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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

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GERAIS

 Valor Bruto da Produção Agropecuária é estimado em R$ 1,208 trilhão em 2022

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para 2022 está estimado em R$ 1,208 trilhão, superior em 3,1% em relação a 2021 (R$ 1,172 trilhão). De acordo com a Secretaria de Política Agrícola do Mapa, as lavouras tiveram alta de 8,8% e a pecuária, retração de -9,1%.

A soja representa 40,7% do VBP das lavouras, porém abaixo do resultado obtido em 2021, que foi de 47,4%. Outros produtos com bom desempenho são: algodão, café, cana-de-açúcar e milho, também com recordes no valor da produção deste ano.

“Banana, feijão, laranja, mandioca e batata destacam-se como os que tiveram melhor desempenho entre os produtos analisados. O fator mais relevante no comportamento das lavouras vem sendo os preços agrícolas, que pelo segundo ano mantem-se em níveis favoráveis aos produtores. Há um grupo pequeno de produtos formado por arroz, cacau e soja, que por razões de preços mais baixos ou quantidades produzidas menores, tem apresentado reduções do VBP. Entre esses, as maiores retrações são observadas em arroz, cacau, trigo e soja”, destaca a nota da secretaria.

Em relação à pecuária, carne bovina e de frango apresentam as maiores retrações.

Conforme a nota, os preços de fevereiro, usados para o cálculo do VBP, “estejam também incorporando parte das incertezas criadas pelo conflito na Ucrânia. De modo ainda preliminar, vale observar os possíveis efeitos da elevação ocorrida nos preços dos combustíveis neste mês de março, em decorrência da alta mundial do preço do petróleo”.

No entanto, o VBP não deve ser afetado, pois as atividades que compõem o indicador já foram quase totalmente finalizadas, por representarem a produção primária.

O que é VBP

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. Calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária, e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil. O valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas. A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.

Fonte: Mapa

Mapa negocia medidas para auxiliar agricultores afetados pela estiagem

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) negocia as medidas que serão adotadas para minimizar os prejuízos causados pela estiagem nos estados do Sul e no Mato Grosso do Sul. Entre elas, está o “rebate” (desconto) no pagamento da dívida dos produtores rurais amparados pelo Pronaf, que foram prejudicados e que não dispõem de seguro rural ou Proagro, a exemplo dos pecuaristas – incluídas as atividades de bovinocultura, avicultura, suinocultura, ovinocaprinocultura, piscicultura, entre outras. O rebate será aplicado também sobre as parcelas de investimento.

A medida deverá contar com R$ 1,2 bilhão, oriundo de crédito extraordinário, a ser autorizado mediante edição de Medida Provisória. Poderão ser abrangidas as parcelas das dívidas vincendas e vencidas até 30 de junho deste ano e beneficiados os produtores que estavam adimplentes até 31 de dezembro de 2021. No limite, o rebate poderá alcançar até 58% do valor da parcela devida.

O Ministério espera a conclusão desta medida para os próximos dias.

Outra medida que está sendo viabilizada é a reabertura das linhas de financiamentos, custeio e investimento, com recursos equalizáveis, que estão suspensas desde o dia 7 de fevereiro, por razões de indisponibilidade orçamentária. Para tanto, será submetido à apreciação do Congresso Nacional, PLN 01/22 de crédito suplementar da ordem de R$ 800 milhões. Com isso, será possível a retomada das linhas de financiamento de custeio e de investimento no âmbito do crédito rural.

Esses recursos possibilitarão que cerca de R$ 24 bilhões em novas operações de financiamentos sejam contratadas até o final desta safra, 30 de junho de 2022. A expectativa é de que a situação esteja normalizada nos próximos dias.

Outra proposta que está na mesa das negociações com a equipe econômica diz respeito à prorrogação das dívidas de crédito rural, com vencimentos no ano de 2022, dos produtores rurais, incluindo os do Pronaf, Pronamp (médios produtores rurais) e demais produtores dos municípios que decretaram estado de calamidade ou situação de emergência, cuja produção e renda foram comprometidas. A proposta abrangerá os financiamentos de custeio e de investimentos, inclusive de dívidas que já foram objeto de prorrogações anteriores. Assim, o Mapa está em negociações com a área econômica e com o Congresso Nacional para viabilizar a alocação dos recursos necessários para o estabelecimento desta medida, estimados em R$ 600 milhões.

