Notícias
0

Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

Seja bem-vindo(a) a Newsletter da Agro Insight, um espaço de artigos autorais e curadoria sobre tecnologias, sustentabilidade e gestão para o agro.

Se você ainda não é assinante, junte-se a mais de 8 mil profissionais do Agro, consultores e produtores rurais que recebem gratuitamente conteúdos de qualidade selecionados toda semana, adicionando o seu e-mail abaixo:

Fique informado e compartilhe nas suas redes sociais

GERAIS

Brasil e Colômbia firmam cooperação técnica na agropecuária

Os dois países também assinaram uma “carta de intenção” para que as autoridades sanitárias do Brasil e da Colômbia possam trabalhar conjuntamente na adoção da certificação sanitária eletrônica para produtos agropecuários. Os dois países também estão avançando no estabelecimento de um mecanismo de consultas regulares sobre temas sanitários e fitossanitários, com o objetivo de facilitar o comércio bilateral.

Em 2020, as exportações de produtos agropecuários do Brasil para a Colômbia foram de cerca de US$ 400 milhões e o Brasil importou da Colômbia menos de US$ 100 milhões. Também há concentração de produtos no comércio entre os dois países.

Fonte: Mapa

Brasil e China buscam padronizar protocolos de qualidade do algodão

A convite da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), técnicos governamentais dos dois países trocaram informações sobre os sistemas de controle de qualidade adotados em cada nação,em reunião realizada nesta segunda-feira (18).

O encontro virtual teve, como principal objetivo, alinhar de informações sobre procedimentos de análise de qualidade de algodão, para facilitar o comércio, eliminar burocracias e valorizar o produto brasileiro no seu principal mercado.

Participaram da reunião técnicos do departamento de Inspeção e Supervisão de Algodão Importado da Alfândega da China em Qingdao e do Laboratório Central Estatal de Algodão Importado (State Key Testing Laboratory of Import Cotton, SKTLIC). A China National Cotton Exchange (CNCE), entidade setorial chinesa que recentemente formalizou parceria institucional com a Abrapa, também esteve presente.

Diretores e técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), cotonicultores ligados à Abrapa e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea) compuseram a equipe brasileira na reunião. O evento foi realizado pelo programa Cotton Brazil, iniciativa da Abrapa, com apoio da Anea e da Apex Brasil, que visa promover o algodão brasileiro no mercado asiático.

Wang Ming, representante da Alfândega localizada na zona de livre comércio de Qingdao, apresentou as legislações que regram os protocolos de aferição de qualidade dos produtos importados e mostrou os principais procedimentos cumpridos. Qingdao responde por 60% do volume total de algodão importado pela China.  “Nos últimos cinco anos, a qualidade do algodão brasileiro evoluiu. De 2017 para cá, os índices de conformidade têm ficado em torno de 90% e percebemos que é uma fibra com boa uniformidade. Além disso, constatamos alto nível de aderência entre os indicadores brasileiros e os que aferimos na nossa própria inspeção”, observou Wang.

A percepção de que o algodão brasileiro está em melhoria contínua é explicada pelos investimentos do setor em qualidade. “Analisamos 100% dos fardos produzidos no Brasil em modernos laboratórios e, a partir da safra 21/22, os resultados poderão ser conferidos pelo celular, via QR Code. Isso inclui os 81% de toda a nossa produção certificados pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR)”, explicou o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.

