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GERAIS

Brasil conquista a primeira Indicação Geográfica de Vinhos Tropicais

O dia primeiro de novembro, foi um dia histórico para a vitivinicultura mundial com o reconhecimento da primeira Indicação de Procedência de vinhos tropicais. A concessão da indicação geográfica Vale do São Francisco foi feita pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), através de publicação na Revista de Propriedade Industrial (RPI) nº 2704, baseada em requisitos equivalentes aos da União Europeia. Esta foi concedida por demanda do Instituto do Vinho do Vale do São Francisco (Vinhovasf), instituição privada, sem fins lucrativos, que congrega os produtores – viticultores e vinícolas da região produtora de vinhos.

Para Jorge Tonietto, pesquisador da Embrapa que desenvolve projetos de estruturação de Indicações Geográficas (IGs) de vinhos brasileiros desde os anos 1990, esta IG  tem como diferencial sua localização geográfica – em zona tropical, e ser baseada em requisitos equivalentes aos da União Europeia: área delimitada, produção da uva na área, tipos de vinhos, tipos de uvas autorizadas, produtividade controlada, padrões enológicos definidos, elaboração na região, qualidade analítica e sensorial diferencial para os vinhos e sistema de controle para atestar a conformidade dos vinhos.

A partir de agora,  o vinho fino, vinho nobre, espumante natural e vinho moscatel espumante  elaborados pelas vinícolas:  Adega Bianchetti Tedesco (Bianchetti), Vinícola Vinum Sancti Benedictus (VSB), Vinícola Terranova (Miolo), Vinícola Terroir do São Francisco (Garziera),  Vinícola do Vale do São Francisco (Botticelli),  Vinícola Mandacarú (Cereus jamacaru), Vitivinícola Quintas de São Braz (São Braz) e Vitivinícola Santa Maria/Global Wines (Rio Sol), que estão dentro da região demarcada (veja mapa abaixo), e seguirem as normas contidas no Caderno de Especificações Técnicas, poderão utilizar o selo da IG em seus produtos (representação ao lado).

Fonte: Embrapa

Conab contribui em informativo internacional sobre o mercado agrícola global

A mais recente edição do boletim do Agriculture Market Information System (AMIS), publicada nesta quinta-feira (3) contou, mais uma vez, com a participação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que apresentou dados importantes sobre o cenário agrícola nacional.

Esta é a edição número 100 do informativo com a análise de Monitoramento das Lavouras para o AMIS, que se consolida como referência mundial em informações sobre o mercado agrícola. O objetivo do Sistema de Informações do Mercado Agrícola (em inglês, AMIS) é apresentar um cenário internacional do desenvolvimento e condições das principais commodities agrícolas, focado nas culturas do trigo, milho, arroz e soja, devido à importância desses itens na base alimentar mundial.

A publicação do AMIS é realizada com periodicidade mensal e tem como objetivo melhorar a transparência de informações do mercado agrícola e detectar situações de emergência e possíveis atuações de formuladores de políticas públicas para garantir a segurança alimentar e nutricional mundial.

A análise contida no boletim é resultado de informações compartilhadas pelas organizações membro do AMIS, que acompanham o mercado agrícola, sendo a Conab a instituição representante do Brasil. Para a edição de novembro do informativo, a Companhia acrescentou informações sobre condições das lavouras de arroz, milho, soja e trigo.

Destaques:

Trigo

No hemisfério norte, a semeadura de trigo de inverno está em andamento sob condições mistas na Federação Russa, Ucrânia e EUA. No hemisfério sul, as condições secas persistem na Argentina, enquanto as inundações estão afetando o leste da Austrália.

Milho

No hemisfério norte, a colheita continua com baixos rendimentos na Europa e no oeste dos EUA. No hemisfério sul, a semeadura continua na Argentina e no Brasil, começando na África do Sul.

Arroz

Na China, a colheita de arroz de estação única está terminando. Na Índia, o arroz Kharif é colhido no norte. No Sudeste Asiático, vários sistemas de tempestades afetaram o arroz da estação chuvosa nos países do norte, enquanto o arroz da estação seca está sendo colhido na Indonésia.

Soja

No hemisfério norte, a colheita está em andamento em condições mistas nos EUA e na Ucrânia, enquanto sob condições favoráveis ​​na Índia e na China. No hemisfério sul, a semeadura continua no Brasil.

