Informe-se e compartilhe! Sobre o mundo agro: monitoramento das lavouras, previsão: El Niño, mercado, economia e eventos agro (22 a 25 de dezembro/2023)

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Neste post publicamos itens gerais referentes ao mundo do agronegócio, entre eles: monitoramento das lavouras, informações sobre mercado e economia, previsões de chuva e clima em todas as regiões do Brasil, diversos cursos e eventos agro.

GERAIS

Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras (atualizado em 25 de DEZEMBRO de 2023)

Em Alagoas, agricultores podem vender sementes de arroz, feijão, milho e sorgo - suino.com

Fonte da imagem: agricultores alagoas 26/12/2023

Destaques da semana

 

Arroz – No Rio Grande do Sul, o clima mais seco e o aumento das temperaturas na área central possibilitaram um significativo progresso na semeadura. A incidência solar intensa tem favorecido o desenvolvimento, especialmente para as plantações que estão ingressando na fase reprodutiva. Em Santa Catarina, os dias ensolarados têm sido benéficos para as plantações em florescimento, enquanto os cuidados fitossanitários estão sendo reforçados para controlar problemas como manchas e brusone. No estado do Maranhão, mais de 80% da colheita das plantações de arroz irrigado nas regiões Norte e Centro já está concluída. Quanto às áreas de arroz sequeiro, o processo de semeadura começou nas regiões Norte, Centro e Sul. Em Goiás, cerca de 81% da área prevista para cultivo sob pivôs já foi semeada. As regiões irrigadas nos tabuleiros apresentam diferentes estágios de crescimento e mantêm uma boa condição sanitária. No Tocantins, a semeadura atingiu 85% de conclusão, com algumas plantações já em fase de floração e enchimento de grãos. Por outro lado, no Mato Grosso, os baixos índices pluviométricos têm desacelerado a semeadura, resultando em um crescimento vegetativo mais lento em algumas áreas.

Feijão 1ª safra – No Estado do Paraná, a colheita avançou bem graças a um período de clima mais estável. As primeiras áreas colhidas, no entanto, mostram um rendimento e qualidade dos grãos abaixo do esperado, devido às condições climáticas adversas durante o ciclo. Na Bahia, a região Oeste está mais favorável para o início e desenvolvimento inicial das plantações. No Centro-Sul, está condicionado à regularidade das chuvas para avançar no plantio e replantio. Já o Centro-Norte enfrenta restrições severas de água, levando a perdas significativas nas lavouras. Em Goiás, as chuvas têm sido benéficas, especialmente para as plantações de sequeiro que estão em fases de floração e enchimento de grãos. Algumas áreas específicas já iniciaram as operações de dessecação para a colheita. Em Santa Catarina, as primeiras colheitas estão acontecendo. Com chuvas menos intensas, as operações de plantio e colheita, assim como os tratos culturais, puderam ser realizados. Em São Paulo, a colheita está totalmente concluída. No Rio Grande do Sul, a colheita começou na região do Planalto Médio e no Alto Uruguai. Até agora, o rendimento e qualidade dos grãos estão dentro das expectativas. Na região do Planalto Superior, o plantio está em alta, beneficiado pelo clima mais estável.

Milho 1ª SafraEm Minas Gerais, as plantações estão enfrentando um desenvolvimento abaixo do esperado devido às chuvas irregulares e temperaturas elevadas. No Rio Grande do Sul, começou a colheita nas áreas mais precoces. Há uma redução no potencial produtivo devido às condições climáticas durante o ciclo, apesar de serem melhores em comparação com a última safra. Na Bahia, nas regiões do Extremo-Oeste e Centro-Norte, a semeadura avança conforme a ocorrência das chuvas. No Paraná, as boas condições climáticas permitiram os tratos culturais, especialmente nas plantações em estágio de floração e enchimento de grãos. Em Santa Catarina, observa-se que as plantações mais avançadas, em enchimento de grãos e maturação, apresentam espigas menores e falhas na formação dos grãos devido ao excesso de chuvas durante o ciclo da cultura. Em São Paulo, as plantações estão principalmente em desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. A falta de chuvas mais consistentes e as altas temperaturas estão impactando o ciclo de parte das plantações. Em Goiás, as chuvas têm beneficiado o desenvolvimento das plantações em fase vegetativa. No Pará, a irregularidade das chuvas prejudicou o avanço da semeadura. No Maranhão, o plantio está em ritmo lento devido ao clima e à prioridade na semeadura da soja. No Piauí, a semeadura está progredindo.

