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GERAIS
Mapa regulamenta critérios de priorização no registro de agrotóxicos
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na última terça-feira (31), no Diário Oficial da União, a Portaria nº 581 que define os critérios para priorização de processos de registro de agrotóxicos e afins em função das pragas que mais preocupam a agricultura atualmente.
“Os processos de registro de produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica já tinham tratamento prioritário estabelecido pelo Decreto 4.074/2002. Agora, o Mapa define sobre a priorização de agrotóxicos e afins por motivos fitossanitários que objetivem o controle de pragas importantes para a agricultura, em atendimento ao Decreto nº 10.833, de 2021”, explica o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, André Peralta.
O rito de seleção terá as seguintes etapas:
- determinação da lista de pragas prioritárias para a agricultura pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas;
- identificação dos processos que contemplem as pragas priorizadas;
- aplicação dos critérios definidos nesta norma para o ranqueamento dos processos já submetidos e
- divulgação da lista dos processos que serão priorizados.
“Os critérios, além de visar à inovação no controle de pragas importantes, buscam promover a competitividade, a fabricação e a formulação nacional dos agrotóxicos que tenham essas pragas como alvo”, destaca Peralta.
Fonte: Mapa
Embrapa recebe prêmio da FAO por sua contribuição na Agenda 2030
A Embrapa receberá, no dia 13 de junho, na sede da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma, Itália, o Prêmio Campeã da FAO (2022 Champion Award), considerado o mais alto prêmio corporativo mundial, em reconhecimento à contribuição significativa e notável para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
O Prêmio reconhece indivíduos, organizações, fundações, instituições acadêmicas ou líderes do setor privado, em todo o mundo, por suas ações, no biênio de janeiro de 2020 a dezembro de 2021, em direção a um impacto transformador para aumentar a segurança alimentar e alcançar a Agenda 2030, garantindo que as pessoas tenham acesso regular a alimentos de alta qualidade, suficientes para levar uma vida ativa e saudável. Além do importante reconhecimento, o Prêmio Campeã da FAO, premiará a Embrapa com 50 mil dólares que deverão ser aplicados em ações para a continuidade do trabalho da Rede ODS Embrapa.
Fonte: Embrapa
Feijão-caupi com resíduo de agrotóxico proibido é apreendido em Mato Grosso
Uma ação conjunta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) apreendeu 4,2 mil toneladas de feijão-caupi, também chamado de feijão-de-corda, com resíduo de herbicida proibido para a cultura. A fiscalização ocorreu no município de Campo Novo do Parecis (MT), sendo este o maior volume do produto com comercialização cautelarmente suspensa pelo Ministério.
“Embora as análises laboratoriais tenham atestado que todos os lotes da safra passada estão impróprios para o consumo humano, não se deve concluir que a aplicação irregular de agrotóxicos é prática sistemática na região. Isso ocorreu porque o produto de diversos produtores são normalmente descarregados na mesma moega e acabam se misturando dentro de silos de até 5 mil toneladas. Para se ter o comprometimento de todo o produto ensilado, basta algumas cargas contaminadas e movimentação de grãos entre estruturas de armazenamento”, explica o auditor fiscal federal agropecuário, Cid Rozo.
Durante a ação fiscal, foi observado que a empresa armazenadora já havia identificado o problema e o recebimento de grãos dos produtores da safra deste ano já está condicionada a acompanhamento de campo e utilização de testes rápidos de detecção de resíduos de agrotóxicos.
Ainda neste ano, novas fiscalizações serão realizadas tanto em feijão comum como feijão-caupi. Em Mato Grosso, serão realizadas novas ações conjuntas nos demais municípios produtores, além de etapas para identificar a origem da contaminação no campo por meio de fiscalização dos produtores de feijão-caupi que entregaram estes grãos durante a safra passada.
Com as intensificações de ações fiscais e a implementação de processos de controle e monitoramento por indústrias beneficiadoras de feijão na aquisição de matéria-prima, o Mapa tem constatado a diminuição nos índices de produto irregular oferecidos no mercado.
Fonte: Mapa
Mapa divulga lista de produtores que poderão usar nomes protegidos como Indicações Geográficas
A Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgou a relação dos usuários prévios que poderão usar os nomes protegidos como Indicações Geográficas no Acordo Mercosul-União Europeia. A lista está disponível no anexo da Portaria nº 2, publicada no Diário Oficial da União.