Fonte: ABRAPA

Mercado mundial do algodão

 Mais uma semana de muita volatilidade no mercado.  Relatório do USDA teve pontos altistas e baixistas. Preocupações com inflação e mercado aquecido na China colocam o mercado em limite de alta no noturno.
– Algodão em NY – O contrato Dez/21, que chegou a atingir 116,48 U$c/lp na última sexta, caiu para 103,50, voltou a subir ontem, atingindo limite de alta, e neste momento está em
 111 U$c/lp após limite de alta no noturno.
– Preços – Ontem (30/9), o algodão brasileiro estava cotado a 117,75 U$c/lp (-700 pts) para embarque em Nov-Dez/21 (Middling 1-1/8″ (31-3-36) posto Ásia).
 – Altistas 1 – As recentes altas do algodão na bolsa Chinesa de Zhengzhou (ZCE), motivadas pelo aquecido mercado físico de Xinjiang, estão impulsionando as cotações em NY.  O contrato de Jan/22 na China fechou nesta sexta o equivalente a 154 U$c/lp, quando atingiu mais uma vez limite de alta.
– Altistas 2 – Enquanto os especuladores podem rolar seus contratos, as fiações estão pressionadas, pois precisam fixar mais de três milhões de fardos nas próximas seis semanas e mais 4,6 milhões de fardos até fevereiro.
– Altistas 3 – A projeção para a safra americana foi reduzida em 3% no relatório mensal do USDA divulgado esta semana, para 3,9 milhões de toneladas. Considerando que a safra está atrasada, eventos climáticos adversos ainda podem impactar o resultado final.
–  Baixistas 1 – As projeções do USDA para os números globais foram levemente baixistas, já que a produção global subiu 0,6% para 26,2 milhões de tons, enquanto o consumo global foi reduzido em 0,6%s para 26,9 milhões de tons.
– China 1 – A inflação na China registrou um recorde em Setembro. Impulsionado pela valorização das matérias-primas, o índice de preços ao produtor da indústria (PPI) chinesa subiu 10,7% em setembro em relação ao mesmo mês de 2020.
– China 2 – O relatório mensal do USDA trouxe uma previsão de 2,3 milhões de toneladas para importações Chinesas em 21/22. Apesar desse número ser maior que a última estimativa, está muito abaixo dos 2,8 milhões importados em 20/21.
– China 3 – Considerando o volume de compras recentes e os preços locais, muitos analistas acreditam que importações Chinesas serão muito maiores que o estimado pelo USDA para 21/22.
– EUA 1 – 20% da safra americana 21/22 já está colhida.
– EUA 2 – A partir de agora, o Porto de Los Angeles, nos EUA, passará a funcionar 24h por dia, nos sete dias da semana, como ocorre em Long Beach. A decisão da Casa Branca visa reduzir o volume de navios em fila de espera para atracar no País.
– Agenda 1 – Na próxima Terça, 19/10, na China (segunda-feira no Brasil) a Abrapa irá realizar uma importante reunião com o órgão da Alfândega da China responsável pela classificação de algodão importado, o SKTLIC (antigo CIQ).
–  Colheita – A colheita de 2021 está finalizada no Brasil.
– Beneficiamento – Até ontem (14/10): BA e TO (80%); GO (96%), MA (54%); MG (90%), MS (99,4%), MT (58%), PI (93%) SP (100%) e PR (100%). Total Brasil: 65% beneficiado.
–  Exportações – O Brasil exportou 52,9 mil tons de algodão nas duas primeiras semanas do mês de outubro/21. A média diária de embarque está 26,8% inferior quando comparado a outubro/20.
Fonte: ABRAPA

PRODUÇÃO

Novo bioinseticida promete um controle sustentável da lagarta-do-cartucho

Os agricultores contam agora com um novo bioinseticida à base de um vírus capaz de apresentar alta eficiência no controle da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda). Chamado de BaculoMip SF, o novo bioinsumo é fruto de uma parceria público-privada formada entre a Embrapa e a empresa Promip e é indicado para todas as culturas atacadas por esse inseto.

A lagarta-do-cartucho é uma das principais pragas do milho e atinge outras culturas importantes, como a soja, atacando ainda mais de 100 espécies, entre cereais, hortaliças e frutas.

O BaculoMip SF é um inseticida microbiológico composto pelo vírus entomopatogênico Baculovirus spodoptera multiple nucleopolyhedrovirus (SfMNPV).

O produto deve ser aplicado preferencialmente nas horas mais frescas do dia, como no início da manhã ou após as 16h. É recomendado que o agricultor utilize um espalhante adesivo, para ter uma aplicação uniforme e atingir o alvo.

O baculovírus age após a lagarta ingeri-lo, quando é pulverizado sobre as folhas. O inseto tem de raspar a planta para se tornar infectado, e, quando isso ocorre, a lagarta reduz sua alimentação em até 93%.

