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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

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GERAIS

 Brasil e Uruguai estreitam cooperação em saúde animal e vigilância sanitária

No dia 1º de setembro de 2022, o Ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca da República Oriental do Uruguai, Fernando Mattos e o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento da República Federativa do Brasil, Marcos Montes, reuniram-se para um encontro bilateral à margem da 45ª edição da Feira Expointer, realizada na cidade Esteio, Rio Grande do Sul.

Os Ministros reafirmaram o interesse e desejo mútuo de reforçar os laços de amizade e cooperação existentes entre a República Oriental do Uruguai e a República Federativa do Brasil. Manifestaram sua preocupação vinculada à problemática insegurança alimentar a nível global, incrementada pela emergência climática, o conflito na Europa e o encarecimento dos insumos (em especial os insumos agropecuários), que pressionam a inflação no mundo.

Reafirmaram seu compromisso com os princípios do Acordo de Paris: diminuição de emissões, promovendo a resiliência climática e o aumento da capacidade de adaptação, de modo que não comprometa a produção de alimentos. Reconheceram o papel fundamental da produção agropecuária como uma ferramenta que permite garantir o equilíbrio entre os três pilares da sustentabilidade: ambiental, econômico e social, tendo em vista assegurar o cumprimento da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.

Reconheceram ainda que, é fundamental aprofundar a cooperação entre os sistemas públicos de investigação no que diz respeito à produção sustentável, propiciando a redução do uso de insumos nocivos para o meio ambiente, outorgando um papel preponderante à economia circular e à agroecologia.

Nesse sentido, acordaram dar continuidade a contatos técnicos para resolver conjuntamente os assuntos comerciais, com o objetivo de acelerar e dinamizar os fluxos comerciais, reduzindo tempos de espera na fronteira e custos associados.

As partes assinaram, também, um Memorando de Entendimento de Cooperação em Defesa da Agropecuária, a fim de fortalecer as políticas de fronteira em termos de cooperação sobre a saúde animal, otimizar a troca de informação e melhorar os esquemas de vigilância sanitária.

Fonte: Mapa

Mapa lança cartilhas educativas sobre Produção Integrada

Pensada para produtores, consumidores, agrônomos e estudantes, as cartilhas “Produção Integrada Agropecuária: Rastreabilidade e Alimento Seguro” trazem informações sobre esse processo de produção no campo. São seis livretos que exemplificam o sistema de produção que mapeia, organiza e assegura a qualidade e a sustentabilidade da produção agropecuária em todas as etapas das cadeias produtivas, desde a organização da propriedade rural até a chegada do alimento na mesa do consumidor.

As cartilhas foram lançadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta quarta-feira (31), em São Paulo, em evento técnico que reuniu produtores e especialistas.

O secretário adjunto de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Cleber Soares, cita que um dos principais desafios é a falta de conhecimento do mercado sobre o que consiste a produção integrada e as vantagens desse processo de produção.

“Essa é uma oportunidade para discutirmos esse e outros desafios para alimentos seguros e rastreáveis, mas também as potencialidades econômicas, sociais e ambientais em um cenário em rápida transformação na maneira de produzir, distribuir, consumir e comunicar”, disse. A adoção à Produção Integrada (PI) não é obrigatória. A adesão do produtor é voluntária.

“A produção Integrada é uma caminhada que veio da demanda do setor e são quatro palavras mágicas: sustentabilidade, rastreabilidade, certificação e boas práticas. E isso tem produzido muitos frutos em diferentes áreas”, disse a chefe geral da Embrapa Meio Ambiente, Ana Paula Packer.

Participaram do evento a secretária-executiva adjunta do Mapa, Mara Papini; o subsecretário da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Orlando Melo; o presidente da Associação Brasileira de Automação (GS1), João Carlos de Oliveira; e o representante do Inmetro, Cel. Paulo Henrique.

As cartilhas tratam da adoção de tecnologias modernas de produção, em conformidade com os requisitos da sustentabilidade ambiental, da segurança alimentar, aplicando tecnologias como o georreferenciamento e rastreabilidade. Podem ser acessadas no site do Mapa.

O material aborda quais os passos para uma produção integrada de culturas como uva, morango, tomate, feijão comum, maçã e hortaliças folhosas, inflorescências e condimentares. Para contar como funciona a PI, 15 personagens foram criados para trazer as explicações de forma acessível.

