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GERAIS
Agro vive cenário de incertezas
De acordo com análise publicada na revista Exame, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia deve reduzir a rentabilidade da agricultura brasileira em 2022.
Produção agrícola
Os dois países são importantes produtores mundiais de grãos, como trigo e milho, respectivamente, e os conflitos devem diminuir a oferta mundial desses itens e pressionar os preços, de outro os custos de produção da agricultura, que vinham subindo, devem aumentar ainda mais.
Insumos
A Rússia é o segundo maior produtor e exportador mundial de nitrogênio e o terceiro maior em fósforo e potássio, insumos básicos para a formulação de fertilizantes. Além disso, o aumento do preço do petróleo afeta um custo crucial no campo: o do óleo diesel usado para mover máquinas e no transporte das cargas.
Entre grãos, algodão e lavouras permanentes, como café, cana e laranja, o lucro líquido dos agricultores brasileiros, descontados impostos e despesas financeiras, deve atingir neste ano R$ 25 bilhões. Seriam R$ 20 bilhões a menos do que o obtido no ano passado (R$ 45 bilhões), nas contas do economista Fabio Silveira, sócio da consultoria Macro Sector. Esse lucro menor esperado para este ano deve ocorrer mesmo com receita nominal recorde projetada em R$ 1 trilhão.
Fonte: Exame
Mapa garante que o país dispõe de fertilizantes até outubro
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira (2) que o Brasil tem fertilizantes suficientes para o plantio até outubro e que o governo já trabalha desde o ano passado com alternativas para garantir o suprimento para o setor, no caso de escassez provocada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.
O Brasil já trabalha na busca de novos parceiros para o caso de diminuir o recebimento de fertilizantes da Rússia e da Bielorrusia. Segundo a ministra, o Mapa tem um grupo de acompanhamento que conversa constantemente com as indústrias, com os produtores, com a parte de logística e de infraestrutura. “Temos que ter tranquilidade neste momento e estudar todos os cenários que podem acontecer”, disse.
Além disso, a Embrapa estuda alternativas para aumentar a eficiência do plantio com o menor uso de fertilizantes. Também estão sendo trabalhadas estratégias de fomento e financiamento para aumento da produção de bioinsumos, fertilizantes organominerais, nanotecnologia e agricultura digital.
O governo deve lançar nos próximos dias o Plano Nacional de Fertilizantes, elaborado desde o ano passado em parceria com outros ministérios e com a iniciativa privada, para reduzir a dependência do Brasil da importação de fertilizantes.
Fonte: Mapa
Conflito entre Rússia e Ucrânia eleva preços externos do trigo
Agentes do setor tritícola nacional estão tentando entender e absorver os impactos atuais e futuros da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre os mercados de grãos e cereais.
No caso do trigo, os dois países estão entre os maiores produtores mundiais, mas com relevância ainda mais expressiva na oferta de excedentes para transações externas. Diante disso, os preços internacionais do cereal estão apresentando reações expressivas, o que, certamente, devem trazer reflexos sobre os valores de negociação no Brasil e em países vizinhos ao longo das próximas semanas.
No Brasil, por um lado, produtores entendem que as reações positivas de preços podem ser um fator atrativo para a nova safra, a ser cultivada a partir de abril e maio. Porém, há preocupações com a disponibilidade de insumos, em especial os fertilizantes. De outro, moinhos seguem atentos às expressivas reações de preços em bolsas de futuros e mesmo na Argentina, o que deverá elevar o custo da importação brasileira.
Por enquanto, o Cepea observa que os preços no mercado doméstico ainda não foram influenciados pela alta internacional, mas estes devem seguir sustentados pelo conflito e pela moeda norte-americana, que voltou a se valorizar. Dados do Cepea mostram que, no Rio Grande do Sul, os valores subiram 1,45% entre 23 de fevereiro e 2 de março, fechando em R$ 1.605,79/tonelada, enquanto no Paraná, os preços caíram ligeiro 0,6% no mesmo período, para R$ 1.711,21/t.
Fonte: Cepea
PRODUÇÃO
Monitoramento das lavouras de soja
Matopiba
As operações de colheita começaram na região, porém ainda em ritmo lento por questões climáticas, já que as chuvas limitam a atividade das máquinas.
A evolução da colheita segue dentro do tempo esperado. Há registros de perdas pontuais, mas, no geral, as lavouras remanescentes e os grãos colhidos apresentam boas condições.
Goiás
A colheita já ultrapassou 30% da área total semeada. As chuvas constantes no estado têm dificultado as operações devido ao excesso de umidade nos grãos maduros. Houve alguns registros de grãos ardidos no início da colheita, mas, no geral, a qualidade e o rendimento do produto estão bons.
