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GERAIS
Mapa propõe juros diferenciados para investimentos com compromisso socioambiental
Em conferência para investidores no setor do agronegócio, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apresentou os programas que estão sendo desenvolvidos para o setor no governo federal. Durante a XP Agro Conference, realizada nesta quarta-feira (1º), em São Paulo, foi tratado sobre a proposta que está sendo desenvolvida pelo ministro Carlos Fávaro para a transformação de pastagens degradadas em áreas produtivas com compromisso socioambiental.
Nós últimos cinco anos, a agricultura tem registrado crescimento de cerca de 1,5% ao ano em área de plantio. Com o programa de recuperação de pastagens, há a possibilidade de aumento de até 2 milhões de hectares anualmente. “Diferentes taxas de juros para diferentes comprometimentos sociais e ambientais. Está é a frase em torno da qual a gente tem que equacionar como fazer e mostrar ao mundo a nossa agricultura sustentável”, explicou aos investidores o assessor especial do Mapa, Carlos Ernesto Augustin.
Juros diferenciados e prazo de amortização maior serão os benefícios que podem ser oferecidos para os agricultores que optarem por condutas que vão desde as relações trabalhistas, como contratação de plano de saúde privado para colaboradores, por exemplo, às boas práticas ambientais. Além dos recursos públicos, a ideia é atrair o interesse do mercado internacional para que o Brasil continue sendo a principal potência nos anseios da comunidade mundial como o aumento da produção de alimentos e a preservação ambiental.
“Quer juros mais baratos? Então use defensivos biológicos, faça sequestro de carbono, ofereça melhores condições aos seus trabalhadores, recupere áreas degradadas. Vamos educar e fazer a nossa agricultura ainda mais sustentável”, finalizou Augustin.
Fonte: Mapa
Taxa de importação do etanol volta a ser aplicada
Prestes a iniciar a nova safra de cana-de-açúcar, e com capacidade para atender o público interno no consumo de etanol, será retomada, a partir desta quarta-feira (1), a taxação original que incide sobre o combustível importado para o Brasil. Isso porque a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu não renovar a prorrogação da isenção do imposto de importação.
“Essa desoneração, feita de forma despreparada, prejudicava a indústria nacional de etanol, que é responsável pela geração de empregos, oportunidades e energia limpa e precisa ser valorizada”, destacou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Sem a isenção, a tarifa de importação do etanol passa a ser 16%, conforme a Resolução Gecex Nº 353, de 23 de maio de 2022, até o dia 31 de dezembro de 2023. Após essa data, a alíquota passa para 18%.
O retorno da taxa de importação protege o setor produtivo brasileiro sem causar impacto econômico para o consumidor final, segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Roberto Perosa.
De acordo com ele, o etanol brasileiro é mais competitivo e mais barato na maioria das regiões do Brasil, e o setor tem capacidade de fornecer o biocombustível para atender à demanda interna. “Não há risco de desabastecimento e nem subida de preço”, concluiu o secretário.
A produção brasileira de etanol está estimada em 31,14 bilhões de litros na safra 2022/23, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Fonte: Mapa
Movimento sem fronteiras quer promover cultivo e uso do sorgo
Uma mobilização perene, sem divisas e fronteiras, voltada para o estímulo ao cultivo e à diversificação de uso e consumo sustentáveis do sorgo nos mais variados segmentos agropecuários e agroindustriais. Esta é a ideia central do “Movimento + Sorgo” estruturado no âmbito da Embrapa, em parceria com a Latina Seeds, e que prevê participação e adesão de empresas e organizações públicas e privadas interessadas no crescimento e no fortalecimento da cultura. Em função de seu know-how e participação em outras parcerias (como a Associação Rede ILPF), a Embrapa está coordenando a estruturação do processo de governança e de um fundo de financiamento do movimento (recursos dos parceiros interessados nesta aliança).
