praticamente todas as regiões. Em MT, a colheita atingiu 86,7% e o clima favorável tem contribuído para a maturação, resultando numa boa produtividade.

Milho (2ª safra) – 100% semeado.

Em MT, o solo permaneceu com umidade suficiente para o desenvolvimento das lavouras, principalmente nas áreas semeadas tardiamente. No PR, grande parte das lavouras apresentam boas condições, favorecidas pelas retorno das precipitações. Em MS, mesmo com a redução das chuvas, a umidade do solo permanece adequada para as lavouras. Em GO, a redução das chuvas, nos últimos dias, não comprometeu o desenvolvimento na maioria das áreas. Em SP, o plantio está finalizado. Em MG, as lavouras apresentam bom desenvolvimento em função das chuvas e da umidade do solo. A incidência de cigarrinha está sendo controlada.

No TO, a maioria das áreas encontram-se em enchimento de grãos e as precipitações foram benéficas às lavouras. No MA, as lavouras apresentam boas condições, favorecidas pela ocorrência das precipitações. No PI, a cultura se estabelece em boas condições, em sua maioria. No PA, o plantio se concentra no Polo de Santarém e as precipitações frequentes favorecem o desenvolvimento.

Feião (2ª safra)

No PR, as chuvas da última semana foram benéficas para as lavouras mais precoces, porém, limitou o avanço da colheita sem prejudicar a qualidade dos grãos. Na BA, as lavouras, especialmente as de sequeiro, têm sido impactadas pela escassez de chuvas, resultando em restrição no desenvolvimento da cultura. Nas áreas irrigadas, as condições verificadas são boas, não havendo limitação hídrica.

Em MG, a maioria das lavouras está em enchimento de grãos e floração, apresentando boas condições, especialmente após as chuvas ocorridas em abril. No RS, o feijão comum preto começou a ser colhido, porém sua execução foi interrompida em virtude das chuvas. O excesso de umidade sobre as lavouras em maturação tem dificultado a secagem dos grãos para atingir a umidade ideal de colheita.

Soja – 95,4% colhida.

No RS, a ocorrência de precipitações, dias nublados e a manutenção de alta umidade do ar restringiu a evolução da colheita. As áreas colhidas apresentam grande heterogeneidade entre si, mesmo próximas geograficamente, devido as condições climáticas durante o ciclo. No PR, a colheita está quase finalizada, faltando apenas as áreas tardias, em maturação. Em GO, a colheita foi concluída com boas produtividades e qualidade de grãos. Em MG, a colheita está sendo finalizada, 99,7%, e a produtividade observada tem sido boa. Na BA, a colheita está praticamente finalizada e as produtividades obtidas superaram as estimativas iniciais. No MA, a colheita avança nas regiões Centro e Oeste. No PI, a colheita atinge 99%, com produtividades superiores às estimativas iniciais. Em SC, a colheita se concentra nas lavouras tardias, com produtividades inferiores devido ao ataque de doenças, principalmente a ferrugem. No PA, as chuvas frequentes prejudicam o andamento da colheita no polo de Paragominas.

Algodão – 0,2 % colhido

Em MT, as precipitações foram suficientes para manter a umidade no solo. As lavouras apresentam vigor adequado e em estágio de formação de maçãs. No Extremo-Oeste da BA, as lavouras de sequeiro estão em fase de formação de maçãs e as irrigadas em fase de floração e formação de maçãs. As lavouras apresentam bom desenvolvimento. No Centro-Sul, as lavouras seguem em fase de maturação e colheita, com produtividade abaixo do esperado devido à irregularidade das chuvas nos meses de formação das maçãs.

Em MS, apesar da diminuição das precipitações, a umidade disponível no solo favoreceu as culturas em desenvolvimento e, aquelas que estão se aproximando do estágio de maturação, não tiveram problemas com a qualidade da pluma. Em GO, na região Sudoeste, as lavouras estão em estágios reprodutivos. Algumas lavouras começaram abrir os capulhos. Na região Leste, a maioria dos cultivos está em formação de maçãs e as de segunda safra estão em floração e iniciando a formação de maçãs. Em geral, todas as lavouras estão em boas condições. No PI, SP e MG, as lavouras desenvolvem-se bem.

Fonte: Conab

MERCADO

 Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

Após operarem nos menores patamares em três anos, os preços domésticos da soja reagiram na semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de baixa foi interrompido pela firme demanda e pela retração de sojicultores no Brasil. Agentes nacionais estão atentos ao maior apetite do mercado global nesta temporada e à baixa produtividade de soja na Argentina, país que pode colher a menor produção em 24 temporadas.

