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NOTÍCIAS GERAIS
Mapa lança Observatório da Agropecuária Brasileira
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), lançou, na terça-feira (25), o portal do Observatório da Agropecuária Brasileira.
A iniciativa permitirá o acompanhamento e gestão integrada dos dados produzidos por diferentes unidades do Mapa e de outros ministérios que tenham projetos relacionados a diferentes cadeias produtivas e setores da agropecuária. Foi desenvolvido em parceria com a Embrapa e a CNA.
A ferramenta integra o Portfólio de 18 Projetos Estratégicos da gestão atual do Mapa, que reúne um conjunto de ações que visam ampliar a competitividade e produtividade da agropecuária brasileira, identificando os riscos de perda de mercados, desafios relacionados aos custos de produtores, exportadores e do Estado ou problemas sociais e ambientais no campo.
O Observatório funcionará em uma sala de situação interativa instalada na Secretaria de Inovação, na Sede do Mapa, de onde será possível fazer o cruzamento de diferentes bases de dados sobre agropecuária e que poderão ser visualizados em um painel avançado de inteligência (Business Intelligence).
Entre as informações disponibilizadas estão imagens de satélite, gráficos com dados econômicos, comerciais e de produção nacional e regional.
O objetivo é facilitar o acesso do gestor à base diversificada de dados agropecuários produzidos pelo Ministério, tornar as estatísticas mais qualificáveis e georreferenciadas, para deixar o processo de decisão mais dinâmico e prevenir situações de risco.
Conheça o Portal do Observatório da Agropecuária Brasileira no vídeo abaixo.
Embrapa Hortaliças completa 40 anos
No dia 27 de maio de 1981 a Unidade de Pesquisa de Âmbito Estadual de Brasília (UEPAE de Brasília), especializada em pesquisa de hortaliças, foi elevada a Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças, com o propósito de executar atividades de pesquisa sobre os fatores que limitavam o desenvolvimento das hortaliças em condições tropicais. Mas em 1997, recebeu a denominação Embrapa Hortaliças.
As principais linhas de pesquisa da Embrapa Hortaliças são o melhoramento genético, que resultaram em cultivares adaptadas às condições edafoclimáticas brasileiras, bem como o desenvolvimento de sistemas de produção adequados ao território nacional e às modernas exigências da produção agrícola.
Seguindo o modelo da Embrapa, a missão da Embrapa Hortaliças tem sido, desde o início, “viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação em hortaliças que contribuam para a sustentabilidade da agricultura em benefício da sociedade brasileira”.
Para conhecer mais sobre a Embrapa Hortaliças, clique aqui.
Novo presidente da Conab toma posse
O novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Augusto Sanches Ribeiro, tomou posse na última terça-feira (25).
O novo presidente é mestre em Gestão e Políticas Públicas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), possui graduação em Relações Internacionais com ênfase em economia pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), e cursa atualmente um MBA em Transformação Digital e Futuros Negócios na PUC/RS.
Possui experiência na área da administração pública-privada e ainda papéis de gestão e assessorias em estatais paulistas, como a Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab-SP), a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU-SP), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
O termo de posse foi assinado por Guilherme Ribeiro e pela ministra Tereza Cristina. No ato, o presidente empossado destacou como missão colocar em prática seu conhecimento para desenvolver ainda mais a empresa e assumiu o compromisso de uma gestão transparente e eficiente.
PRODUÇÃO
Mapa publica zoneamento do milho consorciado com braquiária 1ª safra 2021/2022
No dia 26 de maio foram publicadas as Portarias Nº 143 a 158 de Nº 158, de 25 de maio de 2021 com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2021/2022, para o cultivo do consórcio milho com braquiária de 1ª safra.
Os estados que que fazem parte do zoneamento são: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Piauí, Acre, Pará, Rondônia, Tocantins, Espirito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
O cultivo consorciado de plantas produtoras de grãos com forrageiras tropicais tem aumentado significativamente nos últimos anos nas regiões que apresentam inverno seco. O consórcio do milho com a braquiária é possível graças ao diferencial de tempo e espaço no acúmulo de biomassa entre as espécies.
A associação entre o sistema plantio direto e o consórcio entre culturas anuais e pastagens é uma das opções que apresenta maiores benefícios, como maior reciclagem de nutrientes, acúmulo de palha na superfície, melhoria da parte física do solo, pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica, além de ser mais sustentável em relação ao cultivo convencional.
Entenda como funciona o Zarc:
Reconhecimento internacional de novas zonas livres de febre aftosa sem vacinação
Na última quinta-feira (27), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promoveu uma live sobre o reconhecimento internacional de três novas zonas livres de febre aftosa sem vacinação.
O evento teve a presença da ministra Tereza Cristina, do secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, e do diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.
A área livre sem vacinação abrange os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso. Mas a meta é que todo o território brasileiro seja considerado livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.