Os queijos Fontina, Gorgonzola, Grana, Gruyère/Gruyere, Parmesão e as bebidas tipo Genebra e Steinhaeger/Steinhäger, mesmo que produzidos no Brasil, utilizam como registro o nome de regiões europeias, configurando Indicações Geográficas daquele território. Para continuar utilizando esses nomes de referência a partir do Acordo do Mercosul com a União Europeia, os produtores devem comprovar que já usavam comercialmente os termos associados às IGs referidas. No início do ano, Mapa fez uma consulta pública e estabeleceu um prazo de 60 dias para o envio de documentação comprobatória do direito de pessoas físicas ou jurídicas de continuar a usar os nomes.
Os produtores que não estiverem na lista de usuários prévios não poderão usar os termos no território nacional após a entrada em vigor do Acordo Mercosul-União Europeia. Empresas como restaurantes, pizzarias, distribuidores e importadores não serão afetadas pela determinação, já que não se encaixam como produtores.
Indicações Geográficas – As Indicações Geográficas são aqueles produtos ou serviços que tenham uma origem geográfica específica. Ao longo dos anos, cidades ou regiões ganham fama por causa de seus produtos ou serviços.
Acordo Mercosul-União Europeia – Assinado em 2019, o acordo entre os dois blocos constituirá uma das maiores áreas de livre comércio do mundo ao integrar um mercado de 780 milhões de habitantes e aproximadamente a quarta parte do PIB global.
Fonte: Mapa
PRODUÇÃO
Nova cultivar de algodão resistente a ramulária
A Embrapa e a Fundação Bahia realizam o pré-lançamento de uma nova cultivar de algodão.
A BRS 437 B2RF é uma cultivar transgênica com resistência múltipla a doenças, com destaque para a mancha de ramulária, considerada a principal doença do algodoeiro no País, demandando em torno de oito pulverizações de fungicidas por safra em cultivares mais suscetíveis à doença.
A nova cultivar também possui a tecnologia Bollgard II Roundup Ready Flex (B2RF), que confere resistência às principais espécies de lagartas que atacam o algodoeiro e ao herbicida glifosato em todas as fases de desenvolvimento da cultura.
A BRS 437 B2RF possui fibra de alta qualidade e elevada produtividade – potencial produtivo de 6.015 quilos por hectare de algodão em caroço e 2.425 quilos por hectare de pluma. Tem ciclo médio a tardio e porte médio a alto. É indicada para semeadura em abertura e meio do plantio, em condição de sequeiro ou irrigada, no cerrado dos estados da Bahia, Piauí, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Além, da resistência à ramulária, a 437 B2RF B2RF é resistente a doença azul, bacteriose e mosaico comum, além de ser moderadamente resistente ao nematoide das galhas.
As sementes estarão disponíveis aos produtores a partir da próxima safra, por meio de sementeiro cooperado da Fundação da Bahia.
Fonte: Embrapa
Produção de feijão-preto supera consumo pela primeira vez
Neste ano, a produção brasileira de feijão-preto deverá superar pela primeira vez o consumo interno. Enquanto a demanda pelo produto gira em torno de 520 mil toneladas, a colheita na safra 2021/22 está estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento em 619,3 mil toneladas, uma diferença de aproximadamente 100 mil toneladas.
A maior parte do feijão-preto no país é cultivada nas duas primeiras safras da leguminosa, sendo que 70% da produção total se concentra no estado do Paraná.
Apesar do início da entrada da segunda safra do produto, os preços seguem em patamares elevados no período, para o feijão-carioca. Fator que é explicado pela indefinição da safra paranaense, devido às condições climáticas.
Já para o feijão-preto, o aumento na produção também impacta na demanda. Com maior oferta no mercado, as cotações do feijão-preto, após a alta observada em janeiro, estão em queda, fazendo com que este seja um dos fatores de escolha para o consumidor, o que limita a valorização do carioca, variedade mais consumida pelos brasileiros.
Segundo as estimativas da Conab, a produção total de feijão (incluindo as variedades cores, preto e caupi) deverá atingir 3,1 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno é estimado em 2,85 milhões de toneladas.
