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GERAIS
Brasil abre novos mercados para produtos agropecuários
Brasil conquistou a abertura de 24 novos mercados para produtos da agropecuária nacional desde janeiro de 2023. Os mais recentes, que ocorreram no início desta semana, são a exportação de alimentos mastigáveis para animais de companhia (pet food) para a África do Sul e de farinhas de aves para alimentação animal para o Equador.
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, as importações da África do Sul de pet food foram de aproximadamente US$ 60 milhões em 2022. Nesta categoria, o Brasil exportou quase US$ 100 milhões para outros mercados.
Também no ano passado, o Equador importou farinha de origem animal para alimentação animal de todo o mundo no valor de US$ 554 milhões.
O trabalho de abertura de mercados externos não contempla apenas a venda de produtos tradicionais dos quais o Brasil já é um grande exportador, como carnes, milho e soja, mas de diversos produtos da cadeia agrícola, atendendo ao objetivo do Ministério da Agricultura e Pecuária de diversificar a pauta exportadora brasileira.
Desde o início do ano, o Mapa contabiliza a abertura de 24 mercados nas Américas, Ásia, África e Oceania para a exportação dos mais diversos produtos de variados setores da agropecuária.
Fonte: Mapa
Brasil e Alemanha debatem desafios da agricultura
A necessidade de produzir alimentos para 9.3 bilhões de pessoas por volta de 2030 foi um dos temas do encontro entre os centros de pesquisa da Embrapa no Rio de Janeiro (Agrobiologia, Agroindústria de Alimentos e Solos) e o alemão Instituto Julius Kühn, que aconteceu no dia 14 de junho na Embrapa Solos.
Fundado em janeiro de 2008 o IJK é o centro de pesquisa federal para plantas cultivadas na Alemanha, sendo também uma autoridade autônoma superior federal do portfólio do Ministério do Alimento e Agricultura. Ele é composto por 18 institutos especializados complementados por unidades de serviço como biblioteca, processamento de dados, campos experimentais, casas de vegetação e administração, contando com 1300 empregados (450 pesquisadores). Suas instalações de pesquisa se concentram em nove áreas, com a sede localizada na pequena cidade de Quedlinburg. Na reunião, o IJK foi representado pelo seu presidente, o pesquisador Frank Ordon.
A caracterização do biocarvão e das Terras Pretas de Índio foi abordada ao lado da agricultura orgânica e do conhecimento tradicional. Foi lembrado o pouco valor que se dava a temas como ecologia ou meio ambiente nas universidades nos anos 80 do século passado. Isso mudou bastante, tanto que manter o solo coberto é um “mantra” atualmente, mesmo com o avanço da fronteira agrícola liderado pela soja. “Na Embrapa Solos atuamos em fertilizantes, dados para a agricultura tropical, pedologia e zoneamento, uso da terra e serviços ecossistêmicos, intensificação sustentável da agricultura e coexistência produtiva com a seca”, revelou a chefe geral, Maria de Lourdes Mendonça.
A agricultura familiar não foi esquecida, já que o pequeno produtor é responsável por 80% dos alimentos que chegam na nossa mesa. Foi mencionada a “Fazendinha Agroecológica” da Embrapa Agrobiologia, que integra atividades de produção animal e vegetal. “O manejo prioriza a reciclagem de nutrientes e o uso de desenhos de diferentes sistemas agrícolas, que envolvem rotações e consórcios de culturas, além da presença de espécies arbustivas e arbóreas como elementos de diversificação da paisagem”, contou a chefe de pesquisa e desenvolvimento da UD Cláudia Jantalia.
A agrofloresta e os gargalos que impedem seu crescimento, com o desafio de reduzir em 50% o uso de pesticidas até 2030 também foi tema ao lado da necessidade de maior presença dos órgão estaduais de transferência e pesquisa. Afinal, é preciso que o pequeno produtor esteja a par das boas práticas. “A comida é relativamente barata na Alemanha, nosso desafio é como continuar assim com o aumento da produção orgânica”, disse Ordon. O Brasil caminha nessa direção também já que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que alimenta 40 milhões de crianças exige que boa parte dessa comida venha de pequenos produtores. A Embrapa Agroindústria de Alimentos tem atuação nesse aspecto ao estudar a pós-colheita, o processamento e o uso de resíduos.
