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GERAIS
Monitoramento de milho e soja vai inaugurar nanossatélite agrícola brasileiro
O monitoramento agrícola e a estimativa de produção de soja e milho no Maranhão vão iniciar os trabalhos do Visiona CUB (VCUB), o primeiro nanossatélite concebido integralmente pela indústria brasileira para validar tecnologias de aplicação agrícola. Com apenas 12 quilos e do tamanho aproximado de uma caixa de sapatos (veja quadro), o satélite deverá ser colocado em órbita no início de 2023.
A primeira missão do equipamento foi acordada este ano por meio de cooperação técnica e financeira assinada entre a empresa Visiona Tecnologia Espacial, a Embrapa Agricultura Digital e a Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento (Faped). Esse passo foi a evolução de uma parceria entre as empresas iniciada em 2018 e voltada ao desenvolvimento do uso agrícola de nanossatélites.
As imagens públicas de satélites governamentais americanos e europeus já são largamente utilizadas em suporte ao monitoramento da safra agrícola brasileira para subsidiar, com informações, políticas públicas e o setor produtivo. Os dados são obtidos de forma gratuita pelas instituições, porém, o serviço carecia de aperfeiçoamento na visualização de alvos agrícolas, localizados no solo, abaixo das nuvens. Por isso, os especialistas acreditam que as tecnologias modernas embarcadas no VCUB são uma solução inédita para se obter estimativas com maior precisão sobre a produtividade de lavouras.
Os pesquisadores lembram que eventos climáticos severos registrados na última safra (2021/2022), ocasionaram prejuízos significativos nas culturas da soja e do milho, em especial. Por isso, no atual cenário, é um fator crítico o aumento da quantidade e da qualidade das imagens destinadas ao mapeamento e monitoramento das áreas em produção e de conservação..
Fonte: Embrapa
Cerrado deve se tornar mais novo polo de fruticultura do Brasil
O Cerrado do Brasil Central pode se transformar, nos próximos anos, no mais novo polo de frutas do Brasil. Essa transformação tem sido trabalhada no âmbito da Rota da Fruticultura RIDE-DF. Ações relacionadas ao cultivo do açaí e do mirtilo já começaram a ser realizadas. A ideia é que a região da RIDE-DF se torne referência nacional no plantio comercial (não extrativista) do açaí, típico da região Amazônica. Centenas de mudas de variedades de açaí desenvolvidas pela Embrapa (BRS Pará e BRS Pai d´Égua) já começaram a ser distribuídas para agricultores familiares do DF, Goiás e Minas Gerais.
Nesse primeiro momento, serão plantados mil hectares de açaí, envolvendo a participação de cerca de 100 cooperativas e mais de mil produtores rurais. A meta é entregar mais de um milhão de mudas até maio de 2023. Para fazer parte do projeto, é necessário que sejam utilizadas as mudas certificadas pela Embrapa, o que garante qualidade e produtividade. Ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação estão previstas para monitorar os pomares implantados e atender as demandas reais do setor produtivo.
A previsão é que os cultivos comecem a dar frutos de forma plena em três anos. Até lá, é sugerido aos agricultores um trabalho de consórcio com outras culturas. A BRS Pará foi a primeira cultivar de açaizeiro para terra firme desenvolvida pela Embrapa e lançada em 2005. Já a BRS Pai d´égua foi lançada em 2019 com o objetivo de ampliar o cultivo em terra firme. O diferencial da variedade é a distribuição bem equilibrada da produção anual – um fato importante para superar a sazonalidade da produção de frutos.
Diferentes frutíferas exóticas e nativas serão trabalhadas na Rota da Fruticultura. Para isso, atividades estão sendo realizadas reunindo fruticultores, agentes públicos e privados, técnicos, profissionais do setor e grupos empresariais dispostos a participar de forma efetiva para o desenvolvimento da fruticultura, gerando impactos econômicos e sociais na região. A Rota da Fruticultura é coordenada pela Codevasf e desenvolvida em conjunto com a Embrapa e Conab, além de diferentes parceiros públicos e privados.