Ao todo, são mais de 40 milhões de cabeças que deixam de ser vacinadas, o que corresponde a cerca de 20% do rebanho bovino brasileiro, e 60 milhões de doses anuais da vacina que deixam de ser utilizadas, gerando uma economia de aproximadamente R$ 90 milhões ao produtor rural.
Fungo controla o carrapato bovino
Uma abordagem inovadora foi testada por pesquisadores da Embrapa, da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e da empresa norte-americana Jaronski Mycological Consulting. Na pesquisa, o fungo Metarhizium robertsii foi testado no controle do carrapato-do-boi (Rhipicephalus microplus), importante parasita de bovinos de corte e de leite.
Mas ao invés de somente aplicar produtos sobre os animais, os pesquisadores testaram com sucesso, formulações granulares secas que podem ser aplicadas sobre as pastagens. Os resultados positivos são atribuídos ao fato de 95% da população de carrapatos encontrar-se no pasto e não nos animais.
Para acessar o estudo publicado na revista Scientific Reports do grupo Nature, clique aqui.
Integração Lavoura, Pecuária e Floresta melhora o bem-estar animal
O sistema ILPF tem contribuído para bem-estar animal. Pesquisa da Embrapa revela que a adoção de sistemas integrados com a presença de árvores melhora o conforto térmico dos bovinos, garante sombreamento natural, repercutindo na diminuição da temperatura de superfície dos animais e, ainda, em redução na frequência de busca por água para dessedentação.
No programa de rádio da Embrapa, o Prosa Rural, três entrevistados falam sobre o assunto: o pesquisador Alexandre Rossetto Garcia, da Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos; o veterinário Felipe Melhado, que atende produtores e o produtor Nivaldo Miquetti, do Mato Grosso, que conta sua experiência com a sombra nas pastagens.
Ouça o Prosa Rural
Mapa institui o programa nacional de prevenção e controle da doença dos citros
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Portaria nº 317 que institui o Programa Nacional de Prevenção e Controle da praga Huanglongbing (HLB) – também conhecida como Greening – causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp.
O Greening é a principal doença dos citros e a maior ameaça à citricultura mundial, pois ataca todos os tipos de citros e não há cura para as plantas doentes.
No Brasil a doença está presente e sob controle oficial nos estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Para ter acesso à Portaria e conferir os detalhes, clique aqui.
MERCADO
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Produto | Panorama da última semana |
Arroz | A maior oferta e a demanda enfraquecida por arroz têm elevado o excedente disponível, o que pressionou as cotações nos últimos dias.
Segundo dados do Cepea, as cotações retornaram ao patamar dos R$ 80,00/saca de 50 quilos. Entre 18 e 25 de maio, o Indicador ESALQ/SENAR-RS, recuou 3%, fechando a R$ 80,57/sc de 50 kg. No campo, a colheita da safra 2020/21 foi encerrada no Rio Grande do Sul. De modo geral, orizicultores estão satisfeitos com a produtividade das lavouras. Nos demais estados produtores, dados da Conab apontam que, até o dia 15, a colheita havia alcançado 97% da área total no Tocantins, 94,4% em Mato Grosso e 50% no Maranhão. |
Algodão | Os valores internos do algodão em pluma enfraqueceram em maio. Segundo o Cepea, compradores, indicando vendas lentas de produtos finais, ofertam valores menores para a aquisição de novos lotes de pluma no spot.
Por outro lado, muitos cotonicultores se mantêm retraídos, mas alguns agentes cedem à pressão compradora. Diante disso, entre 18 e 25 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ recuou 0,18%, fechando a R$ 5,1876/lp. |
Etanol | Após duas semanas com o mercado aquecido, o número de negócios e o volume comercializado caíram nos últimos dias, e os preços do biocombustível acompanharam esse movimento.
A recente alta nas bombas, que acentuou a perda de competitividade do etanol hidratado frente à gasolina, reduziu a demanda pelo biocombustível, pressionando as cotações. Já a oferta se elevou, aumentando a pressão sobre os valores. Assim, entre 17 e 21 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 2,9107/litro, recuo de 4,53% frente à média da semana anterior. No caso do etanol anidro, a queda foi de 2,33%, no mesmo comparativo, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,4120/litro. Essas são as baixas mais expressivas para os dois tipos de etanol desde o início da safra 2021/22. |
Açúcar | Mesmo com todas as usinas do estado de São Paulo já em produção, a oferta da safra 2021/22 segue restrita.
O clima seco do ano passado acabou atrasando o início da safra atual, o que tem limitado a oferta do adoçante no mercado. A liquidez, por sua vez, esteve um pouco mais baixa nos últimos dias. Assim, entre 17 e 21 de maio, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 115,27/saca de 50 kg, alta de 0,23% em relação à da semana anterior. |
Soja | As cotações da soja recuaram no mercado doméstico nos últimos dias.
Entre 14 e 21 de maio, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ Paraná cederam 2,17% e 2,05%, respectivamente, para R$ 173,01 e R$ 168,36 por saca de 60 kg. A pressão veio da ausência de compradores no mercado doméstico e das desvalorizações externa e cambial. A menor procura interna pela oleaginosa esteve atrelada à também baixa demanda por farelo de soja no Brasil, visto que grande parte dos compradores indica estar abastecida. |
Milho | Quedas nos preços foram observadas nas praças do Paraná e de Mato Grosso do Sul, devido, de modo geral, à expectativa de melhora do clima no Brasil.