Após ingerir o baculovírus, a lagarta demora em torno de cinco dias para morrer, porém, a partir de 48 horas, ela diminui a alimentação. Uma inovação importante do novo produto é o fato de o baculovírus empregado romper o tegumento da lagarta, o que faz com que o inseto morto propague o vírus para outras Spodoptera frugiperda presentes na lavoura.

Segundo a Promip, o BaculoMip SF é um produto altamente eficaz no controle da lagarta-do-cartucho, não afetando outros insetos predadores naturais da praga presentes na lavoura, o que também contribui para o seu controle. Por ser natural, não deixa resíduos na cultura, não causa danos ao meio ambiente e ao aplicador e ainda contribui para a redução da aplicação de defensivos químicos.

O BaculoMip SF também tem o uso aprovado para a agricultura orgânica ou ainda pode ser empregado em alternância com inseticidas químicos, como estratégia de manejo de resistência da lagarta-do-cartucho.

Fonte: Embrapa

Plantio de feijão após soja causa problemas fitossanitários

Rotação realizada em cultivos de leguminosas em sucessão, como no caso de feijão logo após soja, está favorecendo a intensificação da Murcha de Curtobacterium.

A rotação de culturas é uma das práticas recomendadas para viabilizar o manejo em áreas já contaminadas com agentes causais de doenças. Contudo, essa rotação realizada em cultivos de leguminosas em sucessão, como no caso de feijão logo após soja, está favorecendo a intensificação da Murcha de Curtobacterium. Este é um patógeno conhecido como Curtobacterium flaccumfaciens pv. Flaccumfaciens (Cff), que acomete a soja e que frequentemente ocasiona também perdas nas lavouras de feijão.

Sintomas foliares em soja e feijão: (A) infecção natural; (B) folhas inoculadas com Cff

A recomendação é que, em áreas com histórico dessa bacteriose, deve-se evitar o plantio dessas duas culturas em sucessão, pois favorece o aumento expressivo da Murcha de Curtobacterium e a maioria dos produtores ainda não sabe que o cultivo de feijão sobre soja é que tem agravado essa situação.

Mapa publica o zoneamento agrícola de risco climático da Cevada

Nas portarias 481 e 488 consta o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para o cultivo da cevada de sequeiro e irrigada. O cultivo de sequeiro é indicado para São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já o cultivo da cevada em sistema irrigado é indicado para o Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.

O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).

A produção de cevada (Hordeum vulgare L.) com finalidade cervejeira é influenciada pelo clima, pelas características genéticas da cultivar e pelas práticas de manejo de cultivos adotadas.

Nos estudos de Zarc para produção de cevada no sistema em sequeiro, foram avaliados os riscos para a incidência de geada no decêndio do espigamento e a análise do risco de deficiência hídrica conforme o tipo de solo, considerando as fases críticas de estabelecimento da cultura no campo (fase I) e durante o enchimento dos grãos (fase III). Os ambientes considerados com aptidão para o cultivo de cevada para uso cervejeiro em sistemas irrigados foram definidos pelos contornos da estação de crescimento da cultura caracterizada por ausência ou pouca chuva, não desconsiderando o risco de geadas.

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e ainda poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas.

Fonte: Mapa

Metas e tecnologias sustentáveis do Plano ABC+

Reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário é a meta definida pelo Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, para o período de 2020 – 2030. O valor é sete vezes maior do que o plano definiu em sua primeira etapa na década passada. Já, em área, o ABC+ tem como meta atingir com tecnologias de produção sustentável 72,68 milhões de hectares; ampliar o tratamento de 208,4 milhões de metros cúbicos de resíduos animais e abater 5 milhões de cabeças de gado em terminação intensiva.

O plano ABC+ é a segunda etapa do Plano ABC, que foi realizado entre 2010 e 2020 e comprovou resultados para além do previsto, mitigando cerca de 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em uma área de 52 milhões de hectares, superada em 46,5% em relação à meta estabelecida. Os valores estabelecidos como meta para esta década são adicionais aos já atingidos pelo ABC, que devem ser mantidos.

