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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

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 GERAIS

 Brasil e China avançam no comércio agrícola

Por ocasião da VI Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Cooperação e Concertação (COSBAN), representantes do Brasil e da China repassaram o progresso alcançado em agricultura nos últimos anos.

Foram retomadas as exportações brasileiras de carne bovina à China, temporariamente interrompidas após a ocorrência de casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (“mal da vaca louca”) no Brasil.  Deu-se também continuidade ao processo de habilitação de estabelecimentos brasileiros exportadores de laticínios e produtos cárneos.

Ademais, foram firmados quatro protocolos, para exportação de farelo de algodão, carne bovina termoprocessada e melão do Brasil para a China, bem como de exportação de peras da China para o Brasil. Foram concluídas, ainda, visitas de inspeção para amparar exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, aves e ovos e soro sanguíneo bovino à China. Do lado das exportações chinesas, foram realizadas auditorias em estabelecimentos produtores de envoltórios naturais para exportação ao Brasil.

Durante a VI reunião plenária da COSBAN, as partes anunciaram a conclusão das negociações para o início de exportações brasileiras de milho e amendoim para a China, bem como planos de assinatura dos protocolos relativos às exportações brasileiras de farelo de soja, proteína concentrada de soja, polpa cítrica e soro fetal bovino na próxima reunião da Subcomissão de Inspeção e Quarentena, a realizar-se em data a definir, no período de 21 a 24 de junho de 2022.

As partes acordaram, ainda, envidar esforços para finalizar, até o final de 2022, as negociações relativas às exportações brasileiras de gergelim, sorgo e uvas, bem como atribuir prioridade às negociações visando permitir as exportações brasileiras de farinhas de pescado, aves e suínos, assim como as exportações chinesas de maçãs para o Brasil.

Os compromissos alcançados demonstram o dinamismo da relação bilateral em agricultura e representam o potencial dos dois países em buscar crescentes complementaridades econômico-comerciais.

Fonte: Mapa

Economia de baixo carbono é oportunidade para o agro

O setor agropecuário tem uma oportunidade valiosa para continuar respondendo por parte preponderante do produto interno bruto (PIB) brasileiro. O caminho está em sua participação no processo de transição para uma economia baseada em baixa emissão de carbono. Essa foi uma das afirmações feitas durante o webinar “Transição para uma economia de baixo carbono – o papel da (bio)tecnologia”, realizado na manhã do dia 25 de maio.

O evento reuniu especialistas atuantes na área sob a mediação de Alexandre Alonso, chefe-geral da Embrapa Agroenergia, e fez parte das comemorações dos 16 anos da Unidade. O debate contou com a participação de Thiago Falda, presidente da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI); de Cláudia Madrid, diretora de Bionegócios da Suzano empresa de papel e celulose; e de Mateus Lopes, diretor de Transição Energética e Investimentos da Raízen, companhia do ramo de energia.

O executivo da ABBI acredita que o agro tem todas as condições de continuar como protagonista na geração do PIB brasileiro. A chave para isso, segundo ele, está na biotecnologia, uma das ferramentas empregadas na redução e substituição do carbono nas atividades econômicas. “Para se desenvolver uma cadeia é necessário ter matéria-prima disponível a preço acessível, tecnologia para fazer sua transformação e um mercado consumidor. O Brasil tem tudo isso: há aqui grande quantidade de biomassa, uma biodiversidade imensa capaz de inspirar inovações e uma expertise valiosa, como a da Embrapa, que dá ao País vantagens competitivas enormes,” afirmou.

Ele frisa que a inovação é o motor para o desenvolvimento econômico e acredita que, aos moldes da revolução agrícola que usou ciência e tecnologia para transformar o Brasil no atual exportador de alimentos, um movimento semelhante pode ser repetido para sofisticar essas atividades rumo a uma economia mais verde. “O aumento da complexidade das cadeias produtivas do agro promoverá aumento de produção e também de renda para a população,” acredita Falda. “Temos um novo e enorme modelo de negócio ao utilizar, por exemplo, resíduos agrícolas como matéria-prima, sem precisar aumentar a área plantada,” ressaltou.

