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GERAIS
Sustentado por safra recorde no campo, PIB do Agro tem alta modesta no 1º trimestre
O PIB do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), apresentou ligeiro avanço de 0,19% no primeiro trimestre de 2023.
Segundo pesquisadores do Cepea, esse resultado modesto refletiu os comportamentos opostos em termos de preços e de volumes. Nesse sentido, por um lado, o crescimento do PIB foi sustentado pela safra recorde no campo – que, por sua vez, influencia também em uma maior movimentação de agrosserviços no País. Por outro, o desempenho do PIB foi prejudicado por preços desfavoráveis ao setor, já que houve reduções frente aos registrados no primeiro trimestre de 2022 para vários dos principais produtos agropecuários e agroindustriais que compõem o setor.
Considerando-se também o comportamento do PIB brasileiro no período, o Cepea/CNA estima que a participação do setor na economia fique próxima de 24,5% em 2023, pouco abaixo dos 25% registrados em 2022.
RAMO AGRÍCOLA
O ramo agrícola apresentou avanço de 0,66%, com a sustentação vinda dos desempenhos observados para o segmento primário, para a agroindústria e agrosserviços – o setor de insumos recuou, pressionado pela desvalorização dos fertilizantes e defensivos. No caso do segmento primário, apesar das quedas nos preços de muitos produtos (algodão, café, tomate, milho, soja, trigo, cana, cacau, banana e batata), o crescimento foi sustentado pela expectativa de uma safra recorde de grãos no campo, somada às maiores produções esperadas de café e cana.
O PIB também foi favorecido pelo arrefecimento dos preços dos fertilizantes e defensivos frente a 2022. Na indústria, o PIB cresceu devido a uma redução de custos com insumos, tendo em vista que a produção industrial registrou queda modesta e os preços dos produtos também caíram (com destaques negativos para o etanol, os produtos de madeira e o café industrializado). Quanto aos agrosserviços, o crescimento do PIB decorreu sobretudo do desempenho agrícola dentro da porteira. Essa expansão se traduz em demanda por serviços de transporte, armazenagem, comércio e outros serviços (como financeiros, contábeis, jurídicos, de comunicação, entre outros).
RAMO PECUÁRIO
Diferentemente do agrícola, o ramo pecuário caiu (-1,09%), influenciado pelas baixas observadas em todos os quatros segmentos. No caso dos insumos, o desempenho negativo foi impactado sobretudo pelos menores preços das rações e dos medicamentos veterinários. Para o segmento primário pecuário, a retração decorreu do menor valor bruto da produção esperado para o ano, mesmo em um cenário de certo alívio dos custos com insumos. A queda do valor da produção refletiu os menores preços de bovinos e aves de corte, uma vez que se projeta expansão de produção para todas as atividades pecuárias acompanhadas – exceto o leite. Na agroindústria pecuária, apesar da maior produção estimada de carnes para o ano, o PIB também foi pressionado pelo comportamento desfavorável dos preços da carne bovina e dos couros bovinos. Quanto aos agrosserviços pecuários, a baixa esteve em linha com as reduções observadas a montante. O fraco desempenho dos segmentos pecuários, com valores brutos da produção pressionados por preços desfavoráveis, também deve ter se refletido numa demanda mais enfraquecida por serviços.
Fonte: Cepea
Plano Safra 2023/2024
Foi lançado o plano de financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país. Os recursos da ordem de R$ 364,22 bilhões vão apoiar a produção agropecuária nacional de médios e grandes produtores rurais até junho de 2024.
Os recursos são destinados para o crédito rural para produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais. O valor reflete um aumento de cerca de 27% em relação ao financiamento anterior (R$ 287,16 bilhões para Pronamp e demais produtores).
O Plano Safra 2023/2024 incentiva o fortalecimento dos sistemas de produção ambientalmente sustentáveis, com redução das taxas de juros para recuperação de pastagens e premiação para os produtores rurais que adotam práticas agropecuárias consideradas mais sustentáveis.
Do total de recursos disponibilizados para a agricultura empresarial, R$ 272,12 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, uma alta de 26% em relação ao ano anterior. Outros R$ 92,1 bilhões serão para investimentos (+28%).
Os recursos de R$ 186,4 bilhões (+31,2%) serão com taxas controladas, dos quais: R$ 84,9 bilhões (+38,2%) com taxas não equalizadas e R$ 101,5 bilhões (+26,1%) com taxas equalizadas (subsidiadas). Outros R$ 177,8 bilhões (+22,5%) serão destinados a taxas livres.
As taxas de juros para custeio e comercialização serão de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp e de 12% a.a. para os demais produtores. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% a.a. e 12,5% a.a., de acordo com o programa.
Fonte: Mapa
País liberou a entrada da carne produzida nos dias 21 e 22 de fevereiro, antes da confirmação do caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) conseguiu, junto à Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC) a liberação do estoque da carne bovina brasileira produzida antes da confirmação de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da Vaca Louca) em 23 de fevereiro, quando o país asiático suspendeu temporariamente as exportações do produto brasileiro.
De acordo com as estimativas da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Mapa, são aproximadamente 40 mil toneladas de carne bovina que, com a medida, poderão ser comercializadas para a China. Trata-se de carne congelada, em condições adequadas para consumo, produzidas nos dias 21 e 22 de fevereiro.