Mato Grosso
O grande potencial operacional existente no estado permitiu que a colheita avançasse consideravelmente nas últimas semanas, alcançando cerca de 70% da área total, mesmo com alguns contratempos pontuais em razão das chuvas intensas em certas regiões mato-grossenses. Grãos colhidos apresentando ótima qualidade e boa produtividade, além da maioria das lavouras em campo registrarem boas condições.
Mato Grosso do Sul
Houve retorno das chuvas na região Centro-Sul, porém aindaem níveis considerados baixos. A alta temperatura também prejudica as plantas, que apresentam taxas elevadas de evapotranspiração e dispõem de pouca umidade no solo para atender suas demandas. Assim, o potencial produtivo nas lavouras da região acaba reduzindo. Já no Centro-Norte do estado, as condições climáticas estão bem mais favoráveis, permitindo, inclusive, um maior avanço das operações de colheita.
São Paulo
O clima esteve oscilante, mas não inviabilizou a continuação das operações de colheita, que encerraram o segundo decêndio de fevereiro com 20% da área estadual colhida. Algumas regiões registraram estresse hídrico em razão das poucas chuvas, mas, no âmbito geral, as condições das lavouras e dos grãos colhidos estão entre boas e regulares.
Minas Gerais
O clima mais estável da última semana, sem chuvas, propiciou um avanço maior na colheita, que chegou a 22% da área total no fim do segundo decêndio de fevereiro. Apesar de perdas pontuais pelo excesso de chuvas, as lavouras são consideradas em boas condições.
Paraná
À medida que a colheita avança, atingindo 21% da área semeada, pode-se notar a queda no rendimento das lavouras em decorrência da escassez hídrica. As áreas mais ao oeste do estado foram bem impactadas, apresentando um acumulado de umidade nos solos bem baixo e, por consequência, restringindo o desenvolvimento das lavouras e a formação dos grãos, por falta de água. A qualidade do produto também acabou sendo reduzida, com uma proporção expressiva de grãos miúdos.
Rio Grande do Sul
As primeiras lavouras atingindo os estágios de maturação. A maioria delas ainda segue em fases de floração e enchimento dos grãos. No geral, a estiagem segue reduzindo o potencial da cultura. Nas regiões mais afetadas, Fronteira Oeste, Noroeste e Central, as plantas apresentam porte baixo, área foliar reduzida e diminuição na duração do ciclo causada pelo estresse hídrico.
Fonte: Conab
Embrapa desenvolve cultivar de arroz irrigado para sistema Clearfield®
A Embrapa e parceiros irão lançar no dia 15 de março, a cultivar de arroz irrigado de ciclo médio BRS A706 CL, voltada ao ambiente irrigado de todo o Brasil. A novidade reúne o que há de melhor da genética de arroz da Embrapa para a tecnologia da BASF chamada Clearfield®, de eficiência para o controle de plantas daninhas.
A BRS A706 CL é fruto de mais de dez anos de pesquisa do programa de melhoramento de arroz da Embrapa, envolvendo testes de campo nas diferentes regiões do Brasil, diversas análises nos laboratórios de biotecnologia, fitossanidade e qualidade de grãos e na cozinha experimental, e ajustes de manejo fitotécnico, que resultou na junção de características de interesse agronômico com a qualidade comercial de grãos valorizada pelo mercado.
A BRS A706 CL destacou-se pelo potencial produtivo de mais de 15 toneladas por hectare; pela tolerância ao acamamento; pela ampla adaptabilidade a ambientes de cultivo pré-germinado e semeadura direta; e por possuir qualidade de grãos para o suprimento de matéria-prima para marcas que desejam comercializar produtos de linhas “premium”. Por se tratar de uma cultivar que possui resistência a herbicidas do grupo químico das imidazolinonas, a BRS A706 CL é recomendada para o Sistema de Produção Clearfield®, cujo emprego auxilia no manejo em áreas com altas infestações de arroz daninho e também outras plantas daninhas de difícil controle pelos métodos usuais.
Fonte: Embrapa
Uvas de mesa são alternativa para a diversificação
Aos poucos a paisagem da Serra Gaúcha está se modificando. As parreiras plantadas a céu aberto estão dando espaço para uma nova viticultura, a de uvas de mesa protegidas pela cobertura plástica. E a mudança não está somente no sistema de cultivo, mas também na oferta de novas uvas, as chamadas uvas finas de mesa, reconhecidas por terem cachos vistosos, que ‘enchem os olhos’.