A iniciativa está sendo costurada para lançamento oficial ainda neste ano (2023), quando se comemoram os 50 anos da Embrapa e que marca também a realização da Conferência Global do Sorgo – Resiliência e Sustentabilidade Diante das Mudanças Climáticas (Global Sorghum Conference – Resiliency and Sustainability in the Face of Climate Change), de 5 a 9 de junho, em Montpellier, na França.
Dentre as ações projetadas estão alianças estratégicas entre empresas e organizações, mapeamento da produção, definição de regiões prioritárias potenciais, viabilização de recursos entre os parceiros, canalizados para um fundo de gestão, e estratégias de comunicação e marketing (expedições e caravanas técnicas, canais em mídias sociais, etc.).
Para o chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, Frederico Ozanan Machado Durães, os avanços tecnológicos e o bom momento da cultura no País reforçam ainda mais o movimento: “O sorgo é um alimento energético rico, funcional e estratégico para o Brasil. Seu cultivo está em plena evolução no território brasileiro. É altamente responsivo na perspectiva do binômio inovação e mercado e na governança de uma moderna matriz de insumos e produtos. Atualmente, é possível distinguir um cinturão do sorgo granífero no Brasil, um “sorghum belt brasileiro”, sobretudo nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Tocantins, além do Distrito Federal”.
Toda esta mobilização tem como objetivo final potencializar a produção e a disponibilidade de alimentos em diversas cadeias produtivas. Nesse aspecto, o sorgo é compreendido não como uma cultura individual, mas como um agente coletivo para a segurança alimentar. O movimento, portanto, não prevê o estímulo do seu uso em detrimento de demais cultivos. Ao contrário, prevê que o sorgo funcione como elemento agregador de valor e de impulsão de produtividade em diversos modelos agropecuários adotados nas propriedades rurais, sobretudo no âmbito tropical, bastante afetado nos últimos anos por episódios climáticos.
Uma das ofensivas previstas no movimento é o esclarecimento para o produtor de como o sorgo (tanto o granífero quanto o forrageiro) é funcional para a pecuária para ampliar a janela de produção de alimento para consumo do animal durante os meses secos. Isso acontece porque, em geral, ele é mais resistente ao déficit hídrico e apresenta um ciclo de desenvolvimento mais curto do que o milho. Portanto, ao invés de substituí-lo, o sorgo é extremamente eficiente para formar uma dobradinha com o milho, para garantir uma oferta maior e de melhor qualidade de silagem e/ou de grãos para servir no cocho.
O movimento também quer fortalecer outras vertentes de uso da planta, como é o caso do sorgo biomassa (produção de bioenergia – via queima em caldeira), do sorgo sacarino (produção de biocombustível), do sorgo vassoura (produção de vassoura artesanal) e de sua versatilidade para a alimentação humana. “O grão do sorgo é uma grande alternativa para se produzir etanol, enquanto sua fibra tem enorme potencial para a geração de energia renovável, sem esquecer seus compostos bioativos, fundamentais para a saúde humana”, observa Willian Sawa, diretor-executivo da Latina Seeds.
A idealização do “Movimento + Sorgo” teve como embrião uma proposta de campanha para ampliação do cultivo de sorgo, surgida internamente na Latina Seeds (empresa reconhecida com expertise em sementes de sorgo e de milho) e apresentada a seus colaboradores em 17 de junho de 2022, em Foz do Iguaçu-PR. Posteriormente, constatou-se que não bastava apenas estimular o plantio, mas também outras etapas de cadeia, como o processamento industrial e o consumo final. Esse conceito foi levado a potenciais parceiros pessoalmente por Sawa, e acabou recebendo definitivo impulso de viabilização por parte da equipe da Embrapa, que abraçou e ampliou a ideia.