Fonte: Conab
Produção de trigo no Norte e Nordeste
Edvan Alves Chagas, chefe-geral da Embrapa Roraima, participou de forma remota, na última quinta-feira, 02 de junho, de uma audiência pública no Senado Federal realizada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária para debater as recentes pesquisas da Embrapa quanto à tropicalização da cultura do trigo, seus resultados e as perspectivas de expansão da produção para os estados das regiões Norte e Nordeste.
Edvan chagas falaou sobre os experimentos com a cultura do trigo realizados nas condições de Roraima e sobre as cultivares BRS 264, BRS 394 e BRS 404, que foram previamente desenvolvidas pela Embrapa Cerrados e estão sendo avaliadas pela Embrapa Roraima em parceria com Embrapa Trigo.
Fonte: Embrapa
Livro ajuda no reconhecimento de insetos benéficos na lavoura de milho
Para colaborar com os agricultores, técnicos e extensionistas públicos e privados, no reconhecimento de organismos benéficos e em como efetivamente utilizá-los na propriedade agrícola, a Embrapa Milho e Sorgo lança o livro Controle biológico de pragas do milho: uma oportunidade para os agricultores. O autor da obra é o pesquisador Ivan Cruz, mestre e doutor em entomologia, manejo integrado de pragas e controle biológico. Segundo ele, a disponibilidade de produtos não é garantia do sucesso no controle de pragas. “O sucesso poderá acontecer tão logo haja adequada capacitação e uso de novos processos agropecuários, associados a cada produto biológico”, orienta.
Para acessar o livro, clique aqui.
Publicado zoneamento agrícola de risco climático para o cultivo da mamona
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicou nesta quarta-feira (1º) as portarias 207 a 243, que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2022/2023, para o cultivo da mamona.
A metodologia de estudo foi atualizada em 2020, pela Embrapa, com destaque para os parâmetros de cultura e ciclos representativos, inclusão de um grupo de cultivares de ciclo curto (inferior a 130 dias), extensão do zoneamento da mamona para todos os estados, ajuste nos critérios e limites críticos, como índice de satisfação das necessidades de água (ISNA), temperatura e chuva na colheita para estimativa de risco, além da inserção do critério auxiliar de escape para o mofo cinzento em regiões ou épocas chuvosas e da subdivisão do Zarc Mamona Semiárido.
A planta da mamoneira (Ricinus communis L.) apresenta tolerância à seca, sendo, portanto, uma boa alternativa de cultivo para regiões secas do país. O cultivo não é indicado para regiões com períodos de chuvas muito prolongados, que propiciam o aparecimento de doenças como o mofo cinzento, além de prejudicar a colheita e a qualidade do produto.
A cultura é explorada comercialmente devido ao teor de óleo em suas sementes, com aplicação na área de cosméticos, produtos farmacêuticos, lubrificantes e polímeros. Tradicionalmente cultivada por pequenos produtores no Nordeste, expandiu-se para outras regiões do Brasil.
Fonte: Mapa
MERCADO
Missão empresarial do algodão visita a Ásia
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) levará uma delegação à Ásia para promover o algodão brasileiro. A missão visitará compradores atuais e clientes potenciais no continente em razão da tendência de aumento da produção da pluma no Brasil. Durante dez dias o grupo, formado por cotonicultores, exportadores da fibra, membros do conselho de administração da Abrapa e representantes das associadas, passará por Indonésia, Tailândia e Bangladesh, países que são compradores do algodão brasileiro. Juntos, eles representam 21% do total embarcado para a Ásia na safra 2020\2021, cerca de 498,5 mil toneladas da fibra. Já no acumulado das exportações da safra 2021/2022 (ago/21 a abril/22), esses destinos mantêm o percentual de vendas externas e somam 313 mil toneladas de algodão brasileiro. A viagem inicia no sábado, dia 4, e se estenderá até o dia 14.
Bangladesh foi o quinto maior comprador de algodão brasileiro, na safra 2021\2022, somando 165,9 mil toneladas. Comparativamente à safra anterior, de 2020\2021, houve um recuo de 270,03 mil toneladas para os atuais 165,9 mil ton. Desse modo, merece destaque o dado que mostra Bangladesh com potencial de compra de algodão do Brasil. O país é o segundo maior importador da fibra no mundo, no entanto, apenas 14% vieram do Brasil.
