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GERAIS
Letra de Crédito do Agronegócio ultrapassaram os R$ 404 bilhões em maio deste ano
Os estoques da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) ultrapassaram os R$ 404 bilhões em maio deste ano, valor 62% acima do observado no mesmo período do ano passado. Esse é o título com maior estoque registrado no Boletim de Finanças Privadas do Agro de junho, produzido pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Os dados são referentes ao mês de maio.
Atualmente, a LCA é a principal fonte de recursos livres do crédito rural, com participação de cerca de 25% no funding do Plano Safra 2022/2023.
De acordo com a Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 5.087 de 29/06/2023, o volume do saldo de LCA que precisa ser direcionado pelas instituições financeiras ao financiamento rural foi elevado de 35% para 50% . Dos recursos relativos a esse índice, pelo menos a metade precisa ser direcionada especificamente para operações de crédito rural.
Outra novidade trazida com o novo Plano Safra, relacionada à LCA é a possibilidade de que as instituições financeiras utilizem recursos captados por meio desse título para serem equalizados pelo Tesouro Nacional, no caso daquelas linhas com juros controlados.
O Boletim de Finanças Privadas do Agro mostra que o desempenho dos títulos continua bastante superior ao observado um ano atrás. Outros títulos como Cédula de Produto Rural (CPR), Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagro) também tiveram elevações de estoques significativas.
Para acessar o Boletim e conhecer maiores detalhes sobre as Finanças Privadas do Agro basta acessar o link:
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/politica-agricola/boletim-de-financas-privadas-do-agro
Fonte: Mapa
Brasil deve confirmar projeção de mais de 3 milhões de toneladas de algodão na safra 22/23
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel, a boa distribuição das chuvas ao longo da safra explica o aumento da produtividade. Até o momento, apenas 4% das lavouras brasileiras foram colhidas.
Mercado interno – Do total de algodão produzido no país, cerca de 650 mil toneladas devem abastecer a indústria nacional. Tradicionalmente, esse número era em torno de 100 mil toneladas superior ao esperado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), que credita a queda aos reflexos da recessão mundial pós-pandemia. Segundo o presidente da Abit, Fernando Pimentel, até o momento, o ano de 2023 não foi positivo.
Exportações – Com o mercado interno abastecido, o desafio dos produtores é exportar o excedente de uma safra de grandes proporções, repetindo o sucesso de 2019.
A Anea acredita que as exportações, na safra 2022/2023, devem fechar em torno de 1,4 milhão de toneladas. Os principais mercados para o algodão brasileiro permanecem na mesma ordem, com a China ocupando o primeiro lugar, seguida por Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Indonésia, Turquia e Indonésia.
A Anea participa do programa Cotton Brasil, junto com a Abrapa e a Apex Brasil. A iniciativa trabalha na abertura de novos mercados e consolidação dos já existentes, com ações de comunicação e marketing, que inclui a realização de diversas missões internacionais ao longo do ano.
Fonte: Abrapa/Agência SAFRAS
Consulta pública discute novos procedimentos para certificação de granjas de reprodutores suínos
Foi publicada na última terça-feira (04) a Portaria nº 828, que submete à consulta pública, pelo prazo de 45 dias, a minuta de Portaria que aprova os novos procedimentos e requisitos a serem cumpridos para certificação de granjas de reprodutores suínos e para autorização de funcionamento de estabelecimento de alojamento temporário de suínos, no âmbito do Programa Nacional de Sanidade dos Suídeos. A nova norma revogará a Instrução Normativa nº 19/2002.
A proposta de revisão das diretrizes visa, sobretudo, adequar os procedimentos à atual situação epidemiológica nacional e internacional com relação às doenças de maior impacto na suinocultura. Além disso, os requisitos para certificação foram reavaliados no intuito de estabelecer critérios mais bem definidos e atualizados, com base em evidências científicas e epidemiológicas, com vistas à padronização de procedimentos de certificação e objetividade na verificação do seu cumprimento.
A nova Portaria irá disciplinar ainda os procedimentos e requisitos para obtenção de autorização de funcionamento de estabelecimento de alojamento temporário de suínos e o trânsito de reprodutores suínos.
As sugestões tecnicamente fundamentadas deverão ser encaminhadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/. Para ter acesso ao Sisman, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso (SOLICITA), por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.
