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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

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GERAIS

Mapa estuda novos modelos de financiamento para práticas descarbonizantes na agropecuária

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já começou a discutir novos modelos de financiamento para a adoção de práticas de produção sustentável. Segundo a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, a ideia é aproximar o produtor, o setor privado e os interessados na capacidade que o Brasil tem em mitigar a emissão de carbono.

Para o ministro Carlos Fávaro, a descarbonização da agricultura brasileira deve ser implementada com prioridade no país.

O sequestro do carbono no solo depende de fatores como cobertura vegetal, práticas de manejo e classes de solo. A adoção de práticas agrícolas sustentáveis como o Sistema de Plantio Direto e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta pode aumentar o estoque de carbono do solo, reduzindo a liberação do gás carbônico na atmosfera.

O Brasil pode ser uma liderança global na descarbonização da produção de alimentos, na avaliação de Nepstad. “O Brasil está muito bem posicionado, todas as ferramentas e oportunidades estão aí e está na hora de implementar isso. Hoje existem oportunidades de conseguir o financiamento e os sinais do mercado necessários para fazer essa transição”.

Para Quintella, o Brasil deve avançar na busca de procedimentos de quantificação de e identificação do carbono no solo. “É muito importante que o Brasil avance nessas discussões, especialmente no carbono do solo do Cerrado, onde o Brasil domina essa tecnologia com maestria.

Na última quarta-feira (25), representantes de indústrias de bioinsumos, de empresas que trabalham com crédito de carbono, da Embrapa, de universidades e do Mapa reuniram-se em São Paulo para esboçar uma política pública de incentivo a uma produção agropecuária mais sustentável.

Fonte: Mapa

Brasil contribui para avanço das políticas de conservação de recursos genéticos animais na FAO

Os constantes desafios à produção de alimentos em todo o mundo têm exigido da comunidade científica internacional mais do que exercícios na busca de equilíbrio ambiental para garantir alternativas seguras e sustentáveis aos sistemas agroalimentares. Acompanhando sistematicamente as mudanças climáticas e seus impactos nos diferentes sistemas e continentes, pela primeira vez a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) incluiu a temática micro-organismos relacionados ao rúmen de bovinos, caprinos e ovinos  para análise na vertente de recursos genéticos animais. A novidade foi um dos temas discutidos na 12ª Sessão de Roma do Grupo de Trabalho Técnico Intergovernamental sobre Recursos Genéticos Animais para Alimentação e Agricultura.

Representante do Brasil para as ações da FAO em recursos genéticos animais, o pesquisador Samuel Paiva, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), comenta que existem uma série de micro-organismos importantes a serem analisados, considerando todas as discussões sobre mudança de clima e a  emissão de gases.“A manipulação da microbiota que habita o rúmen é um dos temas com grande potencial de crescimento na pecuária e desenvolvimento de novos produtos”, observa Paiva. Segundo ele, os participantes da Grupo de Trabalho receberam e darão início a análise de documentos sobre o impacto dos micro-organismos nos recursos genéticos animais e o que tem sido feito no mundo quanto ao assunto. “Faremos contatos com pesquisadores e professores da Embrapa e de Universidades e demais Instituições para que o Brasil possa contribuir para revisão dos documentos apresentados durante a reunião”, adianta o pesquisador.

Fonte: Embrapa

Frigoríficos são habilitados para a Indonésia e houve a derrubada das suspensões para a China

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou a habilitação de 11 plantas frigoríficas para a Indonésia, além da possiblidade de derrubada da suspensão da exportação de três plantas para a China. O comunicado foi feito em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O Brasil está desde 2019 sem habilitar novas plantas frigoríficas para a China. A possibilidade de retirada da suspensão é para uma empresa de abate de bovinos e duas de aves, que estavam com as exportações para a China suspensas desde 2022. No caso da Indonésia, todas as novas habilitações são para plantas bovinas.

Algodão

Também foi anunciada hoje a primeira abertura de mercado registrada pelo Brasil em 2023, que é a de algodão em pluma para o Egito.

O governo egípcio, através do órgão oficial de Quarentena Vegetal, abriu o mercado para o Algodão em Pluma do Brasil, definindo os requisitos fitossanitários para a importação do produto. Essa foi a primeira abertura de mercado registrada pelo Brasil em 2023.

