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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

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GERAIS 

Produção de grãos é estimada em 269,3 milhões de toneladas na safra 2021/22

A sétima estimativa da safra de grãos 2021/22, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (7), aponta que a produção de grãos no país poderá atingir um total de 269,3 milhões de toneladas, o que representa 5,4% ou 13,8 milhões de toneladas superior à obtida na safra 2020/21. No entanto, em comparação ao primeiro levantamento da Companhia para a atual safra, quando a previsão era de 288,6 milhões de toneladas,  o volume representa uma redução de 6,7% ou 19,3 milhões de toneladas, devido às condições climáticas adversas observadas nos estados da Região Sul e no centro-sul de Mato Grosso do Sul, com perdas maiores na soja e no milho.

De acordo com o levantamento, a área plantada total no país está estimada em 72,9 milhões de hectares, ou seja, crescimento de 4,4% se comparada à safra 2020/21. Os maiores incrementos de área são observados na soja, com 4,1% ou 1,6 milhão de hectares e, no milho, com 6,5% ou 1,3 milhão de hectares.

Nos resultados por cultivo, a soja tem produção prevista em 122,4 milhões de toneladas, uma redução de 11,4% em relação à safra anterior.

Fonte: Conab

Governo regulamenta desconto de 35,2% nos financiamentos para produtores rurais atingidos pela seca

O governo federal autorizou um desconto de 35,2% sobre o valor das parcelas das operações de crédito rural contratadas no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para os produtores rurais prejudicados por seca ou estiagem nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O decreto Nº 11.029, que dispõe sobre a concessão do rebate, foi publicado nesta sexta-feira (1º), em edição extra do Diário Oficial da União.

O desconto vale para as parcelas das operações de crédito rural de custeio e de investimento vencidas e vincendas no período de 1º de janeiro a 31 de julho de 2022.  As operações devem ter sido contratadas até 31 de dezembro de 2021 e estar em situação de adimplência ou regularizadas até 31 de julho de 2022. Outra exigência é que o produtor tenha o registro de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ou inscrição no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF).

Fonte: Mapa

Títulos de propriedade rural são entregues para famílias assentadas

O Governo Federal iniciou uma força-tarefa para garantir a titulação de terras a um grande número de famílias assentadas no país. A expectativa é entregar pelo menos 50 mil títulos em abril.

Os títulos são concedidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Com o título, o produtor se torna o dono da terra, passa a ter acesso a crédito rural para investir, assistência técnica, elimina intermediários e ganha independência e liberdade para o desenvolvimento em sua área.

Além de garantir segurança jurídica aos assentados, a titulação movimenta a economia local, reduz conflitos fundiários, grilagem de terras e desmatamento ilegal.

Nos últimos três anos, o Incra disponibilizou mais de R$ 689 milhões em crédito para famílias assentadas, por meio do Crédito Instalação.

Fonte: Mapa

PRODUÇÃO

Consórcio cana-milho é alternativa promissora

Estudos da Embrapa apontam que o consórcio com o milho garante resultados mais rápidos e rentáveis ao setor produtivo da cana-de-açúcar, no bioma Cerrado. A tecnologia permite antecipar o plantio da cultura da cana-de-açúcar para o início do período chuvoso, o que amplia a janela de plantio e “desafoga” a implantação do canavial, que é mais concentrada no mês de março.

Fonte: Embrapa

Cuidados para obtenção de manivas de mandioca de qualidade

A seleção de manivas ou estacas-semente para formação de novos cultivos de mandioca é uma prática comum entre agricultores familiares. De acordo com o analista da Embrapa Acre, Lauro Lessa, escolher e preparar as estacas com base em recomendações técnicas, ajuda a garantir materiais propagativos com alta capacidade de germinação, assegura a boa formação do mandiocal e evita prejuízos na produção.

Cuidados como o uso da quantidade adequada de manivas por hectare e realização de tratos culturais, como capinas regulares e controle de pragas e doenças, também contribuem para o bom desenvolvimento dos cultivos e alta produtividade de raízes.