Fonte: Mapa

Conab participa do desenvolvimento de equipamento para classificação de soja

Desenvolver um equipamento portátil, digital e automatizado para realizar a classificação de grãos para a cadeia de soja. Este é o objetivo de um acordo de cooperação técnica firmado entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De acordo com o documento assinado, a Companhia irá disponibilizar a estrutura de seus armazéns para os testes em ambiente real do equipamento. “A partir do desenvolvimento deste projeto, a expectativa é elaborar um produto que auxilie o setor trazendo mais agilidade, transparência, além de reduzir a subjetividade intrínseca nos trabalhos de classificação de forma a mitigar as carências existentes no método tradicional”, explica o gerente de Armazenagem da Conab, Paulo Machado.

Cartilha Produção Integrada – Feijão
Cartilha Produção Integrada – Folhosas
Cartilha Produção Integrada – Maçã
Cartilha Produção Integrada – Morango
Cartilha Produção Integrada – Tomate
Cartilha Produção Integrada – Uva

A participação no desenvolvimento deste projeto pela Companhia se articula com a missão da estatal em prover inteligência ao setor, uma vez que a empresa se coloca como agente disseminador de novas tecnologias na área de armazenagem.

Fonte: Conab

 

PRODUÇÃO

Mapa registra 50 defensivos agrícolas, metade são produtos biológicos

O Ato n° 38 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta terça-feira (30) no Diário Oficial da União, traz o registro de 50 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, 25 são produtos biológicos, sendo nove aprovados para uso na agricultura orgânica.

Com o registro desses produtos hoje, já somam 69 produtos de baixa toxicidade registrados em 2022. Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura.

Entre as novidades dos produtos biológicos, o fungo Cordyceps javanica, uma alternativa para o manejo de populações resistentes de mosca-branca, ganhou o seu primeiro registro no Mapa, com uso também aprovado para a agricultura orgânica. Os fungos entomopatogênicos estão entre os mais importantes inimigos naturais das moscas-brancas e penetram diretamente no inseto, sem necessidade de ingestão.

Um outro controlador biológico, o nematoide Heterorhabditis bacteriophora, que detinha apenas um produto no mercado, agora recebeu autorização para uso em um produto para controle das lagartas Spodoptera frugiperda e Scaptocoris castanea. A spodoptera foi recentemente considerada como uma praga prioritária para a agricultura.

Também para Spodoptera frugiperda tem o primeiro registro do nematoide entomopatogênico Steinernema carpocapsae, que além de controlar a lagarta Spodoptera também é indicado para o controle de moscas-dos-fungos (Bradysia matogrossensis) e do bicudo-da-cana-de-açúcar (Sphenophorus levis).

Para a agricultura orgânica foram ofertados nove produtos, dentre eles o parasitoide Tetrastichus howardi, a vespinha parasitoide Telenomus podisi e os fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, aumentando o leque de opções para o agricultor.

Já em relação aos produtos químicos registrados, pela primeira vez um produto formulado à base do ingrediente ativo Espiropidion será ofertado aos agricultores. Trata-se de um inseticida que estava em análise desde 2018 e é recomendado para o controle de pulgão, trips e mosca-branca nas culturas do algodão, feijão, soja e tomate.

Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

Fonte: Mapa

Monitoramento das lavouras de algodão

A safra encontra-se 93,8% colhida. Em MT, as condições climáticas foram favoráveis à colheita, com possibilidade de ser finalizada nas próximas semanas. No Extremo-Oeste da BA, as lavouras de sequeiro estão colhidas e as irrigadas estão em fase de maturação e colheita. A colheita no Centro-Sul está praticamente finalizada.

Em MS, o clima contribuiu para a colheita e há expectativa de se finalizar durante a semana. No MA, a colheita está em andamento no Sul do estado. As lavouras têm alcançado boas produtividades.

