- Gerais
Nova plataforma permite o registro gratuito de tratores e máquinas agrícolas
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou nesta última sexta-feira (20/11/2020) a Plataforma Digital de Registro e Gestão de Tratores e Equipamentos Agrícolas (ID Agro), que vai permitir o registro oficial de tratores e equipamentos agrícolas, sem custo para o produtor rural. O sistema foi desenvolvido em parceria entre a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa e o Instituto CNA (ICNA).
O registro vai permitir o trânsito de tratores e equipamentos agrícolas em vias públicas, sem necessidade de licenciamento e emplacamento, além de facilitar a comercialização de tratores usados e o acesso ao crédito e as ações de segurança em relação a roubos e furtos.
A plataforma foi lançada em evento realizado na sede da CNA. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ressaltou que o sistema foi implementado rapidamente pelo Mapa e pela CNA para adequar os equipamentos agrícolas à legislação de trânsito do Brasil. “São ferramentas como estas, simples, sem custo para o agricultor, mas de grande valia, que queremos ter cada vez mais em nossa agricultura, porque é isso que precisamos” afirmou a Ministra.
Pelo ID Agro, será possível gerar um documento oficial, com fé pública, permitindo a uniformização das informações e rastreio dos tratores e aparelhos automotores. O Registro Nacional de Máquinas Agrícolas (Renagro) dará maior tranquilidade para produtores quando transitarem com o veículo em via pública. O documento Renagro será equivalente ao CRLV dos demais veículos. Caso o trator ou outra máquina agrícola esteja transitando em via pública e não tenha o registro do Mapa, estará sujeito às mesmas medidas administrativas aplicadas aos veículos de passeio que transitam sem o CRLV.
Para fazer o registro, é necessário ter cadastro no aplicativo ID Agro, inserindo dados pessoais, ter a nota fiscal do bem e procurar uma agência autorizada da marca do bem. Somente as agências autorizadas poderão fazer o registro.
Embrapa Arroz e Feijão lança nova cultivar de feijão carioca de alta produtividade na safra e safrinha
As equipes de Pesquisa & Desenvolvimento e de Transferência de Tecnologia da Embrapa Arroz e Feijão lançaram no dia 20/11/2020 a nova cultivar de feijão tipo “carioca” BRS FC406, que se destaca na safra das águas na Região Central do Brasil, pela produtividade de até 20% superior às demais do mercado, pelo potencial produtivo de 4.000 kg ha-1 e resistência à antracnose e mancha-angular. A cultivar apresenta características interessantes também para a indústria, como uniformidade de tamanho e coloração de grãos, com aspectos muito semelhantes a cultivar Pérola. O lançamento se deu por meio de uma live, no canal da Embrapa no YouTube.
Ainda sobre a qualidade tecnológica e industrial dos grãos, a cultivar BRS FC406 possui ótimo rendimento de peneira (79%) e massa média de cem grãos (28g), em ensaios sem a aplicação de fungicidas, são superiores aos das cultivares BRS Estilo e Pérola, que são padrões de mercado para essas características, indicando ser uma cultivar com grãos de alto valor comercial.
Vídeo do lançamento no YouTube: https://youtu.be/B3OD41r6RN8
Nova cultivar de arroz da Embrapa traz de volta regiões de sequeiro ao círculo produtivo da cultura
O Programa de Melhoramento Genético de Arroz da Embrapa, em parceria com outras organizações, disponibiliza uma nova cultivar de arroz de terras altas: a BRS A502. Com ciclo de até 110 dias, ela se destaca com altas produtividades, além de apresentar diversas características extremamente positivas, tanto para manejo, quanto para o mercado. Rusticidade, resistência intermediária à brusone, mancha de grãos, escaldadura e qualidade de grãos são os principais destaques da cultivar.
Sobre produtividade, segundo o coordenador do programa nacional, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, José Manoel Colombari Filho, a BRS A502 apresenta média de 4.029 kg ha-1 e potencial produtivo de 9.075 kg ha-1. Além disso, demonstra resistência ao acamamento, com plantas de porte mais baixo e presença de stay green, que é a senescência tardia da planta na maturação dos grãos. A cultivar permite adoção em diversas condições de cultivo, incluindo rotação e sucessão de culturas em áreas sob agricultura intensiva. Ideal para o Norte, Centro-Oeste e Nordeste do País, ela pode ser produzida nas principais regiões de arroz de terras altas. A alta qualidade dos grãos é determinante para a boa aceitação do mercado, de acordo com Rodrigo Sérgio, analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Arroz e Feijão, pois influencia no valor de comércio e na compra do produto pelo consumidor.