Fonte: Mapa
Brasil se firma junto à International Cotton Association (ICA)
Dados e informações relevantes para o mercado de algodão foram apresentados na 20ª edição do Cotton Dinner & Golf Tournament, evento anual da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), que ocorreu no Rio de Janeiro. O encontro reuniu todos os elos da cadeia produtiva brasileira e, ainda, representantes mundiais para debater e traçar estratégias para o próximo ano comercial.
“É muito importante que todos os elos da cadeia possam se reunir neste evento. O Brasil está se posicionando cada vez mais neste mercado com transparência e credibilidade”, disse Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
O presidente da International Cotton Association (ICA), Tim North, e o diretor executivo Bill Kingdon, estiverem presentes no encontro e elogiaram as estratégias utilizadas pelo Cotton Brazil na promoção da fibra brasileira. A ICA, que tem sede em Liverpool (Reino Unido), tem como principal função fornecer um fórum para a negociação, resolução de disputas e estabelecimento de padrões no comércio de algodão.
Nesta semana, os representantes da associação mundial realizam visitas aos estados de Mato Grosso e Bahia, maiores produtores de algodão do Brasil. O país é o segundo maior exportador mundial da pluma e trabalha para alcançar o primeiro lugar, nos próximos anos. Tal visibilidade deve credenciar o Brasil a receber, nos próximos anos, o evento anual da ICA. O pleito foi feito durante o evento da Anea pelas entidades.
Aliado à produção nas lavouras brasileiras, está o trabalho de promoção do algodão no mercado mundial, por meio do Cotton Brazil, marca brasileira do algodão no mercado internacional. O programa na promoção da pluma foca em nove mercados prioritários; China, Bangladesh, Vietnã, Paquistão, Turquia, Indonésia, Índia, Tailândia e Coreia do Sul. Estes países são o destino de 95% das exportações brasileiras de algodão e de 90% das exportações globais.
“Estamos engajados no programa Cotton Brasil em parceria com a Abrapa e a Apex Brasil para mostrar ao mundo as qualidades da pluma brasileira e aumentar a preferência pela nossa fibra no cenário internacional, por meio de diversas missões internacionais ao longo deste ano. O Brasil está no caminho certo para se consolidar como o principal exportador de algodão e superar os Estados Unidos, que atualmente ocupa a primeira posição. As exportações de algodão na safra 2022/2023 atingiram 1,39 milhão de toneladas”, afirmou Miguel Faus, presidente da Anea.
Fonte: Abrapa
Nova legislação para prevenção, controle e erradicação do mormo no Brasil
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou na última segunda-feira (03) a Portaria nº 593 que traz as novas diretrizes gerais para prevenção, controle e erradicação do mormo no território nacional, no âmbito do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos (PNSE). A nova norma altera e revoga artigos da Instrução Normativa nº 06/2018.
“A revisão das diretrizes busca ajustar a definição de caso para mormo com o que é disposto no Código Sanitário para os Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Além de trazer alteração na estratégia de vigilância para detecção de animais infectados”, destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal, Eduardo de Azevedo.
As novas medidas destacam a importância das ações de educação, conscientização e comunicação de risco em saúde equina e que, para serem exitosas, dependem da sensibilização e participação ativa dos criadores por meio de medidas efetivas de boas práticas de manejo na equideocultura.
O mormo é uma enfermidade infecciosa causada pela bactéria Burkholderia mallei, que afeta principalmente equídeos, e está na lista de doenças de notificação obrigatória da OMSA. O período de incubação da doença varia de alguns dias a vários meses e a principal forma de infecção é através da ingestão de água ou alimento contaminado. É considerada uma doença ocupacional rara em seres humanos.
Fonte: Mapa
Publicações caracterizam a suinocultura e a avicultura nacional
As publicações trazem o dimensionamento e a caracterização de duas importantes atividades agropecuárias no Brasil: a suinocultura e a avicultura. O trabalho aborda as atividades no Brasil e cinco Grandes Regiões a partir do Censo Agropecuário 2017, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Avicultura industrial e a de pequeno porte – Segundo os dados do Censo Agropecuário de 2017, mais de 2,9 milhões de estabelecimentos agropecuários criaram galinhas poedeiras, matrizes, frangos e pintos no Brasil, abrangendo todo o território nacional. A maioria (95% do total) tinha rebanho entre 1 e 100 cabeças, sendo criatórios essencialmente voltados ao autoconsumo.