Milho

O clima favorável vem auxiliando o desenvolvimento das lavouras de milho no Brasil. Esse contexto mantém em queda os preços do milho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea – na praça de Campinas (SP), os valores registram baixas diárias consecutivas desde o final de março. Pesquisadores do Cepea destacam que, geralmente, esta época do ano é marcada por preços mais firmes, devido aos baixos estoques no primeiro semestre e a problemas logísticos, em decorrência da prioridade das entregas de soja. No entanto, neste ano, vendedores brasileiros estão ativos no spot, dispostos a negociar os lotes da safra verão e a realizar contratos para o segundo semestre. Compradores, por sua vez, seguem na expectativa de quedas mais intensas nos preços e, dessa forma, postergam as aquisições.

Algodão

O movimento de baixa nos preços do algodão em pluma, que vem ocorrendo desde meados de fevereiro deste ano, se intensificou neste começo de maio. Segundo pesquisadores do Cepea, os atuais patamares internos voltaram a ficar abaixo da paridade de exportação, contexto que leva agentes a vender a pluma ao mercado externo em detrimento de negociá-la no doméstico. Tradings consultadas pelo Cepea aproveitaram o momento para efetuar novas aquisições, elevando a liquidez, inclusive para lotes de algodão com característica e/ou qualidade inferior. Apesar da movimentação para o mercado externo, as transações no Brasil para pronta-entrega ainda estão lentas, devido ao baixo interesse de indústrias domésticas, que seguem sinalizando dificuldades de comercialização dos manufaturados.

Arroz

Os valores do arroz em casca voltaram a cair no mercado sul-rio-grandense, após registrarem altas por nove semanas consecutivas. Segundo colaboradores do Cepea, este pode ser um indicativo de dificuldades de novos repasses das recentes valorizações do arroz em casca aos demais elos da cadeia produtiva. No geral, enquanto produtores disponibilizam novos lotes para negociação, muitos compradores estão afastados do mercado, contexto que pressiona as cotações.

Trigo

As cotações do trigo nos mercados interno e externo vêm seguindo direções opostas neste início de maio. De acordo com levantamento do Cepea, no Brasil, o cenário é de baixo interesse de compradores em realizar negócios e de elevada disponibilidade do cereal – vale lembrar que a colheita da última safra foi recorde –, contexto que mantém os preços do trigo em queda. Já no mercado internacional, os valores encontraram sustentação na boa demanda, na piora das condições das lavouras norte-americanas de inverno e no baixo ritmo de cultivo das lavouras de primavera. 

Açúcar

O movimento de alta no preço do açúcar cristal branco, que vem sendo verificado no mercado spot de São Paulo desde o início da safra 2023/24, se mantém firme neste começo de maio. Segundo pesquisadores do Cepea, o aumento dos preços se deve ao atraso na produção, em decorrência das constantes chuvas ao longo de abril. Agora em maio, embora o volume das precipitações no estado de São Paulo tenha diminuído, ainda não houve tempo hábil para regularizar a produção nas usinas a ponto de possibilitar um adicional de oferta do cristal para as vendas na pronta-entrega.

Etanol

Com a ausência de chuvas, a colheita no campo e, consequentemente, a moagem da cana-de-açúcar nas usinas avançaram neste começo de maio no estado de São Paulo. Diante disso, a oferta de etanol chegou a crescer em algumas regiões produtoras, pressionando as cotações do biocombustível. Segundo colaboradores do Cepea, agentes de distribuidoras, atentos ao cenário de avanço na oferta, estiveram mais recuados das compras, à espera de novos movimentos de quedas nos preços. Entre 2 e 5 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 2,7664/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), baixa de 6,61% frente ao do período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,2246/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), queda de 3,88% no mesmo comparativo.

Boi

Os preços do boi gordo seguem enfraquecidos no mercado paulista. Nesta parcial de maio (até o dia 9), o Indicador do boi CEPEA/B3 registra média de R$ 268,77, sendo 6% inferior à de abril/22 e 14% abaixo da de maio do ano passado, em termos reais. Segundo pesquisadores do Cepea, além da recuperação na oferta de animais nestes anos recentes, a suspensão dos envios de carne bovina à China entre fevereiro e março deste ano alongou as escalas de muitos frigoríficos. Quanto ao pecuarista, com a chegada do outono, as condições das pastagens começam a ficar desfavoráveis, o que já tem levado pecuaristas a elevar a oferta de animais. Agentes consultados pelo Cepea indicam que a atual tendência de queda nos preços do boi pode ser amenizada pelas exportações da proteína, que, neste mês, vêm apresentando desempenho intenso. Segundo dados da Secex, foram escoadas 42,809 mil toneladas de carne bovina na primeira semana de maio. A média diária de embarques está em 10,702 mil toneladas, contra 6,9 mil toneladas em maio do ano passado. Caso esse ritmo diário se mantenha até o encerramento deste mês, o Brasil pode exportar mais de 230 mil toneladas, o que seria um recorde.