Esta diversificação está sendo possível com a adoção de novas tecnologias, com destaque para o sistema de cultivo e novas cultivares.
Sistema de plasticultura
Henrique Pessoa dos Santos, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho que estuda o uso de cobertura plástica em vinhedos, alerta que o sistema não deve ser encarado apenas como mais uma alternativa para qualificação da produção vitícola. “É um novo sistema de produção. Ele exige um manejo fitossanitário distinto em relação ao cultivo convencional, além de se apresentar como uma ferramenta para a obtenção de uvas orgânicas e com um maior valor agregado”, pontua.
Ele também adianta que o ambiente protegido forma um microclima, no qual, com o uso do plástico, a tendência é de redução na utilização de agrotóxicos, tendo em vista que a cobertura potencializa o efeito desses produtos por não ocorrer a lavagem pela chuva e diminuir a degradação pela luz. O especialista alerta ainda que é importante o viticultor conhecer muito bem o sistema antes de começar a sua produção para evitar prejuízos desnecessários.
A expectativa da Embrapa é conseguir ampliar a adoção das cultivares BRS e possibilitar para os viticultores gaúchos resultados semelhantes aos do Semiárido nordestino, onde, por exemplo, só a cultivar BRS Vitória já ocupa aproximadamente 20% da área cultivada, representando mais de dois mil hectares de uva.
Fonte: Embrapa
Rastreabilidade na cultura do algodão
O Sistema Abrapa de Identificação (SAI) abriu no dia 01.03.2022, para emissão de etiquetas para a safra 2021/2022. Implementado em 2004 pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, Abrapa, o SAI permite o rastreamento da origem e da qualidade da fibra através da etiqueta aplicada nos fardos de algodão beneficiado, conferindo confiabilidade ao produto brasileiro.
Cada etiqueta possui uma sequência numérica de código de barras, que individualiza fardo por fardo, composta de 20 dígitos. Os dois iniciais, (00) identificam o tipo de código EAN/UCC, seguidos do dígito de extensão, que indica se a Unidade de Beneficiamento de Algodão (UBA) é matriz ou filial (0 a 9). Os 6 próximos números são o código GS1 da UBA. Logo após, vem a identificação da prensa. Os 6 dígitos seguintes são a numeração do fardo e o final é o verificador. Com essa composição, tem-se a garantia de individualização dos fardos, uma espécie de “certidão de nascimento”.
Para aumentar a transparência e a acessibilidade aos dados de rastreabilidade, desde a safra passada, as etiquetas ganharam um QR Code, que direciona para a página de consulta do portal Abrapa. O sistema permite que as informações sejam acessadas de qualquer celular.
Fonte: Abrapa
Mercado de sementes de milho para a safra 2021/2022
As empresas de sementes de milho vêm apresentando ao longo dos anos avanços significativos em genética e biotecnologia e, consequentemente, têm aumentado a eficiência produtiva e qualitativa dos grãos, agregando assim valores a toda a cadeia do agronegócio do milho. Pode-se dizer que a escolha de uma semente com alta tecnologia embarcada define o nível técnico de uma lavoura, bem como o seu potencial produtivo.
Analisando o mercado de sementes considerando o levantamento de cultivares realizado anualmente pela Embrapa Milho e Sorgo, temos os seguintes dados. Na safra passada 98 novas cultivares foram disponibilizadas no mercado. Já para a safra 2021/2022, 259 cultivares estarão disponíveis, das quais algumas lançadas exclusivamente para a safra verão e inverno 2021/2022, bem como cultivares lançadas em safras anteriores, mas ainda demandadas pelo mercado em decorrência do alto nível de tecnologia e da facilidade de aquisição nas diversas regiões de cultivo.
Em relação a novos eventos, pode-se dizer que permanecem os mesmos, mas com destaque para o VT PRO 3 e o Agrisure Viptera 3, tanto na safra de 2020/2021 quanto na atual (2021/2022). Para a próxima safra deverá entrar no mercado o evento VT PRO 4, que é a nova biotecnologia para milho híbrido, que proporciona ampla proteção contra as principais pragas que podem atingir as partes aéreas e radicular das plantas. Cultivares com eventos Powercore Ultra e VT PRO 2 são bem demandados pelo mercado.
Os híbridos simples são responsáveis por mais de 50% do mercado de milho no Brasil, tanto nesta quanto em safras anteriores. Nesta safra perfazem 50,19% do mercado; os triplos, 1,93%; os duplos, 1,16%; e as variedades são 2,70% do mercado. Ainda está disponível uma inexpressiva percentagem de híbridos do tipo Top-Cross e sintéticos. Grande parte das empresas de sementes não informa qual é o tipo de híbrido lançado, o que representa 42,86% do total de cultivares em levantamento no período.