Da reunião também surgiram algumas perguntas para o futuro: como será a produção eficiente, viável economicamente, de alta performance de grãos nos próximos anos, e como ela pode ser adaptada às mudanças climáticas? Como podemos ter a maior variedade possível de grãos com plantas saudáveis nesses sistemas de produção de grãos? Como tais sistemas de produção de grãos podem ser adaptados para as condições da sociedade (mudanças de demanda como padrões alimentícios) a uma economia bio-baseada?
Fonte: Embrapa
Conselho Nacional de Fertilizantes debate desafios do país para aumentar produção de fertilizantes
Os desafios do Brasil para aumentar sua produção de fertilizantes e diminuir a dependência externa nessa área dominaram os debates na primeira reunião do novo Confert (Conselho Nacional de Fertilizantes), realizada na tarde do dia 14, na sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em Brasília.
A principal tarefa do novo Confert será revisar, debater e implementar o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) – cujo objetivo é justamente reduzir a dependência externa. Hoje, 85% dos fertilizantes usados nas plantações brasileiras são importados. A meta-síntese do PNF é que essa dependência caia pela metade até 2050.
Nesta primeira reunião, foi criado um Grupo do Trabalho com prazo de 90 dias para entregar a revisão do PNF, seguindo as diretrizes do decreto que reestruturou o conselho.
Fonte: Mapa
PRODUÇÃO
Combinação de tecnologias ajudam no enfrentamento da seca na soja
Um programa de ações coordenadas de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e transferência de tecnologias pretende mitigar os efeitos da seca na cultura da soja. Desenvolvido pela Embrapa, o programa de Tecnologias para o Enfrentamento da Seca na Soja (Tess) deve ser expandido por meio de parcerias a fim de responder ao problema que vem se agravando nos últimos anos.
A seca ocorrida nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, na safra 2021/2022, reduziu a produção de soja em 403 milhões de sacas, segundo estimativas da Embrapa Soja (PR), o que representou prejuízo da ordem de US$ 14,9 bilhões, considerando o preço médio, em maio de 2022, de US$ 36,79 por saca de 60 Kg. “Com esses esforços coordenados, queremos gerar soluções agronômicas de impacto expressivo para a mitigação da seca na sojicultura brasileira e reduzir esses prejuízos”, declara Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja.
Segundo estimativas da Embrapa, na safra 2022/2023, entre os 43 milhões de hectares de soja produzidos no Brasil, a grande maioria das áreas é conduzida em regime de sequeiro; somente 2 milhões de hectares são produzidos com irrigação, ou seja, menos de 10%. Nas áreas de produção, é frequente a ocorrência de períodos com pouca chuva, associada a altas temperaturas e intensa insolação. “É consenso que a seca é o fator que causa os maiores prejuízos à soja brasileira, entre todos os fatores inerentes ao ambiente de produção”, diz Nepomuceno. “É um problema complexo, de ampla abrangência territorial e que tem longo histórico de severos danos causados à sojicultura nacional”, destaca.
O líder do programa Tess, o pesquisador José Salvador Foloni, explica que a iniciativa pretende consolidar redes de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e de transferência de tecnologias (TT) para ampliar o aporte de inovações e intensificar a adoção de estratégias agronômicas para reduzir os danos da seca nas lavouras. O pesquisador cita como exemplos aprimorar os modelos de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) e de distinção de ambientes para a indicação de cultivares e de tecnologias agronômicas mitigadoras do problema. Foloni destaca, ainda, a ampliação do uso do sensoriamento remoto para monitorar lavouras comerciais, a intensificação das práticas de manejo conservacionista do solo no âmbito do sistema plantio direto (SPD) e o incremento do uso de corretivos e fertilizantes para a construção do perfil do solo em camadas mais profundas para o sistema radicular das culturas.
Os cientistas do Tess ainda pretendem elevar os investimentos em edição gênica, fenotipagem e melhoramento genético para acelerar processos de obtenção de cultivares mais tolerantes à seca, assim como promover avanços nas práticas fitotécnicas e de posicionamento agronômico de bioinsumos para tornar as lavouras mais resilientes ao déficit hídrico.
Fonte: Embrapa
Manejo e conservação do solo
Você conhece bem a terra em que pisa? Já parou para pensar que há diferentes áreas adequadas para cada atividade em uma propriedade? O pesquisador Manoel Ricardo, da Embrapa Milho e Sorgo, traz dicas sobre como fazer o manejo adequado para conservar o solo conforme suas aptidões agrícolas.