As negociações para a abertura do mercado iniciaram em 2006 sendo intensificadas a partir de 2020, resultando finalmente agora na abertura do mercado.

Segundo o ministro, essa abertura de mercado representa o reconhecimento da qualidade do produto brasileiro. “Quem não quer comprar uma camisa ou um lençol com a qualidade do algodão egípcio? Se o Brasil vai exportar para o Egito significa que tem qualidade, tem credibilidade e tem respeito. Ao receber essa habilitação para exportar para o Egito, recebemos a chancela de qualidade do algodão brasileiro para o mundo todo”, disse.

O Egito importa aproximadamente 120 mil toneladas de algodão em pluma anualmente, sendo os maiores fornecedores Grécia, Burkina Faso, Benin e Sudão. O Brasil pode-se beneficiar de uma janela de oportunidade entre os meses de julho e setembro, já que as exportações gregas só se iniciam em outubro. Estima-se que o Brasil tenha potencial para atender, a princípio, 20-25% da demanda egípcia.

Fonte: Mapa

As inscrições para o programa de aceleração de startups TechStart Agro Digital estão abertas

Estão abertas as inscrições para a quarta edição do TechStart Agro Digital, programa de inovação aberta e aceleração de startups correalizado pela Embrapa Agricultura Digital e a Venture Hub. Serão selecionadas startups que já tenham passado pelas fases de validação inicial do seu projeto, com soluções digitais para o agronegócio que atendam a quatro grandes temas: transformação digital das cadeias agropecuárias, agrometeorologia e mudanças climáticas, sustentabilidade das cadeias de suprimentos e biotecnologia avançada. As inscrições devem ser feitas até dia 17 de março, no site do TechStart Agro Digital.

Acesse o site de inscrição, clicando aqui

Fonte: Embrapa

Reformulação do Mapa: Secretaria ganha novas atribuições

No início do ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária foi reestruturado. Na nova disposição, a antiga Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI) passou a agregar também o Cooperativismo. Com o decreto publicado em 1° de janeiro de 2023, a Secretaria continuará encarregada de temas importantes como Sustentabilidade, Inovação, Camada de Competitividade, Cooperativismo e Bioeconomia Agrícola.

A SDI será comandada pela engenheira de alimentos Renata Bueno Miranda, primeira mulher a assumir o comando da Secretaria. Ela foi nomeada na última quinta-feira (19). “A SDI é focada na sustentabilidade, na inovação, competitividade, na agregação de valor às cadeias produtivas, mas com o foco no território com suas peculiaridades e autonomia. Esta Secretaria guarda a responsabilidade de modernizar e harmonizar o nosso sistema de produção, em relação à qualidade de vida da população brasileira e do mundo”, disse.

De acordo com o decreto, a Secretaria será responsável por formular políticas públicas para a inovação e o desenvolvimento rural, fundamentadas em práticas agropecuárias inovadoras e sustentáveis, com o objetivo de promover a sua integração com outras políticas públicas. A partir dessas políticas se buscará a melhoria do ambiente brasileiro de inovação para a agricultura, pecuária e florestas plantadas; a modernização e inovação na agropecuária, incluídos programas de conectividade, de ecossistema digital, de bioeconomia e de novas tecnologias; competitividade e sustentabilidade das cadeias produtivas agrícolas, pecuárias e de florestas plantadas; cooperativismo e associativismo rural; além de outros objetivos.

Outras competências da secretaria: 

  • Inovações agregadoras de valor aos produtos e processos agrícolas, pecuários e de florestas plantadas;
  • Desenvolvimento da cacauicultura e de sistemas agroflorestais associados;
  • práticas de manejo sustentável e de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas;
  • Produção integrada e sustentável;
  • Boas práticas agropecuárias;
  • Recuperação de áreas degradadas e recomposição florestal;
  • Manejo e conservação de solo e água;
  • Irrigação eficiente como ferramenta de desenvolvimento rural;
  • Gestão e uso de base de dados da agropecuária e dos fatores que a influenciam, inclusive meteorologia e climatologia;
  • Pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico em agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais, florestas plantadas e agroindústria.

Fonte: Mapa

PRODUÇÃO

Potencial de frutas da Caatinga para agroindustrialização

Como frutas nativas da Caatinga, como o umbu, o maracujá do mato e o licuri, podem ser utilizadas para a produção de diversos alimentos, como geleias, iogurtes, doces e licores, que depois podem ser comercializados. Como pesquisadoras convidadas do programa, Clívia Castro e Ana Cecília Rybka, da Embrapa Semiárido, explicam sobre as características específicas dessas frutas e o potencial de mercado que elas possuem. Fique ligado no Prosa Rural desta semana.