Fonte: Embrapa

TECNOLOGIA

Tecnologias digitais como forma de transformação da agricultura

As tecnologias digitais podem ter um papel transformador na agricultura do futuro. Elas são a grande aposta para o aumento da renda e da produtividade, trazendo menos impacto ao meio ambiente. No Brasil, a agricultura digital representa um caminho para a expansão da produção, sem ampliar a área plantada e com forte impacto na inclusão de pequenos e médios produtores rurais.

A Embrapa integra a Câmara do Agro 4.0 e, em conjunto com várias instituições como universidades, institutos de pesquisa e empresas privadas, vem elaborando diagnósticos acerca da realidade nacional, com o objetivo de contribuir na formulação de políticas públicas para o avanço do setor. O desenvolvimento de pesquisas e tecnologias na temática da agricultura digital também está no foco de atuação da Embrapa.

A transformação digital na agricultura pode ser apoiada por tecnologias computacionais de altíssimo desempenho capazes de criar soluções para o campo, a partir de um grande volume de dados e informações gerados pela pesquisa agropecuária, de maneira segura e confiável.

Com o avanço tecnológico, a Embrapa vem atuando fortemente para fortalecer o ecossistema de agricultura digital, por meio de parcerias com os setores público e privado. É preciso desenvolver e integrar soluções digitais que ajudem a incluir os produtores rurais e também contribuir para que o Brasil atinja um novo patamar na produção de alimentos, com mais sustentabilidade, geração de renda e justiça social.

Fonte: Embrapa

MERCADO

Preços de frutas e hortaliças seguem em alta no país

Os brasileiros ainda terão que pesquisar bastante para manter uma alimentação saudável e driblar a alta de preços de hortifrutis. Tomate e cenoura, por exemplo, apresentaram aumentos consideráveis no último mês nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país.

De acordo com o 10º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (19), a queda da oferta de tomate provocou elevações de preços de 50% a 60%, especialmente na segunda quinzena de setembro, e continuam em outubro, já que ainda há pouco produto disponível.

No caso da cenoura, o declínio de 6% na oferta total aos mercados atacadistas também pressionou os preços para cima em setembro.

Segundo o Boletim, a batata sofreu acréscimo nos preços na maioria dos mercados, mas com menor intensidade, já que a baixa qualidade do tubérculo freou o aumento. Mesmo assim, no começo de outubro, já foram registradas altas sensíveis nas cotações deste produto, devido à queda na oferta causada pelas chuvas e as poucas áreas em ponto de colheita.

Entre as hortaliças pesquisadas, somente alface e cebola demonstraram médias de preços mais em conta nos mercados atacadistas avaliados.

A cebola, por conta da maior área plantada em 2021 e pela menor qualidade, em função do déficit hídrico e temperaturas altas no período de desenvolvimento do bulbo. Já a alface ficou mais barata com a recuperação da oferta em parte dos mercados no mês de setembro, após inverno com baixas temperaturas e geadas. Para a folhosa, a expectativa é de estabilidade e declínio de preços nos próximos meses, com a demanda desaquecida.

Frutas

Dentre as frutas estudadas no mês de setembro, à exceção da melancia, todas apresentaram aumento nas suas cotações na maioria das Ceasas avaliadas. Menores ofertas em importantes regiões produtoras do país, além da alta dos insumos necessários à produção ajudam a explicar essa performance.

Veja a íntegra do 10º Boletim Prohort da Conab.

Fonte: Conab

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

PRODUTO COTAÇÃO
Soja A combinação de clima favorável à colheita nos Estados Unidos e à semeadura da oleaginosa em grande parte das regiões brasileiras, de estimativas de maior relação estoque/consumo final na safra 2021/22, em termos mundiais, do ambiente de otimismo em relação à oferta e certo pessimismo sobre a demanda pressionou os contratos futuros na Bolsa de Chicago (CME Group) nos últimos dias.

Com isso, segundo informações do Cepea, compradores brasileiros se afastaram das aquisições no spot, na expectativa de adquirir lotes a preços menores nas próximas semanas. Entre 8 e 15 de outubro, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná caíram 2,3% e 1,7%, com respectivos fechamentos de R$ 168,55/sc e de R$ 166,48/sc de 60 kg na sexta.