Soja – Em Mato Grosso, as condições climáticas permaneceram desfavoráveis para grande parte das plantações. As plantas estão com porte pequeno e iniciaram a maturação de forma antecipada. No Rio Grande do Sul, o clima permitiu a semeadura e a aplicação de tratamentos preventivos. As plantações mais precoces estão se aproximando do início do florescimento, apresentando um bom porte de planta. No Paraná, o clima está favorecendo o desenvolvimento das plantações, que estão majoritariamente em fase de floração e enchimento de grãos. Em Goiás, as chuvas mais intensas contribuíram para a reserva hídrica do solo e impulsionaram o desenvolvimento das plantações em fase reprodutiva. No Mato Grosso do Sul, a semeadura foi concluída. Na região Sudoeste, é possível observar plantações sofrendo com o estresse hídrico em fases reprodutivas. No Maranhão, mesmo com chuvas irregulares e de baixo volume, a semeadura foi concluída, havendo casos de replantio. Em Minas Gerais, o plantio está quase finalizado e a falta de chuvas, junto com altas temperaturas, principalmente no Noroeste, está reduzindo o ciclo da cultura, além de causar aborto de flores e vagens em formação inicial. Na Bahia, a regularização das chuvas beneficia as plantações, porém, as altas temperaturas estão afetando as plantações irrigadas durante o enchimento de grãos. No Tocantins, devido às condições climáticas, houve aborto de flores e redução de vagens nas plantações. No Piauí, a semeadura continua avançando, mesmo enfrentando escassez de chuvas, com casos de replantio. No Pará, a escassez de chuvas tem prejudicado tanto a semeadura quanto o desenvolvimento. Em São Paulo, as plantações estão em diferentes fases de crescimento e estão desuniformes. Em Santa Catarina, a semeadura está quase finalizada. As plantas estão se recuperando no crescimento, porém, ainda apresentam atraso no desenvolvimento.

Fonte: CONAB. Boletim de monitoramento semanal das condições da lavoura de 25/12/2023

Mercado e Economia: Moderno agronegócio brasileiro

Por Décio Luiz Gazzoni, pesquisador da Embrapa, membro do Conselho Científico Agro Sustentável e da Academia Brasileira de Ciência Agronômica

Há meros 50 anos, o Brasil importava diversos produtos agrícolas, com destaque para leite e trigo. Sua exportação se resumia a cacau, açúcar e café, dirigidos a poucos mercados. De lá para cá o cenário no campo transmutou-se em uma velocidade ímpar, provavelmente sem paralelo na História Mundial. Em 2023, o valor bruto da produção (VBP) atingiu 1,216 trilhão de reais (US$ 240 bilhões) Link . Em 2022, as exportações de produtos agropecuários – com destino a mais de 200 países – totalizaram US$ 159 bilhões, versus meros US$ 17 bilhões em importações, gerando um saldo líquido de US$142 bilhões. Link.

No total as exportações brasileiras atingiram 335 bilhões e as importações US$ 273 bilhõesLink. Assim, o agronegócio respondeu por 47,5% das exportações, 6,2% das importações e pela totalidade do saldo positivo da balança, além de cobrir US$ 80 bilhões do déficit de outros setores da economia. Portanto, se hoje o Brasil pode importar máquinas, medicamentos e bens de consumo, se podemos viajar para o exterior sem restrições, agradeça ao agronegócio, o grande carreador de divisas da economia brasileira.

O Brasil rural: novas interpretações: Um livro para ler e reler

O Brasil rural: novas interpretações, é um livro que será lançado no primeiro trimestre de 2024, tendo como organizadores Maria Thereza Pedroso, Zander Navarro e Marlon Brisola, sendo os dois primeiros pesquisadores da Embrapa e Brisola professor da UnB. O livro trata de diversos temas, porém ressalte-se a abordagem relativa à constatação factual da superação do passado agrário e o estabelecimento de um padrão de acumulação de capital, que consagra o capitalismo no campo, a exemplo do que ocorre, por exemplo, nos Estados Unidos.