Fonte: Conab

PRODUÇÃO

Nova cultivar de amendoim forrageiro, BRS Oquira, possui valor nutritivo similar ao da alfafa

Desenvolvida pela Embrapa, a BRS Oquira é uma cultivar de amendoim forrageiro recomendada para o consórcio com pastagens nos biomas Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. Rica em proteína e com alta produção de forragem, a tecnologia é alternativa para intensificar a produção de carne e leite e viabilizar uma pecuária a pasto mais sustentável. Os estudos mostraram que, em cultivos adubados e irrigados, o teor de proteína bruta na planta chega a 29%, valor que garante alimento de qualidade para o rebanho e melhora a produtividade animal.

Resultado de avaliação e seleção de materiais genéticos, a nova cultivar foi testada nas condições de clima e solo dos três biomas e, entre outros aspectos, se destaca, principalmente, pela alta concentração de proteína, elevada produtividade de forragem e maior tolerância à seca.

Fonte: Embrapa

Protocolo para avaliar qualidade dos produtos biológicos é desenvolvido no Brasil

Um novo protocolo pode ajudar a resolver um dos principais gargalos para a expansão do controle biológico no Brasil: a análise da qualidade dos bioprodutos à base de bacilos (bactérias) utilizados nas lavouras para combater doenças e pragas. Desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente (SP), consiste na quantificação do número de estruturas viáveis dos microrganismos, expresso em unidades formadoras de colônias por mililitro ou grama (UFC/mL ou UFC/g). Além de garantir mais segurança a agricultores e consumidores, a metodologia pode aumentar a adoção e colaborar com a ampliação do mercado para os produtos biológicos à base de bacilos no País.

Fonte: Embrapa

Embrapa avalia equipamento de precisão na distribuição de corretivos e fertilizantes

Com mais de quatro décadas de pesquisas relacionadas à adoção do sistema plantio direto, a Embrapa Trigo verificou o aumento de acidez no solo nos campos experimentais utilizados para o melhoramento de cereais de inverno. Uma parceria com a Stara, indústria de máquinas e implementos agrícolas, está viabilizando a correção da acidez dos solos na unidade da empresa, em Passo Fundo, RS.

A Embrapa Trigo, criada em 1974, foi pioneira em pesquisas para o desenvolvimento do sistema plantio direto no Brasil, com diversos trabalhos que contaram com forte apoio da indústria de máquinas e implementos agrícolas. Agora, após mais de 30 anos de adoção do sistema plantio direto no País, a Embrapa Trigo conta novamente com a parceria da indústria para promover a melhoria dos solos nos campos experimentais com cereais de inverno. Atualmente, são 426 hectares com experimentos em Passo Fundo e Coxilha, no norte do Rio Grande do Sul.

De acordo com José Eloir Denardin, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Trigo, o longo período de imobilização do solo, como uma das práticas preconizadas pelo sistema plantio direto, sem a frequência de calagem que era praticada no preparo convencional, acabou causando a acidificação do solo na camada inferior aos 10 centímetros de profundidade. “A correção da acidez, com a incorporação de calcário até 20 centímetros de profundidade, detectada aqui nos campos experimentais da Embrapa Trigo não é uma exceção, pois também se faz necessária em grande parte das lavouras gaúchas”, explica Denardin.

A parceria com a Stara iniciou no mês de outubro, com a correção da acidez do solo nas áreas destinadas ao melhoramento genético de trigo e cevada, mas deverá contemplar as diversas áreas de pesquisa da Embrapa Trigo ao longo das próximas três safras agrícolas.

O equipamento utilizado na parceria é o distribuidor de calcário Bruttus, modelo 12000, que garante a uniformidade de aplicação e precisão na distribuição de corretivos e fertilizantes. “A distribuição por gravidade reduz muito a ação do vento e permite que o produto seja depositado de maneira uniforme no solo, fazendo com que seu aproveitamento seja otimizado”, conta Thomas Liska, coordenador de Marketing de Produto da Stara, destacando que uma aplicação de qualidade contribui diretamente na construção do perfil do solo resultando em um crescimento adequado do sistema radicular das culturas, auxiliando para o aumento e sustentação das produtividades.

“A parceria com a Stara nos permitirá empregar tecnologias de agricultura de precisão, com apoio de equipe técnica especializada para realizar o trabalho. Sem dúvida, a qualidade na operação propiciada pela parceria vai refletir em melhores resultados de pesquisa, e quem ganha é o produtor que terá mais segurança para adotar as tecnologias no campo”, conclui Denardin.