Fonte: Embrapa
Produção de grãos está estimada em 315,8 milhões de toneladas
Os produtores brasileiros deverão colher 315,8 milhões de toneladas na safra de grãos 2022/2023. A nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta terça-feira (13), aponta para novo recorde de produção podendo registrar um crescimento de 15,8%, o que representa um volume 43,2 milhões de toneladas superior ao estimado no ciclo anterior, como revela o 9º Levantamento da Safra de Grãos. De acordo com o documento, a área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 4,8% em relação ao ciclo 2021/22, sendo estimada em 78,1 milhões de hectares.
“Esta estimativa marca um recorde na produção de grãos no nosso país, reafirmando o campo agrícola como um setor fundamental para o desenvolvimento brasileiro”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto. “Vamos manter e aprimorar o trabalho de inteligência da Conab, focado na agricultura brasileira”, completou.
A soja se destaca com o maior crescimento neste ciclo. Com a colheita praticamente finalizada, chegando a 99,9% da área semeada, a estimativa é de um volume de 155,7 milhões de toneladas. O resultado supera em 24% a produção da temporada passada, ou seja, cerca de 30,2 milhões de toneladas colhidas a mais. Mato Grosso, principal estado produtor, registra um novo recorde para a safra da oleaginosa, com produção estimada em 45,6 milhões de toneladas. Bahia também é um destaque com a maior produtividade do país com 4.020 kg/ha. “Nos dois casos, o resultado é reflexo do bom pacote tecnológico e condições climáticas favoráveis neste ciclo”, ressalta o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos.
Para o milho, a projeção também é de um novo recorde com produção estimada em 125,7 milhões de toneladas, somando-se as 3 safras do cereal ao longo do ciclo, é 11,1% acima do volume produzido em 2021/22, o que representa 12,6 milhões de toneladas. Na primeira safra do grão, a colheita está quase finalizada com uma produção de 27,1 milhões de toneladas. Já para a segunda safra, em fase inicial de colheita, estima-se uma produção de 96,3 milhões de toneladas. “As condições climáticas têm sido favoráveis para o desenvolvimento da cultura até o momento”, pondera Vasconcellos.
Outra importante cultura de 2ª safra, o algodão tem uma colheita estimada de 2,98 milhões de toneladas apenas da pluma. As lavouras apresentam um bom desenvolvimento, e predominam os estádios de formação de maçãs e maturação, com a colheita já iniciada em áreas da Bahia e Mato Grosso do Sul. Para o arroz, a expectativa é que sejam colhidas cerca de 10 milhões de toneladas na safra 2022/23. Já para o feijão, é esperada uma produção em torno de 3 milhões de toneladas, somando-se as três safras da leguminosa.
Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. A área semeada do cereal já atinge 46,9% no país, o que representa um crescimento de 9,7% na área plantada, com a cultura podendo alcançar 3,4 milhões de hectares, o que resulta em uma produção de 9,8 milhões de toneladas.
Mercado – Neste 9º levantamento, a Conab manteve estáveis as projeções do quadro de suprimentos da safra 2022/23 para os principais produtos analisados. Com isso, ainda se espera um volume recorde para as vendas internacionais de milho e soja no país. Os bons volumes projetados de produção para milho e soja no Brasil permitem embarques em torno de 95,6 milhões de toneladas para a oleaginosa e 48 milhões de toneladas para o cereal. “No entanto, ainda é preciso estar atento a alguns importantes fatores externos como a safra norte-americana, que ainda pode ser impactada por questões climáticas, bem como a demanda do mercado chinês, a possibilidade de uma recessão mundial, entre outros fatores que afetam os preços e a demanda dos produtos”, analisa o gerente de Estudos Econômicos, Estatísticos e Política Agrícola da Companhia, Allan Silveira.
Fonte: Embrapa
Pesquisadores monitoram resistência de plantas daninhas a herbicidas
Pesquisadores da Embrapa estão monitorando a ocorrência de plantas daninhas resistentes a herbicidas em Mato Grosso. O trabalho, realizado em conjunto com a Bayer, é parte de um esforço nacional reunindo uma grande equipe de especialistas em todo o País e pode ser conferido em uma plataforma on-line de acesso aberto. No site, é possível verificar os pontos onde foram coletadas sementes de biótipos com suspeita de resistência, as espécies e a quais herbicida e mecanismo de ação as plantas são resistentes.