Alonso, da Embrapa, reforçou que a bioeconomia brasileira, especialmente a ligada à produção de alimentos, está fortemente relacionada à pujança do agronegócio no País. “E, além do setor de alimentos, o País tem enorme potencial de crescimento na cadeia produtiva de químicos renováveis e na de energia e biocombustíveis, outros dois braços importantíssimos da bioeconomia,” declarou. Para o gestor da Embrapa, o Brasil tem plena capacidade de figurar entre os protagonistas da descarbonização do planeta, um movimento forte em todo o mundo.

Falda contou que a biotecnologia industrial atual é capaz de substituir qualquer produto similiar gerado pela química convencional e que os limites de seu uso estão mais ligados à sua viabilidade econômica e o fornecimento de matérias-primas para esse tipo de uso tem crescido no agro.

Fonte: Embrapa

Livro com mapeamento de agtechs brasileiras ganha versão em inglês

O maior mapeamento do universo de startups do setor agropecuário brasileiro, o Radar Agtech Brasil (2020-2021), ganhou versão em inglês. Editado pela Embrapa em parceria com as empresas SP Venture e Homo Ludens Research & Consulting, o livro apresenta o levantamento de empresas de base tecnológica ativas que atuam no agro e de investidores do setor.

Desde a sua primeira edição, em 2019, o Radar Agtech Brasil tem sido referência para atores do segmento agroalimentar brasileiro e chamado a atenção de ecossistemas de inovação internacionais, cenário que evidencia a importância da publicação em inglês. “Diversos fundos de investimentos com interesse em inovação tecnológica para o setor agrícola e agroalimentar estão em países de língua inglesa”, esclarece Marcella Falcão, gestora de desenvolvimento de comunidades da SP Ventures.

Panorama brasileiro

A edição do Radar Agtech Brasil em inglês é rica em figuras e tabelas e apresenta os panoramas dos ecossistemas das agtechs, das iniciativas de relacionamento dos diversos atores com as agtechs e de investimentos nesses empreendimentos no Brasil. O livro também descreve a metodologia de mapeamento e coleta de dados sobre perfil, localização geográfica, segmento e área de atuação de 1.574 startups que atuam no agronegócio brasileiro e de 78 instituições que apoiaram processos de incubação e aceleração e aportaram investimentos nesses empreendimentos.

Todas essas informações foram captadas  nas startups e em bases de dados públicos de pesquisa agropecuária e de ecossistemas de startups. Também considera estudos feitos por fontes de fomento à pesquisa e ao empreendedorismo e que contribuem para o diagnóstico dos investimentos promovidos no setor e apresentação da taxonomia e da classificação dessas agtechs.

O mapeamento organiza as startups em três segmentos (antes, dentro e depois da fazenda) e em soluções baseadas em edição de genes, robótica, inteligência artificial, blockchain, proteína sintética, nanotecnologia, agricultura celular e aprendizado de máquina (machine learning).

Para acessar o livro, clique aqui

Fonte: Embrapa

PRODUÇÃO

Novos defensivos para o controle biológico são registrados

O Ato n° 23 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta quarta-feira (25), traz o registro de 52 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, 20 são de controle biológico, sendo 13 para uso na agricultura orgânica.

Entre as novidades dos defensivos biológicos, encontra-se o primeiro registro do controlador Tetrastichus howardi. Uma vespinha cujas larvas são parasitoides da broca-da-cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) e da lagarta de cor parda (Thyrinteina arnobia), que vem se apresentando como uma das principais pragas do eucalipto na atualidade.

Para a agricultura orgânica, o documento traz o primeiro produto registrado com base na Especificação de Referência nº 39. Trata-se de uma mistura de Trichoderma harzianum com Trichoderma viride, recomendado para controle do fungo Rhizoctonia solani e do fungo Fusarium oxysporum.

Outros produtos registrados para uso na agricultura orgânica são à base de Trichoderma asperellum, de Bacillus thuringiensis var. kurstaki, um isolado de Beauveria bassiana, um isolado de Metarhizium anisopliae (isolado IBCB 425) e um Baculovírus Spodoptera frugiperda (SfMNPV).

Já em relação aos produtos químicos, pela primeira vez um produto formulado à base do ingrediente ativo Ametoctradina será ofertado aos agricultores, registrado em mistura com metiram. A mistura visa evitar casos de resistência a fungicidas, diante das inovações que surgem no mercado. O produto que estava em análise desde 2010 é recomendado para o controle de Phytophthora infestans na cultura da batata; Peronospora destructor na cultura da cebola; Pseudoperonospora cubensis na cultura do pepino e Peronospora sparsa na cultura da rosa.