Uma das primeiras apresentações do arcabouço do movimento foi feita no último dia 10 de janeiro, pelo pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Frederico Botelho, durante o VII Encontro Nacional da Cultura do Sorgo, promovido (de modo on-line) pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz – Fealq (Piracicaba-SP). “Este é um movimento de parcerias. Portanto, convidamos as empresas e organizações interessadas em colaborar na construção e execução deste movimento, para se integrar à Embrapa e à Latina Seeds neste projeto de incentivo à expansão do cultivo e uso do sorgo no Brasil e em outros países”, observou o cientista, avisando que em breve será divulgado o modelo de participação nas parceiras, assim como sua institucionalização.
Fonte: Embrapa
Modelo estima impacto de investimentos em logística agropecuária
Um modelo matemático para estimar mudanças nas áreas de influência terrestre dos portos, com a implantação de novas infraestruturas de transporte foi desenvolvido pela Embrapa Territorial, a Unicamp e a Universidade Federal de Minas Gerais. A área de influência indica a faixa do território de onde é viável transportar carga até um determinado porto, para a importação e exportação. É também chamada de hinterlândia ou bacia logística.
Inédito, o método pode ser empregado para antever cenários e avaliar projetos e políticas públicas de longo prazo, bem como gerar subsídios para “players” da cadeia de exportação (operadores portuários, operadores logísticos, tradings, etc) direcionarem investimentos. Ele avalia a viabilidade econômica do transporte, até determinado porto, de cargas a granel, como produtos agrícolas, minério, fertilizantes etc.
Para tanto, utiliza três variáveis: valor do frete, distância e declividade dos terrenos nos trajetos avaliados. É possível, contudo, acrescentar outros fatores de análises, desde que tenham um componente espacial, ou seja, que considerem a localização no território. “Você pode colocar todos os projetos logísticos existentes no Brasil e ver o que acontece com a configuração da área de influência dos portos brasileiros”, explica o engenheiro agrícola e ambiental Marlon Fernandes de Souza, um dos autores do trabalho.
Publicado no Journal of Transport Geography (fator de impacto: 5,899), o método foi inspirado no conceito de bacias logísticas, desenvolvido pela Embrapa Territorial e aplicado no Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária (SITE-MLog) para a cadeia de grãos. Neste caso, a análise considera o que já efetivamente aconteceu, a partir de dados da produção municipal de grãos e da identificação da origem dos produtos e dos portos de destino.
A delimitação das bacias logísticas de grãos disponível no SITE-MLog foi utilizada para validar o novo modelo. No artigo publicado no Journal of Transport Geography, esse estudo de validação é apresentado, com a indicação do porto com menor custo para transporte de produtos a partir de cada região. Souza ressalva que mais de um porto pode ser economicamente viável, gerando sobreposições entre as áreas de influência terrestre. O modelo permite identificar as regiões em que cada um deles é o mais competitivo, o que é particularmente interessante nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, onde os portos são mais próximos uns dos outros.
“Criamos uma regionalização portuária dinâmica que pode ser expandida para outros produtos, incorporar novos projetos logísticos e corredores de transporte, de forma a avaliar o impacto no setor portuário. As estratégias de investimento da logística brasileira podem ter mais uma metodologia de análise de viabilidade do ponto de vista econômico e ambiental”, diz a professora Andréa Leda Ramos de Oliveira, coordenadora do Laboratório de Pesquisa em Logística e Comercialização Agroindustrial da Unicamp (Logicom).
Fonte: Embrapa
Cooperação entre Brasil e Bangladesh deve impulsionar mercado nacional do algodão
Quarto maior mercado para o algodão brasileiro e destino de 12% de toda a fibra embarcada pelo Brasil para o mundo, Bangladesh é um país prioritário para a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O presidente da entidade, Alexandre Schenkel, foi um dos representantes dos setores econômicos exportadores nacionais que participaram, na manhã desta quarta-feira, 1º de fevereiro, da assinatura do Memorando de Entendimento entre a Apex-Brasil e a Federation of Bangladesh Chambers of Commerce & Industries (FBCCI), instituição bengalesa equivalente à agência de fomento nacional.