Cerca de 95 mil estabelecimentos (3% do total) detinham pequenos rebanhos voltados tanto para os mercados locais, quanto para a venda de excedentes da produção destinada ao consumo próprio, constituindo um segmento que pode ser chamado de avicultura de pequeno porte. Apenas 26 mil granjas (1% do total dos estabelecimentos) foram responsáveis por 95% da venda de ovos e 93% da venda de galináceos em 2017, constituindo o segmento denominado de avicultura industrial.
Para acessar o documento clique aqui.
Suinocultura industrial e de pequeno porte – Os dados do Censo Agropecuário de 2017 registraram que 1,47 milhões de estabelecimentos criaram suínos no Brasil naquele ano, abrangendo todo o território nacional. A maioria tinha rebanho de até 10 cabeças e não comercializou suínos, sendo que a finalidade principal da produção agropecuária era o consumo próprio.
Cerca de 256 mil estabelecimentos detinham pequenos rebanhos de até 200 cabeças voltados tanto para os mercados locais, quanto para a venda de excedentes da produção destinada ao consumo próprio, constituindo um segmento que pode ser chamado de suinocultura de pequeno porte. Apenas 1% dos estabelecimentos, um pouco menos de 20 mil granjas, foi responsável por 92% da venda de suínos naquele ano, constituindo o segmento denominado de suinocultura industrial.
A publicação pode ser acessada aqui.
Fonte: Embrapa
PRODUÇÃO
Características das lavouras de soja de máxima produtividade
O Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja é realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil-CESB e tem como objetivo estimular os sojicultores e os consultores técnicos a desafiarem seus conhecimentos e incentivar o desenvolvimento de práticas de cultivo inovadoras que possibilitem extrair o máximo potencial da cultura, visando a sustentabilidade da sojicultura e de todo o sistema produtivo.
Compreende-se que cada produtor possui sua própria realidade, porém, os resultados obtidos nessas lavouras podem ser entendidos como indicadores de altas produtividades. Contudo, é importante levar em conta que o ecossistema produtivo é complexo e precisa estar em equilíbrio. Equilíbrio que só pode ser alcançado através de um manejo focado no sistema (rotação de culturas, diversidade de espécies, sistema plantio direto, controle da erosão, porosidade do solo, adubação equilibrada, zoneamento agroclimático, etc…).
Fonte: CESBRASIL
Propagação vegetativa do baruzeiro
A enxertia, técnica de propagação vegetativa para produção de clones, mostrou-se viável para a multiplicação do baruzeiro. Os trabalhos recentes conduzidos no viveiro da Embrapa Cerrados, em Planaltina (DF), vêm apresentando resultados promissores para três tipos de enxertia – borbulhia de placa, garfagem inglesa simples e garfagem em fenda cheia (veja quadro no fim da matéria). Para as mudas conduzidas a pleno sol, os três tipos proporcionaram médias de pegamento superiores a 50%, com destaque para borbulhia, que obteve pegamento de mais de 60%.
Como é feita a enxertia?Uma grande parte das árvores frutíferas é produzida por enxertia. Além de manter as características desejáveis para a planta resultante, é um meio rápido e confiável de reproduzir plantas de qualidades superiores para cultivo comercial. A operação envolve a introdução de uma gema, broto ou ramo de um vegetal, chamado de enxerto ou cavaleiro, em outro, conhecido como porta-enxerto ou cavalo. A planta enxertada (cavaleiro) carrega as características que se quer obter na nova planta e é ela que vai produzir os frutos. O cavalo leva o sistema radicular e parte do caule. Ele é responsável pelo fornecimento de água e nutrientes à planta e garante sua adaptação às condições de solo e clima. Fonte: Globo Rural
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O resultado foi bastante positivo, na avaliação da equipe, composta também pela analista Fernanda Morais e o assistente Vicente Moreira. Algumas mudas enxertadas na Embrapa Cerrados já foram transplantadas em campo na bordadura do experimento de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, no qual está sendo avaliado o uso de espécies nativas do Cerrado nesse sistema (ler matéria). Um dos principais desafios para a domesticação do baruzeiro é justamente a produção de mudas. Atualmente, não há metodologia validada de reprodução assexuada para essa espécie.