“A ideia é que o site sirva de alerta para os produtores. Ao verem que há resistência em sua região, eles podem planejar as estratégias de controle, seja com a rotação de moléculas e de mecanismos de ação, com uso de herbicidas pré-emergentes, por exemplo, ou ainda com o manejo cultural usando plantas de cobertura”, explica a pesquisadora da Embrapa Agrossilvipastoril Fernanda Ikeda.
A identificação de populações resistentes tem início com coletas em campo, em expedições realizadas às principais áreas agrícolas do estado, onde são coletadas sementes de plantas-escape com suspeita de resistência. Também pode haver o envio de sementes pelos produtores e consultores que encontrarem populações suspeitas de resistência.
Fonte: Embrapa
Monitoramento das lavouras
Milho (2ª safra) – 1,7% colhido
Em MT, a colheita progride lentamente, com boas expectativas de produtividade. No PR, a maioria das lavouras está em boa condição, mas, devido à redução das precipitações, houve um aumento de lavouras em condições regulares e ruins. Em MS, as condições climáticas favorecem o desenvolvimento da cultura. Em GO, as chuvas ocorridas beneficiaram as lavouras semeadas tardiamente no Sudoeste do estado. A maioria das lavouras estão em maturação e em boas condições fitossanitárias. Em SP, as lavouras seguem em vários estágios de desenvolvimento, especialmente nas fases reprodutivas e em maturação. Em MG, a cultura apresenta bom desenvolvimento em todo o estado. A maioria das lavouras em está fase enchimento de grãos. No TO, as lavouras semeadas na no período ideal apresentam bom desenvolvimento e estão na sua maioria em maturação. No MA, a maioria das áreas se encontram nos estágios reprodutivos e apresentam boas condições. No PI, a redução das chuvas tem interferido no enchimento de grãos das lavouras semeadas tardiamente. No PA, a estação seca se intensifica no Sul e Sudoeste do estado. A maioria das lavouras se encontram nos estágios finais de maturação. A colheita ocorre pontualmente no estado.
Algodão – 0,9% colhido
Em MT, iniciou-se a colheita e a abertura dos capulhos indicaque as operações serão intensificadas nas próximas semanas. As lavouras apresentam bom desenvolvimento. No Extremo-Oeste da BA, as lavouras de sequeiro continuam em colheita enquanto as irrigadas estão em fase de formação de maçãs, todas apresentando boa qualidade. No Centro-Sul, a colheita avança. Observou-se irregularidade das chuvas durante os meses de formação da maçã. Em MS, iniciou a colheita na região Norte. Na região Sudoeste, a colheita tem evoluído, assim como a desfolha das áreas em maturação. No Leste de Goiás, a fase de formação de maçãs é predominante, enquanto nos municípios de Cristalina e Luziânia estão em maturação. No geral, as lavouras apresentam boas condições sanitárias. No MA, na região Sul, as lavouras estão em boas condições de desenvolvimento. Em MG, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. As maçãs do terço inferior e mediano encontram-se abertas na maior parte das lavouras.
Feião (2ª safra)
No PR, foi verificada queda expressiva nas temperaturas em várias regiões do estado. A maior parte das áreas se encontram em plena colheita e maturação. Em MG, as principais regiões produtoras continuam registrando pouca ou nenhuma chuva. Esta condição tem contribuído no avanço da colheita e na maturação das lavouras. Além disso, a qualidade do produto obtido tem sido boa, favorecida pelo clima na fase final. No RS, as oscilações climáticas não impediram o avanço da colheita, que está em fase final, com previsão de encerramento nos próximos dias. Vale destacar a boa qualidade dos grãos, especialmente nas lavouras mais tardias colhidas recentemente. Em SC, a colheita avança e atingiu 53% da área. As lavouras remanescentes seguem em maturação, devendo ser colhidas nos próximos dias. Destaca-se a qualidade dos grãos obtidos, que tem sido considerada muito boa.
Fonte: Conab
MERCADO
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
O baixo volume de chuva em regiões produtoras dos Estados Unidos pode prejudicar o desenvolvimento das lavouras de soja. Segundo pesquisadores do Cepea, essa situação vem gerando preocupações entre agentes e impulsionando os valores externos do grão. No mercado interno, os preços também estão subindo, mas o movimento de alta é limitado pela desvalorização do dólar frente ao Real e pela oferta doméstica elevada. Com expectativas de que as altas externas sejam repassadas ao Brasil nas próximas semanas, vendedores nacionais limitaram as negociações no spot. No entanto, é importante lembrar que a temporada brasileira 2022/23 está estimada pela Conab em 154,81 milhões de toneladas, 23% superior à da anterior, e que o ritmo de comercialização atual está bem abaixo do verificado em safras anteriores, o que, por sua vez, pode limitar valorizações da oleaginosa, tendo em vista que, em algum momento, haverá maior necessidade de venda.