Para controle da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), considerada uma prioridade para a agricultura, o Ato traz uma mistura de Pseudomonas chlororaphis com Pseudomonas fluorescens (com recomendação também para mosca branca e percevejo marrom da soja) e dois produtos microbiológicos com a mistura de Bacillus amyloliquefaciens, Bacillus velezensis e Bacillus thuringiensis.

Com o registro desses 20 produtos, já somam 36 produtos de baixa toxicidade para o controle de pragas registrados em 2022.

Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura.

Fonte: Mapa

Publicado o novo Zoneamento Agrícola de risco climático para 1ª safra do milho e para o consórcio milho-braquiária

Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (25), no Diário Oficial da União, as portarias de números 171 a 206, que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2022/2023, para o cultivo, de primeira safra, do milho e do consórcio do milho com braquiária.

Os Estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins, que não tinham estudos de risco climático para o consórcio milho com braquiária, passaram a contar com Portarias de Zarc para esse importante sistema de cultivo.

O cultivo consorciado de plantas produtoras de grãos com forrageiras tropicais tem aumentado significativamente nos últimos anos. O consórcio do milho com a braquiária é possível graças ao diferencial de tempo e espaço no acúmulo de biomassa entre as espécies. A associação entre o sistema plantio direto e o consórcio entre culturas anuais e pastagens é uma das opções que apresenta maiores benefícios, como maior reciclagem de nutrientes, acúmulo de palha na superfície, melhoria da parte física do solo, pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica, além de ser mais sustentável em relação ao cultivo convencional.

Fonte: Mapa

Atualização da safra de soja

Em geral, 98,1% da safra foi colhida. No RS, a colheita evoluiu na região Sul, onde restam mais áreas a serem colhidas. No Norte, onde a colheita se aproxima do final, as chuvas atrapalharam e reduziu o ritmo das operações de campo. Na região Sudoeste, lavouras localizadas em várzeas apresentam dificuldades para serem colhidas pelo excesso de umidade e alagamento. Em SC, a colheita está quase finalizada. Devido às baixas temperaturas e à maior incidência de nuvens, a maturação foi prejudicada, postergando a conclusão da colheita. No PI, a colheita alcançou 89% da área semeada. No Sul do estado, as chuvas frequentes dificultam os trabalhos no campo. Nos demais estados a colheita já foi finalizada.

Fonte: Conab

Atualização da safra de feijão

No PR, a colheita chega a 21% da área total. Mesmo com as baixas temperaturas e ventos fortes, as operações continuaram. Houve registro de geadas no Leste, Campos Gerais e Centro Sul do estado, mas não há ainda confirmação de danos  significativos nas lavouras.

Na BA, o feijãocaupi, concentrado no Extremo-Oeste, está sob restrição hídrica. Há preocupação com perda de potencial produtivo. O feijão-cores foi recémimplantado sob o manejo irrigado e apresenta bom desenvolvimento inicial.

Em SC, não houve avanço de colheita na última semana. O frio, o registro de geada e a alta nebulosidade impactaram as operações. Ainda não foi contabilizado perdas nas lavouras. Em MG, a colheita foi iniciada, concentrando-se no Alto Paranaíba e no Sul do estado. Baixas temperaturas preocupam os produtores, especialmente na região Sul.

Fonte: Conab

Atualização da 2ª safra de milho

No PR, 87% das lavouras estão em boas condições, porém as demais apresentam sinais de déficit hídrico. Em MT, a colheita se inicia e as lavouras apresentam bom desenvolvimento. Em MS, houve ocorrência de geadas em regiões de baixadas em alguns municípios. Os danos ainda serão contabilizados. No CentroSul, as chuvas retornaram e beneficiaram o desenvolvimento das lavouras. Em GO, os baixos volumes de chuvas foram insuficientes para recuperar a disponibilidade de água para as lavouras. Em SP, a falta de chuva prejudica as lavouras das regiões Norte e Noroeste. Em MG, as lavouras do Noroeste do estado tem sido afetadas pelo clima seco. No TO, MA e PI, as lavouras semeadas na janela ideal apresentam bom desenvolvimento, mesmo com a redução das precipitações. No ExtremoOeste da BA, as lavouras demonstram sinais de déficit hídrico.