CLIMA

Previsão de chuva

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) concluiu, nesta segunda-feira (8), a previsão do tempo para as próximas duas semanas. Na primeira, entre os dias 8 e 15 de maio, são previstos maiores volumes de chuva (tons vermelho e rosa no mapa da figura 1), com valores superiores a 70 milímetros (mm), em áreas da Região Norte devido à combinação do calor e a alta umidade com a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

A avanço de uma frente fria em direção ao leste da Região Sudeste também deve contribuir para chuvas mais expressivas ao longo da semana.

Já em grande parte do interior do Nordeste, em áreas do Sul do País e, também, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a previsão é de pouca ou nenhuma chuva na maioria dos dias (tons em branco e azul no mapa da figura 1).

Confira, a seguir, a previsão do tempo detalhada para cada região do Brasil nas próximas duas semanas.

Previsão para a 1ª semana (08/05/2023 a 15/05/2023)

Região Norte

São previstos volumes de chuva maiores que 50 milímetros (mm) em grande parte da região, podendo ultrapassar 80 mm em áreas centrais e do noroeste do Amazonas, Roraima, parte do Amapá e em áreas pontuais do Pará. Já no Acre, Rondônia, sul do Tocantins e Pará, o valor deve ser inferior a 50 mm.

Região Nordeste

A previsão indica volumes entre 40 mm e 60 mm no norte do Maranhão e litoral da Bahia. No norte do Piauí, podem ocorrer chuvas pontuais, entre 10 e 30 mm. Já em áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), podem ocorrer valores inferiores a 30 mm.

Região Centro-Oeste

O tempo seco vai predominar em grande parte da região, com chuvas mais localizadas e em forma de pancadas sobre o oeste de Mato Grosso. Os valores devem ser inferiores a 40 mm.

Região Sudeste

A semana terá tempo quente e seco. No entanto, a passagem de uma frente fria em direção ao oceano vai contribuir para a ocorrência de chuvas no leste da região.

Região Sul

No início da semana, a previsão indica volumes inferiores a 40 mm no nordeste do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina e sul do Paraná. Com o passar do tempo, a tendência é de diminuição das chuvas, principalmente no oeste do Rio Grande do Sul.

Figura 1. Previsão de chuva para a 1ª semana (08 a 15/05/2023). Fonte: INMET.

Na segunda semana, entre os dias 16 e 24 de maio de 2023, a previsão do Inmet indica acumulados de chuva superiores a 80 mm (tons em laranja no mapa da figura 2) em grande parte da Região Norte e no estado do Maranhão.

Já no sul da Região Norte e do Maranhão, oeste do Piauí, litoral do Ceará e no Rio Grande do Norte, assim como em áreas pontuais do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná, a previsão é de volumes de chuva entre 20 mm e 50 mm (tons em verde no mapa da figura 2).

Nas demais áreas, são previstos baixos acumulados, enquanto no interior do Nordeste e Centro-Oeste do País, não terá chuva.

Previsão para a 2ª semana (16/05/2023 a 24/05/2023)

Região Norte

São previstos acumulados de chuva maiores que 60 mm em praticamente toda a região, podendo ultrapassar 90 mm no noroeste. Já em áreas do sul do Acre, Rondônia, Tocantins e sudeste do Pará, os volumes devem ser inferiores a 50 mm.

Região Nordeste

Os acumulados podem ser superiores a 50 mm no centro-norte do Maranhão. Já no oeste do Piauí e na faixa litorânea do Ceará até o Rio Grande do Norte, as chuvas podem variar entre 40 mm e 20 mm. Nas demais áreas, os volumes previstos serão menores que 40 mm. Por fim, na divisa da Bahia com o Piauí e Pernambuco, o tempo ficará quente e seco.

Região Centro-Oeste

A previsão indica acumulados inferiores a 20 mm em praticamente toda a região. Na área que faz divisa entre os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, não há previsão de chuva. Já no norte de Mato Grosso, os volumes podem passar de 40 mm.

Região Sudeste

Previsão de poucas chuvas em praticamente toda a região, com volumes menores que 40 mm.

Região Sul

Acumulados de chuva menores que 40 mm podem atingir parte do Paraná e o extremo norte de Santa Catarina. Nas demais áreas, os volumes devem ser menores que 20 mm. No noroeste do Rio Grande do Sul, a chuva não deve aparecer.

Figura 2. Previsão de chuva para a 2ª semana (16 a 24/05/2023). Fonte: GFS.

CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!

Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

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Produção Integrada de Folhosas

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

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Biogás: da produção à viabilidade econômica

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

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Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

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RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Apicultura para Iniciantes

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

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Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas

Instituição promotora: Embrapa

Data: 17/02/22 a 31/12/22

Inscrição: Clique aqui

 

Produção de mudas de cajueiro – enxertia

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Viticultura Tropical no Semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

 

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