À guisa de exemplo do conteúdo do livro, cite-se a análise da relação entre o crédito tomado pelos empresários rurais e o valor da produção, contido em um texto liberado antecipadamente por um dos autores. De acordo com os dados disponíveis, ocorreu um crescimento dos valores do crédito rural, em menor ritmo entre 1995 (R$ 30 bilhões) e 2011 (R$ 125 bilhões), seguido por uma rápida aceleração nos últimos 13 anos, de forma a atingir R$ 300 bilhões em 2023. Isso demonstra cabalmente o apetite da agropecuária empresarial por mais financiamentos, visando a sua expansão.

Já a relação entre o crédito rural empresarial (CRE) e o valor bruto da produção (VBP) inicia com uma queda no final dos anos noventa, resultado da estabilização monetária decorrente do Plano Real, seguida do aumento acelerado da produtividade total de fatores (PTF) da produção no campo.

Produtividade, o segredo

Pelo exposto, verifica-se que o crescimento expressivo da PTF nos últimos 25 anos, levou a produção total e seu valor de mercado a crescerem muito mais do que os investimentos, pela métrica do crédito rural empresarial. Desde a safra de 2005, a relação entre os dois indicadores (crédito e VBP) apresenta tendência de queda, alcançando em 2022 a proporção de 37%. Destarte, plasma-se a constatação de uma “quase automática e vigorosa máquina de produção de riqueza” (na expressão dos autores do livro), com extraordinários efeitos de sinergia que garantem que o resultado final, em termos de produção, produtividade e valor é muito maior do que o somatório das partes – ou seja, os valores dos insumos, máquinas e outros produtos adicionados à produção e revelados pelos dados de investimentos realizados.
Essa é a nova face do agronegócio brasileiro, pujante, desenvolvimentista e sustentável, o pilar de sustentação da economia brasileira, não apenas pela geração intrínseca, mas pelo benefício que o efeito irradiador da geração de riquezas do agronegócio proporciona aos demais setores da economia brasileira.

Sobre o CCAS

O Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) é uma organização da Sociedade Civil, criada em 15 de abril de 2011, com domicilio, sede e foro no município de São Paulo-SP, com o objetivo precípuo de discutir temas relacionados à sustentabilidade da agricultura e se posicionar, de maneira clara, sobre o assunto.

Informações para Imprensa:
Alfapress Comunicações
Mariana Cremasco
MTB: 60.856/SP
19 99781-6909
mariana܂cremasco@alfapress܂com܂br

CLIMA: O fenômeno El Niño no início de 2024.

El Niño se manterá até o outono de 2024! Será que a seca no Norte e as chuvas volumosas no Sul do Brasil vão continuar?O fenômeno El Niño está previsto para se manter até abril de 2024. Para janeiro, há previsão de anomalias positivas de 1,8°C na temperatura da superfície do mar do Pacífico Equatorial, indicando uma intensidade moderada (figura). Esse padrão traz consigo um aumento de chuvas e calor para a região sul. Já tivemos chuvas acima da média histórica para outubro e novembro. Os modelos atuais, embora sem consenso, sugerem precipitações na média e/ou acima da média para dezembro e janeiro, com uma probabilidade de 40% para chuvas acima da média.

A média histórica de precipitação para a região de Itajaí é de 225 mm com 18 dias de chuva em janeiro. No entanto, os modelos nacionais indicam anomalias de até 50 mm acima da média e a previsão de chuvas entre 260 e 300 mm. É importante lembrar que o verão é a estação mais chuvosa na região. O recorde de chuvas para janeiro em Itajaí foi em 1999, atingindo 500 mm.

Quanto às temperaturas, todos os modelos apontam para valores acima da média histórica, com uma probabilidade de 70% para temperaturas superiores à média. Para janeiro, espera-se uma temperatura máxima média de 29,7°C e mínima de 21,0°C, com uma média de 25,4°C. Os modelos indicam anomalias superiores a 1°C. Desde maio, temos registrado anomalias positivas acima de 1,5°C, e essa tendência deverá persistir. A exceção foi o mês de outubro, que ficou na média devido a muitos dias de chuva e céu encoberto. O recorde de temperatura máxima em Itajaí foi de 38,9°C em 2019.

Fonte do texto: labclima 26/12/2023

Fonte da imagem: tempo 26/12/2023

Eventos e cursos do agronegócio
Novos minicursos gratuitos da Embrapa: cultivo comercial da goiaba e mercado e comercialização de frutas frescas e processadas

Novos minicursos gratuitos da Embrapa: cultivo da goiaba e comercialização de frutas - Portal EmbrapaOs interessados em ampliar os conhecimentos sobre fruticultura tropical ganharam duas novas oportunidades: a Embrapa passou a disponibilizar de forma contínua a partir de dezembro na vitrine de capacitações e-Campo, os minicursos on-line Goiaba: Instruções técnicas para o cultivo comercial e Mercado e comercialização de frutas frescas e processadas, desenvolvidos pela Embrapa Cerrados (DF).