Fonte: Conab

Evento aborda o mercado global de carbono

Tecnologia e conectividade são fundamentais para que o agronegócio possa encontrar um caminho para produzir mais e, ao mesmo tempo, preservar. O modelo econômico atual exige práticas muito mais conscientes no trato com o ambiente. A economia de baixo carbono é uma oportunidade de negócios. Mas para que seja possível monetizar, o agricultor, o pequeno e o grande, precisam ter acesso a dados.

Essas foram algumas das conclusões do painel Agricultura e serviços ambientais, apresentado, nesta quinta-feira (19), no Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, evento conjunto do Banco do Brasil e da Petrobras, com o apoio institucional do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Banco Central do Brasil, que teve início hoje, no Jardim Botânico no Rio.

Participaram do painel, além do moderador, Carlos Motta, vice-presidente de Negócios de Varejo do Banco do Brasil; Alysson Paolinelli, presidente executivo da Abramilho, ex-ministro da Agricultura e indicado ao Nobel da Paz; Julio Cezar Busato, CEO da Busato Agropecuária; Ricardo Faria, proprietário da Insolo Agroindustrial, Ricardo Arioli, proprietário da Agropecuária Novocampo e Tânia Cosentino, Presidente da Microsoft Brasil.

Fonte: Abramilho

TECNOLOGIA

 Aplicativo auxilia no cultivo da canola

A Embrapa Agroenergia (DF) lançou uma nova ferramenta para auxiliar os produtores de canola do Brasil do início ao fim da colheita. O aplicativo Mais Canola visa facilitar a gestão de dados de todo o ciclo de produção da oleaginosa, do plantio à colheita, levando para o produtor informações técnicas essenciais que poderão auxiliar no preparo da área, semeadura e monitoramento da planta.

O responsável pelo plantio também poderá inserir dados sobre etapas do cultivo e sobre a colheita, o que vai possibilitar o aprimoramento do aplicativo, que está disponível gratuitamente, em versão beta, para dispositivos de sistema Android. Em breve, será disponibilizado também em para iOS.

Soluções apresentadas pelo aplicativo

Entre as principais funcionalidades do aplicativo está a possibilidade de conhecer dados sobre a produção no Brasil e no mundo, além do acesso ao Zoneamento de Risco Climático da canola (Zarc) para dez estados brasileiros.

O aplicativo traz também informações sobre as principais cultivares disponíveis no mercado, e uma lista de herbicidas, inseticidas e fungicidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para as principais plantas daninhas, pragas e doenças que afetam a cultura.

O aplicativo auxilia o produtor no manejo. Após o cadastramento de uma área, o Mais Canola envia notificações aos usuários nas épocas dos tratos culturais, como a adubação de cobertura e o monitoramento de determinadas pragas e doenças.

Entre outras funcionalidades, o produtor terá acesso a informações sobre cursos e eventos, publicações da Embrapa, notícias, vídeos e podcasts sobre o assunto. No aplicativo também é possível esclarecer todas as dúvidas dos usuários com os pesquisadores da Embrapa por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).

Fonte: Embrapa

 Mapa inicia projeto AgroNordeste Digital

A Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI) deu início nesta semana ao Projeto AgroNordeste Digital, que tem com foco promover o empreendedorismo tecnológico na região, além de levar conectividade e apoiar startups a desenvolverem novos negócios tecnológicos para o setor agropecuário.

Para o ano de 2022, as regiões priorizadas são: Vale do São Francisco (Pernambuco e Bahia); Vale do Jaguaribe (Ceará); Vale do Açu (Rio Grande do Norte); e Oeste Baiano (Bahia).

Entre as ações planejadas estão diagnóstico rápido para caracterização do ecossistema regional, o alinhamento com atores do ecossistema local, a elaboração de um Plano de Ação junto com os atores locais e a definição de ações prioritárias.

O AgroNordeste Digital é uma estratégia alinhada com dois programas do Mapa, o Plano AgroNordeste e o Programa Agro Hub Brasil. O primeiro é uma política pública para promover a agropecuária como instrumento de transformação econômica e social sustentável da região, em especial de agricultores familiares do semiárido.