Fonte: Embrapa

Impactos de La Niña no Sul de Mato Grosso do Sul

A elevada dependência das condições climáticas faz da agricultura uma atividade econômica com alto risco associado, podendo ser influenciada por diversos fatores, desde o plantio até a colheita.

Por isso, é importante entendermos os padrões do clima para tentarmos antever eventos futuros que possam ser potencialmente prejudiciais, ainda em tempo de amenizá-los. Essa não tem se revelado uma tarefa fácil para a região Centro-Sul do Brasil, particularmente nesses últimos anos, com o comportamento bastante diferenciado do clima quando se confrontam as séries históricas.

Com o início do outono, ocorrido em 20 de março, já seriam esperadas grandes mudanças nas condições climáticas. Reduções significativas das chuvas e das temperaturas são normais nesse período, contudo, a irregularidade dos eventos observados no passado recente parece destoar do padrão esperado.

Muito do que tem acontecido recentemente pode ser atribuído à ocorrência do fenômeno La Niña (resfriamento do Oceano Pacífico na região costeira do Peru). Esse fenômeno costuma provocar irregularidade e diminuição das chuvas na Argentina, Paraguai e região Sul do Brasil, enquanto são esperadas mais chuvas nas regiões Centro-Oeste e Nordeste.

Previsões – As previsões indicam que o fenômeno La Niña deverá ainda persistir por um bom tempo. As estimativas consideram que o fenômeno perdure até setembro/outubro, ou seja, praticamente até o início da próxima safra de verão.

Este é um ciclo de La Niña que está se estendendo por três anos, algo que chama a atenção, mas é de ocorrência relativamente comum na série histórica. Mantido esse cenário, a maior probabilidade é de persistir para este ano a previsão de chuvas abaixo da média e mal distribuídas, embora possa haver excessos em meses isolados. Apesar das chuvas abundantes em março, ainda podem ocorrer períodos de estiagem nos meses subsequentes. Problema maior que a redução dos volumes de chuvas é a má distribuição, ou seja, excesso ou falta em momentos críticos dos cultivos.

Outro efeito esperado de La Niña é que, assim como no ano passado, tenhamos temperaturas mais baixas no outono/inverno. Ainda teremos períodos relativamente amenos, mas intercalados com ondas de frio. As baixas temperaturas chegarão mais cedo e serão mais intensas e duradouras. A expectativa é de que esses eventos passem a ocorrer já no final de abril e início de maio e perdurem pelos meses seguintes, abrindo a possibilidade de termos geadas tardias em meses como agosto e setembro.

Fonte: Embrapa

Publicado o Zoneamento Agrícola do feijão de primeira safra

Foram publicadas na última quarta-feira (06) as portarias com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) ano-safra 2022/2023, para o cultivo do feijão 1ª safra para 14 estados: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A publicação das portarias foi antecipada para permitir que produtores rurais, assistência técnica, agentes financeiros, seguradoras e demais entidades que utilizam os indicativos do Zarc possam ter mais tempo para o planejamento da safra.

O calendário de semeadura inicia no mês de julho para alguns municípios do Paraná. Já para a maioria dos outros estados, o início se dá nos meses de setembro e outubro.

Zarc – o Zarc é o estudo que orienta a contratação do seguro rural e a concessão do crédito de custeio oficial. O zoneamento indica os períodos de plantio menos arriscados e relaciona as cultivares mais adaptadas a cada região.

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só permitem o acesso ao crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento.

Fonte: Mapa

Futuras cultivares de algodoeiro são testadas no Paraná e em São Paulo

A Embrapa Algodão está testando novas linhagens e cultivares de algodoeiro no Paraná e em São Paulo, com o objetivo de apoiar os produtores desses estados no aprimoramento e na ampliação do cultivo. Os materiais em teste fazem parte dos ensaios de valor de cultivo e uso (VCU), que estão sendo realizados nesses estados em parceria com a Associação dos Cotonicultores do Paraná – Acopar e a Associação Paulista dos Produtores de Algodão – APPA.