O cenário da Indonésia já é bem diferente. O país é o sexto maior destino da pluma brasileira no mundo, responsável pela importação de 133,2 mil toneladas de algodão brasileiro, na atual safra. Os números apontam que o país também tem mercado para a fibra brasileira, com possibilidade de crescimento das importações, uma vez que não há produção doméstica. O consumo do país soma 503 mil toneladas. Na safra 2020\2021, a Indonésia comprou do Brasil 207 mil toneladas de algodão, portanto, a participação do Brasil é de mais de 40% no país.
Nono maior destino da fibra brasileira, a Tailândia importou 13,7 mil toneladas de algodão do Brasil, na safra 2021\2022. Comparativamente à safra 2020\2021, foram 7,73 mil toneladas a menos. Conjuntura que também mostra potencial de crescimento das vendas brasileiras de algodão.
“Traçamos uma agenda de prioridades que envolverá encontros com representantes da indústria têxtil dos países, além de visitas técnicas em indústrias locais. É uma maneira de promovermos e ampliarmos o mercado da fibra brasileira”, destaca o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato. Os três países foram escolhidos porque estão entre os nove maiores mercados de algodão do mundo. Segundo Busato, o setor algodoeiro quer conhecer e entender as demandas dos clientes, avaliar potencial de crescimento na região, além de construir relações. “Vamos apresentar os principais avanços do algodão no Brasil e mostrar o que está por vir. Queremos relações duradouras com nossos potenciais clientes”, afirma.
Com um consumo doméstico de aproximadamente 740 mil toneladas ao ano, o Brasil é o segundo maior exportador da pluma. No último ano comercial, o País representa 23% de todas as exportações globais de algodão.
O que são as missões?
A Missão Vendedores é uma iniciativa tradicional da Abrapa, desenvolvida para ampliar a participação do algodão brasileiro no mercado global. A iniciativa é realizada em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea).
Fonte: Abrapa
Exportações do Agro em 2022
Os maiores volume e preço dos produtos do agronegócio brasileiro exportados nos primeiros quatro meses de 2022 garantiram forte aumento no faturamento do setor.
De janeiro a abril de 2022, o volume exportado pelo agronegócio nacional cresceu 5% frente ao mesmo período do ano anterior, e os preços em dólar subiram 28%. Assim, o faturamento somou US$ 48 bilhões no primeiro quadrimestre, avanço de 34% em relação ao mesmo período de 2021.
Os preços em alta no mercado internacional são consequência das situações adversas enfrentadas pelos agentes econômicos no mundo, como a guerra na Ucrânia e novos surtos de covid na China. Além disso, do lado da oferta, fatores climáticos novamente impactaram a produção brasileira, o que deve manter a oferta nacional um pouco abaixo do esperado.
Quanto aos produtos exportados pelo agronegócio nacional de janeiro a abril deste ano, os do complexo soja seguem como destaque, seguidos pelas carnes bovina e de frango. Já os principais destinos continuam sendo a China (que recebeu 35% de tudo que o setor brasileiro exportou no primeiro quadrimestre de 2022), a Europa (considerando-se 27 países) e os Estados Unidos.
É importante enfatizar que, de janeiro a abril de 2022, a participação do agronegócio no saldo comercial do País foi de suma importância, com o setor representando quase 48% das exportações brasileiras totais e gerando volume de recursos suficiente para cobrir o déficit comercial dos outros setores da economia.
Perspectivas
Os preços dos produtos exportados pelo agronegócio nacional devem se manter em patamares elevados neste ano. Já o volume enviado ao exterior pode apresentar crescimento mais modesto, visto que o encarecimento dos produtos tende a limitar a compra por parte de países de baixa renda.
A produção doméstica de importantes produtos do setor deve se recuperar neste ano das fortes perdas ocorridas no ciclo produtivo anterior, mas as altas nos custos de produção devem pesar sobre os produtores. Assim, se, por um lado, preços em alta animam os vendedores e ajudam a compensar a alta dos custos de produção, para os consumidores, é sinal de que a inflação deve continuar a corroer o seu poder de compra.