De acordo com Luís Curado, coordenador da Rota, desde a concepção do projeto a ideia sempre foi focar os trabalhos em cultivos que tivessem um alto valor agregado, como é o caso do açaí e, também, do mirtilo e de outras frutas vermelhas (berries). Segundo ele, o novo polo frutícola que está sendo criado também terá como foco o cultivo do morango, da amora, da framboesa e da jabuticaba. Ainda terão espaço e incentivo outras frutas cultivadas com sucesso na região do Cerrado, como goiaba, mamão, maracujá, pitaya, abacate, citros, além dos frutos nativos do Cerrado, que são um meio de geração de renda para pequenos produtores em áreas de recomposição de passivo ambiental e também áreas com aptidão para o extrativismo.
Segundo Curado, o trabalho da Rota da Fruticultura está se tornando referência e servindo de exemplo para outras rotas de integração nacional. “Simplificamos a metodologia do programa. Nosso objetivo é identificar os problemas, suas causas e soluções. Além disso, nosso planejamento é amplo e vai desde a muda certificada até o consumidor final”, contou. De acordo com o coordenador, o objetivo do programa é gerar riqueza no campo. “Para isso, tem que ser um trabalho integrado, com foco no cooperativismo, no associativismo, na organização e capacitação dos agricultores”.
As ações em andamento da Rota da Fruticultura foram apresentadas durante o Fórum da Fruticultura, encontro realizado dentro da programação da Expoabra 2022, evento que ocorreu de 6 a 18 de setembro, no Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília-DF. O Fórum teve como tema “A fruticultura transformando o cenário agrícola”. Além das ações da Rota, também foi apresentada a temática do mercado de frutas. “Mais de 80% das frutas consumidas em Brasília, por exemplo, vem de fora. Temos um mercado grande a ser explorado. Nossa intenção é abastecer tanto esse mercado interno quanto o externo”, afirmou Curado.
Fonte: Embrapa
Resolução traz regras do Programa Garantia-Safra para 2022/2023
Foi publicada a Resolução do Comitê Gestor do Garantia-Safra nº 1, que estabelece as regras de implementação do Programa Garantia-Safra, para a safra de 2022/2023. O Garantia-Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que tem como objetivo garantir a segurança alimentar de agricultores familiares que residam em regiões (no Nordeste do Brasil e no Norte dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo) sistematicamente sujeitas à perda de safra, por razão de estiagem ou enchente.
Têm direito a receber o benefício os agricultores com renda mensal de até um salário-mínimo e meio, quando tiverem perdas de produção em seus municípios igual ou superior a 50%.
Conforme deliberado na 25ª Reunião Ordinária do Comitê Gestor, encerrada no dia 23 de agosto, foram definidas as contribuições da União, estados municípios e agricultores familiares, cotas por estado e reajuste de 41% do valor do benefício Garantia-Safra (GS), que passará de R$ 850 para R$ 1.200 em 2023. O benefício será pago de forma integral, em parcela única.
As contribuições para a safra de 2022/2023 foram fixadas na forma a seguir:
I – Agricultores familiares: em R$ 24 (vinte e quatro reais);
II – Municípios: em R$ 72 (setenta e dois reais), por agricultor que aderir em sua jurisdição;
III – Estados: em R$ 144 (cento e quarenta e quatro reais), por agricultor que aderir em sua jurisdição; e
IV – União: em, no mínimo, R$ 480 (quatrocentos e oitenta reais), da previsão anual dos benefícios totais.
A reunião teve a participação de representantes de 11 estados partícipes, Governo Federal, Confederação Nacional dos Municípios (CNM), além das confederações de agricultores familiares e instituições de pesquisas.
No total, serão disponibilizadas 975 mil cotas. A Bahia é o estado com o maior número de cotas, 308.500, seguido do Ceará com 200 mil. Ressalta -se que a distribuição de cotas nos estados baseou-se na média de adesão dos agricultores, nas últimas cinco safras.
Para o ano-safra 2022/2023, a inscrição ao Garantia-Safra tem sido realizada presencialmente mediante o preenchimento do formulário de Inscrição ao Garantia-Safra (IGS). O agricultor precisa apresentar uma Declaração de Aptidão (DAP) ativa no sistema DAPWEB ou inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF).
A inscrição ao Garantia-Safra encontra-se aberta e os agricultores familiares devem procurar as instituições parceiras nos municípios, obedecendo o seguinte calendário:
Cabe ressaltar que nos estados de Minas Gerais, Bahia (Região I) e Piauí (Região I), o prazo de inscrição foi prorrogado até 31 de outubro, conforme o Artigo 6º da resolução.