Entre as partes que assinaram o memorando, a cerimônia teve presença, dentre outros, da embaixadora de Bangladesh para o Brasil, Sadia Faizunneza, do secretário sênior do Ministério do Comércio de Bangladesh, Tapan Kanti Gosh, e do presidente da FBCCI, Jashim Uddin. Do lado do governo brasileiro, participaram a diretora de Negócios da Apex-Brasil, Ana Paula Repezza, e o diretor do Departamento de Comércio e Promoção de Investimentos, embaixador Alex Giacomelli.
A expectativa da Apex e da FBCCI, com o acordo de cooperação, é de promover, fortalecer e dar visibilidade às relações comerciais entre os dois países. Atualmente, além do algodão, o Brasil é um fornecedor representativo de outras commodities, como açúcar, soja e minério de ferro. Já Bangladesh exporta produtos manufaturados para o Brasil, especialmente, têxteis.
Indústria crescente: mais algodão
De acordo com o presidente da FBCCI, Jashim Uddin, no biênio 2024/2025, a indústria têxtil de Bagladesh deve dobrar em tamanho. “Vamos precisar de mais algodão. Hoje, estamos comprando a fibra do Brasil, África e Índia, e o memorando assinado aqui favorece o comércio entre nós”, afirmou. A FBCCI representa 80% das indústrias da iniciativa privada de Bangladesh, tem mais de 400 associados e cerca de 38 acordos bilaterais, como o firmado em Brasília.
A instituição bengalesa completa 50 anos, em 2024, e prepara uma grande cerimônia para a qual mais de 200 delegações estrangeiras têm presença prevista. Na solenidade de assinatura do memorando, o Brasil foi convidado a participar da celebração.
Oportunidades sustentáveis
A sustentabilidade, um dos principais atributos do algodão brasileiro, foi apresentada como uma oportunidade para o comércio entre os dois países. O tema faz parte da agenda de Bangladesh, que vem reforçando suas ações neste sentido, nos últimos dez anos, tendo já, em operação, várias plantas industriais consideradas “verdes”.
Em sua fala, Alexandre Schenkel destacou o fato do Brasil ser a origem de algodão com maior participação em toda a pluma licenciada pela ONG suíça Better Cotton Initiative (BCI). “Atualmente, 42% de todo algodão licenciado pela Better Cotton vêm de lavouras brasileiras e 86% de toda a pluma produzida pelo Brasil são certificados pelo programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que opera em benchmark com a BCI”, disse.
Schenkel ressaltou, ainda, que, de acordo com o International Cotton Association Committee (Icac), 95% do algodão brasileiro depende apenas da água da chuva para a sua produção. “A possibilidade de ter esse algodão sendo manufaturado em fábricas igualmente sustentáveis, em Bangladesh, abre novas oportunidades de comércio, faz os nossos clientes felizes e traz ganhos ambientais, sociais e econômicos”, afirmou o presidente da Abrapa.
Afinidades constatadas
Na noite anterior à assinatura do Memorando de Entendimento, Schenkel participou de um jantar oferecido pela embaixadora de Bangladesh e o marido dela, Michael Winter, na sede da embaixada. Na ocasião, o secretário sênior do Ministério do Comércio de Bangladesh, Tapan Kanti Gosh, e o presidente da FBCCI, Jashim Uddin, foram apresentados aos representantes do setor privado do Brasil. “Este encontro prévio foi interessante para que pudéssemos estreitar os laços e entender melhor as demandas deles, que são oportunas para o Brasil. Mais uma vez, constatamos a imensa receptividade do povo de Bangladesh. Já havíamos verificado isso em todas as missões de promoção do algodão brasileiro que empreendemos lá. Somos países com grandes semelhanças e afinidades”, concluiu Schenkel.