Em SP, a maior parte das lavouras estão colhidas, faltando apenas a colheita do cultivo irrigado no Noroeste. No PI, favorecida pelo clima, a colheita segue em ritmo normal. Em GO, restam apenas as áreas irrigadas para a finalização da colheita.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de trigo

5,7% colhido. No Planalto Superior do RS, as condições de clima são favoráveis ao desenvolvimento da cultura. No Leste do Planalto Médio, as lavouras estão, majoritariamente, em fase de alongamento. No Noroeste, as lavouras iniciaram a fase reprodutiva. Na Campanha e região Sul, as lavouras estão predominantemente em estágio vegetativo. As geadas ocorridas não afetaram negativamente as lavouras. No PR, nas regiões Norte e Oeste, a colheita foi iniciada. As

precipitações foram favoráveis às áreas que estão em início de ciclo

e na fase reprodutiva. Na região Sudoeste e Oeste, houve geadas e os danos serão contabilizados. Em SC, as lavouras estão, principalmente, em desenvolvimento vegetativo. As geadas atingiram algumas áreas em fase reprodutiva e os danos serão analisados.

Em GO, a colheita foi iniciada no cultivo irrigado. Em MG, as lavouras de sequeiro estão majoritariamente colhidas e em andamento nas áreas irrigadas. Na BA, foi iniciada a colheita. As lavouras são irrigadas e apresentam bom desenvolvimento.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de milho 2ª safra

93,8% colhido. Em MT, a colheita foi finalizada. No PR, as colheitas avançaram lentamente, conforme a região, em função das precipitações frequentes, alcançando 85% das áreas. Em MS, houve retomada da colheita após as chuvas da semana anterior e 84% das áreas foram colhidas. Em GO, 99% da área está colhida, restando apenas áreas da região leste.

Em SP, o clima seco favoreceu as operações de colheita, que alcança 84% da área. Em MG, o ritmo da colheita desacelerou devido a priorização da colheita do sorgo, postergando a do milho.

No TO, BA e PI, a colheita foi finalizada. No MA a colheita está próxima da conclusão, restando 1% de áreas no Sul do estado.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras da 3ª safra de feijão

Em GO, a colheita encontra-se em fase final, chegando a 93% da área total. Restam alguns talhões ao Leste e Sudoeste do estado. O rendimento e a qualidade dos grãos se mantém elevados, mesmo com alguns registros pontuais de ocorrência de fusariose em lavouras que foram plantadas fora da janela ideal.

Em MG, ¾ da área de feijão terceira safra já foi colhida. A principal região produtora, no Noroeste do estado, está com a colheita concluída. As áreas remanescentes seguem em maturação e enchimento de grãos, com expectativa de redução do potencial produtivo das lavouras mais tardias em virtude das baixas temperaturas em junho/julho.

A colheita avançou no Nordeste da BA, chegando a 20% da área total. As lavouras em campo estão em enchimento de grãos e maturação. Devido à distribuição irregular das precipitações, espera-se perdas

pontuais de potencial produtivo. Há também registros de ataques de lagartas e pulgões.

Fonte: Conab

Progresso da safra Norte-Americana de milho e soja

A última projeção para a safra americana de milho mostra que a produção deverá ficar 5% abaixo do volume produzido na temporada anterior. A persistência de clima desfavorável, durante a maior parte do ciclo nos principais estados produtores, aliado ao cultivo de uma área 4,2% inferior à colhida na safra anterior, justificam a redução. 8% das lavouras estão em maturação, 78% em enchimento de grãos e o restante em desenvolvimento. O início da colheita está previsto para a primeira quinzena de setembro.

Para a soja, a previsão indica produção 2,16% acima da safra 2021/22. Em relação à estimativa de junho, devido às condições climáticas desfavoráveis, observa-se uma redução de 2,35%. 4% das lavouras estão em maturação, 87% em enchimento de grãos e o restante em desenvolvimento. A colheita tem início a partir de final de setembro.

Fonte: Conab

Lançado o catálogo de cultivares de café arábica

Existem hoje no Brasil cerca de 140 cultivares de café Arábica registradas ou em processo de inscrição no Registro Nacional de Cultivares (RNC). Segundo o pesquisador da Embrapa Café Carlos Henrique Carvalho, apesar desse grande número, atualmente são plantadas, em grande escala, cerca de 40 cultivares dessa espécie no país. Para apoiar o produtor na escolha de cultivares que atendam às suas necessidades de produção, está sendo lançado o Catálogo de Cultivares de Café Arábica (acesse aqui).