Fonte: Embrapa

Rede Ramulária avalia formas de enfrentamento à doença

O fórum que reúne instituições de pesquisa públicas e privadas, além de empresas detentoras de patentes de fungicidas para estudar formas eficazes de combate à ramulária, hoje presente em todos os estados produtores de algodão, se reuniu na quinta-feira (27), para revisão das entidades parceiras da “Rede Ramulária”. No encontro virtual, foram divulgados dados estatísticos sobre a performance dos químicos e do manejo adequado para o combate à doença.

A intenção das discussões é formatar programas de combate à patologia, priorizando a rotação de fungicidas, com diferentes modos de ação, adequados à época de semeadura. A Rede Ramulária, como é conhecida, é patrocinada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), e conta com a parceria da Embrapa Algodão, Agrodinâmica, Fundação Bahia, Assist Consultoria, Fundação Chapadão, Ceres Consultoria Agronômica, Círculo Verde Assessoria Agronômica, Fundação MT, Desafios Agro,  Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), Instituto Phytus, Ide Pesquisas, Rural Técnica, Adama, ISK Biociences, Basf, CHD’S, Indofil,  Oxiquímica, Bayer, Sipcam Nichino, FMC, Helm, Syngenta, Isagro Brasil e UPL.

Para o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, a atuação em rede é a uma das melhores maneiras de os produtores da pluma obterem informações atualizadas e necessárias para enfrentar doenças e pragas que ameaçam a produção. “Nosso desafio é a busca constante de maior produtividade e qualidade da fibra, com racionalização de custos de produção e a Rede Ramulária nos fornece instrumentos para alcançarmos esses objetivos”, destacou.

O diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que acompanhou a reunião, ressaltou a necessidade do cruzamento de dados sobre o clima, variedades cultivadas e região para concluir o estudo com segurança. O resultado deverá ser divulgado ainda neste ano, no site da rede ramulária (https://rederamularia.com.br/).

Fonte: Abrapa

Monitoramento das lavouras de trigo

40,0% colhido. No RS, a colheita avança, com boa produtividade e a qualidade dos grãos. Na Metade-Sul e no Planalto-Superior, a maioria das lavouras está entre floração e enchimento de grãos. No PR, apesar de 65% das áreas cultivadas estarem colhidas, as chuvas atrasam o ritmo da colheita. A produtividade está abaixo do esperado devido à restrição hídrica sofrida no início do ciclo, principalmente no Norte e Centro-Oeste do estado, e o excesso de chuvas na maturação, no Sul. Em SC, a colheita foi iniciada e a cultura está, predominantemente, em fase de enchimento de grãos e maturação.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de arroz

51,6% semeado. No RS, a semeadura ultrapassa 90% nas regiões de Pelotas e Santa Vitória do Palmar, mesmo diante da umidade no solo desfavorecendo a operação de plantio. Diferentemente, nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, a falta de umidade prejudica o desenvolvimento da cultura. Em SC, as áreas estão 91% semeadas, porém as chuvas frequentes e a menor incidência solar tem afetado o desenvolvimento, além do aumento significativo de plantas daninhas. No TO, o plantio foi iniciado e ganha ritmo após a regularidade nas precipitações. No MA, mais de 10% das lavouras irrigadas iniciaram a maturação.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de soja

47,6% semeada. Em MT, o plantio ultrapassa os 10 milhões de ha. Apesar das chuvas irregulares, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. No RS, o plantio está lento e atrasado em relação à safra anterior, observando-se uma preferência pela semeadura mais tardia. No PR, a diminuição das chuvas e os dias de sol favoreceram o desenvolvimento das lavouras e o avanço na semeadura. Em MS, o tempo seco e quente favoreceram a realização de tratos culturais e a semeadura, que alcançou 73% da área. Em MG, as lavouras apresentam desuniformidade no estande inicial devido à restrição hídrica. O plantio alcança 27% da área, inferior aos 40% registrados na última safra.