Fonte: Embrapa

BRS F183 (Potira): nova cultivar de batata de duplo propósito

Desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa, a variedade possui características que lhe conferem versatilidade culinária.

O baixo teor de açúcares e a concentração de 21% de matéria seca garantem qualidade à BRS F 183 Potira para ser frita ou cozida. No campo, o destaque é o potencial produtivo de mais de 50 toneladas por hectare.

Fonte: Embrapa

Fiscalização do Mapa detecta falhas no uso de sistemas de rastreabilidade de orgânicos em SP

Uma ação de fiscalização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) de São Paulo encontrou falhas no uso de sistemas informatizados de rastreabilidade. Apesar de as empresas distribuidoras utilizarem um mecanismo moderno que deveria indicar a procedência dos alimentos por meio da tecnologia de QRCode, a checagem não permitiu que os fiscais descobrissem quem seriam os responsáveis pela produção.

De acordo com Danilo Tadashi Kamimura, chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DDA) da Superintendência Federal de Agricultura no Estado de São Paulo (SFA-SP), a exigência da rastreabilidade vale para grande parte das verduras, frutas e legumes desde 2019, independentemente de a produção ser orgânica ou convencional.

Danilo participou da ação fiscal, junto com a chefe do Núcleo de Suporte à Produção Orgânica de São Paulo (Nusorg-SP), Virginia Germani. Eles intimaram as duas empresas a apresentarem até segunda-feira, dia 23, documentos comprobatórios de que os produtos eram regularizados como orgânicos.

Segundo Danilo, a rastreabilidade não exige sistemas caros e informatizados. “Tudo vai depender da complexidade do negócio e da empresa. Mas para um pequeno agricultor ou distribuidor, basta ter um caderno de campo com as anotações sobre o plantio, tratos culturais, localização exata do cultivo, data da colheita, número dos lotes, destino da produção, entre outras informações”, explicou. Alguns dados devem constar na embalagem de entrega do produto para venda, para permitir a localização da origem em caso de algum problema.

Nas duas empresas fiscalizadas, o QRCode permite que o consumidor identifique a distribuidora, mas não os produtores. Nos sistemas internos das empresas, os fiscais também não tiveram informações precisas disponibilizadas no momento da operação. Por isso foram feitas as intimações.

Foi constatado que, mais importante que o sistema implantado, é o domínio da ferramenta, o treinamento das equipes e a capacidade de organização das informações. No ano passado, em uma fiscalização semelhante em Ibiúna, o sistema adotado por uma distribuidora foi exemplar, com identificação imediata das origens e certificados de conformidade orgânica dos produtores pelo código de rastreamento. A equipe também mostrou muita habilidade em manusear e disponibilizar os dados.

Fonte: Mapa

Monitoramento das lavouras

Algodão – 54,3% semeado

Em MT, a semeadura está atrasada em relação à safra passada, devido às precipitações, o que ocasiona um atraso na janela de plantio.

Na BA, as condições de precipitação permitem o avanço da semeadura e o bom desenvolvimento inicial das lavouras. Em regiões pontuais, há perdas devido ao excesso de umidade.

Em MS, as lavouras apresentam bom estande e desenvolvimento.

Em MG, a semeadura está próxima da conclusão. As lavouras mais adiantadas estão iniciando a fase de floração. O clima continua favorável à cultura.

No MA, a semeadura foi finalizada na região Sul e as lavouras estão em bom desenvolvimento.

No Sudoestes de SP, o tempo frio e úmido está alongando o ciclo da cultura e favorece o aparecimento de doenças fúngicas. No Oeste, os ventos fortes prejudicaram algumas lavouras. No Noroeste, a semeadura está em andamento.

Em GO, a semeadura próxima da conclusão.

As condições climáticas são favoráveis ao desenvolvimento das lavouras.

Soja – 2,0% colhida

Em MT, a colheita avança, porém aquém do previsto para o período. As lavouras continuam em ótimas condições e alcançando boas produtividades.

No RS, as chuvas irregulares continuam comprometendo o potencial produtivo de grande parte das áreas.