Milho
A colheita de milho da segunda safra tem avançado com mais intensidade apenas em Mato Grosso, mas, segundo colaboradores consultados pelo Cepea, as expectativas quanto à produção e à qualidade do cereal são positivas na maior parte das regiões produtoras. Quanto às negociações, a perspectiva de oferta elevada nas próximas semanas faz com que consumidores posterguem as aquisições, enquanto vendedores mostram interesse em comercializar o cereal no spot e/ou fechar contratos para entrega futura – muitos estão flexíveis nos preços e nos prazos. Esse cenário mantém os preços do milho em queda, movimento que vem sendo verificado desde março.
Algodão
As negociações envolvendo algodão em pluma estão enfraquecidas no mercado spot nacional. Segundo pesquisadores do Cepea, parte dos agentes está afastada do spot, enquanto os vendedores e compradores ativos estão em desacordo quanto ao preço e à qualidade dos lotes disponibilizados. Assim, apenas alguns lotes têm sido comercializados e de forma pontual, para atender sobretudo a necessidades imediatas e/ou repor estoques. Quanto aos preços da pluma, têm registrado pequenas oscilações nesta primeira metade de junho.
Arroz
O mercado do arroz em casca apresenta baixa liquidez no Rio Grande do Sul. Pesquisadores do Cepea indicam que o posicionamento firme e retraído de grande parte dos produtores, que sinaliza que os atuais preços não cobrem os altos custos de produção, limita os negócios a lotes pontuais. No front externo, as exportações e as importações de arroz (em equivalente arroz em casca) seguiram firmes em maio. Segundo dados da Secex, o Brasil exportou 197,5 mil toneladas de arroz em maio, volume 44,6% superior ao de abril/23 e bem acima das 39,69 mil toneladas de maio/22. Já as importações somaram 127,8 mil toneladas em maio, aumento de 13% frente ao mês anterior e 24% acima da quantidade de maio/22.
Trigo
A semeadura de trigo da nova temporada avança no Sul do Brasil e também no maior fornecedor nacional, a Argentina. A Conab indica que 40,9% das lavouras de trigo do País haviam sido semeadas até o dia 3 de junho, e, na Argentina, a Bolsa de Cereales divulgou que a semeadura atingiu 19,5% da área destinada ao cereal. Quanto aos preços, levantamento do Cepea mostra que seguem em baixa, sobretudo devido ao baixo ritmo de negócios. Ressalta-se que os valores internos estão em movimento de queda desde o encerramento de 2022.
Açúcar
O mercado do açúcar cristal branco segue calmo no estado de São Paulo neste início de junho. De acordo com pesquisadores do Cepea, a demanda, de modo geral, não tem mostrado sinais de aquecimento, fator que vem pressionando os valores de negociação da saca do cristal no spot, mesmo diante da oferta restrita de açúcar branco de melhor qualidade, o Icumsa 150. Do lado das usinas, agentes têm direcionado maiores volumes do produto ao mercado externo. Segundo a Secex (Secretaria da Comércio Exterior), o total de açúcar branco exportado em maio/23 pelo Brasil foi de 140,061 mil toneladas, volume 58% superior ao volume escoado em abril/23 (88,655 mil toneladas).
Etanol
Os preços do etanol hidratado voltaram a recuar na última semana no mercado spot do estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão sobre os valores do biocombustível veio da necessidade de “fazer caixa” por parte de algumas usinas, visando pagamentos típicos de início de mês (folha de pagamento). Assim, parte das unidades produtoras aceitou vender o etanol a preços menores, enquanto outras usinas, ressalta-se, seguiram firmes nos valores pedidos e participaram de maneira tímida do mercado. Entre 5 e 9 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 2,5309/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 1,56% frente ao do período anterior.