Fonte: Mapa
Triticultores do Distrito Federal e Entorno apostam no aumento da produção na região
Os brasileiros consomem quase 13 milhões de toneladas de trigo por ano, em massas, pães, bolos e em outros produtos. Apesar de a produção nacional hoje ser pouco maior do que 8 milhões de toneladas, atores do setor acreditam que o Brasil pode se tonar autossuficiente na produção do grão dentro dos próximos dez anos. Para que isso ocorra, eles contam com a expansão do cultivo no Cerrado do Brasil Central. Hoje, nessa região, há potencial para ampliar área de produção de trigo para 1 milhão de hectares em sistema irrigado e incorporar mais 2,5 milhões de hectares no sistema de sequeiro. Isso representa cerca de 4 milhões toneladas do grão a mais no País.
Fonte: Embrapa
Mapa propõe estratégias para o combate às perdas e ao desperdício de alimentos
Desde 2019, é celebrado em 29 de setembro o Dia Internacional de Conscientização sobre a Perda e o Desperdício de Alimentos, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). Como forma de o Brasil contribuir para o desafio global de redução de perdas e desperdício em 50% até 2030, o Governo Federal criou um Grupo de Trabalho (GT), por meio da Comissão para o Desenvolvimento Sustentável do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CDSA/Mapa), com o objetivo de reavaliar cenários e propor estratégias no âmbito das políticas públicas coordenadas pela pasta.
Os trabalhos se iniciaram em setembro de 2021 e o GT propõe, no relatório final, a adoção de estratégias para o aperfeiçoamento de políticas públicas. As recomendações foram separadas em cinco eixos temáticos: Pesquisa, Desenvolvimento, Tecnologia e Estatística; Avaliação e monitoramento do ambiente Regulatório; Difusão de conceitos e comunicação; Integração de Políticas Públicas; e Integração Internacional. São elas:
– O aperfeiçoamento e o incentivo à pesquisa e estatísticas nacionais relacionadas ao tema: perdas e desperdício de alimentos;
– O uso intensivo de tecnologias consagradas e novas tecnologias (como a irradiação) na busca pela preservação de alimentos e redução de perdas;
– O fortalecimento e ampliação de políticas públicas que reduzam perdas e desperdício como os Bancos de Alimentos junto às Centrais de Abastecimento (Ceasas) e programas como o Alimenta Brasil e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE);
– Uma revisão regulatória para aperfeiçoamento de normas que reduzam perdas e desperdício de alimentos;
– O engajamento pleno do Brasil nos esforços internacionais para o enfrentamento do tema buscando atingir os objetivos da FAO/ ONU.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, destaca que a Embrapa e a Conab, ligadas ao Mapa, já dispõem de programas para o combate às perdas e desperdício de alimentos dentro da cadeia produtiva. O ministro elenca, como exemplo, os Bancos de Alimentos, política considerada uma referência internacional. Os bancos funcionam como uma central de recepção, tratamento e distribuição de produtos alimentícios, provenientes de doações de empresas de diversas áreas, entidades assistenciais e agentes do governo, em parceria com as Ceasas.
“Queremos reforçar políticas públicas que aumentem a segurança alimentar e reduzam as perdas e desperdício de alimentos, utilizando a nossa agricultura familiar”, ressalta Marcos Montes.
Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ ONU), estima-se que cerca de 30% dos alimentos produzidos no planeta sejam desperdiçados ou perdidos por ano, chegando a 1,3 bilhão de toneladas. Na América Latina, são cerca de 77 milhões de toneladas perdidas.
Fonte: Mapa
PRODUÇÃO
Publicado o zoneamento agrícola do milho 2ª safra e consórcio com braquiária para 2022/2023
Foram publicadas no Diário Oficial da União as Portarias 330 a 356 que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2022/2023, para o cultivo do milho de segunda safra e para o cultivo do consórcio do milho de segunda safra com braquiária.
O milho (Zea mays L) é cultivado em sucessão a cultura de verão em muitas regiões do Brasil. Esse sistema de produção possibilitou a sustentação da produção de milho de segunda safra em níveis recordes e com uma sustentabilidade surpreendente.
O milho consorciado com braquiária cultivado em sucessão a alguma cultura de verão, associado ao sistema plantio direto é uma das opções que apresenta maiores benefícios, como maior reciclagem de nutrientes, acúmulo de palha na superfície, melhoria da parte física do solo, pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica, além de ser mais sustentável.