Fonte: Embrapa
Caracterização da suinocultura e avicultura no Brasil
A Embrapa Suínos e Aves disponibilizou duas publicações que trazem o dimensionamento e a caracterização de duas importantes atividades agropecuárias no Brasil: a suinocultura e a avicultura. O trabalho aborda as atividades no Brasil e cinco Grandes Regiões a partir do Censo Agropecuário 2017, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o pesquisador Marcelo Miele, um dos autores do estudo, a caracterização da avicultura e da suinocultura a partir dos dados do Censo Agropecuário do IBGE de 2017 traz uma visão segmentada dessas atividades no Brasil a partir das múltiplas dimensões dos estabelecimentos agropecuários.
Para acessar o documento clique aqui.
Fonte: Embrapa
Parlamentares da União Europeia conhecem sistema de ILPF no Cerrado
Um grupo de 17 parlamentares e assessores da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento Europeu esteve na Embrapa Cerrados (DF) para conhecer um pouco da experiência brasileira em intensificação sustentável da agricultura com o uso dos sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). A comitiva foi acompanhada pelo conselheiro para assuntos comerciais da Delegação da União Europeia no Brasil, Vicente Damian Taberner, e pelo pesquisador Paulo Galerani, da Assessoria de Relações Internacionais da Embrapa.
Para Nacho Sánchez Amor, parlamentar proveniente de Extremadura, região agrícola do Oeste da Espanha, a visita à Unidade foi muito gratificante. “Aqui há um trabalho enorme feito pela Embrapa em prol de uma agricultura sustentável e produtiva. Creio que uma boa mensagem para a sociedade é que a sustentabilidade não é uma perda de renda ou de investimento. Há a possibilidade de fazer as coisas cientificamente e de modo que haja produção e geração de riqueza”, afirmou, elogiando as explicações dos pesquisadores.
Fonte: Embrapa
Integração hídrica para agricultura familiar
A integração de tecnologias hídricas é uma alternativa de disponibilização de água para produção sustentável em sistemas agrícolas familiares, principalmente no Semiárido brasileiro, devido à escassez de chuvas. Essa integração envolve a junção de duas ou mais fontes hídricas na propriedade, permitindo que o agricultor tenha água disponível em quantidade e na qualidade necessária para a produção de alimentos o ano todo. As tecnologias utilizadas na integração hídrica abrangem captação e armazenamento da água da chuva, a reutilização de águas domésticas e os poços artesianos.
Fonte: Embrapa
Monitoramento das lavouras
Milho (2ª safra) – 19,7% colhido
Em MT, a maioria das lavouras estão em maturação e os trabalhos de colheita se intensificaram. A produtividade se mantém elevada. No PR, ocorreram geadas em áreas de baixada, no Sudoeste do estado, e algumas lavouras foram afetadas. A colheita começou timidamente. Em MS, apesar da redução das precipitações, ainda há umidade disponível no solo para a evolução adequada das lavouras
tardias. Essa condição climática tem favorecido as lavouras em maturação. Em GO, o clima seco permitiu o avanço da colheita no Sudoeste do estado e as produtividades alcançadas das primeiras áreas colhidas foram boas. Em SP, a maioria das lavouras está em maturação e as chuvas favoreceram as lavouras tardias. Em MG, o clima seco permitiu maior avanço da colheita. No TO, a colheita progride em todo o estado e as produtividades variam em função da época da semeadura. No MA, as lavouras encontram-se em boas condições e a colheita está em andamento. No PI, a maioria das lavouras está em maturação, com perda na produtividade devido ao déficit hídrico. No PA, a colheita está ocorrendo em todas as regiões produtoras e as chuvas favoreceram as lavouras na região Oeste.