O produtor, ao buscar uma nova cultivar, deve levar em conta fatores como porte, diâmetro da copa, vigor vegetativo, época de maturação, tamanho da semente, resistência a doenças e a nematoides, tolerância a déficit hídrico, além da produtividade. “Essas características agronômicas foram apresentadas no Catálogo de modo comparativo, tomando-se como referência a cultivar Catuaí, por ser mais conhecida pelos cafeicultores”, explica o pesquisador.

Acesse aqui o Catálogo de Cultivares de Café Arábica gratuitamente.

Fonte: Embrapa

Algodão brasileiro faz a moda no Brasil e no exterior

A moda que brilha nas vitrines e desfiles nasce no campo. Hoje, sustentável e rastreável da lavoura até a roupa, o algodão brasileiro faz a moda aqui e no exterior.

Assista a matéria na íntegra no link:

Fonte: TV Cultura/Abrapa

MERCADO

Conjuntura do mercado internacional do algodão

Após alta da semana anterior, os preços na Bolsa de Nova Iorque recuaram um pouco nesta semana devido a movimentos de correção técnica e realização de lucro dos investidores. O mercado esteve muito ansioso aguardando o pronunciamento do FED sobre as taxas de juros americanas. Devido as péssimas notícias das condições das lavouras americanas os preços voltaram a subir.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado internacional da soja

Preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) fecham com a média semanal alta de 5,46%. Alguns estados produtores do meio oeste americano estão com a contagem de grãos menores que a média normal, o que poderia afetar a produção de soja norteamericana. Além disto, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduz o percentual da soma dos percentuais das condições boas e excelentes da lavoura dos EUA em 1%, passando de 58% para 57%. A forte demanda exportadora norteamericana também mantém os preços internacionais elevados.

A tendência é que os preços internacionais continuem orientados pelos problemas de adversidades climáticas nos Estados Unidos e as altas e baixas das últimas semanas devem continuar até que a safra 2022/23 norte-americana esteja estabelecida.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado internacional do trigo

No mercado internacional, por mais uma semana, as cotações apresentaram valorizações diante de um cenário de compras de oportunidade, acompanhando o movimento observado em outras commodities (milho e soja), à demanda internacional muito ativa e pela previsão de queda das exportações russas. A média semanal ficou em US$ 381,91/ton, apresentando valorização semanal de 1,99%.

Fonte: Conab

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

A alta externa, o prêmio de exportação elevado e a retração de produtores em comercializar o remanescente da safra 2021/22 no Brasil fizeram com que os preços da soja reagissem na semana passada. Além disso, segundo pesquisadores do Cepea, a maior demanda internacional, sobretudo, da China, aqueceu a disputa pela soja com agentes nacionais. Os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da soja registraram respectivos fechamentos de R$ 189,54/sc e de R$ 183,83/sc de 60 kg nessa sexta-feira, 26, com aumentos de 2,46% e de 2,3%, na mesma ordem, entre 19 e de 26 de agosto.

Milho

As cotações do milho estão firmes no Brasil, de acordo com dados do Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) registrou elevação de 1,75% de 19 a 26 de agosto, fechando a R$ 83,6/sc de 60 kg na sexta-feira, 26. No contexto internacional, os valores também subiram, impulsionados por notícias indicando possíveis reduções na produtividade das lavouras dos Estados Unidos, por preocupações relacionadas à seca na Europa e na China e pela diminuição dos embarques pelo Mar Negro. Atentos a esse cenário, produtores brasileiros se afastaram do spot nacional, elevando os preços internos.

Algodão

Após acumularem quedas por dois meses consecutivos, os preços do algodão em pluma voltaram a subir no Brasil em agosto, retornando aos patamares observados no fim de junho. Segundo pesquisadores do Cepea, essa recuperação esteve atrelada à posição firme de vendedores, que estiveram atentos às fortes valorizações dos contratos na Bolsa de Nova York (ICE Futures) e, parcialmente, da paridade de exportação. A baixa oferta no spot brasileiro, sobretudo de pluma de melhor qualidade, também reforçou o movimento de alta dos preços. Ressalta-se que o beneficiamento no Brasil não chegou nem na metade, e agentes estão focados no cumprimento de contratos a termo. Alguns compradores com interesse em adquirir novos lotes ao longo do mês aumentaram os valores de suas ofertas para atrair vendedores. No entanto, a disparidade entre os preços e a qualidade da pluma limitou a liquidez. Entre 23 e 30 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, avançou 1,45%, fechando a R$ 6,7109/lp nessa terça-feira, 30. Na parcial do mês, o Indicador acumula forte alta de 12%.