No PR, as chuvas, mesmo desuniformes, diminuíram o deficit hídrico no Sudoeste e Oeste.

Em GO, a maioria das lavouras se encontram em boas condições e se aproximando do final do ciclo.

Em MS, as chuvas ocorridas melhoraram as condições das lavouras que estavam sob restrição hídrica.

Em MG, o excesso de chuvas causou abortamento de flores, principalmente no terço inferior das plantas.

Além disso, a alta umidade, associada a temperaturas amenas, aumentou a incidência de doenças fúngicas, principalmente o mofo-branco.

Na BA, a colheita avança nas áreas irrigadas, mas em ritmo abaixo do previsto devido às precipitações contínuas.

No TO, as lavouras seguem em boas condições.

No MA, as precipitações irregulares impedem um maior avanço do plantio, que continua atrasado. Em algumas regiões, houve necessidade de replantio.

No PI, as chuvas bem distribuídas favorecem o desenvolvimento das lavouras.

Em SC, as lavouras estão em boas condições, porém com o ciclo atrasado devido ao atraso no plantio.

Arroz – 95,9% semeado

95,9% semeado. No RS, observa-se o abandono de lavouras por falta de água para a

irrigação. Ampliam-se as áreas que recebem irrigação intermitente, priorizando as lavouras em fase reprodutiva. Na maior parte das regiões produtoras, os níveis dos reservatórios apresentam redução significativa e, onde a água para a irrigação é captada de lagoas, há registros de salinização, o que compromete o potencial produtivo das áreas cultivadas.

Algumas áreas estão em condições favoráveis. Em SC, as lavouras apresentam 92% boas. As condições climáticas favoreceram o desenvolvimento da cultura.

Em GO, a semeadura continua parada devido ao excesso de chuvas no norte do estado. Na região Leste o plantio foi retomado.

No TO, a colheita iniciou e cerca de 15% das lavouras estão em maturação.

No MA, o plantio de sequeiro está avançando de forma lenta e atinge 56%. As lavouras irrigadas estão quase todas colhidas.

Em MT, a semeadura avança e atinge 94,6%. O desenvolvimento está em boas condições.

Milho (1ª safra) – 5,5% colhido

No RS, as precipitações localizadas permitiram o avanço do plantio, alcançando 97% da área prevista. A colheita evolui e são observadas perdas variáveis em diversas regiões, devido à estiagem.

Na BA, as culturas seguem com desenvolvimento satisfatório.

Em MG, as lavouras se encontram, em sua maioria, na fase de enchimento de grãos, apresentando bom desenvolvimento.

No PR, as chuvas ocorridas favoreceram o desenvolvimento das lavouras e amenizaram o deficit hídrico na região Oeste. A colheita teve seu início na região Sudoeste.

Em SC, observa-se a permanência da má distribuição das chuvas no Oeste, além da elevada população de cigarrinha-do-milho. No Planalto Sul e Norte, as lavouras estão em boas condições.

Em SP, o clima frio e nublado tem atrasado o desenvolvimento das lavouras.

No MA, o ritmo de plantio acelerou em várias regiões do estado devido ao retorno das precipitações.

Em GO, a maioria das lavouras se encontram em desenvolvimento vegetativo que tem sido favorecido pelas precipitações uniformes.

Feijão (1ª safra) – 18,4% colhido

No PR, 39% da área está colhida. À medida que a colheita avança, observam-se melhores rendimentos e boa qualidade dos grãos, pois as áreas mais tardias foram menos impactadas pela estiagem do início do ciclo.

Em MG, 20% da área foi colhida. Apesar de algumas perdas pontuais por excesso de chuvas, as lavouras vêm apresentando boas condições.

Em GO, a colheita alcança 36% da área total. O clima mais estável permitiu maior avanço das operações, especialmente no Leste goiano. Há registros de perda de qualidade dos grãos devido ao excesso de umidade durante a maturação.

No RS, foi concluído o plantio do feijão cores. As lavouras seguem em bom desenvolvimento. O feijão preto está principalmente em maturação e colheita.

Em SC, 20% da área foi colhida. Mesmo com registros pontuais de ataques de lagartas e incidência de antracnose, as condições gerais são consideradas boas para a cultura.