Fonte: Mapa

Brasil amplia países parceiros para exportação

Desde janeiro de 2019, o governo brasileiro abriu mais de 200 novos mercados para produtos da agropecuária brasileira. O montante foi conquistado esta semana, com a abertura de mais dois mercados para o Canadá: de carnes bovina e suína. No total, mais 51 países passaram a receber alimentos e tecnologia em um comércio cada vez mais globalizado do agronegócio.

Somente em 2022, já foram abertos 15 novos mercados. Outros 77 foram registrados em 2021 e 74, em 2020. Em 2019, 35 mercados entraram para a lista de exportação do Brasil.

O trabalho realizado pelo Mapa permite a diversificação de possibilidades de exportação para os produtores brasileiros, com o propósito de reduzir a concentração da pauta exportadora tanto em produtos, quanto em destinos. Aberturas de mercados são resultado de negociações bilaterais que culminam no acordo dos parâmetros de sanidade a serem atestados e do certificado correspondente, sanitário, fitossanitário ou veterinário, que passará a ser aceito pelo país importador nos pontos de entrada da mercadoria.

A abertura de mercado, no entanto, não significa a ampliação imediata do comércio. É preciso, ainda, um trabalho de preparação do produtor e do exportador para atender às demandas de cada um desses novos clientes, além do desenvolvimento de atividades de promoção comercial e de divulgação.

Variedade

A ampliação da pauta de exportações de produtos agropecuários superou a marca de 200 mercados reforçando a sua importância para a soberania alimentar do mundo. Além de garantir a produção para consumo nacional, nos últimos três anos uma variedade de produtos nacionais chegou aos mais diversos países.

O Brasil é o quarto maior produtor mundial de grãos (arroz, cevada, soja, milho e trigo), atrás apenas de China, Estados Unidos e Índia, sendo responsável por 7,8% da produção total mundial, e o segundo maior exportador de grãos do mundo, com 19%, alcançando US$ 37 bilhões em 2020.

Soja, açúcar, café, carne de aves e carne bovina encabeçam a lista de novos mercados abertos pelo Brasil. Foram 24 mercados internacionais para as sementes brasileiras, 24 para produtos bovinos, 22 para animais vivos, 19 para produtos de aves.

No entanto, os mercados externos não contemplam apenas a venda de produtos tradicionais dos quais o Brasil já é um grande exportador. Roedores para o zoológico do Chile e até milho de pipoca para a Colômbia estão na lista.

Vizinha, a Argentina é o país com o maior número de novos mercados abertos para os produtos brasileiros, somando 27. Neste ano, o país sul-americano passou a importar do Brasil vergalho bovino para a produção de chews para pets. O produto bovino serve de petisco para animais como cachorros morderem por ser bastante resistente, auxiliando também na limpeza dos dentes dos animais domésticos.

Para o país vizinho ainda são vendidos carne de anfíbios e aparas de pele de bovinos para gelatina.

Tecnologia exportada

Já para o Egito, segundo país com o maior número de novos mercados brasileiros abertos, as carnes bovinas e de frango são o destaque. Desde 2021, o país africano vem negociando sementes de hortaliças, frutas e verduras. Beringela, melancia, pepino, tomate, pimentão, pimenta, abóbora, milho, linho e cenoura estão na lista.

Na avaliação do adido agrícola do Brasil no Egito, Cesar Simas Teles, essas recentes aberturas de mercado constroem uma parceria muito interessante, pois permitem a exportação de um produto com maior valor agregado. “Estamos vendendo tecnologia neste caso. Isso ainda permite que as nossas empresas tenham uma base internacional, já que o governo local tem como objetivo atrair representantes brasileiros para produzir as sementes in loco e abastecerem a demanda local, utilizando o Egito como plataforma para a exportação para outros países na África e Ásia”.

Os adidos atuam como embaixadores do agronegócio brasileiro. Dos 201 mercados internacionais abertos, 63% deles estão em países com representação dos adidos agrícolas. São eles que negociam o acesso aos países estrangeiros, promovem a comercialização de produtos, monitoram a legislação do local de importação para que todos os critérios sanitários e fitossanitários sejam atendidos, além de intervir junto aos governos brasileiro e local caso haja algum entrave comercial.