Na BA, a semeadura segue em ritmo normal. Em SP, a redução das precipitações permitiu o avanço na semeadura. No TO, a boa distribuição das chuvas favoreceu a semeadura em quase todo o estado. MA e PI iniciaram o plantio.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de milho 1ª safra

39,8% semeado. No RS, as chuvas beneficiaram as lavouras implantadas, com algumas áreas iniciando o pendoamento. Em MG, o plantio evolui lentamente devido à irregularidade das precipitações. As lavouras do Sul apresentam ótimo desenvolvimento, enquanto que as do Triângulo começam a apresentar efeitos do deficit hídrico. No PR, a redução das chuvas favoreceu o plantio, que ganhou ritmo nessa semana. Em SC, grande parte das lavouras recebeu a primeira aplicação de ureia, porém as baixas temperaturas atrasaram a emergência e o desenvolvimento das lavouras. Na BA, a semeadura está lenta devido à irregularidade nas precipitações.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras da 1ª safra de feijão

32,1% semeado. No PR, as chuvas reduziram e o plantio avançou, chegando a 64% da área prevista. As temperaturas médias aumentaram e favoreceram o desenvolvimento das lavouras. No RS, o clima foi mais estável e permitiu avanço na semeadura, que chegou a 50% da área estimada. As baixas temperaturas ainda afetam o desenvolvimento das lavouras. Em MG, o plantio alcançou 37%. Observou-se piora nas condições de algumas lavouras no Noroeste devido à falta de chuvas e altas temperaturas. Em SC, o clima permitiu a evolução da semeadura, que alcançou 73%. Contudo, as baixas temperaturas ainda limitam o desenvolvimento das lavouras. Em GO, as chuvas recentes favorecem a semeadura e desenvolvimento da cultura.

Fonte: Conab

SUSTENTABILIDADE

Estados que aplicam maior quantidade de recursos para ações de sustentabilidade

Os estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia são os que mais aplicaram recursos do Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Programa ABC+) nas duas últimas safras.

Mato Grosso aparece em primeiro lugar, com R$ 359 milhões aplicados em 2020/2021 e R$ 567,7 milhões em 2021/2022. Em seguida está Minas Gerais, com R$ 310,7 milhões e R$ 494 milhões, respectivamente.

Dentro do Plano Safra, o Programa ABC+ financia investimentos que contribuam para a implantação de sistemas produtivos sustentáveis e a adequação da propriedade rural à legislação ambiental. Entre as ações financiadas estão a recuperação de áreas e de pastagens degradadas, a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-florestas e a adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais.

Entre as safras de 2017/2018 e 2021/2022, os recursos aplicados no Programa ABC+ por meio do Plano Safra subiram de R$ 1,54 bilhão para R$ 3,43 bilhões. Na safra 2022/2023, que está em vigor, foram destinados R$ 6,19 bilhões para as técnicas incluídas no ABC+ e, nos dois primeiros meses já foram aplicados R$ 1,79 bilhão.

Entre as linhas de crédito do ABC+ incluídas no Plano Safra estão Plantio Direto, Integração, Florestas, Recuperação, Tratamento de Dejetos, Orgânicos e Fixação.

Fonte: Mapa

TECNOLOGIA

Startups do agro são selecionadas para semifinal do Smart Farm Mapa Conecta

A iniciativa tem como objetivo conectar startups a investidores e aceleradoras, a fim de escalarem seus negócios com soluções para a cadeia produtiva de grãos. O desafio é resultado da parceria entre Mapa, Sebrae, AgroValley, Sociedade Rural do Paraná, go Agritech, Cocriagro e FB Group, e está na programação do AgroBit Brasil, um dos maiores eventos com foco em inovação para o agro no Brasil, que será realizado no Parque de Exposições Governador Ney Braga, em Londrina (PR), nos dias 8 e 9 de novembro de 2022.

A fase de seleção baseou-se em informações disponibilizadas pelas próprias startups. O objetivo era apresentar soluções nas áreas de Green Techs e Food Techs. Na semifinal, cada startup terá cinco minutos para apresentar seu pitch para a comissão julgadora, formada por investidores e especialistas em cadeias produtivas de grãos. A comissão terá cinco minutos para fazer perguntas. Os pitches poderão ser apresentados online ou presencialmente.

Lista das startups selecionadas:

ACRONEX – Primavera do Leste/MT

Agrointeli – Campo Grande/MS

Eureciclo – São Paulo/SP

iCrop – Uberlândia/MG

Ignitia – São Paulo/SP

iRancho – Goiânia/GO

MyEasyFarm – Piracicaba/SP

NCB Sistemas – São José dos Campos/SP

Tarvos – Campinas/SP

Tau Flow – Campinas/SP.

Fonte: Mapa

MERCADO

Conjuntura do mercado internacional do algodão

Diante da informação do USDA sobre a piora nas condições da safra norte-americana de algodão e alta do petróleo, os preços na ICE subiram no início da semana, mas voltaram a despencar ao seu final. Mercado preocupado com desaceleração econômica global e os efeitos da recessão sobre a demanda de algodão, bem como valorização do dólar diante das outras moedas, derrubaram os preços em Nova Iorque.