Algodão – 8% colhido
Em MT, a colheita das lavouras de primeira safra avança para as áreas finais e a colheita das áreas de segunda safra prossegue à medida em que atingem o ponto de colheita. O controle de pragas esteve focado principalmente na contenção do bicudo-do-algodoeiro. No Extremo-Oeste Baiano, as lavouras de sequeiro estão sendo colhidas e as irrigadas estão em fase de formação de maçãs, com bom desenvolvimento. A região Centro-Sul foi afetada pela falta de chuvas, impactando nas produtividades, entretanto as condições têm favorecido a colheita. No Sul do MA, as lavouras de primeira safra estão sendo colhidas, enquanto as de segunda estão em maturação, todas em boas condições. Em MS, as temperaturas elevadas têm favorecido a maturação, a pulverização de desfolhantes e a colheita. As lavouras mais tardias estão em formação de maçãs e algumas lavouras apresentam danos foliares pela incidência de doenças fúngicas. No Sudoeste de GO, as precipitações tardias associadas às baixas temperaturas têm atrasado o início da colheita. Em MG, a colheita tem avançado e a maioria das lavouras está finalizando a fase de maturação. No PI, as lavouras estão em maturação e a colheita foi iniciada.
Feião (2ª safra)
No PR, as condições climáticas tem promovido o progresso das operações de colheita. As lavouras remanescentes estão em fase de maturação. Os grãos obtidos vêm apresentando, de forma geral, boa qualidade. Em MG, restam poucas áreas para conclusão da colheita. As lavouras mais tardias vêm apresentando grãos com boa qualidade e com rendimento satisfatório, o que tem favorecido a média estimada estadual. Em SC, houve registro de chuvas em algumas regiões do Oeste-Catarinense e isso tem postergado a colheita. Mesmo com algumas perdas pontuais na qualidade dos grãos, devido ao excesso de umidade na maturação, a média geral é de uma safra com produtos de boa qualidade.
Trigo – 79,6% semeado
No RS, no Alto Uruguai, Missões, Depressão Central e Oeste do Planalto Médio, a semeadura está ocorrendo de maneira satisfatória. A alta nebulosidade e a manutenção da umidade tem favorecido a incidência de doenças fúngicas. No Nordeste, a semeadura tem progredido normalmente. No PR, a semeadura alcançou 91% da área total. As lavouras, em sua maioria, encontram-se em desenvolvimento vegetativo e, algumas regiões, o cultivo está em enchimento de grãos. De modo geral, as lavouras estão em boas condições. Em SP, as lavouras estão, preponderantemente, em estágio de enchimento de grãos. O clima quente não tem beneficiado o desenvolvimento da cultura. Na região de Itapetininga, o clima seco favoreceu o ataque de lagartas. Em SC, a semeadura avança dentro do período ideal. As lavouras estão em emergência e desenvolvimento vegetativo em boas condições. Na BA, as lavouras estão, principalmente, em fase de desenvolvimento vegetativo, porém algumas encontram-se em floração e em enchimento de grãos, e apresentam boa qualidade. Em MG, a maioria das lavouras está em enchimento de grãos e maturação, com bom desenvolvimento. Em GO, o trigo de sequeiro está em colheita e apresenta boa produtividade. As lavouras irrigadas encontram-se em fase de enchimento de grãos e em boas condições.
Fonte: Conab
MERCADO
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
As cotações do óleo de soja estão em forte alta nos mercados externo e doméstico. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado às expectativas de firme demanda por parte do setor de biodiesel. Do lado da oferta, a Argentina (maior exportadora mundial de óleo de soja) deve disponibilizar ao mercado global apenas 3,75 milhões de toneladas do coproduto nesta temporada, segundo estimativa do USDA, a quantidade mais baixa em 22 anos. A menor oferta argentina, por sua vez, se deve à quebra na produção de soja no país, em decorrência do clima desfavorável no período de cultivo da oleaginosa. Assim, agentes de mercado esperam maior procura global pelo derivado nos Estados Unidos e no Brasil. Isso pode aumentar a disputa entre consumidores domésticos e externos, visto que o USDA projeta que as demandas internas de ambos países sejam recordes na safra 2022/23.
Milho
Após registrar duas semanas de alta, os preços internos e externos do milho voltaram a cair. Em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea, como Mogiana (SP), Norte do Paraná e Dourados (MS), os valores médios de junho já são os menores do ano. No caso do Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP), a atual média mensal é a menor, em termos reais (deflacionados pelo IGP-DI de maio/23), desde maio de 2019. Segundo pesquisadores do Cepea, o movimento de queda reflete o avanço da colheita de segunda safra, que, apesar de atrasada na comparação com a temporada anterior, tem ganhado ritmo e deve ser intensificada na segunda quinzena de julho. Com isso, a demanda pelo cereal voltou a se enfraquecer, com compradores negociando de maneira pontual, apenas quando há necessidade.