MERCADO

Cotonicultores brasileiros conquistam mercado egípcio

Os produtores de algodão brasileiro receberam a notícia da abertura do mercado egípcio com otimismo. É que, após 17 anos de negociação, o Egito definiu as exigências fitossanitárias para liberar a importação da pluma brasileira. Caracterizada por demandar uma fibra de alta qualidade, a indústria têxtil egípcia importa atualmente cerca de 120 mil toneladas por ano.

O presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel ressaltou que o algodão brasileiro tem qualidade para atender a mais este mercado.

As exigências sanitárias feitas pelo governo egípcio são usuais para o mercado brasileiro. “É preciso atestar que há controle do bicudo do algodoeiro e comprovar como é feito o tratamento de resíduos durante a produção agrícola”, informou Cesar Simas Teles, adido agrícola do Mapa na Embaixada do Brasil no Cairo.

Mensurar o volume a ser negociado entre Brasil e Egito é ainda arriscado: não há referência histórica de comparação.

Schenkel está confiante. “Atualmente, o Brasil tem condições de atender o volume que for necessário”, endossa. O otimismo explica-se pelos bons resultados de um programa de promoção e desenvolvimento de mercados realizado pela Abrapa, chamado Cotton Brazil.

A abertura do mercado egípcio para o algodão brasileiro vem sendo trabalhada desde 2006 pelo Mapa.

Fonte: Abrapa

Conjuntura internacional

Algodão

A alta do petróleo, a expectativa de uma melhora da demanda chinesa e a desvalorização do dólar perante outras moedas deram impulso ao preço da pluma em Nova Iorque. Mesmo diante da volatilidade apresentada, a pluma teve valorização. O mercado ainda teme novas altas nas taxas de juros norte-americanas e agravamento do desempenho da economia global.

Milho

Com relação à Bolsa de Chicago (CBOT), mesmo com o cenário ruim de chuvas na Argentina e no sul do Brasil, as cotações se mantiveram estáveis, fechando a semana com poucas oscilações dos contratos, ficando os valores próximos aos da semana anterior, encerrada no dia 13/01. As exportações de milho dos EUA estão com um bom desempenho, minimizando as notícias da estiagem na Argentina e em parte do sul do Brasil.

Conforme publicação da Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, as exportações do milho brasileiro, até a segunda semana do mês de janeiro/2023, totalizam 2,94 milhões de toneladas e já ultrapassa o montante de janeiro/2022, que teve o volume de exportação total de 2,73 milhões de toneladas.

Com a liberação da venda de milho para o mercado chinês, no final de 2022, as exportações brasileiras para aquele país asiático já são registradas nos relatórios gerados no sistema Comex Stat, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC.

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

Os contratos futuros da soja subiram na CME Group (Bolsa de Chicago) na semana passada, influenciados pela firme demanda externa e pelas condições climáticas desfavoráveis às lavouras na Argentina. O baixo excedente da safra 2021/22 no Brasil também redirecionou os importadores de soja para os Estados Unidos. A alta externa, entretanto, foi limitada pela valorização do dólar no mercado internacional e pelas expectativas de safra recorde no Brasil. MERCADO INTERNO – De acordo com pesquisadores do Cepea, os preços não encontraram força para subir no mercado doméstico, mas as valorizações externa e cambial impediram baixas mais acentuadas.

Trigo

As cotações domésticas do trigo em grão seguiram em baixa no Brasil nos últimos dias, pressionadas pela posição retraída de compradores, que apontam ter estoques para as próximas semanas – agentes consultados pelo Cepea estão aguardando os preços ficarem mais atrativos para então efetuarem novas aquisições, fundamentados na safra brasileira recorde. Além disso, os moinhos do País têm enfrentado dificuldades em vender os subprodutos do cereal, devido à baixa demanda. No entanto, vale ressaltar que o movimento de baixa dos preços foi limitado pela valorização de 2,14% do dólar frente ao Real entre 13 e 20 de janeiro e pela baixa produção de trigo na Argentina, o que se deve às condições climáticas desfavoráveis às lavouras do cereal no país vizinho na temporada 2022/23.