Fonte: Conab

 Conjuntura do mercado internacional da soja

Preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) fecham com a média semanal em baixa de -0,16%. Após iniciar a semana em forte queda motivado ainda pela preocupação com a menor demanda por soja dos EUA e a safra recorde de soja do Brasil em 2023, os preços CBOT voltam a subir apoiado em uma expectativa de maior demanda mundial, venda para exportações norte americanas e dólar em queda

aumentando a competitividade da soja dos EUA. A tendência é que os preços CBOT continuem estáveis com leve alta para próxima semana.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado internacional do trigo

No mercado internacional, a tendência altista que vinha sendo observada foi alterada e as cotações apresentaram desvalorizações em meio a um cenário de dólar alto, o que diminui a competitividade do trigo norte-americano; fraca demanda nos EUA e otimismo nas negociações em andamento para estender as rotas de transporte de grãos ucranianos durante a guerra, após reunião realizada em Moscou. A média semanal fechou em US$ 438,79/ton, apresentando desvalorização semanal de 1,37%.

Fonte: Conab

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

O preço do óleo de soja voltou a subir no mercado brasileiro, impulsionado pelo reaquecimento da demanda doméstica, sobretudo para produção de biodiesel. Além disso, pesquisadores do Cepea ressaltam que a demanda externa também está aquecida – vale lembrar que as exportações do óleo na parcial deste ano são recordes. Esse cenário elevou a disputa pelo derivado nacional e dificultou as aquisições das indústrias alimentícias. Quanto ao farelo de soja, a demanda segue elevada no Brasil, com consumidores intensificando os volumes adquiridos. Pesquisadores do Cepea indicam que a procura externa também continua aquecida, e a expectativa das indústrias brasileiras é de crescimento da procura pelo derivado nos próximos meses. Na parcial deste ano, o Brasil já embarcou volume recorde de farelo.

Milho

O tempo mais firme na semana passada permitiu o avanço dos trabalhos de campo envolvendo milho na maior parte das regiões produtoras da safra de verão – vale lembrar que, há algumas semanas, chuvas vinham atrasando a semeadura. Segundo pesquisadores do Cepea, mesmo com a melhora no andamento das atividades, produtores voltaram a limitar a oferta, atentos aos preços praticados nos portos, que, por sua vez, registram patamares mais atrativos que os do interior do País, tendo como sustentação as valorizações do dólar e externa. Nesse cenário, compradores já relatam dificuldade nas aquisições de novos lotes.

Algodão

Os preços externos e internos do algodão em pluma caíram de forma significativa em outubro. Segundo pesquisadores do Cepea, a preocupação quanto à demanda por pluma e produtos têxteis diante da possível recessão global influenciou a queda dos valores. Além disso, as retrações do dólar e da paridade de exportação reforçaram o movimento de desvalorização no Brasil à medida que levaram algumas tradings a atuarem a preços mais competitivos ao longo do mês. Diante disso, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, acumulou baixa de 10,85% em outubro, encerrando o mês a R$ 5,0442/lp.

Trigo

A colheita de trigo avança no Paraná, mas as quedas na produtividade e na qualidade do cereal vêm sendo evidenciadas em muitas regiões. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário, que também é verificado na Argentina – principal fornecedora do cereal do Brasil –, se deve ao clima desfavorável. Além do campo, agentes nacionais também se atentam às conversas entre a Rússia e a Ucrânia para exportação de grãos por meio do Mar Negro, mas especulações indicam que o país russo não deve renovar o acordo. Neste caso, importadores teriam que se voltar aos Estados Unidos e à Argentina. Quanto aos preços internos, seguem em alta, sobretudo no Paraná.

Etanol

Os preços dos etanóis hidratado e anidro estiveram firmes no mercado paulista em alguns dias da semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, os volumes negociados de hidratado cresceram no período. Contudo, no balanço de 24 a 28 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 2,6829/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), recuo de 1,4% frente ao do período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,0740/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins – alíquota zerada), queda de 1,02%.

Açúcar

A demanda pelo açúcar branco de melhor qualidade, o Icumsa 150, continuou aquecida no mercado spot do estado de São Paulo ao longo da última semana de outubro. Já do lado da oferta, pesquisadores do Cepea relaram que seguiu restrita. Nesse contexto, os preços do cristal branco continuaram firmes e voltando a operar nos maiores patamares nominais em dois meses.