Algodão
Os preços domésticos do algodão em pluma recuaram 12,5% em junho, voltando aos patamares observados em meados de outubro/20. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio das menores cotações observadas para a pluma posta na Ásia e também da desvalorização do dólar, que reduziram a paridade de exportação. Em geral, mesmo que ainda haja dificuldade em acordar preço e/ou qualidade entre comprador e vendedor, o maior impasse está no desempenho das vendas ao longo da cadeia, o que limita as negociações no spot e também mantém players apreensivos para realizar contratos a termo envolvendo grandes volumes. Boa parte dos cotonicultores tem se mantido afastada de novas negociações, diante do mercado baixista. As estimativas de que a nova safra seja volumosa reforçam a pressão sobre os valores domésticos.
Arroz
Os preços do arroz em casca reagiram na última semana de junho, encerrando o mês na casa dos R$ 82,00/sc de 50 kg. Segundo levantamento do Cepea, este cenário esteve atrelado à tímida apreciação do dólar frente ao Real, que elevou o interesse do vendedor em negociar o arroz com o mercado externo. Assim, nos últimos dias do mês, algumas tradings estiveram mais ativas, buscando lotes de arroz para atender aos contratos de exportação. Em junho, o Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) oscilou entre R$ 81,36/sc de 50 kg e R$ 82,70/sc de 50 kg, ou seja, o valor máximo ficou apenas 1,7% maior que o mínimo. A média mensal foi de R$ 81,92/sc de 50 kg, 3,8% inferior à de maio/23, mas 12,7% acima da de junho/22, em termos nominais.
Trigo
Os preços médios mensais do trigo em grão em junho foram os mais baixos desde 2020. Segundo levantamento do Cepea, no Rio Grande do Sul, a média de junho foi de R$ 1.260,57/tonelada, quedas de 2,6% frente à de maio/23 e de expressivos 41,3% em relação à de junho/22, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). Trata-se, também, da menor média mensal desde fevereiro de 2020, em termos reais. No Paraná, a média de junho foi de R$ 1.384,89/t, baixas mensal de 4,4% e anual de 36,5%, e a menor desde janeiro de 2020. No geral, os valores foram pressionados pela baixa liquidez. No campo, enquanto a semeadura da safra nacional de trigo continua avançando, paralelamente, produtores de algumas áreas no País já começaram a colheita.
Açúcar
Os valores do açúcar cristal branco comercializado no mercado spot do estado de São Paulo caíram ao longo da última semana de junho. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio do aumento da oferta para entrega imediata do tipo Icumsa 180. Apesar desse cenário, cálculos do Cepea mostram que os valores domésticos recuperaram a vantagem sobre as exportações na última semana do mês, o que não era visto desde meados de janeiro deste ano. O principal motivo para que as exportações perdessem vantagem sobre o mercado interno foi a expressiva desvalorização externa do açúcar demerara.
Etanol
Na última semana de junho, os preços dos etanóis anidro e hidratado fecharam em lados opostos. Entre 26 e 30 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 2,5352/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), alta de 0,89% frente ao da semana anterior. Já no caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,9629/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), recuo de 0,65% em relação à semana anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, o período foi marcado pela pouca atuação de compradores e vendedores, em decorrência da expectativa de aumento do valor do PIS/Cofins. Assim, o volume de etanol hidratado negociado no período foi o menor semanal desde 27 de maio de 2022, conforme dados do Cepea. Ressalta-se que, desde a última quinta-feira, 29, voltaram a ser considerados nos Indicadores calculados pelo Cepea o valor de R$ 130,9 por m³, referentes a R$ 23,38 por m³ para o PIS e R$ 107,52 por m³ no caso da Cofins, devido ao fim da medida provisória nº 1163.