Dos produtos exportados pelo Brasil, a tecnologia também está presente no material genético de aves, como os ovos férteis que chegam a Marrocos, Camarões, Japão, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Uganda, África do Sul.

Já para a Argentina, o Canadá, Zâmbia, Qatar, Mianmar, Camboja, Iêmen, Cuba e Irã são comercializados material genético bovino como sêmen e embriões. A Argentina ainda tem mercado para o sêmen suíno. E para os Estados Unidos e Paraguai seguem embriões e sêmen equino. No total, o material genético tanto avícola quanto bovino, suíno, equino e bubalino somam 32 mercados abertos pelo Brasil desde 2019.

Os países com mercados abertos para os produtos do agronegócio brasileiro somam 51 países, sendo 24 asiáticos, 18 americanos, oito africanos e um da Oceania.

Categorias
Semente 24
Produtos de bovinos 24
Animais vivos 22
Produtos de aves 19
Material Genético Bovino 17
Plantas 13
Material Genético Avícola 12
Fruta 11
Ração animal 10
Produtos de suínos 10
Lácteos 8
Pescado 7
Produto de Pescado 3
Castanhas 2
Cereais 2
Pele de animais 2
Produtos de ovinos 2
Material Genético Equino 2
Cera animal 1
Chá 1
Material Genético Suíno 1
Produtos de anfíbios 1
Tabaco 1
Produto de Equino 1
Leguminosa 1
Produto de Ruminantes 1
Tubérculo 1
Produto de caprinos 1
Alimentos processados 1

Fonte: Mapa

 Nova cultivar de arroz – BRS A706 CL

A Embrapa lançou na última terça-feira (15/03), a cultivar de arroz para sistemas irrigados BRS A706 CL. Essa tecnologia foi originada pelo Programa de Melhoramento de Arroz da Embrapa e parceiros e tem como uma de suas mais destacadas características agronômicas aliar o ciclo médio de planta ao Sistema de Produção Clearfield®, de manejo para o controle de plantas daninhas e que foi desenvolvido pela BASF.

Na abertura do evento, o chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão, Elcio Guimarães, destacou a abrangência do esforço de lançamento de novas cultivares. “Há 47 anos o Programa de Melhoramento de Arroz da Embrapa, que nós chamamos de MelhorArroz, vem trabalhando no desenvolvimento de cultivares para diferentes sistemas de produção brasileiro. O sistema de produção de arroz irrigado é um deles e possui âmbito nacional, portanto, engloba tanto regiões tropicais quanto subtropicais; e a Embrapa é a única empresa que atua fortemente na região tropical do Pais e que também produz cultivares com genética de ampla adaptação a todo território nacional”.

Segundo Guimarães, a BRS A706 CL é uma nova cultivar de arroz irrigado, fruto de um longo trabalho de toda a equipe da Embrapa e de um grande número de parceiros envolvidos nesse processo, tanto externos quanto internos, em especial, os sementeiros Brazeiro Sementes, Uniggel Sementes e Sementes Simão que apoiaram financeiramente a pesquisa. Ele destaca a BASF, que contribui com a criação desse novo material com a tecnologia Clearfield® que foi embarcada na genética da nova cultivar de arroz.

Para José Mauro Guma, gerente de sementes de arroz e trigo da BASF, as parcerias são importantes formas de reunir forças em benefício da agricultura. “A parceria entre a Embrapa e a BASF presisste há mais de trinta anos e as duas instituições já trabalharam em outras cultivares que já trouxeram benefícios para a lavoura de arroz do Brasil. Com a BRS A706 CL, esse lançamento implica em falar um pouco da tecnologia Clearfield que é fruto de um investimento de mais de 900 milhões de euros em pesquisa que a BASF realiza todos os anos. É uma tecnologia com quase 20 anos de mercado desde o seu lançamento e que ocupa um espaço muito grande na lavoura de arroz”, ponderou José Mauro.