Em São Paulo, por outro lado, as cotações permaneceram firmes por causa da retração vendedora. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) subiu leve 0,58% de 14 a 21 de maio, indo para R$ 101,93/saca. De modo geral, a liquidez segue baixa. Boa parte dos produtores já quitou as dívidas e não tem necessidade imediata de caixa. Do lado dos consumidores, muitos estão preferindo consumir estoques, apostando na previsão de chuvas para os próximos dias, o que deve aumentar a produtividade e a oferta. |
Trigo | As chuvas e as temperaturas mais baixas nos últimos dias beneficiaram a cultura de trigo em todas as regiões produtoras.
Esse cenário, somado aos preços atrativos do cereal, deve fazer com que a semeadura avance de forma mais acelerada nos próximos dias, uma vez que os trabalhos de campo estão atrasados em comparação com as safras anteriores, apesar de o trigo já semeado ter apresentado melhora em suas condições. Com isso, os preços pagos ao produtor já começaram a ceder de forma mais intensa. |
Café | A colheita do arábica da safra de 2021/22 começou efetivamente em boa parte das lavouras do Brasil nos últimos dias.
Apesar do início das atividades – quando as cotações do café costumam ser pressionadas pela oferta da nova safra –, os valores domésticos do arábica têm avançado em maio, especialmente nos últimos dias. Na terça-feira, 26, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 825,11/sc, forte alta de 5,4% em relação ao dia 30 de abril. Neste caso, o suporte vem especialmente da retração de vendedores no País e do avanço dos futuros da variedade na Bolsa de Nova York (ICE Futures). |
Fonte: www.cepea.esalq.usp.br
TECNOLOGIA
Startups no agro aumentam 40%
Relatório Radar Agtech Brasil 2020/2021, elaborado em parceria entre a Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens Research and Consulting, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), indica que o País já possui 1.574 startups atuando no agronegócio – as agtechs. O relatório mapeou um número de startups ativas 40% maior em comparação à 2019.
O estado de São Paulo mantém a liderança em quantidade de agtechs, com 48% do total, mas a Região Nordeste foi onde o estudo encontrou o maior número de novos empreendedores, em comparação com a edição de 2019.
O novo levantamento aponta que o estado de São Paulo continua liderando com 48% das agtechs. A capital paulista, classificada como o 18º ecossistema de startups do mundo, segundo estudo de 2020 da StartupBlink, contribui com 22% do total das agtechs mapeadas.
O estudo mostra ainda que a maioria das startups que atuam antes da fazenda está voltada à área de Fertilizantes, Inoculantes e Nutrição Vegetal. Dentro da porteira o destaque é para Sistemas de gestão de propriedade rural e, depois da fazenda, para Alimentos inovadores e novas tendências alimentares.
Acesse o Radar Agtech Brasil 2020/2021 clicando aqui
CLIMA
Falta de chuvas prejudica as lavouras de grãos
Segundo o Boletim de Monitoramento Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o desenvolvimento das lavouras de segunda safra de grãos no Brasil está dependendo da regularidade das chuvas principalmente nos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, parte de Goiás e Minas Gerais, pois estão sob maior restrição hídrica.
No entanto, o maior estado produtor, Mato Grosso, no geral, apresenta condições favoráveis.
O Boletim é elaborado com base nas condições observadas na primeira quinzena do mês. A publicação apresenta as condições agrometeorológicas e a interpretação do comportamento das lavouras em imagens de satélites e no campo. As informações serão utilizadas nas próximas estimativas de safra, além de subsidiar a tomada de decisão do governo e do setor agropecuário.
Acesse o Boletim de Monitoramento Agrícola do mês de maio, clicando aqui.
Previsão de chuva
De acordo com o modelo numérico do INMET, as chuvas deverão ser mais significativas em parte das regiões Norte e Sul do Brasil.
Região | Previsão |
Sul | São previstos acumulados de chuva de 20 mm a 40 mm podendo variar de 50 mm a 100 mm na parte central do estado do Paraná. |
Sudeste | Os acumulados de chuva ficam abaixo dos 20 mm. |
Nordeste | Os maiores acumulados estão previstos para o noroeste do estado do Maranhão, contudo abaixo dos 20 mm. Também há possibilidade de chuva em toda a faixa litorânea, porém com acumulados inferiores aos10 mm. |
Centro-Oeste | O acumulado de chuva fica abaixo de 10 mm. |
Norte | Previsão de chuva em praticamente toda Região Norte, com acumulados variando entre 20 e 70 mm.
Os maiores acumulados de chuva estão previstos para os Estados do Amazonas, norte do Pará, Roraima e Amapá. |
MATOPIBA | Não há previsão de chuva. |
*Previsão do dia 24/05 ao dia 09/06