Boi
O volume de carne bovina in natura embarcado pelo Brasil no primeiro semestre de 2023 foi o segundo maior da história para este período, considerando-se toda a série histórica da Secex. Mesmo diante da suspensão dos embarques de carne bovina à China, maior destino da proteína brasileira, entre meados de fevereiro e de março, as exportações de janeiro a junho de 2023 totalizaram 882,67 mil toneladas, apenas 5,33% inferior ao do mesmo período de 2022 (que é recorde), mas 13,54% superior ao de 2020, que, até então, sustentava o segundo melhor desempenho para um primeiro semestre. Se, por um lado, o volume escoado vem apresentando tendência de alta, o preço pago pela carne nacional vem caindo. Segundo dados da Secex, em junho, a média foi de US$ 5.054,1/tonelada, recuo de 0,88% frente ao de maio e 26% abaixo do de junho/22.
CLIMA
Previsão de chuva
Previsão para a 1ª semana (03/07/2023 a 10/07/2023)
Entre os dias 3 e 10 de julho de 2023, os maiores acumulados estão previstos para o extremo norte do País, além de áreas do extremo sul do Rio Grande do Sul e costa leste da Região Nordeste (tons em verde e amarelo no mapa da figura 1).
Já no centro-sul do Brasil, interior da Região Nordeste e sul da Região Norte, o tempo seco deve predominar ao longo da semana (tons em branco e azul no mapa da figura 1).
Região Norte
São previstos volumes maiores que 30 milímetros (mm) em grande parte do centro e norte da região, podendo ultrapassar 50 mm em áreas do noroeste do Amazonas e do Pará, além do norte de Roraima e Amapá, devido ao calor e alta umidade. Nas demais áreas, como em Rondônia, Acre, Tocantins e sul da região, predomina o tempo seco e sem chuva.
Região Nordeste
A previsão é de acumulado de chuva inferior a 30 mm no extremo noroeste do Maranhão. Já em áreas do litoral do Rio Grande do Norte até Pernambuco e na Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), a chuva persiste por conta do transporte de umidade que vem do oceano. Nas demais áreas, como no Matopita (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), interior e norte da região, a previsão e de tempo estável e seco em toda a semana.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Uma massa de ar seco deixará o tempo estável e sem chuvas em praticamente toda a região. Além disso, poderão ser registrados baixos valores de umidade relativa do ar, podendo ser inferior a 30%, principalmente, no Centro-Oeste e Triângulo Mineiro.
Região Sul
A instabilidade associada a passagem de uma frente fria pelo oceano, a partir de 7 de julho, poderá ocasionar acumulado de chuva no extremo sul do Rio Grande do Sul. No fim de semana, há chance de chuva fraca e isolada nas demais áreas.
Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (03/07/2023 a 10/07/2023). Fonte: INMET.
Previsão para a 2ª semana (11/07/2023 a 19/07/2023)
Na segunda semana, entre os dias 11 a 19 de julho, a semana poderá apresentar acumulados de chuva, maiores que 60 mm, em áreas da Região Sul e no noroeste do País. Já em grande parte do Brasil Central e interior do Nordeste, a previsão é de tempo seco e sem chuva ao longo da semana.
Região Norte
São previstos acumulados maiores que 30 mm, em praticamente todo extremo norte da região, com volumes superiores a 60 mm em áreas do noroeste do Amazonas e em Roraima. Já em áreas do sul da região, não há previsão de acumulado de chuva significativos.
Região Nordeste
São previstos acumulados de chuva que podem ultrapassar 30 mm em áreas do litoral da costa leste e litoral norte do Maranhão. Em áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), norte e no interior da região, não há previsão de chuva, predominando o tempo seco.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
A previsão é de tempo seco em praticamente toda a semana, exceto no Espírito Santo, onde há chance de chuva.
Região Sul
A previsão indica acumulado de chuva significativo, maior que 80 mm, em áreas entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. Nas demais áreas podem ocorrer baixos acumulados, menores que 30 mm.
Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (11/07/2023 a 19/07/2023). Fonte: GFS.
Fonte: INMET
CURSOS E EVENTOS
Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!
Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Produção Integrada de Folhosas
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Biogás: da produção à viabilidade econômica
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Data: Contínuo
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Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira
Instituição promotora: Embrapa
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RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca
Instituição promotora: Embrapa
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Apicultura para Iniciantes
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas
Instituição promotora: Embrapa
Data: 17/02/22 a 31/12/22
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Produção de mudas de cajueiro – enxertia
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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Viticultura Tropical no Semiárido
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
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