Vídeo do lançamento no YouTube: https://youtu.be/nhr_QtsTipY
Integração Lavoura-Pecuária é estratégia no arroz
O sistema da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) começa a ganhar espaço na lavoura arrozeira. Seja em rotação ou sucessão tem garantido recuperação de renda ao orizicultor e otimização de áreas. No Rio Grande do Sul (RS), maior produtor do grão no país, já há bons resultados. Na região Sul do Estado, no verão se trabalha arroz e soja e no inverno, que era uma área ociosa, há a implantação de pastagens como azevém e trevo-persa, vermelho e branco e gado de corte.
Cerca de 20% da região já trabalha no sistema. O engenheiro agrônomo e responsável pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga) Zona Sul do RS, André Barros Matos, destaca que, além da renda, o ILP tem trazido outras vantagens. “A soja abriu as portas para a diversificação. Para ela se adota manejos que melhoram o solo como a correção de ph, calagem e drenagem. Isso melhora o perfil de solo para as pastagens que vem a seguir. O inverno passou a ter importância econômica” destaca Matos.
O assunto vai ganhar mais destaque na 31ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. As áreas demonstrativas no município de Capão do Leão (RS) já estão sendo preparadas, com exemplos de soja, arroz, pecuária e irrigação para o sistema. O evento está programado para acontecer entre 9 a 11 de fevereiro de 2021.
Os organizadores do evento ainda citam outros benefícios do sistema. Além de mais opção de produtos para comercialização, há a otimização de máquinas e mão-de-obra que ficavam ociosas na entressafra, mantendo a sustentabilidade da lavoura arrozeira. “Estamos em busca de uma intensificação do sistema produtivo e certamente a pecuária terá uma participação cada vez maior neste sistema”, salienta o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho.
O evento será de forma híbrida e tem como tema “Os novos rumos do sistema de produção”. As inscrições são gratuitas e online.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/ilp-e-estrategica-no-arroz_442660.html
Custo de produção da soja está 10% maior
O Mato Grosso, maior produtor de soja do país, alcançou a marcar de 98,47% das áreas semeadas, superando a marca do mesmo período do ano passado. Contudo, muitas áreas precisaram ser ressemeadas no Estado. Os dados são do boletim semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A alta no custo total de produção não agradou os produtores. Segundo a publicação os insumos, o arrendamento e o custo da terra se valorizaram devido à alta do dólar e da soja neste ano e, com isso, o custo se elevou em 10,02% para a safra 20/21. Com isso, agora o sojicultor precisará de R$ 59,54/sc para cobrir seu Custo Operacional Efetivo.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/custo-de-producao-da-soja-esta-10–maior_442784.html
Alemanha vai investir 25,5 milhões de euros na Amazônia
O Brasil e a Alemanha firmaram um acordo que prevê a doação de até 25,5 milhões de euros por parte do banco estatal alemão “Kreditanstalt für Wiederaufbau” (KfW) ao projeto “Inovação nas Cadeias Produtivas da Agropecuária para a Conservação Florestal na Amazônia Legal”. Em reais os recursos são de pouco mais de R$ 160 milhões.
O objetivo do projeto é o de expandir e fortalecer práticas produtivas sustentáveis nas cadeias da carne, soja e madeira em estados da Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso). Em nota o governo brasileiro divulgou que o Ministério das Relações Exteriores tem coordenado profícua cooperação técnica e financeira entre Brasil e Alemanha, voltada ao desenvolvimento sustentável, com foco no fomento a projetos nas áreas de proteção ambiental e eficiência energética. O Ministério da Agricultura, por sua vez, será o encarregado de executar o projeto em questão, em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
- Tecnologia
Chegada do 5G no campo promete revolução
O acesso à internet no campo é um dos principais desafios do agronegócio brasileiro. Investir em inovação ajuda o produtor rural no controle de riscos de sua produção e aumenta o número de informações sobre sua propriedade, uma estratégia para o aumento de produtividade. Além de aumentar o acesso à informação e assistência técnica, a internet ajuda os produtores rurais a melhorar o uso de tecnologias nas fazendas. As tecnologias podem ser oportunidade para melhorar modelo de negócios, reduzir custos e melhorar a produção. O desafio da conectividade existe em toda a cadeia.