Na segunda semana de março, os pesquisadores Camilo Morello e Nelson Suassuna, da Embrapa Algodão, que atuam no programa de melhoramento do algodoeiro da Embrapa, estiveram nos dois estados acompanhando os experimentos. No Paraná, os estudos estão sendo conduzidos na estação experimental do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IDR, em Cambará.

“Dos 36 genótipos em teste no Paraná, nessa primeira avaliação, 13 linhagens foram identificadas com excelente adaptação ao ambiente, apresentando bom desenvolvimento das plantas e elevada formação de estruturas reprodutivas”, relata Camilo Morello.

Em São Paulo, os ensaios de VCU estão sendo conduzidos na área dos produtores Jacobus Derks e Thomas Derk, no distrito de Holambra II, município de Paranapanema.

Lá estão sendo testados também 36 materiais, com destaque para cinco linhagens com crescimento mais determinado e melhor ajuste à “janela de cultivo”.

Segundo os pesquisadores, um tema recorrente nas avaliações em ambos os locais foi o avanço genético para a melhoria da qualidade de fibra, para padrão superior ao que está atualmente em produção.

Os ensaios buscam identificar genótipos de melhor adaptação quanto a produtividade, sanidade e qualidade da fibra.

São Paulo e Paraná já foram os maiores produtores de algodão do Brasil entre meados da década de 1970 e meados da década de 1990. Em seguida, a produção entrou em declínio e migrou para o Cerrado.

Fonte: Embrapa

Aprosoja Brasil conhece pesquisa sobre remineralizadores de solo

Uma comitiva de representantes da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME) esteve na Embrapa Cerrados para conhecer de perto o trabalho da Unidade com os remineralizadores de solo, mais conhecidos como pós de rocha, pesquisa na qual o órgão é um dos parceiros. A visita técnica foi realizada na manhã do dia 31 de março.

Os remineralizadores de solos são insumos minerais obtidos de rochas silicáticas moídas. Têm potencial para atuar como condicionadores de solo e fornecedores de nutrientes regionais, além de formarem novas fases minerais funcionais no solo. Para serem eficazes, necessitam da interação com insumos biológicos ou de solos com elevada atividade biológica. No Plano Nacional de Fertilizantes, lançado em março pelo Governo Federal, os remineralizadores de solo estão classificados como cadeia emergente de subprodutos com potencial de uso agrícola.

Cerca de 30 produtos classificados como remineralizadores de solo e substratos para plantas já estão registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atendendo às exigências da Instrução Normativa nº 5, de 10 de março de 2016. Estima-se que esses produtos já sejam utilizados em 5 milhões de hectares no País.

A demanda da agricultura brasileira pelos fertilizantes de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) é crescente, sendo que mais de 80% deles são importados, enquanto houve redução da produção nacional de cerca de 30% nos últimos 20 anos.

Ao final da visita técnica, os técnicos do MME conheceram, nos campos experimentais da Unidade, o experimento de longa duração implantado na safra 2021/22, no qual foram plantadas seis variedades de soja com diferentes ciclos interagindo com diversos tipos de remineralizadores de solo e bioinsumos.

Fonte: Embrapa

Mapa monitora resíduos de agrotóxicos em maçãs de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Auditores fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizam até julho um monitoramento dos resíduos de agrotóxico da atual safra de maçãs em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, regiões onde se concentra a produção da fruta. A ação faz parte do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal) e tem como objetivo manter a fruta em níveis seguros para consumo da sociedade.

De acordo com o sistema Agrostat do Mapa, a maçã é uma das principais frutas exportadas pelo Brasil, com faturamento de US$ 73,8 milhões em 2021. Os principais destinos são Índia, Bangladesh, Rússia, União Europeia e Reino Unido.

A fiscalização e a amostragem das maçãs está sendo feita na fase anterior ao comércio, ou seja, nas classificadoras e empacotadoras da fruta.

Segundo levantamento do PNCRC/Vegetal, desde 2016, a produção de maçã vem apresentando conformidade de 97,3%, o que significa que o produto comercializado é seguro para o consumo.

PNCRC Vegetal – o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal tem como objetivo monitorar e fiscalizar os resíduos de defensivos agrícolas e de contaminantes químicos e biológicos em produtos de origem vegetal.