Arroz

Durante boa parte de outubro, um número maior de negócios foi realizado no mercado sul-rio-grandense de arroz em casca. Segundo pesquisadores do Cepea, compradores estiveram mais ativos, mas sinalizaram dificuldades em encontrar o volume desejado. Os vendedores, por sua vez, pediram preços mais elevados pelo cereal. Assim, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) subiu 4,02% no acumulado de outubro, encerrando o mês a R$ 80,16/saca de 50 kg, patamar que não era registrado desde o fim de maio de 2021.

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão de chuva – De 01 a 07 de novembro de 2022

De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados são previstos em áreas da Região Norte, oeste da Bahia, extremo norte de Goiás, norte de Minas Gerais e sul do Paraná.

Região Norte

São previstos acumulados de chuva superiores a 50 mm no noroeste da região, com destaque para o Pará, áreas pontuais do Amazonas e de Roraima e no oeste do Tocantins, onde os acumulados de chuva poderão ultrapassar os 80 mm principalmente no início da semana. Nos estados do Acre, Rondônia e sul do Amazonas, são previstos acumulados de chuvas inferiores a 10 mm.

Região Nordeste

Não são previstos volumes de chuva em parte da região devido o predomínio de uma massa de ar quente e seco. Entretanto, em áreas do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e oeste da Bahia, há previsão de acumulados de chuva que poderão superar os 60 mm. No extremo sul da Bahia, além de áreas do SEALBA (Sergipe, Alagoas e Bahia) e centrossul do Ceará, podem ocorrer pancadas de chuva de acumulados superiores a 30 mm, principalmente no final da semana.

Centro-Oeste

Há previsão de chuva em parte da região, com acumulados que poderão ultrapassar os 40 mm em áreas pontuais no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, principalmente no início da semana, causados por áreas de instabilidades associados ao calor e umidade. Nas demais áreas, são previstos acumulados de chuva inferiores a 10 mm.

Região Sul

São previstos acumulados de chuvas entre 20 e 40 mm em grande parte da região, com destaque para áreas do sul do Paraná, onde há previsão de volumes de chuva significativos que podem ultrapassar 70 mm. Já no centrossul do Rio Grande do Sul e leste de Santa Catarina, os volumes de chuva previstos serão inferiores a 30 mm.

Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (01 e 07/11/2022). Fonte: INMET.

Previsão de chuva – De 08 a 16 de novembro de 2022

De acordo com o modelo de previsão numérica GFS, a semana poderá apresentar volumes de chuva significativos em áreas das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país.

Região Norte

São previstos acumulados entre 30 e 50 mm no sul do Amazonas, Acre, Rondônia e norte do Pará, podendo ultrapassar 60 mm no Tocantins. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 30 mm.

 

Nordeste

Os maiores acumulados de chuva se concentrarão na Bahia e no MATOPIBA, com valores que podem ultrapassar os 50 mm. No litoral baiano, a previsão é de acumulados de chuva inferior a 30 mm. Na parte norte da região, não são previstos volumes de chuva devido o predomínio de uma massa de ar quente e seco.

Centro-Oeste e Sudeste

A previsão indica chuvas mais expressivas que poderão superar os 80 mm no norte de Minas Gerais, nordeste de Goiás e Espírito Santo. Nas demais áreas, a previsão é de pancadas de chuvas isoladas com acumulados abaixo de 70 mm.

Região Sul

São previstos acumulados de chuva no litoral do Paraná e de Santa Catarina com chuvas que poderá ultrapassar os 50 mm. Nas demais áreas, são previstos acumulados de chuvas que devem ficar entre 10 e 30 mm.

Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (25/10 e 02/11/2022). Fonte: GFS.

CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!

Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 Produção Integrada de Folhosas

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

Biogás: da produção à viabilidade econômica

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

IrrigaFácil: uso e manejo de irrigação

Instituição promotora: Embrapa

Data: 11/07 a 19/08/22

Inscrição: Clique aqui

 

Controle biológico: enfoque em manejo de lagartas com bioinseticidas

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Qualifica Mulher

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição:Clique aqui

 

RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição:Clique aqui

 

Apicultura para Iniciantes

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição:Clique aqui

 

Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas

Instituição promotora: Embrapa

Data: 17/02/22 a 31/12/22

Inscrição:Clique aqui

 

Produção de mudas de cajueiro – enxertia

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição:Clique aqui

 

Viticultura Tropical no Semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Apicultura para Iniciantes

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

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