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
Os preços da soja recuaram no mercado brasileiro nos últimos dias, segundo dados do Cepea. De 20 a 27 de maio, os Indicadores CEPEA/ESALQ – Paraná e ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) registraram baixas de 1,18% e 1,27%, fechando a R$ 188,81/sc e a R$ 192,98/sc de 60 kg, respectivamente, na sexta, 27. A baixa nas cotações está atrelada à oferta acima da demanda, visto que a colheita da safra 2021/22 de soja está praticamente finalizada na América do Sul. Outro fator que influencia esse cenário é a desvalorização do dólar frente ao Real, que encarece o produto brasileiro aos importadores.
Algodão
O preço do algodão em pluma esteve predominantemente em alta ao longo de maio, chegando a renovar o recorde nominal da série histórica em diversos momentos, sendo o último no dia 18, quando o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento 8 dias, atingiu R$ 8,1834/lp. Assim, no acumulado do mês, o Indicador subiu 10,2% – maio foi o terceiro mês consecutivo de avanço. A sustentação veio sobretudo da posição firme de vendedores, que detêm pouco volume da safra 2020/21 para negociação no spot, especialmente de pluma de qualidade. Do lado comprador, algumas indústrias se mantêm fora do mercado, trabalhando com o produto em estoque e/ou de contratos a termo. Diante da liquidez enfraquecida ao longo da cadeia têxtil, empresas também reduziram a produção. Ainda assim, ao longo de maio, parte dos compradores buscou garantir a matéria-prima, principalmente da próxima safra, para recebimento ao longo do segundo semestre deste ano. A média mensal do Indicador em maio, de R$ 7,9647/lp, continua sendo a maior da série do Cepea, em termos nominais. Em termos reais (atualizados pelo IGP-DI de abril/22), a média de maio/22 é a mais alta desde abril de 2011 (R$ 9,0096/lp).
Milho
Compradores estão afastados das aquisições de novos lotes de milho, visto que, além de estarem estocados, estão atentos ao início da colheita da segunda safra – que pode ter produção recorde. Nesse cenário, conforme apontam dados do Cepea, as cotações do cereal estão em queda. Entre 20 e 27 de maio, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas – SP) recuou 1,8%, fechando a R$ 86,90/sc de 60 kg na sexta-feira, 27.
Arroz
A presença mais ativa de compradores no mercado somada a uma certa resistência vendedora sustentaram os preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul em maio. No acumulado do mês (entre 29 de abril e 31 de maio), o Indicador CEPEA/IRGA-RS do arroz em casca (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) avançou 1,27%, fechando a R$ 71,68/sc de 50 kg nessa terça-feira, 31 – vale lembrar que desvalorizações pontuais foram registradas no início do período, mas os preços voltaram a subir no encerramento do mês. Segundo colaboradores do Cepea, apesar de as cotações não terem se recuperado frente ao patamar registrado no fim de março (R$ 79/sc), as recentes elevações trouxeram certo alívio aos vendedores, diante das preocupações expressivas com as margens da cadeia produtiva, devido aos altos custos de produção. É importante considerar também que a média de maio fechou 15% abaixo da de maio de 2021, em termos nominais.
Etanol
O volume de etanol hidratado negociado no estado de São Paulo e captado pelo Cepea ao longo da última semana foi o menor da atual safra 2022/23 – mais precisamente, o mais baixo desde a semana encerrada em 21 de janeiro deste ano. Esse cenário esteve atrelado ao ritmo de comercialização extremamente lento, com lotes reduzidos a pequenas quantidades. Agentes do setor atuaram de maneira cautelosa no momento da tomada de decisão (compra ou venda), visto que muitos estão na expectativa de novas quedas no preço do hidratado, fundamentados na demanda enfraquecida, no andamento das atividades de moagem (o clima seco na maior parte da região Centro-Sul do País vem favorecendo a colheita) e, sobretudo, nas incertezas relacionadas à questão tributária dos combustíveis. Em meio à baixa liquidez, os valores recuaram. De 23 a 27 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou a R$ 3,2486/litro, recuo de 2,94% frente ao da semana anterior. No caso do etanol anidro, houve queda de 1,04% no mesmo comparativo, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,8406/litro. Em relação ao Indicador diário posto Paulínia, a média dos valores diários do ESALQ/BM&FBovespa na última semana foi de R$ 3.323,00/m³, baixa de 3,34% frente à da semana anterior.