Fonte: ABRAPA
Monitoramento das lavouras
Algodão – 64,4% semeado
Em MT, apesar do excesso de precipitações, a semeadura está dentro do calendário de plantio e as lavouras iniciam a fase reprodutiva. Na BA, a semeadura está lenta devido ao alto volume de precipitação. As áreas irrigadas começaram a ser semeadas. Em MS, inicia-se o florescimento. O aparecimento de tripes e mosca branca foram pontos de atenção durante a semana. Na região Norte, há presença de mela em algumas lavouras. No MA, as lavouras apresentam bom desenvolvimento vegetativo. O retorno da semeadura está previsto para fevereiro. Em SP, as lavouras estão em boas condições. Na região Sudoeste, a umidade e as temperaturas elevadas favorecem a ocorrência de doenças fúngicas. No Oeste, o excesso de chuvas exigiu o replantio de algumas áreas. Em GO, as condições climáticas favoreceram a retomada da semeadura na região Leste, e as lavouras estão em boas condições. No Norte, a semeadura foi interrompida pelo excesso de chuvas. Em MG, a semeadura ainda não foi concluída devido ao excesso de chuvas. As lavouras mais adiantadas estão iniciando a floração.
Soja – 5,2% colhido
Em MT, a colheita começa a ganhar ritmo, mesmo com as chuvas constantes. As lavouras permanecem em boas condições. No RS, as chuvas irregulares e as altas temperaturas continuam a prejudicar o
desenvolvimento das lavouras, causando o encurtamento do ciclo, a baixa estatura, a queda de folhas basais e o abortamento de flores em boa parte do estado. As condições são variáveis dentro da mesma região. No PR, a colheita foi iniciada, porém está atrasada em relação à última safra. Houve atraso na semeadura devido ao excesso de chuvas. A maioria das lavouras se encontra na fase reprodutiva, apresentando boas condições. Em GO, iniciou-se a colheita, mas o excesso de precipitações tem atrasado as operações.
Em MS, a colheita foi pontual, sobretudo nas áreas semeadas em setembro. Nas demais áreas, as lavouras estão em boas condições, mas há relatos do aumento de ataques de lagartas. Em MG, a colheita deve se intensificar nos próximos dias, haja vista a grande quantidade de áreas sendo dessecadas. O excesso de chuvas causou o abortamento de flores e o aumento da incidência de doenças fúngicas. Na BA, as lavouras continuam com bom desenvolvimento e a colheita teve seu início em áreas irrigadas. Em SP, a maioria das lavouras apresenta bom estado fitotécnico. No TO, a colheita teve seu início em áreas irrigadas. No MA, o plantio está atrasado, alcançando 95% da área, mas as lavouras apresentam bom desenvolvimento.
Arroz – 0,8% colhido
No RS, a cultura está sendo afetada pela escassez das chuvas e as altas temperaturas. Permanece o manejo de irrigação intermitente, reduzindo o potencial produtivo. Em SC, as lavouras estão boas em 92% da área. No Norte do estado, foi iniciada a colheita. No MA, a semeadura de arroz de sequeiro avançou consideravelmente devido ao retorno das chuvas, com boa regularidade e bons volumes. A colheita do arroz irrigado aproxima-se da conclusão. No TO, a colheita evolui normalmente. Em MT, a semeadura foi finalizada e as lavouras estão em boas condições. Em GO, o plantio foi retomado na região Leste. Na região de Luiz Alves e São Miguel do Araguaia, a semeadura foi interrompida pelo excesso de chuvas.