Voltados a produtores rurais, extensionistas rurais, professores, gestores públicos e estudantes, os minicursos são gratuitos, autoinstrucionais e podem ser feitos em qualquer dia e horário. Ao realizar o minicurso, o aluno que obtiver 70% dos pontos no conjunto de atividades obrigatórias e preencher a avaliação de satisfação e o perfil do participante receberá, gratuitamente, um certificado de conclusão assinado pela Embrapa.

Os dois minicursos estão estruturados em módulo único, com a palestra técnica em vídeo, slides da apresentação em PDF e links para leitura e download da bibliografia recomendada.

Ministrado pelo pesquisador Tadeu Graciolli, o minicurso “Goiaba: Instruções técnicas para o cultivo comercial” oferece informações gerais e atualizadas sobre o cultivo comercial de goiaba, desde a implantação do pomar até a comercialização do fruto.

O participante aprenderá a identificar e caracterizar as principais variedades e o potencial comercial de produção, bem como os principais aspectos relacionados ao planejamento da produção, à implantação, à adubação, às podas, ao manejo e à irrigação do pomar; descrever os tipos de poda e condução do pomar para cultivo comercial; relacionar os tipos de adubação com as fases vegetativas da planta; e identificar as técnicas de desbaste e ensacamento dos frutos, assim como as pragas e doenças do pomar.

Para se inscrever, acesse o linkhttps://ava.sede.embrapa.br/enrol/index.php?id=435

Já o minicurso “Mercado e comercialização de frutas frescas e processadas”, ministrado pela pesquisadora Ana Maria Costa, traz informações para a elaboração de um plano de negócios para acesso aos mercados de frutas frescas e processadas.

A capacitação mostra como identificar as variáveis no planejamento do negócio para comercialização de frutas frescas e processadas, as limitações e oportunidades envolvidas no planejamento do negócio na propriedade e as características dos tipos de mercado – convencional, orgânicos e agroecológicos. Além disso, o aluno vai aprender a diferenciar os tipos de comercialização direta e intermediada e as Comunidades que Sustentam a Agricultura (CSA).

Para se inscrever, acesse o linkhttps://ava.sede.embrapa.br/enrol/index.php?id=433

Para mais informações, envie um e-mail para [email protected].

Além desses dois minicursos, a Embrapa Cerrados também desenvolveu e oferta, gratuitamente no e-Campo, minicursos sobre maracujáspitayasmanga abacate.

Breno Lobato (MTb 9417-MG)
Embrapa Cerrados

Contatos para a imprensa
[email protected]
Telefone: (61) 3388-9945

MAIS CURSOS E EVENTOS

DATA DE INÍCIO: 4 de janeiro de 2024 – 08:00

Carga horária: 17 horas
ORGANIZADOR: EMBRAPA
Evento online, contínuo  e gratuito 
Mais informações e inscrições: Agroagenda 26/12/2023
DATA DE INÍCIO: 05 de janeiro de 2024 – 08:00
CATEGORIA: Curso
ORGANIZADOR: Embrapa
Mais informações e inscrições:

EMAIL: [email protected]

Evento online e gratuito

DATA DE INÍCIO: 3 de janeiro de 2024 08:00
CATEGORIA: Curso
ORGANIZADOR: SENAR
Mais informações: Agroagenda 26/12/2023
Evento Online e gratuito

DATA DE INÍCIO: 9 de janeiro de 2024 – 08:00

DATA DE TÉRMINO: 13 de janeiro de 2024 18:00

Mais informações e inscrições: Agroagenda 26/12/2023

DATA DE INÍCIO: 10 de janeiro de 2024 – 08:00
DATA DE TÉRMINO: 11 de janeiro de 2024 – 12:00
CATEGORIA: Encontros
ENDEREÇO: Uberlândia – MG
EMAIL: [email protected]
Preço presencial: Profissional: 125,00 / Estudante: 60,00
Preço online: Profissional: 30,00 / Estudante: 15,00

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Tags: agronegócio, Arroz, Brasil rural, El niño, feijão, Mercado Agro, milho, monitoramento de lavouras, Safra, soja

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