Algodão No dia 11 deste mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma, com pagamento em 8 dias, atingiu pela primeira vez a casa dos R$ 6 por libra-peso, mas, desde então, passou a cair de forma consecutiva – fechando a R$ 5,9520/lp nessa terça-feira, 19, recuo de 0,7% frente ao dia 13. A

pressão veio das quedas dos valores internacionais e da paridade de exportação e também da redução da demanda doméstica. Parte dos vendedores brasileiros segue firme nos preços pedidos, mas alguns chegam a ceder, especialmente os que precisam fazer caixa.

Indústrias ativas, por sua vez, preocupadas com o repasse dos preços da matéria-prima, ofertam valores ainda menores. No entanto, apesar das recentes quedas, o Indicador ainda registra alta de 5% na parcial de outubro (até o dia 19).

Milho Os preços do milho seguem em queda na maioria das regiões brasileiras. Entre 8 e 15 de outubro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 0,93%, fechando a R$ 90,18/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 15.

Apesar da quebra de produção na safra 2020/21, consumidores mantêm baixo o interesse de aquisição de novos lotes, atentos à melhora do clima, que tem favorecido a temporada de verão brasileira, e nas exportações desaquecidas.

Parte dos vendedores nacionais, por sua vez, precisa liberar armazéns para limpeza e organização da safra verão ou, em algumas regiões, para a entrada do trigo.

Etanol Os preços dos etanóis hidratado e anidro seguem em alta no mercado paulista. Entre 11 e 15 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 3,4292/litro, avanço de 2,64% na comparação com o do período anterior. Para o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro, a média foi de R$ 3,9393/litro, elevação de 2,5% no mesmo comparativo.

A demanda um pouco mais aquecida sustentou os valores dos biocombustíveis na semana passada. Além disso, mais usinas paulistas encerraram a moagem de cana-de-açúcar, limitando ainda mais a oferta de etanol no spot.

Açúcar Na sexta-feira, 15, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal, fechou a R$ 150,24/saca de 50 kg, novo patamar máximo da série histórica, em termos nominais – nessa segunda-feira, 18, porém, fechou a R$ 149,41/sc, mas ainda com alta acumulada de 4,85% na parcial de outubro.
Arroz As cotações do arroz em casca seguem em queda no mercado spot do Rio Grande do Sul. Parte dos agentes está afastada das negociações, aguardando um “realinhamento” entre os valores do arroz em casca e os do beneficiado. Além disso, chuvas em algumas regiões do estado no fim da última semana dificultaram o carregamento dos lotes já comercializados e reduziram o interesse em novas negociações. Assim, entre 13 e 19 de outubro, o Indicador ESALQ/SENAR-RS do arroz 58% grãos inteiros recuou 1%, fechando a R$ 72,52/sc de 50 kg nessa terça-feira, 19. No acumulado parcial deste mês (de 30 de setembro a 19 de outubro), a baixa é de 2,76%. Em termos globais, dados do USDA indicam que a disponibilidade mundial de arroz deve continuar aumentando, com crescimento da produção previsto para a temporada 2021/22. Já no Brasil, a produção pode ser limitada pela menor área destinada ao cereal e pelo atraso da semeadura na temporada atual, devido às recentes precipitações – no Rio Grande do Sul, o maior produtor nacional, as atividades haviam alcançado 36% da área prevista até a semana passada, contra 45,25% no mesmo período do ano passado, segundo o Irga.
Boi Os valores da arroba do boi gordo e da carne seguem recuando. No caso do boi gordo, as cotações têm sido pressionadas pelo afastamento de grande parte dos compradores. Esses agentes evitam adquirir grandes lotes de animais, diante da manutenção da suspensão dos envios de carne à China, o maior destino internacional da proteína brasileira. Além disso,  a oferta de animais de confinamento tem crescido, reforçando o movimento de queda nos preços da arroba. Ressalta-se que esse cenário vem reduzindo as margens de pecuaristas, sobretudo os que utilizam o sistema de confinamento, que apresenta custos bastante elevados. Quanto à carne negociada no atacado, o aumento na oferta de animais se soma ao poder de compra fragilizado da maior parte da população brasileira.