Fonte: Mapa
Progresso da safra agrícola americana
A falta de chuvas aliada às altas temperaturas e à baixa umidade no solo nas principais regiões produtoras de milho e soja, constituem o maior obstáculo para o bom desenvolvimento das culturas. Para o milho, a estimativa é de redução de 3,87% na produção considerando a previsão para a atual safra divulgada em julho, correspondendo a uma redução de 14,2 milhões de toneladas. A colheita do milho, em 25 de setembro evoluiu para 12%, contra 17% no mesmo período da safra anterior. Para a soja, comparativamente à estimativa divulgada em junho, observa-se uma redução de 5,64%, ou 7,13 milhões de toneladas. A colheita da soja, na mesma data, atingiu 8%, contra 15% na safra passada.
Fonte: Conab
Monitoramento das lavouras de arroz
6,3% semeado. No RS, a semeadura foi iniciada na região Sul do estado e alcança 2% da área de prevista. Nas demais regiões estão realizando o preparo do solo. Em SC, 48% da área está semeada. Observou-se que em municípios mais ao Sul ainda não foi iniciado o plantio. A ocorrência de baixas temperaturas e o aumento do volume pluviométrico nas áreas produtoras tem desfavorecido a evolução da semeadura em algumas áreas.
Fonte: Conab
Monitoramento das lavouras de milho 1ª safra
19,3% semeado. No RS, o plantio evolui rapidamente, com a germinação ocorrendo de forma satisfatória. O desenvolvimento inicial das lavouras está sendo prejudicado devido às baixas temperaturas e pouca radiação solar. O controle de cigarrinha está sendo realizado.
No PR, o plantio foi realizado em 47% da área e a maioria delas apresenta bom desenvolvimento inicial. Em SC, a semeadura alcança 48% da área prevista. As lavouras estão em emergência e desenvolvimento inicial, e apresentam boas condições.
Fonte: Conab
Monitoramento das lavouras da 1ª safra de feijão
No PR, mesmo com os registros de chuvas em diversas regiões do estado, as operações de semeadura continuaram e alcançaram cerca de 28% da área prevista. Até o momento, as lavouras implantadas apresentam bom desenvolvimento e a semeadura está mais adiantada esse ano devido às boas condições de umidade de solo.
Em SP, a área prevista se encontra totalmente semeada e segue em pleno desenvolvimento, com algumas lavouras iniciando a fase de floração. Quase que a totalidade das áreas são manejadas sob irrigação e os efeitos da baixa pluviosidade típica durante o inverno foram amenizados. Os registros de baixas temperaturas trouxeram, pontualmente, danos foliares, mas, sem perdas significativas sobre o potencial produtivo da cultura.
Fonte: Conab
Monitoramento das lavouras da safra de soja
1,7% semeada. Em MT, a semeadura iniciou. A região Oeste está com o plantio mais adiantado, seguida pelas regiões Médio-Norte e Sul. O PR iniciou o plantio nas regiões Oeste e Sudoeste Paranaense, onde as áreas implantadas encontram-se em emergência. O restante está em desenvolvimento vegetativo. O plantio está mais adiantado comparado à safra passada devido às boas precipitações. Em MS, apesar da presença de umidade disponível no solo e de boas previsões de chuvas, a evolução da semeadura ficou restrita devido às baixas temperaturas. Em SP, devido às boas precipitações e ao fim do vazio sanitário, a semeadura alcançou 2% da área prevista. Em SC, com o término do vazio sanitário e as boas condições de umidade no solo, 6% das áreas foram semeadas.
Fonte: Conab
MERCADO
Conjuntura do mercado internacional da soja
Preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) fecham com a média semanal com forte baixa de 2,72%. Semana inicia com altas dos preços em Chicago, mas elevação da taxa de juros com expectativa de recessão americana e redução de consumo traz baixa de preços de soja em Chicago esta semana.
Fonte: Conab
Conjuntura do mercado internacional do trigo
No mercado internacional, as tensões no Mar Negro, com indicações de prolongamento dos conflitos na região deram suporte para as valorizações na semana, que voltaram a atingir cotações recordes nas Bolsas de Mercados Futuros (Kansas e Chicago). A média semanal fechou em US$ 433,22/ton, apresentando valorização semanal de 2,54%.