José Colombari, pesquisador e coordenador do programa de melhoramento genético de arroz da Embrapa, posicionou o lançamento feito nesta terça-feira. “Nós temos colocado que a BRS A706 CL é a cultivar de arroz irrigado que, pela primeira vez no País, possui ciclo médio para o Sistema de Produção Clearfield® e que é indicada tanto para semeadura direta, quanto para pré-germinado em todo o território brasileiro. E com isso, nós temos a certeza que ela vai trazer uma maior seguridade de renda ao produtor pelo seu elevado potencial produtivo e estabilidade de rendimento de grãos inteiros e, à indústria, pelo suprimento de matéria prima para linhas de produto premium”.

Fonte: Embrapa

PIB do Agro cresce, mas menos que o esperado

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), cresceu 8,36% em 2021. Ressalta-se que, no último trimestre de 2021, especificamente, o PIB do agronegócio brasileiro chegou a cair, 2,03%, influenciado sobretudo por uma piora nos preços reais do setor.

Diante do bom desempenho do PIB agregado do agronegócio em 2021, o setor alcançou participação de 27,4% no PIB brasileiro, a maior desde 2004 (quando foi de 27,53%).

Segundo pesquisadores do Cepea, os segmentos primário e de insumos se destacaram em 2021, com aumentos de 17,52% e 52,63%, respectivamente.

O PIB também cresceu para os outros dois segmentos, 1,63% para a agroindústria e 2,56% para os agrosserviços. Dentre os ramos, enquanto o PIB do agrícola avançou 15,88% de 2020 para 2021, o PIB do pecuário recuou 8,95%.

Fonte: Cepea

PRODUÇÃO

Estimativas indicam que o algodão deve alcançar 1,5 mi de hectares

A safra 21/22 de algodão está na fase de desenvolvimento vegetativo na maior parte das lavouras brasileiras, segundo levantamento feito pela Abrapa em parceria com as associações estaduais. Na primeira semana de março, faltavam ser plantados apenas os últimos talhões nos estados de Goiás e Minas Gerais. Em entrevista ao programa Agro Noite, o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, falou sobre as perspectivas para a atual temporada.

Fonte: Abrapa

Abramilho apoia o Plano Nacional de Fertilizantes, mas considera um equívoco a mineração em terras indígenas

A Abramilho avalia positivamente o lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes, que tem como objetivo estimular a produção nacional e consequentemente diminuir a dependência brasileira das importações. Entretanto, o presidente institucional da entidade, Cesario Ramalho, lembra que se trata de uma medida, que tem potencial para apresentar resultados apenas no médio e longo prazo.

Diante da conjuntura de oferta restrita e alta dos preços dos adubos, a Abramilho observa que ao governo cabe a busca pela diversificação de fornecedores.

Ao produtor, a entidade recomenda planejamento minucioso para aquisição dos insumos e uso extremamente racional, com base em orientação técnica.

Alento, neste momento, destaca Ramalho, é que boa parte do solo agrícola brasileiro apresenta fertilização satisfatória, resultado do trabalho de adubação que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos. “Temos uma espécie de ‘poupança’ de fertilizantes no solo e, diante do quadro, podemos administrar melhor a aplicação do insumo.”

Ademais, a Abramilho avalia que o delicado cenário atual não pode, contudo, servir de pretexto para propostas, como, por exemplo, a da possibilidade de mineração em terras indígenas. Dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Serviço Geológico Brasileiro divulgados nesta semana mostram que a exploração destas áreas não contribuiria para melhorar o abastecimento de fertilizantes.

Além disso, pontua Ramalho, o Brasil já tem problemas demais na esfera ambiental, sobretudo em relação ao desmatamento ilegal, tendo sua imagem desgastada internacionalmente. “É claro que existe o protecionismo de países agrícolas concorrentes, mas não se pode abrir brechas para mais críticas, o que certamente ocorrerá caso tal proposta avance.”

Fonte: Abramilho

Manejo dos enfezamentos e da cigarrinha-do-milho pelo controle do milho tiguera

Em todas as regiões com ocorrência de enfezamentos, tem sido observada a presença do milho tiguera nas imediações das lavouras, no meio de outros cultivos, principalmente da soja, em áreas de pousio, nas margens de estradas, e em lotes vagos e em canteiros, no interior de municípios agrícolas.