Arroz

Com o início oficial da safra 2022/23 de arroz no Sul do Brasil previsto para meados de fevereiro, os preços do cereal já vêm apresentando ligeiras quedas no mercado spot do Rio Grande do Sul. Segundo parte dos agentes consultados pelo Cepea, este cenário já era esperado, devido à preferência em negociar apenas o produto depositado nas empresas (a fim de liberar espaço para a entrada do “arroz novo”) e à concorrência com o grão vindo do Mercosul, onde a colheita já está em andamento. De acordo com levantamento do Cepea, parte dos compradores se manteve retraída nos últimos dias, optando por trabalhar apenas com os volumes já estocados. Ainda assim, foram captadas efetivações do cereal em localidades mais afastadas do destino. Vendedores, por sua vez, seguiram com as propostas firmes, tendo em vista a estimativa de baixa disponibilidade do arroz em casca e os custos elevados.

Algodão

O ritmo de comercialização envolvendo algodão em pluma no mercado brasileiro melhorou nestes últimos dias. Pesquisadores do Cepea relatam, contudo, que a “queda de braço” entre compradores e vendedores continua sendo observada, devido à diferença de qualidade entre os lotes ofertados. Diante disso, os negócios de grandes volumes estão mais limitados. Compradores seguem preocupados com o desempenho das vendas de produtos manufaturados, ao passo que vendedores esperam preços mais atrativos e não têm necessidade imediata de comercializar.

Milho

As cotações do milho seguem recuando na maior parte das regiões brasileiras acompanhadas pelo Cepea. Nem mesmo os bons volumes exportados e as altas nos preços externos e nos portos brasileiros foram suficientes para sustentar os valores.  A baixa é resultado do menor interesse de compradores domésticos nas aquisições de curto prazo, além da necessidade de alguns vendedores de negociar para liberar espaço nos armazéns.

Açúcar

O ritmo das negociações de açúcar cristal branco no mercado spot de São Paulo seguiu baixo por mais uma semana. A oferta restrita neste período da entressafra 2022/23 tem sido acompanhada por uma demanda pouco aquecida. De acordo com pesquisadores do Cepea, as usinas com maior necessidade de caixa venderam lotes do produto de melhor qualidade (tipo Icumsa 180) a preços menores. Também segue baixa a liquidez de novos contratos para exportação do cristal branco Icumsa 150 – para embarque neste fim de janeiro e em fevereiro. Tradings, por sua vez, sinalizam menor disponibilidade dessa qualidade de açúcar para fechamentos adicionais, sendo que o maior volume já está comprometido com contratos fixados anteriormente. De 16 a 20 de janeiro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 134,26/saca de 50 kg, queda de 0,09% em relação à da semana anterior (de R$ 134,38/sc).

Etanol

As cotações dos etanóis anidro e hidratado recuaram novamente no mercado spot do estado de São Paulo na semana passada. De modo geral, compradores estiveram ausentes para novas negociações e mantiveram o abastecimento por meio de contratos e compras realizadas em períodos anteriores. Assim, a liquidez esteve baixa. Por outro lado, segundo pesquisadores do Cepea, há expectativa de que a demanda se fortaleça nos próximos dias, uma vez que os preços mais baixos nas usinas têm sido repassados aos valores nos postos. Além disso, com o retorno das aulas em fevereiro, o fluxo de automóveis nas cidades tende a aumentar. Entre 16 e 20 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado no segmento produtor do estado de São Paulo fechou a R$ 2,5597/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), baixa de 1,15% frente ao do período anterior. Quanto ao anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,9370/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins – alíquota zerada), recuo de 4,73%. Em relação ao Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Paulínia – SP), a média da semana passada foi de R$ 2.649,60/m³, queda de 2,16% frente à da semana anterior.

Boi

A diferença média entre os preços das arrobas dos animais machos e fêmeas prontos para abate, ambos comercializados no mercado paulista, atingiu o maior patamar para um início de ano. De acordo com dados do Cepea, a diferença entre os valores médios está em expressivos 23,48 Reais por arroba nesta parcial de janeiro (até o dia 24), com vantagem para o macho. Trata-se da maior diferença da série histórica mensal do Cepea desses produtos para o primeiro mês do ano, iniciada em 2000 no caso da vaca.  Esse cenário se deve à sustentação dos preços do animal macho e também à queda dos valores da vaca. De dezembro/22 para a parcial deste mês, enquanto a arroba do boi gordo no mercado paulista apresenta desvalorização nominal de 2,7%, o preço da vaca registra queda mais intensa, de 4,31%. Segundo pesquisadores do Cepea, no caso do boi, os valores são sustentados pela forte demanda internacional pela carne, sobretudo chinesa. Já no caso da vaca, a proteína destina-se especialmente ao mercado brasileiro, que, vale lembrar, atravessa um período de demanda enfraquecida, tendo em vista o fragilizado poder de compra de grande parte da população, com frigoríficos regionais focados nesse mercado.