Já o Programa Agro Hub Brasil é destinado a apoiar os ecossistemas e ambientes de inovação agropecuária no Brasil e promover a criação e amadurecimento de startups, apoiando eventos e desafios e aproximando-as de potenciais oportunidades de captação de recursos públicos e privados para o desenvolvimento de negócios de base tecnológica.

De acordo com o coordenador-geral de Inovação Aberta da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Mapa (SDI), Daniel Trento, o Brasil tem evoluído na consolidação do seu ecossistema de inovação, mas percebe-se uma concentração de startups, e ambientes de inovação nas regiões Sul e Sudeste, englobando mais de 80% desses empreendimentos. “É nesse sentido que pretendemos apoiar a construção e fortalecimento do ambiente inovador na Região Nordeste”, enfatizou.

Fonte: Mapa

MERCADO

Conjuntura do mercado do milho

O forte incremento produtivo, mesmo com as incertezas sobre a produtividade, e a necessidade de abertura de espaço para a armazenagem de soja da safra 2022/23 deverão refletir em amena desvalorização do grão, com o aumento da oferta disponível para comercialização em meados de 2022.

Mais especificamente sobre a segunda safra 2021/22 de milho no Mato Grosso (MT), segundo a Sureg/MT: “A colheita do cereal começa a se intensificar no estado. Os técnicos da Conab, em viagem a campo, avaliaram as condições das lavouras de milho e constataram algumas lavouras com desempenho ruim, sendo algumas com produtividade inferior a 20 sacas/ha, entretanto, a maior parte das lavouras amostradas apresentaram produtividades superiores a 100 sacas/ha. Diante disso, a expectativa para safra de milho continua animadora, reforçando uma produtividade acima de 105 sacas/ha. No tocante a semana com baixas temperaturas, essa situação não trará grandes prejuízos à cultura, uma vez que grande parte das lavouras está no estádio final do ciclo produtivo.

O volume total exportado de milho entre fevereiro e dezembro de 2021, segundo dados da Secex atingiu 20,8 milhões de toneladas. Esse montante exportado é inferior em 40,4% ao exportado no mesmo período de 2020. Entre fevereiro e abril de 2022, a exportação de milho foi de apenas 1,5 milhão de toneladas, valor 22,8% superior ao mesmo período de 2021.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado do feijão

Feijão Comum Cores

No atacado em São Paulo, em função da oferta ainda mais restrita e do aprofundamento do quadro climático adverso no Sul do país, verificou-se um expressivo aumento de preços em todo o grupo carioca. A concorrência na compra contribuiu para uma elevação de até R$ 60,00 pela saca de 60 kg.

O abastecimento do mercado paulista está sendo processado, em sua maioria, com produtos provenientes do Paraná, e o restante de Minas Gerais e Santa Catarina. Desta forma, o caminho está aberto para o produtor, ou para quem dispõe da mercadoria para venda. A aceitação ou não do preço pedido fica dependendo da necessidade de compra de cada um. Acredita-se que somente com a normalização do clima e do avanço das colheitas da 2ª safra é que este mercado poderá voltar ao equilíbrio, pois, os lotes que estão saindo do Paraná e Minas Gerais têm sido disputados entre os compradores.

A menor oferta do produto no decorrer deste mês de maio, devido aos atrasos na colheita por problemas climáticos no Sul do país, provocou uma expressiva elevação nos preços. A expectativa para a próxima semana era de preços em queda com o avanço da colheita no Paraná, disparado maior produtor, onde cerca de 82% das lavouras se encontravam em boas condições, atravessando as fases de frutificação a colheita. No entanto, no dia 19.05 a situação climática adversa com ventos frios, e principalmente geadas, atingiram várias lavouras na Região Centro-Sul do país, mas ainda é cedo para mensurar as perdas.

As atenções estão voltadas para o clima na Região Centro-Sul do país, principalmente para o estado do Paraná, disparado maior produtor de feijão na 2ª safra.

No Paraná, segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento – DERAL, 21% das lavouras foram colhidas, e as lavouras se encontram nos seguintes estágios: 2% em floração, 45% em frutificação, e 53% em maturação, e nas seguintes condições: 1% ruim, 17% médias, e 82% boas. (dados referentes a 16.05.22).