Milho tiguera (ou milho “guacho”) são plantas voluntárias que emergem de grãos que caem no solo durante a colheita, no transporte ou devido ao acamamento das plantas de milho, proporcionando a germinação em diferentes momentos e além de fonte de alimento, pode servir também como sítio para acasalamentos, refúgio ou abrigo temporário ou mesmo como um lugar para que a cigarrinha-do-milho se estabeleça de modo permanente.

Desta forma, o controle do milho tiguera é uma medida fundamental para a redução das populações de cigarrinha e dos danos por enfezamento.

Fonte: Embrapa

Abramilho analisa abastecimento de fertilizantes em meio à guerra

O presidente institucional da Abramilho, Cesario Ramalho, disse em entrevista que a guerra no Leste Europeu gera preocupação quanto ao abastecimento de fertilizantes, mas que não há razão alguma para pânico, pois há estoque de fertilizante para safra verão 2022/23.

Após invadir a Ucrânia, a Rússia, que é um importante fornecedor do Brasil de matérias-primas para fabricação de fertilizantes, vem sendo alvo de uma série de sanções, o que compromete o comércio internacional do país. Além disso, interrupções nas rotas marítimas na região do conflito também podem prejudicar o fluxo de navios, e consequentemente a entrega de produtos, como os adubos.

Segundo Ramalho, não há, no momento, falta de fertilizante e que os preços já estavam em elevação mesmo antes da invasão russa à Ucrânia, devido a um conjunto de fatores, entre os quais, gargalos logísticos decorrentes dos impactos da pandemia e questões geopolíticas de outros importantes países fornecedores, como, por exemplo, Belarus.

De acordo com o presidente institucional da Abramilho, é relevante ressaltar que boa parte do solo agrícola brasileiro apresenta boa fertilização, resultado do trabalho de adubação que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos. “Temos uma espécie de ‘poupança’ de fertilizantes no solo e, diante do quadro, podemos administrar melhor a aplicação do insumo, seguindo recomendações técnicas de nossos agrônomos.”

Fonte: Abramilho

MERCADO

Exportações de milho

O volume total exportado de milho entre fevereiro e dezembro de 2021, segundo dados da Sedex, atingiu 20,8 milhões de toneladas. Esse montante exportado é inferior em 40% ao exportado no mesmo período de 2020. Em fevereiro de 2022, primeiro mês do calendário comercial da safra 2021/22, a exportação de milho foi de 717,8 mil toneladas, valor 8% inferior ao mesmo período de 2021.

Fonte: Conab

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

PRODUTO COTAÇÃO
Soja As cotações do complexo soja continuam em elevação no mercado doméstico, conforme indicam pesquisas do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná avançou 0,25% entre 4 e 11 de março, indo para R$ 200,38/saca de 60 kg na sexta-feira, 11. Na terça-feira, 8, especificamente, este Indicador atingiu R$ 203,22/sc de 60 kg, máxima nominal da série do Cepea, iniciada em julho/97. Já o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) recuou apenas 0,23% nos últimos sete dias, a R$ 203,15/saca de 60 kg na sexta-feira, 11 – no dia 10, o Indicador registrou o maior valor nominal da série do Cepea, que começou em março de 2006, de R$ 207,14/saca.

Os preços foram impulsionados pela firme demanda doméstica e pelo expressivo aumento na procura externa, cenário que acirrou a disputa pelo grão entre as indústrias brasileiras e os consumidores internacionais.

Algodão A disputa entre vendedores e compradores está acirrada no spot nacional, o que tem resultado em pequenas oscilações nos preços do algodão em pluma – ao longo da última semana, o Indicador CEPEA/ESALQ operou entre R$ 6,95 e R$ 7,02/libra-peso. No entanto, segundo colaboradores do Cepea, a posição firme de vendedores tem prevalecido e sustentado os valores. Atentos às valorizações do petróleo, esses agentes pedem preços maiores pela matéria-prima, mas demandantes, de olho nas incertezas relacionadas ao crescimento econômico, reduzem os valores das ofertas de compra. Assim, poucos são os compradores ativos no spot, até porque algumas indústrias relatam ter estoque elevado de manufaturado, já postergando o recebimento da matéria-prima contratada.

Também houve sinalização de casos de fiações que reduziram a produção. Esse cenário e o forte aumento dos valores de frete têm limitado novas efetivações. Entre 8 e 15 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma subiu 0,4%, fechando a R$ 6,9860/lp nessa terça-feira, 15. Na parcial de março, a alta é de 1,45%.