Ao constatar produtos vegetais com excesso de resíduos de agrotóxicos, o Mapa autua os responsáveis com multas que podem chegar a R$ 532 mil reais por lote.

O PNCRC tem seus resultados divulgados anualmente pelo Ministério e podem ser consultados aqui.

Fonte: Mapa

Sequenciamento do genoma da braquiária (Urochloa ruziziensis) potencializa o lançamento de novas forrageiras

Com o uso de tecnologias de sequenciamento de DNA e bioinformática de última geração, pesquisadores da Embrapa montaram o genoma da Urochloa ruziziensis, uma das gramíneas forrageiras mais utilizadas na agropecuária tropical, especialmente em sistemas de integração. As informações geradas a partir do genoma dessa espécie de braquiária darão suporte ao desenvolvimento de cultivares forrageiras de forma mais precisa e dinâmica. Dessa forma, os programas de melhoramento genético de forrageiras poderão solucionar problemas da agropecuária com maior eficiência e agilidade ao disponibilizarem cultivares melhoradas em menor tempo.

Marco Pessoa Filho, pesquisador da Embrapa Cerrados (DF), explica que a U. ruziziensis tem proximidade evolutiva com as demais espécies do gênero Urochloa mais utilizadas nas pastagens tropicais cultivadas – U. brizantha, U. decumbens e U. humidicola. Mas enquanto essas espécies são apomíticas, ou seja, se reproduzem de forma assexuada, gerando sementes clonais sem troca de material genético, a U. ruziziensis tem modo de reprodução sexual, por meio da troca de pólen.

Por essa característica, uma vantagem da U. ruziziensis, segundo o pesquisador, é a possibilidade de recombinar a diversidade genética da espécie por cruzamentos e de selecionar as melhores combinações por melhoramento genético clássico, sem as limitações das espécies apomíticas, cujas cultivares são geralmente obtidas a partir de acessos (amostras coletadas no campo e que representam a variação genética de uma população ou de um indivíduo propagado por clones), o que limita a variabilidade genética; ou por cruzamento entre diferentes espécies, o que em alguns casos pode resultar em problemas de compatibilidade e produção de sementes.

Fonte: Embrapa

Modelagem computacional avalia cenários de emissões de gases de efeito estufa

O pesquisador Antonio Carlos Freitas, da Embrapa Cocais, participa do recém-lançado Projeto SENSE – ação multi-institucional e internacional que se dedicará à inovação dos processos de mitigação da emissão de gases de efeito estufa (GEE) em Sistemas Agrícolas – com o modelo computacional DNDC – “Desnitrificação e Decomposição” de adubos orgânicos/fertilizantes. O Projeto SENSE representa novo estágio das pesquisas diante de cenários de incertezas – como escassez de insumos e eventos extremos (chuva e seca por exemplo) – o que demanda aplicação de técnicas de simulação computacional, possibilitando estudar cenários para minimizar incertezas e prejuízos.

Projeto SENSE – a especialização, a intensificação e a separação espacial dos sistemas de produção agrícola, pecuária e florestal são forte empecilho à sustentabilidade da diversidade ecológica e do equilíbrio climático. Sistemas circulares, como a ILPF, oferecem oportunidades para reduzir esses impactos ambientais e têm sido propostos para aumentar a eficiência do uso de recursos.

Assim, entender melhor o sistema e promover circularidade mais ajustada contribui para minimizar a pegada ambiental da agricultura. Esse é o objetivo do SENSE, melhorar a circularidade dos sistemas, promovendo a reciclagem e redução da entrada de insumos externos pelo aumento de eficiência. É uma nova etapa dos estudos sobre temas já presentes na pesquisa da Embrapa, como ILP, ILPF, adaptação a mudança do clima e mitigação de GEE.