O oitavo levantamento da safra 2021/2022, divulgado no dia 12 do corrente mês, pela Conab, estimou para a 2ª safra, ou safra da seca, uma redução de 8,0% na área plantada e uma produção de 549,5 mil toneladas, superior em 21,0% à registrada na safra anterior. Cabe mencionar que na Região Centro-Sul do país o trabalho indica retração de 10,7% na superfície semeada e aumento de 19,1% na produção. Por outro lado, no Norte/Nordeste do Brasil observa-se um forte incremento na área e no volume a ser colhido de, respectivamente, 8,0% e 34,1%, sobre a safra de 2021.

Quanto à 3ª safra, a pesquisa registra queda de 4,4% no plantio, e aumento de 2,5% na produção. Em Goiás, mesmo com o mercado aquecido, estima-se redução de 2,2% na área plantada, motivada pela migração de parte da área para o trigo irrigado. Esse estado é o maior produtor de feijão irrigado do país, contribuindo com aproximadamente 25% do volume ofertado no período entre julho e outubro.

Feijão Comum Preto

O mercado segue calmo, e independente da grande diferença de preços em relação ao feijão carioca, os preços continuam recuando.

Desta forma, com o pico da colheita neste mês de maio no Paraná, principal estado produtor, e a entrada da oferta da safra Argentina, a tendência é de preços ainda mais baixos.

Fonte: Conab

Safra de maio\2022 – Algodão

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão  (Abrapa), Júlio Cézar Busato, é o entrevistado do Agricultura BR, do Canal do Boi. Ele avalia a safra 2021\2022 e a produção de algodão.

Fonte: Abrapa

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

As negociações do complexo soja estiveram lentas no mercado brasileiro ao longo da última semana e os preços, enfraquecidos. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário esteve atrelado à desvalorização do dólar frente ao Real, que torna commodities norte-americanas mais atrativas aos importadores em detrimento das brasileiras. Muitos consumidores domésticos também estiveram afastados das aquisições, à espera de crescimento na oferta. Esses agentes se fundamentam no baixo volume de soja comercializada da safra 2021/22 e na proximidade da colheita de milho, que tende a incentivar produtores a escoar parte desse remanescente da oleaginosa, para liberar espaço nos armazéns.

Algodão

Os preços do algodão em pluma seguem em patamares elevados. Na semana passada, o Indicador CEPEA/ESALQ se aproximou dos R$ 8,2/libra-peso. Pesquisadores do Cepea ressaltam, no entanto, que esse movimento de alta perdeu a intensidade nos últimos dias, devido às desvalorizações dos contratos externos. Além disso, as quedas do dólar e da paridade de exportação também limitam as altas no mercado doméstico, à medida que fizeram com que alguns vendedores, como tradings, ofertassem a pluma no spot nacional a valores menores.

Milho

Uma forte onda de frio passou pelo Brasil na semana passada, mas apenas algumas regiões produtoras do Paraná, de Mato Grosso do Sul e de Minas Gerais que registraram geadas. Segundo agentes, o fenômeno climático aconteceu com intensidades de baixas a moderadas, o que não deve resultar em grandes quebras na produção. Diante disso, agentes consultados pelo Cepea voltaram a se mostrar otimistas com a segunda temporada do cereal. Quanto às negociações, seguiram lentas, tendo em vista que agentes estiveram atentos ao clima frio e aos possíveis impactos sobre a produção. No geral, parte dos compradores se mostrou abastecida e à espera da colheita da segunda safra. Vendedores, por sua vez, estiveram afastados do spot, de olho no campo.

Arroz

Com a disponibilidade limitada por vendedores e a demanda ligeiramente maior, parte dos compradores elevou os valores ofertados pelo arroz em casca na última semana, reportando melhora nas vendas do cereal beneficiado. Porém, colaboradores do Cepea mencionaram dificuldades em adquirir lotes, o que, somado à desvalorização do dólar frente ao Real, limitou novos negócios e valorizações mais expressivas do casca. Assim, o Indicador CEPEA/IRGA-RS do arroz em casca (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) subiu ligeiro 0,72% entre 16 e 23 de maio, fechando a R$ 71,09 por saca de 50 quilos nessa segunda-feira, 23.