FONTE: Cepea

CLIMA

Mudanças climáticas e a pecuária

A pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul Cristina Genro relatou em palestra as pesquisas realizadas para o monitoramento da emissão de gases de efeito estufa (GEE) na pecuária no bioma Pampa, bem como recomendações para a mitigação na emissão desses gases pela atividade.

De acordo com a pesquisadora, todas as atividades agropecuárias estão buscando por uma maior sustentabilidade nos sistemas de produção, com desafios sociais, econômicos e ambientais.

Em relação às questões ambientais, a emissão de gases de efeito estufa é um problema que preocupa os pecuaristas, uma vez que a atividade é colocada como uma das responsáveis pelas mudanças climáticas.

Porém, segundo Cristina Genro, é possível mitigar a emissão de GEE pela pecuária brasileira, especialmente pelo manejo nas propriedades.

De acordo com a pesquisadora, medidas até simples como o controle da altura das pastagens contribui de forma muito positiva para alcançar esse objetivo. Para a grande maioria de espécies de forrageiras utilizadas na Região Sul a Embrapa tem estudos que indicam a altura ideal para a entrada e saída de animais nas pastagens, garantindo assim um processo que leva a uma maior estocagem que permite mitigar a emissão dos GEE.

A adoção de outras tecnologias também pode contribuir para uma produção mais sustentável na pecuária em relação às mudanças climáticas. Entre elas a pesquisadora destacou a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), um sistema que proporciona maior sustentabilidade utilizando em um mesmo espaço culturas agrícolas, animais e componentes arbóreos. Cristina Genro também falou sobre a tecnologia desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sul, o Pasto sobre Pasto, que tem como base não deixar o chamado vazio forrageiro nos períodos entre as estações do ano, utilizando diferentes espécies de forrageiras com ciclos e características complementares de produção.

Além disso, a pesquisadora apontou também que o uso de leguminosas nas pastagens pode contribuir no processo de mitigação, uma vez que essas plantas deixam no solo nitrogênio, possibilitando a diminuição do uso de fertilizantes químicos, que é um dos emissores de GEE.

Nesse sentido, Genro salientou o programa de melhoramento de forrageiras da Embrapa, que já disponibilizou para os produtores diferentes cultivares, principalmente de leguminosas, mas também de gramíneas, que possibilitam um planejamento forrageiro e maior eficiência nos sistemas de produção.

Fonte: Embrapa

Previsão de chuvas

De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados ocorrerão nas regiões Norte e Sudeste do Brasil.

REGIÃO PREVISÃO DE CHUVA
Sul Os maiores acumulados previstos se concentram no norte do Paraná, na faixa dos 40 aos 70 mm.
Sudeste Os maiores acumulados de chuva se concentram no sul de Minas Gerais e do Espírito Santo, além do norte do Rio de Janeiro, com volumes acumulados entre 60 e 80 mm, podendo alcançar 150 mm em áreas do sudeste de Minas Gerais e Espírito Santo.
Centro-Oeste A previsão indica chuva em grande parte da Região Centro-Oeste, com acumulados entre 30 e 50 mm. Em áreas pontuais no Mato Grosso do Sul, os volumes de chuvas podem alcançar valores entre 60 e 80 mm, enquanto no oeste do Mato Grosso, são previstos volumes de chuva inferiores a 20 mm.
Nordeste e MATOPIBA os maiores acumulados de chuva se concentram no oeste baiano e no sul maranhense com acumulados de 20 a 40 mm, podendo alcançar 80 mm em áreas pontuais.
Norte Os maiores acumulados de chuva concentram-se no oeste do Amazonas e do Pará com acumulados de 50 a 80 mm, podendo alcançar aproximadamente 150 mm em áreas pontuais.

Fonte: INMET

A previsão de chuva acumulada entre os dias 19 e 25 de outubro de 2021

 

Se inscreva na nossa Newsletter gratuita

Espaço para parceiros do Agro aqui

Tags: bioinseticida, Cevada, embrapa, feijão, frutas, hortaliças, Indicadores Cepea, mudanças climáticas na agricultura, Murcha de Curtobacterium, Pecuária, plano abc, soja, zoneamento-agricola

Posts Relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

novembro 2024
D S T Q Q S S
 12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
LinkedIn
YouTube
Instagram