Fonte: Embrapa

MERCADO

Preços de etanol e açúcar apresentam alta no mercado em março

Após a queda nos preços de açúcar registrada nos dois primeiros meses do ano, o produto volta a registrar valorização em março. De acordo com a conjuntura mensal sobre a cana-de-açúcar, publicada nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a alta segue o comportamento do mercado externo, em um movimento influenciado pelo aumento das cotações de petróleo. Todavia, essa elevação no cenário doméstico tende a ser limitada devido à aproximação da safra 2022/23 de cana, com perspectiva de recuperação da produção, além da valorização do real frente ao dólar.

Alta também nos preços do etanol, seguindo a valorização do barril de petróleo no mercado internacional, bem como a melhora na competitividade do biocombustível em relação à gasolina. Além disso, o avanço no controle do Covid-19 também favorece a perspectiva de fortalecimento do consumo no início da safra 2022/23.

Exportações – A venda de açúcar para o mercado externo nos onze meses da safra 2021/22 alcançou cerca de 24,5 milhões de toneladas, uma redução de 18,8% na comparação com igual período do ciclo anterior. Queda também para as exportações de etanol. No caso do biocombustível a redução chega a 41,4% no acumulado dos onze meses da safra 2021/22. De acordo com a análise da Conab, o menor volume de venda para o mercado externo é explicado pela quebra da produção na temporada e por problemas logísticos no transporte marítimo internacional.

Segundo estimativa da Companhia, a produção de cana-de-açúcar no Brasil deve ser de 568,4 milhões de toneladas na safra 2021/22, uma queda de 13,2% na comparação com a produção de 654,5 milhões de toneladas do ciclo anterior. Essa redução se deve à uma menor área cultivada aliada a uma menor produtividade dos canaviais em razão da seca e das geadas do último inverno.

Fonte: Conab

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

PRODUTO COTAÇÃO
Soja Os preços da soja caíram no Brasil nos últimos dias, pressionados pela desvalorização do dólar frente ao Real, de 1,7% entre 25 de março e 1º de abril – considerando-se a média mensal, a queda da moeda norte-americana foi de 4,4% de fevereiro para março, a R$ 4,97 no último mês, a menor nominal em dois anos.

As cotações domésticas também foram influenciadas por estimativas do USDA indicando aumento da área de soja nos Estados Unidos na safra 22/23. O Departamento estima que a semeadura norte-americana some 91 milhões de acres (36,8264 milhões de hectares), um recorde. Além disso, o avanço da colheita da safra 21/22 na América do Sul também pesou sobre os valores internos da oleaginosa, mesmo que o volume total a ser produzido seja bem menor que o da temporada anterior.

Entre 25 de março e 1º de abril, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná cederam significativos 7,6% e 5,6%, com respectivos fechamentos de R$ 178,54 e de R$ 178,94/saca de 60 kg na sexta-feira, 1º. Ainda assim, de fevereiro para março, a média do Indicador Paranaguá subiu 2,3%, a R$ 199,60/sc de 60 kg, a segunda maior da história, em termos reais, abaixo apenas da de novembro/20. O Indicador Paraná avançou 2,2% de fevereiro para março, a R$ 195,85/sc de 60 kg, o maior desde novembro/20, em termos reais.

Algodão As cotações do algodão em pluma subiram em boa parte de março. O Indicador CEPEA/ESALQ subiu 5,41% no acumulado do mês, fechando a R$ 7,2585/lp no dia 31 – no dia 29 de março, especificamente, o Indicador atingiu R$ 7,2799/lp, máxima nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 1996. A média do Indicador em março foi de R$ 7,0445/lp, a maior da série do Cepea, em termos nominais. Já em termos reais (IGP-DI – fevereiro/22), a média ficou 0,92% acima da de fevereiro/22 e 24,67% maior que a de março/21, sendo, também, a maior desde abril/11 (quando esteve em R$ 8,7215/lp, em termos reais). O impulso veio especialmente da posição firme de vendedores, que estiveram atentos às elevações dos valores internacionais e da paridade de exportação. Do lado comprador, boa parte seguiu sem interesse para novas aquisições, mas os agentes com necessidade imediata tiveram que ceder e pagar valores mais altos.
Milho Os preços do milho seguem acumulando quedas no mercado brasileiro. No geral, o movimento de baixa esteve mais intenso no início da última semana, quando vendedores, com necessidade de “fazer caixa”, estavam mais flexíveis nos valores de negociação.