Arroz

As cotações do arroz em casca recuaram no acumulado parcial de agosto. No entanto, a alta registrada na primeira dezena do mês elevou a média mensal para o maior patamar desde agosto de 2021. A menor oferta interna e a resistência dos vendedores em negociar ajudaram a sustentar os preços. No acumulado parcial do mês, o Indicador CEPEA/IRGA-RS do arroz em casca (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) recuou 2,78%, porém, a média mensal, de R$ 76,52/sc de 50 kg, subiu 0,22% frente à de julho.

Trigo

Geadas foram registradas no Rio Grande do Sul e no Paraná nesta segunda quinzena de agosto, contexto que trouxe preocupações a triticultores. Apesar de ainda não ter sido possível avaliar a intensidade dos danos sobre as lavouras que estavam suscetíveis, dados mostram piora das condições no Paraná. Em relação à colheita, segue de forma lenta, devendo se intensificar no fim de setembro. A Seab/Deral indica que 2% das lavouras do Paraná foram colhidas. Considerando-se a safra nacional, a colheita havia alcançado 4% até o dia 20 de agosto, segundo dados da Conab. No mercado do cereal, as negociações seguiram de maneira pontual nos últimos dias, com baixa disponibilidade de trigo e produtores e compradores aguardando a intensificação da colheita para voltar ao spot.

Etanol

Os preços dos etanóis hidratado e anidro combustíveis caíram com certa força no estado de São Paulo na semana passada. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio do comportamento tímido dos compradores, que vêm adquirindo apenas pequenos volumes e de forma pontual no spot paulista e/ou recebendo o etanol de contratos de ano-safra. O posicionamento mais flexível de agentes de usinas – neste momento em que as vendas de combustíveis parecem estar mais voltadas para a gasolina C na ponta varejista – também influenciou as baixas nos preços. Dados da Unica confirmam o fraco desempenho das vendas de biocombustíveis na primeira quinzena de agosto. O volume de etanol hidratado vendido foi de 645,4 milhões de litros, queda de 6,32% em relação ao do mesmo período do ciclo anterior. Assim, de 22 a 26 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado fechou a R$ 2,4132/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), recuo de 6,83% frente ao período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 2,9096/litro (líquido de impostos e PIS/Cofins – alíquota zerada), queda de 8,47%. No caso do Indicador diário, a média dos valores do Indicador ESALQ/BM&FBovespa foi de R$ 2.518,50/m³, baixa de 6,62% frente à da semana anterior.

Açúcar

A liquidez diminuiu no mercado spot paulista de açúcar cristal na última semana, com menores volumes captados pelo Cepea. Os compradores que geralmente adquirem o adoçante para pronta-entrega estiveram pouco ativos, enquanto agentes de usinas seguiram firmes nos preços pedidos, mesmo diante da menor demanda. De 22 a 26 de agosto, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 128,40/saca de 50 kg, pequena queda de 0,39% em relação à da semana anterior (de R$ 129,91/sc).

Boi

Os preços médios mensais do boi gordo e do bezerro caíram de julho para agosto, mas as baixas registradas para a arroba foram mais intensas. Diante disso, o poder de compra de pecuaristas do estado de São Paulo que fazem a recria-engorda com reposição de animais de Mato Grosso do Sul diminuiu. Considerando-se as médias de agosto (até o dia 30), o pecuarista recriador de SP precisou de 8,57 arrobas de boi gordo (Indicador CEPEA/B3) para comprar um animal de reposição em MS (Indicador ESALQ/BM&FBovespa, bezerro nelore, de 8 a 12 meses), contra 8,32 arrobas em julho/22, ou seja, piora de 3%. Trata-se, também, do momento mais desfavorável ao recriador desde janeiro, quando foram necessárias 8,59 arrobas. No entanto, frente a ago/21, o poder de compra desses pecuaristas aumentou, visto que o preço do animal de reposição em MS caiu com mais intensidade nos últimos 12 meses – em ago/21, o recriador paulista precisava de 9,05 arrobas de boi gordo para realizar a mesma aquisição.