Milho (1ª safra) – 7,8% colhido
No RS, as chuvas irregulares diminuem a eficiência dos tratos culturais, em especial as aplicações de fertilizantes nitrogenados, além de prejudicar o desenvolvimento das lavouras. A colheita avança, com produtividades variando dentro da mesma região, com tendência de redução. Em MG, a maioria das lavouras está completando o enchimento de grãos e com boas expectativas de produtividade devido às condições climáticas favoráveis. Na BA, as lavouras apresentam excelente desenvolvimento, mas há registros de aumento de ocorrência de lagartas. No PI, a semeadura nas áreas de alta tecnologia foi finalizada e as lavouras apresentam bom desenvolvimento. o PR, a maior parte das lavouras se encontram com bom desenvolvimento. A colheita iniciou-se na região Sudoeste. Em SC, a maior parte das lavouras se encontra na fase reprodutiva e em boas condições, porém observa-se o aumento populacional da cigarrinha. Em SP, mesmo diante do alongamento do ciclo, devido às baixas temperaturas de dezembro, as lavouras estão em boas condições. Em GO, o bom regime de chuvas favorece o desenvolvimento das lavouras.
Feijão (1ª safra) – 24,3% colhido
No PR, as lavouras estão entre floração e maturação. As chuvas recentes foram benéficas na maioria das regiões. Em MG, o excesso de chuvas, principalmente no Alto Paranaíba, ocasionou perdas de rendimento e qualidade dos grãos. Em GO, as chuvas no Sudoeste do estado inviabilizaram a conclusão da colheita. As operações seguem em ritmo lento também nas demais regiões. No RS, houve avanço significativo da colheita do feijão preto, aproximando-se da conclusão. As lavouras de feijão cores estão entre o desenvolvimento vegetativo e o enchimento de grãos, sendo beneficiadas pelas chuvas recentes. Na BA, a colheita foi iniciada no Centro-Norte do estado. O cultivo é de feijão caupi e cores, e apresentam boas condições gerais nas lavouras.
MERCADO
Conjuntura internacional
Algodão
A bolsa de Nova Iorque teve uma semana bastante volátil, mas encerrou o período com ganhos em relação a semana anterior. Alta do petróleo e outras commodities, bem como a melhora das exportações norte-americanas, deram sustentação aos preços. A reabertura das fronteiras chinesas e maior otimismo quanto a economia mundial teve uma boa repercussão na ICE.
Milho
As exportações, em janeiro de 2023, estão com volume expressivo em decorrência dos contratos fechados nos últimos meses de 2022, quando a cotação do contrato, com vencimento em janeiro de 2023, se apresentava atrativa para as negociações.
De acordo com a última publicação da Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – MDIC, o Brasil já havia embarcado 4,2 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias úteis de janeiro, restando contabilizar o volume que será divulgado referente ao restante do mês.
Ainda em dezembro de 2022, o Brasil exportou 6,41 toneladas, já incluindo 1,1 milhão de toneladas que foram embarcadas para China, que retomou as compras do mercado brasileiro após a liberação das barreiras que existiam até o segundo semestre de 2022.
Trigo
No mercado internacional, a tendência de baixa que vinha sendo observada nas últimas semanas foi alterada e o mercado apresentou valorizações em meio a um cenário de lentidão nos embarques no Mar Negro e de boas vendas do trigo norteamericano. A média semanal Fob Golfo fechou em US$ 376,57/ton, apresentando valorização semanal de 0,33%.
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
Estimativas apontando safra abundante no Brasil, recentes chuvas na Argentina e comemorações do ano novo chinês (que afastaram os asiáticos das negociações) pressionaram com certa intensidade as cotações da soja na semana passada. Diante disso, em algumas regiões, os valores de negociação são os menores desde dezembro de 2021. De acordo com pesquisadores do Cepea, a queda nos preços do grão se deve também à desvalorização do dólar e à fraca demanda de indústrias brasileiras, que aguardam a evolução da colheita para realizar novas aquisições, à espera de valores mais atrativos. Esses compradores estão atentos ao baixo volume comercializado da safra 2022/23.