Já a partir da quarta-feira, 30, muitos produtores se afastaram do spot nacional, reduzindo o ritmo de desvalorização do cereal. Do lado comprador, segundo colaboradores do Cepea, boa parte já havia aproveitado os menores preços no começo da semana e recomposto os estoques e, nesses últimos dias, também reduziram as aquisições. Nesse cenário, a liquidez esteve menor.

Entre 25 de março e 1º de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu fortes 5,1%, fechando a R$ 92,04/saca de 60 kg na sexta-feira, 1º. Já a média mensal do Indicador foi de R$ 99,69/sc em março, alta de 3% sobre a de fevereiro.

Arroz Historicamente, os preços do arroz em casca apresentam movimento de baixa no primeiro trimestre do ano, devido ao período de colheita. No entanto, no início de 2022, o comportamento dos valores foi diferente: a média do Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) saltou de R$ 62,47/sc de 50 kg em dezembro/21 para R$ 75,71/sc em março/22, em termos nominais, forte aumento de 21,2% no período.

Desde o início da série de preços do arroz do Cepea, em 2005, este movimento de alta no primeiro trimestre só havia sido observado em 2012 e 2020 – a elevação neste ano é a maior da série para o período considerado. O forte avanço é resultado da demanda acima da oferta e de reajustes positivos nos valores, devido à necessidade de reposição de estoques em determinados períodos. Do lado vendedor, produtores mantiveram a postura cautelosa e seguiram limitando os lotes para venda.

Etanol Os valores dos etanóis anidro e hidratado subiram de 28 de março e a 1º de abril no mercado paulista. O Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado fechou a R$ 3,4135/litro, elevação de 4,26% frente ao período anterior. No caso do anidro, o aumento foi de 1,7%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,8288/litro.

O período foi caracterizado por pequenas oscilações nos valores. Ainda assim, com a menor oferta em função dos baixos estoques, as cotações se mantiveram elevadas. Algumas distribuidoras também voltaram ao mercado spot, negociando volumes maiores. SAFRA 2021/22 – De abril/21 a março/22, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado teve média de R$ 3,2752/litro, alta de 34,6% na comparação com os R$ 2,4336/litro de igual período da temporada anterior, em termos reais (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-M de março/22). No caso do etanol anidro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 3,7714/litro na safra 2021/22, 38,5% superior à da temporada anterior.

Açúcar Os preços médios do açúcar cristal seguiram em alta no mercado spot do estado de São Paulo na última semana oficial da entressafra 2021/22. De acordo com dados do Cepea, de 28 de março a 1º de abril, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 141,58/saca de 50 kg, avanço de 1,51% em relação à da semana anterior (de R$ 139,47/sc). Pesquisadores afirmam que a sustentação dos preços tem sido atribuída a estoques limitados do cristal Icumsa até 180 nas usinas. A demanda, por sua vez, não tem dado sinais de aquecimento.
Boi Os embarques de carne bovina in natura registraram desempenho recorde para o mês de março, cenário que seguiu sustentando as cotações do animal para abate. Em março, foram exportadas 169,41 mil toneladas do produto in natura, um recorde para o mês, com avanços de 6,48% frente ao mês anterior e de 26,6% em relação ao mesmo mês de 2021, segundo dados da Secex. Quanto ao Indicador CEPEA/B3, atingiu, no dia 24 de março, a máxima nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 1994, de R$ 352,05.

Neste início de abril, os valores seguem firmes: a elevação do Indicador CEPEA/B3 entre 31 de março e 6 de abril foi de 4,16%, a R$ 336,70.

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão de chuva – 04/04/2022 – 11/04/2022

De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados de chuva deverão se concentrar no Pará, norte do Maranhão e do Piauí, assim como no centro-norte do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina.