Boi
As exportações brasileiras de carne bovina in natura atingiram em maio o maior volume de 2023 e também um recorde para o mês. Segundo pesquisadores do Cepea, esse resultado se deve à intensificação dos envios à China. Dados da Secex mostram que o Brasil escoou a todos os destinos 168 mil toneladas de carne bovina em maio, expressiva alta de 52,7% frente à quantidade de abril/23 e 10% acima da de maio/22. À China, especificamente, depois de as exportações terem totalizado apenas 54 mil toneladas em março/23 e 40,5 mil toneladas em abril/23 – devido à suspensão dos envios por conta de casos atípicos de “vaca louca” no Brasil –, foram escoadas em maio 110,98 mil toneladas, 15,7% a mais que em maio/22, ainda de acordo com dados da Secex. Pesquisadores do Cepea destacam que a última vez que o volume exportado ao país asiático havia ficado acima de 100 mil toneladas foi em outubro/22, quando 128,57 mil toneladas de carne bovina brasileira tiveram como destino a China. Dados preliminares de exportações de junho da Secex provam que os movimentos da China em relação ao mercado de carne brasileiro ainda estão firmes. Até o enceramento da segunda semana deste mês, o Brasil já escoou 70,32 mil toneladas de carne in natura, com a média de embarque diário de 11,72 mil toneladas. Se esse ritmo se mantiver até o final de junho, o volume exportado pode ultrapassar as 240 mil toneladas.
CLIMA
Previsão de chuva
Previsão para a 1ª semana (12/06/2023 a 19/06/2023)
Na semana entre os dias 12 e 19/06, são previstos maiores volumes de chuva (cores laranja, vermelho e rosa), com valores superiores a 50 milímetros (mm), nas regiões Norte e Sul, além de áreas dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Já em grande parte da região central do Brasil e interior da Região Nordeste, há previsão de predomínio de tempo seco na maioria dos dias (tons em branco e azul).
Região Norte
São previstos volumes de chuva que podem ultrapassar 40 milímetros (mm) em áreas centrais do Amazonas, faixa oeste e nordeste do Pará, Roraima e Amapá. Em contrapartida, pouca chuva é prevista no Acre, com valores inferiores a 30 mm. Em Rondônia, Tocantins e sul do Pará, haverá predomínio de tempo seco.
Região Nordeste
Estão previstos acumulados de chuvas no noroeste do Maranhão, com valores que podem ultrapassar 40 mm. Já na faixa leste da região, incluindo a área do Sealba (região formada por áreas dos estados de Sergipe, Alagoas e Bahia) ainda será de chuvas persistentes durante toda a semana, sendo que, a partir do dia 14 de junho, os volumes podem intensificar entre os estados do Rio Grande do Norte e Sergipe. No interior da região, há predomínio de tempo seco.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Há previsão de predomínio de tempo seco, baixa umidade e sem chuvas em praticamente todas as regiões. No centro-sul do Mato Grosso do Sul e sul de São Paulo, o avanço de um sistema frontal irá favorecer a ocorrência de chuva com volumes que podem ultrapassar os 60 mm. Na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, há possibilidade de chuvas rápidas e isoladas com baixo acumulado de chuva.
Região Sul
O avanço de um sistema frontal no início da semana pode provocar chuvas volumosas em Santa Catarina e Paraná. No decorrer da semana, uma área de baixa pressão irá reforçar as instabilidades ocasionando volumes elevados de chuvas exceto no sul do Rio Grande do Sul.
Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (12 a 19/06/2023). Fonte: INMET.
Previsão para a 2ª semana (20/06/2023 a 28/06/2023)
Na segunda semana, entre os dias 20 e 28 de junho de 2023, a semana poderá apresentar acumulados de chuva que podem superar os 70 milímetros (mm), em áreas da Região Norte, faixa leste do Nordeste e áreas do Sul do País. Nas demais áreas do País, predomina a previsão de pouca ou nenhuma chuva. (figura 2)
Região Norte
São previstos acumulados maiores que 30 mm em praticamente todo o centro e norte da região, com valores superando os 70 mm em áreas do noroeste do Amazonas e norte do Pará. Já em áreas do sul do Acre, Rondônia, Tocantins e sul do Pará, os acumulados de chuva poderão ser inferiores a 20 mm.
Região Nordeste
Haverá predomínio de tempo quente e seco, principalmente no interior da região. Na faixa norte e leste, há previsão de chuvas com valores abaixo de 50 mm.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Há previsão de tempo seco e sem chuvas em praticamente toda a semana, com exceção de áreas do extremo sul em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, onde podem ocorrer pancadas de chuva com acumulados que não devem ultrapassar os 50 mm.
Região Sul
Há previsão de acumulados de chuvas, que não devem ultrapassar 60 mm em áreas do Paraná e de Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, há previsão de baixos acumulados de chuva.
Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (20 a 28 de junho de 2023). Fonte: GFS.
Fonte: INMET
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