De forma geral, o mercado de sementes de milho tem mostrado comportamento semelhante safra após safra, em relação às características das cultivares em função do mercado, às condições de clima e solo, e às necessidades das indústrias, que absorvem entre 60% e 80% do produto para a fabricação de ração animal, com exigências em relação a cor e a textura dos grãos.
Fonte: Embrapa
MERCADO
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
PRODUTO | COTAÇÃO |
Soja | O Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) da soja superou a casa dos R$ 200,00/saca de 60 kg pela primeira vez na história na quinta-feira, 24, mas recuou na sexta-feira, 25.
Entre 18 e 25 de fevereiro, o Indicador subiu 1,41%, a R$ 198,67/saca de 60 kg na sexta. Com as demandas interna e externa aquecidas, a disputa entre agentes domésticos e internacionais segue acirrada. Esse cenário somado às expectativas de quebra de safra na América do Sul levaram os prêmios de exportação e os preços domésticos a patamares recordes, em termos nominais. No contexto internacional, as cotações subiram, influenciadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que prejudica as exportações da região do Mar Negro. A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo, cenário que valorizou essa commodity nos Estados Unidos, resultando em aumento no preço futuro do óleo de soja – esse contexto tende a incentivar a mistura de biodiesel ao óleo diesel, e o óleo de soja é a principal matéria-prima para a produção de biodiesel. |
Algodão | A média de fevereiro do Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma, de R$ 6,9805/lp, atingiu recorde nominal, sendo 2,47% maior que a de janeiro/22 e 45,75% superior à de fevereiro/21. Segundo pesquisadores do Cepea, ao longo do mês, compradores adquiriram lotes para atender à necessidade imediata e/ou para repor estoques, mas buscaram reduzir os valores pagos, diante das dificuldades no repasse dos custos aos seus produtos. Cotonicultores estiveram atentos à finalização do cultivo da próxima temporada. |
Milho | A guerra entre Rússia e Ucrânia elevou com força os preços internacionais dos grãos, tendo em vista que o conflito gerou preocupações com a oferta global de produtos como milho e trigo – as tensões no leste europeu prejudicam as exportações de cereais pela região do Mar Negro.
No mercado doméstico, segundo informações do Cepea, apesar das valorizações externas, os preços do milho ficaram praticamente estáveis no Brasil na semana passada. Compradores se mantiveram afastados do mercado, e vendedores seguiram concentrados nas atividades de campo, seja na colheita da safra verão ou na semeadura da segunda safra. Entre 18 e 25 de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) subiu 0,88%, fechando a R$ 97,34/sc de 60 kg na sexta-feira. |
Etanol | Os Indicadores CEPEA/ESALQ dos etanóis hidratado e anidro, ambos no spot do estado de São Paulo, caíram com força em fevereiro. Considerando-se as semanas cheias do último mês, o preço médio do hidratado foi de R$ 2,8743/litro, recuo de 12,7% na comparação com o das semanas cheias de janeiro. No mesmo comparativo, o etanol anidro (considerando-se somente o mercado spot) teve média de R$ 3,2679/litro em fevereiro, queda de 14,2% frente à de janeiro. O fechamento de negócios ocorreu de forma pontual, o que resultou em queda nos preços dos etanóis em São Paulo.
A demanda foi se aquecendo aos poucos durante o mês, mas o mercado seguiu lento. Do lado vendedor, algumas unidades estiveram mais flexíveis nos valores de comercialização, em função de estoques formados na safra 2021/22. |
Açúcar | Os preços médios do açúcar cristal praticados no mercado spot do estado de São Paulo caíram com força na última semana de fevereiro. Na segunda, 21, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, estava na casa dos R$ 144,00/saca de 50 kg, mas encerrou a sexta-feira, 25, a R$ 132,42/saca. Diante disso, no acumulado do mês, a queda do Indicador foi de quase 10%.