REGIÃO PREVISÃO DE CHUVA
Sul Volumes de chuvas significativas são previstos, entre 70 e 200 mm, no centro-norte do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina. Nas demais áreas da região, não estão previstos grandes acumulados de chuva que ultrapassem os 50 mm.
Sudeste A previsão indica acumulados de chuvas no litoral de São Paulo, em grande parte do Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo, chegando a 50 mm. Em áreas do estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, os acumulados de chuva deverão ficar abaixo de 40 mm. No Espírito Santo e grande parte do centro-norte e leste de Minas Gerais, são previstos acumulados abaixo de 10 mm.
Centro-Oeste São previstos menores volumes de chuva na região, que não deverão passar de 50 mm.
Nordeste São previstos acumulados abaixo de 10 mm em grande parte da Bahia. Destaques de maiores acumulados de chuva são previstos para o Ceará, norte do Piauí e grande parte do Maranhão, podendo chegar a 150 mm.
MATOPIBA Os acumulados de chuva previstos, com exceção de parte da Bahia, poderão variar entre 10 e 50 mm em grande parte da região, porém no Maranhão e norte do Tocantins e Piauí, são previstos acumulados de chuva podendo chegar a 150 mm nos próximos dias.
Norte São previstos maiores acumulados de chuva no oeste do Amazonas, nordeste do Pará, oeste do Acre e sul do Amapá, com acumulados ficando entre 80 e 150 mm. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos, não ultrapassarão os 80 mm, principalmente em Rondônia onde os volumes deverão ocorrer entre 20 e 60 mm.

Figura 1. Previsão de chuva para o período entre 04/04/ e 11/04/2022.

Previsão de chuva – 12/04/2022 – 20/04/2022

Segundo o modelo de previsão numérica GFS, a semana poderá apresentar grandes acumulados de chuva na Região Norte, norte do Maranhão, do Piauí e Ceará, além do norte do Mato Grosso.

REGIÃO PREVISÃO DE CHUVA
Sul São previstos os volumes de chuva abaixo de 50 mm em praticamente toda a região, com exceção da porção oeste do Paraná, onde as chuvas poderão chegar aos 80 mm.
Sudeste A previsão indica acumulados de chuvas inferiores a 40 mm em áreas do centro-norte de São Paulo e partes sul e oeste de Minas Gerais. Nas demais áreas, são previstos acumulados que poderão chegar até 60 mm.
Centro-Oeste Os volumes de chuva não deverão ultrapassar os 50 mm, exceto no norte de Mato Grosso, onde poderá ocorrer chuvas de até 100 mm.
Nordeste São previstos acumulados abaixo de 50 mm em grande parte da região. Os maiores acumulados de chuva estão previstos para o Ceará, norte do Piauí e grande parte do Maranhão, podendo chegar a 150 mm.
Norte São previstos acumulados entre 60 e 200 mm em todos os estados da região, exceto no Tocantins, onde os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 90 mm.

Figura 2. Previsão de chuva para o período de 12/04/22 a 20/04/2022.

CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online e sem custos!

Data Evento Instituição promotora Link de acesso
Contínuo Qualifica Mulher

  • Hortas em pequenos espaços
  • Produção de hortaliças PANC para consumo doméstico
  • Plantas aromáticas e condimentares: identificação e cultivo
  • Meliponicultura urbana: abelhas sem ferrão
  • Gestão de Hortas Pedagógicas
  • Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita
  • Meliponicultura: criação de espécies de abelhas sem ferrão
Embrapa Clique aqui
19/04/22

(09:00)

Anúncio do 4º Boletim Hortigranjeiro Prohort 2022 Conab Clique aqui
Contínuo Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira Embrapa Clique aqui
Contínuo RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca Embrapa Clique aqui
Contínuo Apicultura para Iniciantes Embrapa Clique aqui
Contínuo Curso de Viticultura Tropical no Semiárido Embrapa Clique aqui
17/02/22

a

31/12/22

Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas Embrapa Clique aqui
Contínuo Produção de mudas de cajueiro – enxertia Embrapa Clique aqui
Contínuo Viticultura Tropical no Semiárido Embrapa Clique aqui
Contínuo Apicultura para Iniciantes Embrapa Clique aqui

 

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Espaço para parceiros do Agro aqui

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