Fonte: Conab
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
Favorecida pela maior umidade do solo, a semeadura da nova safra de soja avança no Brasil, sobretudo no Paraná, em Mato Grosso e em São Paulo. Apesar de preocupações com possíveis impactos negativos que o La Niña pode causar, especialmente no Sul do País, o clima entre agentes é de otimismo. Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário levou parte dos agricultores a liquidar uma parcela da soja remanescente da safra 2021/22, resultando em queda nas cotações da oleaginosa no Brasil. Além disso, a ligeira desvalorização do dólar frente ao Real, que tende a deixar o produto nacional menos atrativo aos estrangeiros, também pressionou um pouco os preços domésticos – o dólar recuou 0,11% de 16 a 23 de setembro, a R$ 5,251 na sexta-feira, 23. Entre 15 e 22 de setembro, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da soja recuaram 1,1% e 1,18%, com respectivos fechamentos de R$ 184,87/sc e de R$ 179,52/sc de 60 kg na sexta-feira. Vale ressaltar que as baixas internas da soja em grão foram limitadas pelo avanço dos preços externos. A colheita da oleaginosa nos Estados Unidos também se iniciou, mas as atividades estão lentas frente às últimas temporadas. Além disso, as exportações norte-americanas cresceram 52% entre as duas últimas semanas. Na parcial deste mês, os embarques de soja superaram em 81% o volume escoado na parcial de setembro de 2021.
Milho
Os preços do milho estão firmes no mercado interno, influenciados pela paridade de exportação. Esse cenário é verificado mesmo diante de dados indicando estoques de passagem nacionais 20% maiores no fim da temporada 2021/22 (frente aos da safra anterior), da boa expectativa da safra verão e do atual menor interesse de consumidores domésticos. Nos portos, conforme pesquisas do Cepea, os valores também estão se sustentando, devido às elevações externas, que, por sua vez, são influenciadas por preocupações relacionadas ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia, pela quebra de safra na União Europeia e por incertezas quanto à produtividade das lavouras que estão sendo colhidas nos Estados Unidos. A desvalorização do dólar, no entanto, impediu que os avanços nos portos fossem maiores. Inclusive, os preços nos portos operam em patamares acima dos verificados no spot nacional, contexto contrário do registrado no mesmo período do ano passado, quando compradores nacionais estavam mais ativos, e a demanda internacional, desaquecida.
Algodão
As cotações do algodão em pluma seguem em queda nos mercados externo e interno e já são as menores em um ano. Pesquisadores do Cepea indicam que a pressão vem do aumento dos juros nos Estados Unidos, de preocupações de uma recessão mundial – e de possíveis impactos sobre demanda da pluma – e da valorização do dólar. Diante disso, a maior parte dos vendedores e compradores brasileiros consultada pelo Cepea está afastada do mercado spot, mantendo baixa a liquidez interna.
Trigo
Os preços do trigo seguem em queda no Brasil, influenciados por expectativas indicando produção recorde no País e pelo início da entrada da safra 2022/23, sobretudo no Paraná e em São Paulo. Triticultores do Rio Grande do Sul também aguardam por safra volumosa, diante do clima favorável às lavouras. No entanto, a queda interna foi limitada pelo avanço nas cotações externas do trigo. Neste caso, estimativas indicando transações internacionais recordes e déficit hídrico em parte das lavouras de trigo da Argentina e do Sul das Planícies dos Estados Unidos impulsionaram os valores externos do cereal. O acirramento do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que pode dificultar o escoamento de grãos por meio do Mar Negro, também reforçou o movimento de alta.
Etanol
Os preços dos etanóis hidratado e anidro no segmento produtor estiveram relativamente estáveis no mercado spot do estado de São Paulo ao longo da semana passada. De 19 a 23 de setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado fechou a R$ 2,4022/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), pequeno aumento de 0,85% frente ao período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,8415/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins – alíquota zerada), ligeira elevação de 0,13%. Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte aos pequenos aumentos veio da demanda de algumas distribuidoras. Do lado do vendedor, chuvas e consequentes paralisações da produção em partes do estado paulista também influenciaram os valores.
Açúcar
Os valores do açúcar cristal branco vêm se sustentando no mercado spot do estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, o suporte aos valores de negociação veio de chuvas verificadas em importantes regiões canavieiras do estado nos últimos dias, que diminuíram o ritmo da moagem. Além disso, a exportação do açúcar continua remunerando mais que o mercado doméstico, elevando a quantidade do produto direcionado às exportações.