CLIMA

La Niña afeta a produção de uvas na Serra Gaúcha

Risco de geadas tardias e a redução do volume de chuvas são algumas das adversidades que os viticultores deverão enfrentar nos próximos meses.

Conforme o pesquisador Henrique Pessoa dos Santos, da Embrapa, a recomendação para a falta das chuvas é, dentro do possível, instalar irrigação nos parreirais. Já sobre as perdas com a ocorrência das geadas tardias, ele comenta que é mais difícil e o ideal é que sempre devem ser tomadas medidas preventivas. “O produtor deve escolher o local de implantação do vinhedo, as cultivares com brotação mais tardia e priorizar a adoção de sistema de condução com dossel vegetativo elevado”, orienta o pesquisador. Ele complementa que o produtor também pode se valer de ações ativas, como o uso de aquecedores, fumigadores, ventiladores e irrigação para evitar os prejuízos com a geada.

Fonte: Embrapa

Previsão de chuva

Previsão de chuva – De 29 de agosto a 5 de setembro de 2022

De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados são previstos em grande parte da Região Sul e na faixa noroeste da Região Norte.

Região Norte

São previstos acumulados de chuva entre 20 e 50 mm no noroeste da região, com destaque para os estados de Roraima e Amazonas, podendo ultrapassar 80 mm em áreas do leste do Amazonas. No Estado de Tocantins, Rondônia e centrossul do Pará não são previstos acumulados de chuva e nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos são inferiores a 10 mm.

Região Nordeste

Não são previstos volumes de chuva em grande parte da região. Entretanto, em áreas do SEALBA (Sergipe, Alagoas e Bahia), podem ocorrer baixos acumulados de chuva, podendo ultrapassar 10 mm, principalmente na área mais litorânea. Já no norte do Maranhão, podem ocorrer pancadas de chuva de forma isolada.

Região Centro-Oeste e Região Sudeste

A predominância de uma massa de ar seco durante a semana continuará desfavorecendo a formação de chuva, além de registros de baixa umidade relativa do ar. Entretanto, em áreas litorâneas de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo pode ocorrer chuva de forma isolada.

Região Sul

A instabilidade ocasionada pela passagem de um sistema frontal favorecerá a ocorrência de acumulados que poderão ultrapassar 30 mm, principalmente em áreas do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina. Já no norte do Paraná, não há previsão de acumulados de chuva nos próximos dias.

Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (29/08/2022 e 05/09/2022). Fonte: INMET.

Previsão de chuva – De 6 a 13 de setembro de 2022

De acordo com o modelo de previsão numérica, a semana poderá apresentar maiores acumulados de chuva na faixa noroeste do país, grande parte da Região Sul e leste da Região Sudeste.

Região Norte

São previstos acumulados maiores que 30 mm no noroeste do Amazonas e oeste de Roraima. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 20 mm e no estado do Tocantins e leste do Pará, não são previstas chuvas durante a semana.

Região Nordeste

Por sua vez, os maiores acumulados de chuva previstos concentram-se em áreas da costa leste da região, com acumulados de chuva previstos menores que 20 mm. Nas demais áreas, não são previstos acumulados de chuva.

Região Centro-Oeste

Podem ocorrer baixos acumulados de chuva, abaixo de 20 mm em grande parte do estado de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e centrossul de Goiás, onde os acumulados podem ultrapassar 20 mm.

Região Sudeste

Os maiores acumulados de chuva podem ocorrer em grande parte de São Paulo, centrossul de Minas Gerais e áreas litorâneas, onde os volumes podem ultrapassar 50 mm. Nas demais áreas podem ocorrer chuvas de menor intensidade e em áreas do norte de Minas Gerais não há previsão de chuva.

Região Sul

São previstos acumulados de chuva, principalmente em áreas do leste da região, onde os volumes de chuva podem ultrapassar 50 mm. Nas demais áreas são previstos acumulados de chuva em torno de 30 mm.

Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (06/09/2022 e 13/09/2022). Fonte: GFS.

CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!

Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido

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IrrigaFácil: uso e manejo de irrigação

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Data: Contínuo

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Data: Contínuo

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Data: Contínuo

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Apicultura para Iniciantes

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Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas

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Data: 17/02/22 a 31/12/22

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Produção de mudas de cajueiro – enxertia

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Data: Contínuo

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Viticultura Tropical no Semiárido

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