Milho Com as demandas interna e externa aquecidas, as cotações do milho estão em alta no Brasil, segundo informações do Cepea. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 5,52% de 4 a 11 de março, fechando a R$ 103,57/saca de 60 kg na sexta-feira, 11. Na parcial de março (de 25 de fevereiro a 11 de março), o avanço é de 6,4%. Consumidores brasileiros têm necessidade de adquirir novos lotes, mas esbarram na retração de vendedores e/ou nos altos patamares de preços praticados no spot. Agora, demandantes estão ainda mais apreensivos, tendo em vista que a nova valorização dos combustíveis deve encarecer o frete e, consequentemente, os custos. Quanto à demanda internacional pelo milho brasileiro, tem sido intensificada diante do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que tem resultado em mudanças em rotas de exportadores e em aumento da procura pelo cereal sul-americano.
Arroz O Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS, 58% grãos inteiros voltou a superar a casa dos R$ 75,00/saca de 50 kg. Segundo colaboradores do Cepea, os preços seguem firmes, mesmo registrando aumentos de menor intensidade nos últimos dias, resultado da redução da oferta de arroz no Brasil, de modo geral. No início da temporada, estimativas apontavam as produções do RS e brasileira próximas das observadas em 2021, mas agora dados indicam que a oferta do estado gaúcho deve ser 13,6% inferior à do ano passado, e a nacional, 12,1% menor.

Nesse ambiente e com a nova alta dos preços dos combustíveis, as negociações de arroz em casca estiveram mais restritas na última semana em relação a períodos anteriores. Segundo colaboradores do Cepea, agentes seguem à espera do recebimento dos lotes já adquiridos, avaliando a necessidade de renegociação de fretes. Além disso, a “queda de braço” entre vendedores e compradores quanto ao preço de comercialização também limitou os negócios.

Entre 8 e 15 de março, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS, 58% grãos inteiros (média ponderada e pagamento à vista) subiu 0,37%, fechando a R$ 75,13/sc de 50 kg nessa terça-feira, 15.

Etanol Pesquisadores do Cepea indicam que, após o anúncio do aumento do preço da gasolina nas refinarias por parte da Petrobras na semana passada, as altas dos valores do etanol no segmento produtor se intensificaram tanto em São Paulo quanto nas demais regiões do Centro-Sul acompanhadas pelo Cepea. Diante do anúncio, a valorização do etanol hidratado era esperada por agentes do setor, tendo em vista que esse combustível é substituto da gasolina nas bombas. No caso do anidro, há tendência de preço similar à do hidratado, sendo produtos alternativos nas unidades produtoras.

Assim, entre 7 e 11 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado fechou a R$ 3,1606/litro, forte alta de 8,2% frente ao período anterior – trata-se da terceira maior elevação da temporada 2021/22. No caso do anidro, houve valorização de 3,83%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,3452/litro.

Açúcar Os preços do açúcar cristal registraram pequenas altas na maior parte da última semana no mercado spot do estado de São Paulo. Segundo colaboradores do Cepea, agentes de algumas usinas estiveram firmes e/ou elevando os valores de suas ofertas, em meio a um cenário de baixo estoque de açúcar na região Centro-Sul. A demanda, quando comparada à das semanas anteriores, também esteve um pouco mais aquecida, dando suporte às cotações.

De 7 a 11 de março, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do cristal, cor Icumsa de 130 a 180, estado de São Paulo, foi de R$ 135,79/saca de 50 kg, avanço de 1,52% em relação à da semana anterior (de R$ 133,76/sc).

Boi Enquanto o volume de animais abatidos no Brasil em 2021 volta aos menores patamares em mais de 17 anos, as vendas externas da proteína bovina apresentam desempenho recorde. Como resultado, os preços do boi gordo seguem elevados, na casa de R$ 340/@.

De acordo com dados do IBGE, em 2021, foram abatidos no Brasil mais de 27 milhões de cabeças de bovinos, 7% abaixo do ano anterior e a menor quantidade desde 2004. No caso específico de fêmeas (vacas e novilhas), foram abatidas 9,27 milhões de cabeças em 2021, queda de 14% frente ao ano anterior e o volume mais baixo desde 2003.