Algumas usinas estiveram flexíveis em baixar os valores de suas ofertas para o Icumsa 180, devido sobretudo à resistência de compradores. A demanda pelo cristal no spot tem sido baixa desde janeiro, início oficial da entressafra 2021/22, pois compradores abasteceram-se anteriormente para este período. |
Boi | Os preços do boi gordo seguem firmes no mercado brasileiro, ao passo que os dos animais para reposição estão enfraquecidos. Esse contexto vem favorecendo pecuaristas que realizam recria-engorda, que, vale lembrar, atravessaram recentemente (em outubro de 2021) a pior relação de troca da série histórica do Cepea (iniciada em fevereiro de 2000). Dados do Cepea mostram que, nesta parcial de fevereiro (até o dia 22), o pecuarista precisa de 8,38 arrobas de boi gordo paulista para a compra de um animal de reposição em Mato Grosso do Sul, quantidade 8,73% menor que a necessária em fevereiro do ano passado (9,18 arrobas). Trata-se, também, da relação de troca mais favorável ao pecuarista que faz recria-engorda desde janeiro de 2020 (quando esteve em 8,25 arrobas). Em outubro do ano passado, quando a relação de troca atingiu o pior momento da série histórica ao produtor recriador, foram necessárias 10,27 arrobas para a aquisição de um bezerro. |
CLIMA
Clima continua favorecendo os cultivos na maior parte do país
O clima continua favorecendo os cultivos na maior parte do país. É o que mostra o Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), publicado nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo é referente às condições climáticas e espectrais dos cultivos de verão observadas entre os dias 1º e 21 de fevereiro e está disponível na página da Conab, na Internet.
As análises realizadas neste período indicam que o desenvolvimento dos cultivos de verão foi beneficiado por bons volumes de chuva em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Pará, Rondônia e na região que envolve os estados de Tocantins, Piauí, Bahia e Maranhão (Matopiba). Apesar da grande quantidade de precipitações, os danos por inundação e excesso de umidade nas operações de colheita foram pontuais. A semeadura e o desenvolvimento da segunda safra também contaram com condições favoráveis de clima nesses estados.
Ainda segundo o Boletim, a influência do fenômeno La Niña causou precipitações irregulares de baixo volume, ocorridas na porção oeste da região Sul e no sudoeste de Mato Grosso do Sul. A restrição hídrica e as altas temperaturas têm prejudicado o desenvolvimento de cultivos de verão na metade oeste do Paraná, de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Já as chuvas ocorridas também nos estados do Paraná e de Santa Catarina amenizaram a extensão das áreas sob restrição. Por outro lado, permanece a condição de atenção, principalmente nas lavouras em estágios reprodutivos.
Fonte: Conab
Previsão de chuva
De acordo com o modelo de previsão numérica GFS, a semana poderá apresentar grandes acumulados de chuva na Região Norte e áreas do Nordeste do país.
REGIÃO | PREVISÃO DE CHUVA |
Sul | Os volumes de chuva no interior da região não devem ultrapassar os 50 mm. Já na porção leste de Santa Catarina, sul do Rio Grande do Sul e do Paraná, os acumulados devem chegar a 80 mm. |
Sudeste | Por sua vez, são previstos acumulados de chuva que não deverão ultrapassar os 50 mm. |
Centro-Oeste | As chuvas poderão ultrapassar os 50 mm no Mato Grosso, enquanto em áreas de Goiás e Mato Grosso do Sul, a tendência é de acumulados de chuva entre 10 e 40 mm. |
Nordeste | A tendência é de acumulados de chuvas mais significativos sobre o estado do Maranhão e costa leste do Nordeste, que vai desde o Rio Grande do Norte até o sul da Bahia, com valores entre 60 e 90 mm. No interior da região, são previstos menores acumulados de chuva e que não deverão ultrapassar os 35 mm. |
MATOPIBA | Os maiores acumulados de chuva previstos poderão ocorrer no centro-norte do Tocantins, com volumes de chuva variando entre 40 e 80 mm. |
Norte | São previstos volumes de chuvas intensas que poderão variar entre 80 e 200 mm nos estados do Amazonas, Acre e Roraima. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 90 mm. |
Figura 2. Previsão de chuva (01 e 09/03/2022). Fonte: GFS.
CURSOS E EVENTOS
Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online e sem custos!
Data | Evento | Instituição promotora | Link de acesso |
10/03/22
(09:00) |
Anúncio do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2021/22 | Conab | Clique aqui |
10/03/22
(09:00) |
Bioinsumos: soluções e desafios em tempos de crise | Embrapa | Clique aqui |
17/03/22
(09:00) |
Anúncio do 3º Boletim Hortigranjeiro Prohort 2022 | Conab | Clique aqui |
17/02/22
a 31/12/22 |
Curso de Viticultura Tropical no Semiárido | Embrapa | Clique aqui |
17/02/22
a 31/12/22 |
Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas | Embrapa | Clique aqui |
Contínuo | Produção de mudas de cajueiro – enxertia | Embrapa | Clique aqui |
Contínuo | Viticultura Tropical no Semiárido | Embrapa | Clique aqui |
Contínuo | Apicultura para Iniciantes | Embrapa | Clique aqui |