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão para a 1ª semana (23/01/2023 até 30/01/2023)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê, entre os dias 23 e 30 de janeiro, volumes significativos de chuva (tons em vermelho e rosa no mapa) nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, além de parte dos estados de Santa Catarina e Paraná.

Já em Roraima, Rio Grande do Sul e grande parte da Região Nordeste do País, a previsão é de pouca chuva e tempo seco na maioria dos dias (tons em branco e azul no mapa). No entanto, na área que compreende o MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), deverão ser registrados grandes volumes.

Região Norte

Podem ocorrer acumulados de chuva maiores que 60 milímetros (mm) em grande parte da região. Os volumes podem passar de 100 mm em áreas centrais do Amazonas e do Pará e, também, no sul do Tocantins. No norte do Amazonas, nordeste do Pará, Roraima, Amapá, Acre e sul de Rondônia, a chuva será menos volumosa (abaixo de 40 mm).

Região Nordeste

Os maiores acumulados devem se concentrar em áreas do Maranhão, Piauí e Bahia, com volumes que podem superar 60 mm. Nas demais áreas, a previsão é de chuva abaixo de 30mm.

Centro-Oeste

Os volumes podem ultrapassar 150 mm em grande parte do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul e, também, no centrossul de Goiás. Nas demais áreas, os acumulados não devem passar de 60 mm.

Região Sudeste

A chuva mais volumosa deverá se concentrar em áreas do centrossul de Minas Gerais, leste de São Paulo, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo, com acumulados que podem superar 100 mm. No norte de Minas Gerais, Espírito Santo e centro-oeste de São Paulo, os volumes podem ser menores que 60 mm.

Região Sul

A previsão é de chuvas pontuais e mal distribuídas e altas temperaturas no início da semana. No fim da semana, porém, as instabilidades e as condições de chuva aumentam, podendo superar 70 mm, principalmente, no norte do Rio Grande do Sul e no centro-leste de Santa Catarina e do Paraná.

Figura 1. Mapa da previsão de chuva para a 1ª semana (23 a 30/01/2023). Fonte: INMET.

Previsão para a 2ª semana (31/01/2023 até 08/02/2023)

Entre os dias 31 de janeiro e 8 de fevereiro, a previsão do Inmet também aponta acumulados de chuva maiores que 70 mm em grande parte das regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, além dos estados do Maranhão e Piauí (figura 2).

Centro-oeste do Acre, sul e leste do Amazonas, leste do Amapá e oeste do Mato Grosso do Sul, os volumes podem ultrapassar 100 mm, enquanto na faixa norte do Nordeste, os acumulados deverão ficar entre 50 e 70 mm. Por fim, no interior da Região Nordeste, a previsão é de chuva com menos de 30 mm.

Região Norte

Estão previstos volumes de chuva maiores que 60 mm em praticamente toda a região, com exceção do centro-oeste do Acre, sul e leste do Amazonas e leste do Amapá, onde há possibilidade de grandes acumulados (maiores que 100 mm).

Região Nordeste

A chuva mais volumosa deverá se concentrar em áreas dos estados do Maranhão e do Piauí, além da faixa norte da região, com acumulados que podem ultrapassar 50 mm. Nas demais áreas, a chuva será menos intensa (abaixo de 30 mm).

Região Centro-Oeste

A previsão é de volumes maiores que 60 mm em grande parte da região, podendo ultrapassar 80 mm no oeste do Mato Grosso do Sul.

Região Sudeste

Os maiores acumulados podem ocorrer no centrossul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e leste de São Paulo, com valores superiores a 80 mm. Nas demais áreas, a chuva será menos volumosa (abaixo de 50 mm).

Região Sul

Estão previstos acumulados no Rio Grande do Sul e oeste dos estados de Santa Catarina e do Paraná, com volumes chegando a 60 mm. Nas demais áreas, os valores não devem ultrapassar 30 mm.

Figura 2. Mapa da previsão de chuva para a 2ª semana (31/01/2023 a 08/02/2023). Fonte: GFS.

CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!

Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Produção Integrada de Folhosas

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Biogás: da produção à viabilidade econômica

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Apicultura para Iniciantes

Instituição promotora: Embrapa

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