Trigo
Apesar de os valores do trigo estarem registrando variações distintas dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, as quedas ainda prevalecem. No Paraná e no Rio Grande do Sul, inclusive, os valores médios mensais já operam nos menores patamares desde janeiro/22 e outubro/21, respectivamente – período que antecedeu o começo dos conflitos no leste europeu. Assim, em algumas regiões levantadas pelo Cepea, as reações nos preços estão atreladas à menor oferta da Argentina, à restrição vendedora no Brasil e ao bom desempenho das exportações nacionais. Já em outras praças, as cotações são pressionadas pelo maior interesse de venda – muitos produtores precisam liberar estoques em armazéns para a chegada da safra de verão.
Arroz
As cotações do arroz em casca continuam em baixa no Rio Grande do Sul. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem do ligeiro maior interesse de venda, especialmente do produto depositado nas unidades processadoras. Por outro lado, não há demanda suficiente para equilibrar o fluxo de transações, visto que compradores têm incertezas sobre custos, volume e preço de venda do arroz beneficiado aos grandes centros consumidores.
Algodão
Janeiro foi marcado pela retomada gradual do ritmo de negócios de algodão em pluma. Agentes consultados pelo Cepea relatam dificuldades em acordar o preço e a qualidade dos lotes disponibilizados, o que acaba limitando a liquidez no spot. Nesse contexto de busca de um ponto de equilíbrio entre agentes do setor, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma praticamente atravessou janeiro na casa dos R$ 5,3/libra-peso.
Milho
Com a colheita da safra verão avançando nas principais regiões do Brasil e a semeadura da segunda temporada começando, a expectativa de agentes do setor é de aumento na oferta de milho no spot nacional. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário mantém compradores afastados do spot e os preços do cereal em queda. Já nos portos, o ritmo de negócios envolvendo milho para exportação diminuiu na semana passada, mas os embarques brasileiros seguem elevados, refletindo os fechamentos realizados em períodos anteriores. Dados da Secex mostram que, até a terceira semana de janeiro (15 dias úteis), o Brasil escoou 4,22 milhões de toneladas de milho, praticamente o dobro do volume embarcado em janeiro/22, de 2,73 milhões de toneladas.
Açúcar
A média dos preços do açúcar cristal branco caiu neste mês no mercado spot em relação a dezembro/22, contrariando o cenário de pouca disponibilidade para as vendas na pronta-entrega. De acordo com pesquisadores do Cepea, a pressão veio da baixa demanda, tendo em vista que a maioria dos compradores estava abastecida, seja por meio de estoques ou recebendo o açúcar contratado anteriormente. Na parcial de janeiro/23 (até o dia 27), a média do Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal branco, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 134,26/saca de 50 kg, 3,73% menor que a de dezembro/22 (R$ 139,46/saca de 50 kg).
Etanol
De acordo com informações do Cepea, a demanda pelo etanol hidratado se reaqueceu em alguns dias da semana passada, especialmente após o anúncio da Petrobras de reajuste da gasolina nas refinarias, ocorrido na terça-feira, 24. Esse fato levou algumas distribuidoras a participar mais ativamente das compras. Entre 23 e 27 de janeiro, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado segmento produtor do estado de São Paulo fechou a R$ 2,6898/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), avanço de 5,08% frente ao do período anterior. Contudo, este movimento não foi suficiente para reverter as fortes quedas registradas nas três semanas anteriores.
Boi
Mesmo com registros de oscilação dos preços da cadeia pecuária de corte nacional ao longo de janeiro, as médias mensais fecharam com pequenas quedas em relação às de dezembro/22. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, o enfraquecimento nos valores esteve atrelado ao crescimento na produção de animais jovens e, consequentemente, à maior oferta de gado pronto para ao abate. Diante disso, no primeiro mês do ano, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (estado de São Paulo) teve média de R$ 285,97, sendo 2,1% inferior à de dezembro. No caso do bezerro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Mato Grosso do Sul) teve média de R$ 2.395,32/cabeça em janeiro, queda de 1,1% em relação à do mês anterior. Com relação à carne negociada no atacado da Grande São Paulo, a carcaça casada do boi foi comercializada à média de R$ 18,93/kg em janeiro, recuo de 2,8% frente à de dezembro.