Açúcar
Os preços médios do açúcar cristal praticados no mercado spot do estado de São Paulo reagiram na última semana. O movimento de avanço foi atribuído à postura mais firme das usinas paulistas, que restringiram as ofertas do cristal para negociações de pronta-entrega. Os lotes de cana-de-açúcar da nova temporada 2022/23 têm apresentado baixo teor de sacarose, resultando em menor produção de açúcar. Desta forma, as usinas têm priorizado o cumprimento dos contratos de cristal fixados anteriormente, além de direcionarem maior quantidade da cana para a produção do etanol. De 23 a 27 de maio, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 131,29/saca de 50 kg, ligeira alta de 0,8% em relação à da semana anterior (de R$ 130,25/sc).
Boi
Os preços do boi gordo (Indicador CEPEA/B3, estado de São Paulo) caíram 4% no acumulado de maio, fechando a R$ 321,40/arroba no dia 31. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio do crescimento na oferta de boi, como típico neste período do ano, quando as pastagens começam a se deteriorar, e o pecuarista acaba disponibilizando os animais para abate, visando evitar gastos com suplementação. Além disso, a fraca demanda doméstica por carne também reforçou o movimento de queda nos preços do boi gordo. O poder de compra da população brasileira está fragilizado, e demandantes buscam proteínas mais baratas, como ovos e frango, em detrimento da carne bovina. Neste cenário, as vendas de carne no mercado atacadista estiveram tão lentas em maio, que a carcaça casada do boi se desvalorizou 6,3% no acumulado do mês. Trata-se da maior baixa no acumulado de um mês desde janeiro de 2020, quando a retração foi de 8,16%.
Previsão de chuva
Previsão de chuva – De 31 de maio a 15 de junho de 2022
De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados são previstos para as regiões Norte e Sul do país.
Região Norte
São previstas chuvas intensas no norte de Roraima e norte do Amapá com valores na faixa entre 100 e 200 mm. Para a região central e noroeste do Amazonas são previstos acumulados de chuvas que não ultrapassarão os 100 mm. Nas demais áreas, a previsão é de chuvas abaixo de 60 mm.
Região Nordeste
São previstos acumulados de chuvas nos próximos dias no norte do Maranhão e do Piauí, além do sudoeste do Ceará, com valores variando entre 50 e 80 mm. Na costa leste da região, os acumulados de chuvas não devem ultrapassar os 40 mm. Nas demais áreas, são previstas poucas chuvas, não ultrapassando os 10 mm.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Não são previstos acumulados de chuva significativos em praticamente todos os estados da região. Exceto no sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde as chuvas não devem ultrapassar os 70 mm.
Região Sul
São previstos para o oeste de Santa Catarina e no sudoeste e nordeste do Paraná, acumulados de chuvas que devem chegar a 100 mm ocasionados pela passagem de uma frente fria a partir do dia 01/06. Já no sul do Rio Grande do Sul, são previstos volumes de chuvas intensas entre 100 e 200 mm, entre os dias 05 e 06/06. Nas demais áreas da região, chuvas abaixo de 50 mm.
Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (31/05/2022 e 06/06/2022). Fonte: INMET.
Previsão de chuva – De 7 a 15 de junho de 2022
De acordo com o modelo de previsão numérica GFS, a semana poderá apresentar maiores acumulados de chuva no extremo norte do país, costa leste do Nordeste e parte da região Sudeste.
Região Norte
São previstos acumulados entre 80 e 125 mm no norte do Amazonas, de Roraima, noroeste do Pará e leste do Amapá. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 70 mm.
Região Nordeste
São previstos maiores acumulados de chuva de até 80 mm, no norte do Maranhão, do Piauí e do Ceará, bem como sobre a costa leste da região, desde o Rio Grande do Norte até o nordeste da Bahia. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 50 mm.
Região Centro-Oeste
As chuvas deverão ser inferiores a 20 mm em praticamente toda a região, exceto no sudoeste do Mato Grosso e na divisa entre os estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, onde são previstos acumulados de chuva que poderão atingir os 60 mm.
Região Sudeste
Os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 40 mm, exceto no Espírito Santo, leste de Minas Gerais e norte do Rio de Janeiro, onde o total de chuva pode chegar a 80 mm.
Região Sul
Não há previsão de chuva durante a semana.
Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (07/06/2022 e 15/06/2022). Fonte: GFS.
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