 Etanol

Os preços dos etanóis hidratado e anidro seguem oscilando no mercado spot do estado de São Paulo. Entre 16 e 20 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 3,3469/litro, recuo de 0,35% frente ao da semana anterior. Já no caso do anidro, houve alta de 0,61% no mesmo comparativo, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,8811/litro. Vale lembrar que, no período anterior, os movimentos desses Indicadores foram o oposto, com alta para o hidratado e queda para o anidro. De modo geral, os preços dos etanóis hidratado e anidro seguem sem tendência definida neste começo da temporada 2022/23. Ainda assim, os patamares atuais de ambos os biocombustíveis estão superiores aos do mesmo período de anos anteriores.

Açúcar

Os preços do açúcar cristal seguem em queda no mercado spot do estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, a produção nas usinas paulistas, que teve seu início tardio nesta temporada 2022/23, continua em ritmo inferior ao da safra passada, mas a disponibilidade do cristal Icumsa 180 vem aumentando no mercado spot paulista. Nessa segunda-feira, 23, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 131,97/saca de 50 kg, recuo de 2,5% no acumulado da parcial deste mês.

Boi

Pecuaristas têm aumentado os investimentos no setor, influenciados pela aquecida demanda internacional pela carne bovina brasileira e pelo – consequente – elevado patamar de preço do boi gordo. Nesse cenário, os abates já mostraram recuperação no primeiro trimestre de 2022. Segundo dados preliminares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foram abatidos no Brasil 6,907 milhões de animais entre janeiro e março deste ano, 4,73% a mais que em 2021. De janeiro a março de 2021, o volume de animais abatidos no Brasil somou apenas 6,595 milhões de cabeças, a menor quantidade para um primeiro trimestre desde 2009, ainda de acordo com dados do IBGE.

Previsão de chuva

Previsão de chuva – De 23 de maio a 7 de junho de 2022

De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados são previstos na faixa norte do país e no estado do Rio Grande do Sul.

Região Norte

São previstos maiores acumulados de chuva em grande parte do norte da região, com acumulados entre 20 e 70 mm. Em áreas do leste do Amazonas, Amapá e extremo norte do Pará, os volumes de chuva podem superar os 100 mm. Nas demais áreas da região, como no estado do Tocantins, Rondônia, Acre e sul do Amazonas e Pará, os acumulados de chuva previstos serão inferiores a 10 mm.

Região Nordeste

São previstos volumes de chuva abaixo de 10 mm em praticamente toda a região, exceto no noroeste do Maranhão, com acumulados próximos de 50 mm e na costa leste da região, com acumulados previstos entre 20 e 50 mm.

Centro-Oeste e Sudeste

Não são previstos acumulados de chuva significativos em praticamente todos os estados da região.

Região Sul

Os maiores acumulados previstos, entre 20 e 60 mm, irão se concentram no Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina, podendo chegar a valores superiores a 80 mm em áreas do norte e sudoeste do Rio Grande do Sul, ocasionados pela passagem de uma frente fria a partir do dia 27/05. No Paraná, são previstos baixos acumulados de chuva inferiores a 10 mm, principalmente no sul do estado.

Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (23/05/2022 e 30/05/2022). Fonte: INMET.

Previsão de chuva – De 31 de maio a 7 de junho de 2022

De acordo com o modelo de previsão numérica GFS, a semana poderá apresentar grandes acumulados de chuva em grande parte do oeste da Região Norte e nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.

Região Norte

São previstos acumulados entre 50 e 150 mm nos estados de Roraima, noroeste do Amazonas e extremo norte do Amapá. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 50 mm.

Região Nordeste

São previstos maiores acumulados de chuva, de até 70 mm, no norte do Maranhão, Piauí e na costa leste da região. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 50 mm.

Região Centro-Oeste

As chuvas deverão ser inferiores a 20 mm em praticamente toda a região, exceto em grande parte do Mato Grosso do Sul, onde são previstos acumulados de chuva acima de 70 mm.

Região Sudeste

Os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 50 mm, exceto na parte sul de São Paulo, onde o total de chuva pode chegar a 100 mm.

Região Sul

Os maiores acumulados de chuva previstos se concentrarão no estado do Paraná, norte de Santa Catarina e litoral do Rio Grande do Sul, podendo superar os 70 mm. Nas demais áreas, não são previstos acumulados de chuva menores que 40 mm.

Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (31/05/2022 e 07/06/2022). Fonte: GFS.

 CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online e sem custos!

Controle biológico: enfoque em manejo de lagartas com bioinseticidas

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

Qualifica Mulher

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira

Instituição promotora: Embrapa

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