Produtores cooperados podem ser protagonistas na democratização da conectividade no campo, promovendo eficiência, produtividade, sustentabilidade e melhor qualidade de vida
A agricultura brasileira tem se destacado globalmente em termos de produtividade, e um dos pilares para esse sucesso é a busca contínua pela melhoria da plantabilidade, que é essencial para uma produção agrícola eficiente.
A ConectarAGRO é uma organização sem fins lucrativos dedicada a impulsionar a expansão da conectividade nas áreas rurais do Brasil. O que começou como uma iniciativa se transformou oficialmente em uma Associação em 2020. A Associação durante os anos auxiliou a promover a conectividade, via banda larga 4G, em extensas áreas rurais e remotas no Brasil, beneficiando um grande número de pessoas, propriedades rurais, cidades, estados, unidades básicas de saúde e escolas públicas em áreas rurais. O objetivo é oferecer uma solução de conectividade interoperável, simples e acessível – o 4G LTE, na frequência de 700 MHz.
Plantabilidade Aprimorada:
A plantabilidade é um conceito fundamental na agricultura, assegurando que as sementes sejam plantadas no local correto, na profundidade adequada e com espaçamentos ideais. Através da agricultura digital, os cooperados têm acesso a tecnologias que permitem uma melhor distribuição das sementes, resultando em uma germinação mais uniforme e uma redução de perdas. Com a análise de dados em tempo real e ferramentas de monitoramento, a plantabilidade pode ser otimizada, garantindo um maior sucesso no plantio, uma maior produtividade e eficiência na aplicação de agroquímicos de maneira geral, evitando assim sobreposições e garantindo redução de custos.
De acordo com o pesquisador José de Barros França Neto, da Embrapa Soja, um exemplo numérico da importância dos cuidados com a plantabilidade é o cálculo das perdas ocorridas no plantio de soja. De acordo com ele, falhas durante o plantio geram perdas de 180 a 240kg de soja por hectare. Considerando o preço da saca de soja em R＄ 190, são R＄ 70.300 que o produtor deixa de ganhar em 100 hectares ou R＄ 703.000 a cada 1.000 hectares.
Coleta e Análise de Dados:
Softwares de análise de dados são essenciais para os agricultores cooperados. Eles permitem a coleta e análise de informações cruciais sobre a lavoura, como espaçamento entre as sementes, profundidade de plantio e umidade do solo. Isso permite que o produtor tome decisões informadas para garantir uma boa plantabilidade e maximizar a produtividade. Além disso, aplicativos para smartphones estão disponíveis para facilitar o acesso a informações meteorológicas, listagem de insumos biológicos seguros e consultas sobre a melhor época para a semeadura de diferentes culturas.
Drones para Mapeamento da Lavoura:
Esses drones monitoram a saúde das plantas, identificam áreas de estresse hídrico, detectam falhas e avaliam a distribuição das sementes. Com essas informações em mãos, o agricultor pode tomar decisões mais precisas e eficientes, garantindo uma boa plantabilidade e um aumento na produtividade. Além disso, os drones também podem ser utilizados na aplicação localizada de defensivos agrícolas e na irrigação inteligente.
Automação de Maquinários:
A implementação das principais tendências tecnológicas de automação agrícola pode revolucionar a eficiência e produtividade nas fazendas. O uso de veículos autônomos, como tratores com piloto automático, reduz a necessidade de intervenção humana, aumentando a segurança e a eficiência operacional. Sensores instalados na lavoura, drones e sistemas inteligentes alimentados por Inteligência Artificial proporcionam uma coleta de dados abrangente, permitindo monitoramento preciso das condições climáticas, desempenho das máquinas, desenvolvimento das plantas e equilíbrio do solo. Essas informações são processadas por algoritmos que recomendam decisões automáticas, como acionar a irrigação em caso de seca.
A automação agrícola abrange diversas áreas, incluindo captação de dados, monitoramento de cultivos, controle de equipamentos, pulverização, implementos, irrigação, processamento e armazenamento de produtos agrícolas. A aplicação prática dessas tecnologias envolve a utilização de ferramentas como sensores de localização, GPS, drones e sistemas de automação para aprimorar a eficiência em diversas operações. A análise contínua dos dados da propriedade por meio dessas ferramentas não apenas melhora a tomada de decisões, mas também enriquece os algoritmos, proporcionando uma abordagem mais precisa e produtiva na gestão agrícola.
O papel da conectividade diante das tecnologias apresentadas é claro: sem o produtor conectar uma máquina não é possível coletar as informações, controlar e nem automatizar a produção.
Atingir um aumento na produtividade sob redução de custos e diminuição na perda de insumos é o objetivo de todo agricultor. Afinal, uma produção mais estável e eficiente resulta em maior oferta e melhor qualidade da colheita.
De acordo com o Simulador da ConectarAGRO, a produtividade de uma fazenda pode aumentar em até 15% graças ao investimento em conectividade, como atividades de agricultura digital e agricultura de precisão.
“Enquanto as grandes empresas agrícolas já investem em conectividade, pequenos e médios produtores enfrentam dificuldades devido ao alto investimento inicial e complexidade técnica. Nesse cenário, as cooperativas agrícolas desempenham um papel fundamental como facilitadoras da democratização da internet rural. Acreditamos que as cooperativas agrícolas serão protagonistas na democratização da conectividade no campo, promovendo eficiência, produtividade, sustentabilidade e melhor qualidade de vida para os agricultores. O ConectarAGRO já deu passos significativos na expansão da conectividade, mas há muito trabalho pela frente.” enfatiza Renato Bueno, líder do Comitê de Expansão da ConectarAGRO.
Sobre a Associação ConectarAGRO
A ConectarAGRO é uma associação civil sem fins lucrativos que visa fomentar a expansão do acesso à internet nas áreas remotas do Brasil, para conectar pessoas, máquinas e instrumentos, viabilizando a Internet das Coisas (IoT) na agricultura. Para isso, propõe a conectividade em toda a área produtiva, agricultável. Uma das tecnologias, ou a preponderante, na cobertura é o 4G, com frequência de 700 MHz. Criada para solucionar o problema comum de falta de conectividade no campo, enfrentado pelo agronegócio, a iniciativa já contribuiu para levar internet em extensas áreas rurais e remotas no Brasil.
Imprensa:
Nathalie Campoy
+55 11 97359 7903
LVBA Comunicação
Fonte da imagem: gestagro 10/12/2023