Uma análise setorial da Ericsson mostrou que a conectividade no campo trará uma disruptura e benefícios significativos em todos os aspectos da agricultura, principalmente por conta da expectativa da chegada do 5G ao país. O potencial de digitalização da economia brasileira, combinado com a maturidade do setor de tecnologias da informação e comunicação e, consequente, surgimento de um ecossistema digital, cria um ambiente favorável para a transformação no campo, habilitada pela conectividade.
No agro, a chegada do 5G vai promover uma revolução. A tecnologia poderá ser utilizada em uma série de processos, transformando as fazendas em Fazendas Inteligentes (Smart Farming). Para se ter uma ideia desse impacto, com a agricultura de precisão, estudos projetam que será possível reduzir os custos relacionados à operação de campo e à análise do solo, além de permitir aumento significativo em relação aos rendimentos globais das lavouras, entre outros benefícios.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/chegada-do-5g-no-campo-promete-revolucao_442664.html
- Clima
Veja o que esperar do clima entre dezembro e maio
A Universidade de Colúmbia lançou a sua mais recente previsão para o trimestre dezembro-janeiro-fevereiro. As previsões indicam chuva abaixo da média no Sul e acima da média em boa parte do Norte e Nordeste. As regiões do Sudeste e Centro-Oeste as precipitações devem ficar entre a média e abaixo dela, com exceção do Pantanal de Mato Grosso do Sul, que as previsões indicam chuva acima da média.
Em relação a temperatura, o mês de novembro já vem registrando algumas quedas mais acentuadas de temperatura no Sul e Sudeste, algo que prosseguirá nos próximos meses. Por isso, no fim de três meses, a temperatura ficará dentro do normal na maior parte do país. Somente o interior do Rio Grande do Sul e o oeste de Santa Catarina terão um fim de primavera e boa parte do verão com calor acima da média histórica.
Ver mais: https://www.canalrural.com.br/noticias/tempo/clima-brasil-dezembro-maio/
Conab Vê impactos negativos em parte das lavouras de soja devido a chuvas irregulares
A Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, publicou o Boletim de Monitoramento Agrícola, que mostra que as chuvas irregulares e mal distribuídas, da primeira quinzena de novembro, estão trazendo impactos negativos para as lavouras de soja de parte do país.
O baixo volume de chuvas tem afetado o progresso do plantio em diversas regiões, principalmente região Sul e boa parte da região Central.
Já a região do MATOPIBA oscila entre áreas alinhadas com o calendário e boa umidade no solo e áreas atrasadas por falta de umidade.
O monitoramento auxilia na avaliação das condições agronômicas das lavouras em resposta aos eventos climáticos para aumentar a assertividade das estimativas de produtividade realizadas pela Conab.
Para verificar o boletim por estado acesse: https://www.canalrural.com.br/projeto-soja-brasil/chuvas-irregulares-conab-ve-impactos-negativos-em-parte-das-lavouras-de-soja/
- Mercado
Exportação de carne bovina deve crescer mais de 5% em 2021
O Rabobank, multinacional holandesa voltada para soluções financeiras e estratégicas para o agronegócio, projeta um novo recorde nas exportações de carne bovina em 2021, com alta de 5,5% no volume em relação a 2020.
Segundo o banco, a expectativa é positiva com relação a novas habilitações para a China, principal compradora da proteína brasileira, além de haver um incremento de demanda do país asiático para carne bovina.
No acumulado de janeiro a setembro do ano passado, o Brasil representava 24% das importações totais de carne bovina da China. “Este ano, por conta da menor oferta da Austrália, a gente aumentou a nossa participação para 38%”, diz o analista de mercado do Rabobank Wagner Yanaguizawa.
De acordo com a Rabobank a peste suína africana, a pandemia da Covid-19, a oferta limitada de animais prontos para abate e a recuperação do consumo doméstico devem sustentar o mercado brasileiro de carne bovina em 2021.