Quanto às vendas externas, segundo dados da Secex, as exportações brasileiras de carne bovina in natura somavam, até a segunda semana de março, 84,21 mil toneladas, com média diária de embarques de 10,52 mil.

Caso o atual ritmo de vendas se mantenha até o encerramento do mês, o Brasil pode escoar mais de 200 mil toneladas em março.

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão de chuva – 14/03/2022 – 21/03/2022

De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados são previstos em grande parte da Região Norte, norte do Mato Grosso, áreas do Maranhão, Piauí, Ceará e litoral de São Paulo e Rio de Janeiro.

REGIÃO PREVISÃO DE CHUVA
Sul Os maiores volumes de chuva, entre 60 e 150 mm, são previstos no oeste de Santa Catarina e sul do Paraná. Nas demais áreas da região, não estão previstos grandes acumulados de chuva que ultrapassem os 60 mm.
Sudeste A previsão indica volumes de chuva significativos no litoral paulista, chegando a 150 mm. No estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, os acumulados de chuva devem ficar entre 30 e 50 mm. No Espírito Santo e grande parte do centro-norte e leste de Minas Gerais, são previstos acumulados abaixo de 20 mm.
Centro-Oeste Os volumes de chuva poderão ocorrer entre 80 e 200 mm em áreas do norte do Mato Grosso, enquanto os acumulados de chuva previstos no Mato Grosso do Sul e grande parte de Goiás não devem passar de 60 mm.
Nordeste São esperados acumulados abaixo de 10 mm em grande parte do estado da Bahia, além de baixos acumulados, entre 10 e 50 mm no leste da região. Os maiores acumulados de chuva estão previstos para os estados do Ceará, norte do Piauí e Maranhão, podendo chegar a 200 mm.
MATOPIBA Os acumulados de chuva previstos poderão variar entre 40 e 100 mm em grande parte da região, porém no Maranhão e norte do Tocantins, são previstos acumulados de chuva superiores a 150 mm nos próximos dias.
Norte São previstos maiores acumulados de chuva no sul dos estados do Amazonas e Pará e norte de Rondônia, com acumulados ficando entre 80 e 200 mm. Para os estados do Amapá e Roraima, os acumulados de chuva previstos ainda continuam baixos, não ultrapassando os 80 mm.

Figura 1. Previsão de chuva para o período 14 e 21/03/2022.

Previsão de chuva – 22/03/2022 – 30/03/2022

A semana poderá apresentar grandes acumulados de chuva em parte da Região Norte, no Maranhão e Piauí, além da Região Centro-Oeste do país.

REGIÃO PREVISÃO DE CHUVA
Sul Os volumes de chuva previstos em praticamente toda a região ficarão entre 20 e 50 mm. Na porção oeste do estado de Santa Catarina e Paraná, este acumulado poderá ser superior a 80 mm.
Sudeste Os maiores acumulados previstos serão inferiores a 60 mm em toda a região, o que não descarta a possibilidade de maiores acumulados em pontos isolados. Em áreas central, norte e leste de Minas Gerais e no estado do Espírito Santo, os volumes previstos não devem exceder os 20 mm.
Centro-Oeste As chuvas deverão ser inferiores a 90 mm em praticamente toda a região. Acumulados de chuva inferiores a 50 mm são previstos para o Mato Grosso do Sul e sul do Mato Grosso, enquanto em Goiás, os acumulados poderão ser um pouco maiores, chegando a 60 mm.
Nordeste Por sua vez, são previstos menores acumulados de chuva que não deverão ultrapassar os 20 mm em grande parte da Bahia. No leste da região, os volumes de chuva poderão ficar entre 20 e 50 mm, enquanto nos estados do Maranhão e Piauí, os acumulados previstos poderão chegar a 150 mm.
MATOPIBA Os acumulados de chuva previstos poderão variar entre 20 mm em partes da Bahia e valores maiores que 100 mm no Piauí, Tocantins e Maranhão.
Norte São previstos acumulados entre 50 e 150 mm nos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Pará. Nas demais áreas, principalmente em Roraima, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 60 mm.

Figura 2. Previsão de chuva para o período 22 e 30/03/2022.

 CURSOS E EVENTOS

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Data Evento Instituição promotora Link de acesso
07/04/22

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18/04/22

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