CLIMA
Previsão de chuva
Previsão para a 1ª semana (30/01/2023 até 06/02/2023)
Região Norte
Podem ocorrer acumulados de chuva maiores que 60 milímetros (mm) em grande parte da região. Os volumes podem ultrapassar os 80 mm em áreas centrais do Amazonas, grande parte do Pará e do Amapá, além de áreas pontuais de Tocantins, Acre e Rondônia. Já em Roraima, há predomínio de tempo seco em praticamente toda a semana.
Região Nordeste
Haverá predomínio de tempo seco em praticamente toda a região ao longo da semana, principalmente em áreas da costa leste. No entanto, no nordeste do Maranhão, centro e norte do Piauí, podem ocorrer acumulados de chuva maiores que 60 mm, enquanto nas demais áreas desses estados, além do oeste da Bahia, há previsão de baixos volumes de chuva, que podem ficar entre 10 e 50 mm.
Região Centro-Oeste
Os volumes de chuva entre 20 e 60 mm ocorrerão em grande parte do Mato Grosso, norte de Goiás e áreas centrais de Mato Grosso do Sul, podendo ultrapassar 60 mm no noroeste de Mato Grosso. Nas áreas do leste de Goiás, oeste e leste de Mato Grosso do Sul, os acumulados não devem passar de 20 mm.
Região Sudeste
A chuva mais volumosa deverá se concentrar em áreas do sul de Minas Gerais e em grande parte de São Paulo, com acumulados que podem superar 80 mm, devido ao calor e a umidade. No Triângulo Mineiro e áreas do Rio de Janeiro, os acumulados podem ficar entre 20 e 40 mm, enquanto no centro e norte de Minas Gerais e no Espírito Santo haverá predomínio de tempo seco durante a semana.
Região Sul
A previsão é instabilidades que podem provocar grandes acumulados de chuva, ultrapassando 80 mm na maior parte do Paraná e no leste de Santa Catarina. Porém, no Rio Grande do Sul haverá predomínio de tempo seco, altas temperaturas e baixa umidade durante a semana. No entanto, no final da semana podem ocorrer pancadas de chuva e acumulados de chuva entre 20 e 50 mm em grande parte do estado.
Figura 1. Mapa da previsão de chuva para 1ª semana (30/01/2023 a 06/02/2023). Fonte: INMET.
Previsão para a 2ª semana (07/02/2023 até 14/02/2023)
Região Norte
Estão previstos volumes de chuva maiores que 50 mm em praticamente toda a região, com exceção de Roraima e noroeste do Pará, onde os volumes previstos são baixos, inferiores a 20 mm.
Região Nordeste
Os maiores volumes de chuva deverão se concentrar em áreas do Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, com acumulados que podem ultrapassar 50 mm. Nas demais áreas, a chuva será menos intensa (abaixo de 30 mm).
Região Centro-Oeste
A previsão é de volumes maiores que 50 mm em grande parte da região, podendo ultrapassar 90 mm em grande parte do Mato Grosso do Sul e sul de Goiás.
Região Sudeste
Os maiores acumulados de chuva podem ocorrer em grande parte de São Paulo, centrossul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e extremo sul do Espírito Santo, com valores superiores a 100 mm. Enquanto no norte de Minas Gerais, a chuva será menos volumosa (abaixo de 70 mm).
Região Sul
Estão previstos acumulados de chuva maiores que 50 mm em áreas do norte do Paraná. Nas demais áreas, os valores de chuva serão baixos, entre 10 e 30 mm.
Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (07/02/2023 e 14/02/2023). Fonte: GFS.
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