Arroz
Os preços do arroz em casa seguem praticamente estáveis no Rio Grande do Sul. Ao longo de setembro, o Indicador do arroz CEPEA/IRGA-RS operou nas casas de R$ 75 e R$ 76/saca de 50 kg. Parte dos agentes do setor consultados pelo Cepea acredita que os preços podem voltar a se sustentar nas próximas semanas, tendo como fundamento o bom ritmo das exportações, sobretudo nos últimos três meses. Inclusive, o Cepea verifica crescimento na disparidade entre os preços de compra e de venda nos mercados interno e exportador.
Boi
Nesta segunda quinzena de setembro, os preços da carne bovina (carcaça casada) estão em queda no mercado atacadista da Grande São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, o já enfraquecido consumo da proteína no mercado interno foi reforçado pelo período de segunda quinzena de mês (quando o poder de compra da população diminui) e também pelos preços mais atrativos das carnes concorrentes, como suínos e frango. Diante disso, nem mesmo as exportações brasileiras ainda registrando bom desempenho conseguem segurar os valores internos da proteína bovina.
CLIMA
Previsão de chuva
Previsão de chuva – De 26 de setembro a 10 de outubro
Os maiores acumulados são previstos em grande parte dos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais, além da faixa noroeste do Amazonas. Já em áreas do centro e Nordeste do Brasil, vai predominar o tempo seco.
Região Norte
São previstos acumulados de chuva entre 20 e 60 milímetros (mm) no noroeste da região, com destaque para áreas do noroeste do Amazonas e leste de Rondônia, onde os acumulados podem ultrapassar 80 mm. Em grande parte do Tocantins e no sul do Pará, não há previsão de acumulados de chuva. Já nas demais áreas, eles deverão ser inferiores a 10 mm.
Região Nordeste
Não são previstos volumes de chuva em grande parte da região, incluindo áreas da Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), devido ao predomínio de uma massa de ar seco, com exceção de áreas do sul da Bahia e leste do Maranhão, onde podem ocorrer acumulados de chuva menores que 20 mm.
Região Centro-Oeste
A previsão indica acumulados de chuva superiores a 80 mm em áreas do centro-sul do Mato Grosso do Sul e extremo sul de Mato Grosso. Já no norte do Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e oeste do Mato Grosso, os acumulados previstos são inferiores a 30 mm. Nas demais áreas, principalmente no nordeste de Mato Grosso e norte de Goiás, não há previsão de chuva.
Região Sudeste
Há previsão de acumulados de chuva significativos, maiores que 50 mm, e que podem ultrapassar 80 mm, principalmente em áreas do sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Já no norte de Minas Gerais, uma massa de ar seco não vai favorecer a formação de chuva. Nas demais áreas, os acumulados serão inferiores a 10 mm.
Região Sul
Figura 1. Previsão de chuva para a 1ª semana (26/09/2022 e 03/10/2022). Fonte: INMET.
Previsão de chuva – De 04 a 11 de outubro de 2022
Previsão de chuva – De acordo com o modelo de previsão numérica, a semana poderá apresentar maiores acumulados de chuva entre os estados São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Região Norte
São previstos acumulados maiores que 20 mm no oeste do Amazonas, no Acre, Rondônia e norte de Roraima. Em grande parte do Tocantins, Amapá e leste do Pará, não são previstas chuvas durante a semana. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar 20 mm.
Região Nordeste
Não há previsão de acumulados de chuva em grande parte da região, com exceção da áreas litorâneas, onde são previstos acumulados inferiores a 10 mm.
Região Centro-Oeste
Há previsão de chuva em grande parte da região, com valores entre 5 mm e 20 mm. Em áreas do oeste do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, os acumulados de chuva previstos podem ultrapassar 20 mm. Já em áreas do sul de Goiás, os volumes previstos são superiores a 40 mm.
Região Sudeste
Os maiores acumulados de chuva podem ocorrer entre as áreas do oeste de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais, onde os volumes podem ultrapassar 50 mm.
Região Sul
São previstos acumulados de chuva, principalmente, em áreas do norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e oeste do Paraná, onde os volumes de chuva podem ultrapassar 25 mm. Nas demais áreas, são previstos acumulados de chuva entre 5 e 20 mm.
Figura 2. Previsão de chuva para a 2ª semana (04/10/2022 e 11/10/2022). Fonte: GFS
CURSOS E EVENTOS
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