“São R$ 2,5 bilhões que vão entrar e aquecer a economia brasileira. O presidente Lula atuou diretamente para conseguirmos esse feito e o resultado veio”, declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Conforme determina o protocolo estabelecido entre Brasil e China, diante da confirmação de um caso de EEB, as exportações da carne bovina para o país são suspensas automaticamente. Assim, diante da confirmação do caso atípico, a comercialização foi temporariamente interrompida.
Com diálogo permanente e total transparência, a GACC elogiou o sistema de Defesa Sanitário brasileiro e anunciou a retomada das importações menos de um mês depois do embargo. No entanto, a carne produzida às vésperas da confirmação ficou no chamado estoque, até a liberação negociada entre os governos brasileiro e chinês.
Fonte: Mapa
Mapa participa de reunião dos Fundos de Investimento do Clima
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou, na última terça-feira, em Brasília, da reunião do Comitê e do Subcomitê do Fundo Fiduciário dos Fundos de Investimento do Clima (CIF – Climate Investment Funds, em inglês). O evento foi realizado para autoridades e especialistas do setor, investidores, membros e bancos multilaterais com o objetivo de articular o acesso ao financiamento internacional, estrategicamente, para lidar com a transição ecológica no Brasil. Ao todo, representantes de 18 países da Ásia, Europa, América Latina, Caribe, Oriente Médio e África integram o comitê.
Devido a sua importante atuação nos temas relativos à sustentabilidade e às práticas agrícolas de baixa emissão de carbono, o país foi selecionado, pela primeira vez, para sediar o evento. Na ocasião, foram celebrados os 15 anos do CIF Brasil e o 10º aniversário do Programa de Investimento Florestal (FIP) – que conta com a participação do Mapa em dois projetos: FIP ABC Cerrado e o FIP Paisagens Rurais.
O Programa FIP ABC Cerrado, já finalizado, ofereceu assistência técnica e capacitação gratuitas para mais de 11,3 mil produtores em 164 municípios atendidos. O programa trabalha a produção sustentável em áreas já convertidas para o uso agropecuário, com base no Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono.
Ainda em andamento, o FIP Paisagens Rurais visa a implantação de técnicas de recuperação de pastagens degradadas, a recomposição de passivos ambientais em reservas legais e áreas de preservação permanente, além do monitoramento da paisagem por satélite. Cerca de 6,4 mil produtores rurais já foram atendidos com assistência técnica e gerencial, resultando em 75,3 mil hectares com práticas agrícolas de baixa emissão de carbono e 18 mil hectares com práticas de conservação e restauração.
O secretário adjunto de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), Pedro Neto, representou o Mapa no encontro. Para ele, é preciso incentivar o reflorestamento partindo de perspectivas mais amplas, que considerem todos os aspectos do processo e seus resultados.
“Como vamos estimular o reflorestamento, seja no contexto da restauração, seja para outros tipos de uso dentro da propriedade rural, mas respeitando o avanço da agenda de regularização ambiental? Precisamos disso para que o produtor rural tenha segurança e precisamos começar de forma voluntária. Esse é um desafio que estamos avaliando no Ministério da Agricultura, para termos uma discussão mais ampla, de forma mais tecnificada, começando pela recuperação dos passivos ambientais óbvios: beiras de rios e nascentes”, explicou.
CIF’s
Os CIFs são responsáveis pela captação de recursos para financiamento de soluções e inovações climáticas. Trata-se de fundos multilaterais com montante de capital superior a US$ 11 bilhões que ajudam, desde 2008, países de baixa e média renda a se adaptarem e mitigarem os efeitos das mudanças climáticas. Até o momento, já foram canalizados recursos de doadores governamentais e do setor privado, apoiando mais de 370 projetos em 72 países.
Fonte: Mapa
Mapa confirma primeiro foco de influenza aviária em ave de subsistência no Espírito Santo
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou na última terça-feira a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP – H5N1) em uma criação de subsistência onde havia pato, ganso, marreco e galinha. A detecção ocorreu no município da Serra, no estado do Espírito Santo.
Esse é o primeiro foco detectado em aves domésticas em criação de subsistência desde a entrada do vírus no Brasil, no dia 15 de maio. É importante ressaltar que a ocorrência do foco confirmado de IAAP em aves de subsistência não traz restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O consumo e a exportação de produtos avícolas permanecem seguros.
As medidas sanitárias estão sendo aplicadas para contenção e erradicação do foco de IAAP, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região relacionada ao foco. A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pelo Mapa e pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF) para evitar a disseminação do vírus e proteger a avicultura nacional.
Atualmente, o Brasil conta com 50 focos de IAAP detectados em aves silvestres, nos estados do Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. As atualizações sobre os focos, bem como quais espécies afetadas podem ser consultadas no Painel BI, disponibilizado pelo Mapa.
As ações de comunicação sobre a doença e as principais medidas de prevenção estão sendo reforçadas com o objetivo de aumentar a conscientização e sensibilizar a população em geral e os criadores de aves, com destaque para a imediata notificação de casos suspeitos da doença e para o fortalecimento das medidas de biosseguridade nos estabelecimentos de produção avícola.
O contato direto, sem proteção adequada, com aves doentes ou mortas deve ser evitado pela população. Todas as suspeitas de IAAP em aves domésticas ou silvestres, incluindo a identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita, devem ser notificadas imediatamente ao órgão estadual de saúde animal ou à Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária por qualquer meio ou pelo e-Sisbravet.
Fonte: Mapa
Volta do Plano Safra da Agricultura Familiar
Após seis anos, o Governo Federal retomou o Plano Safra da Agricultura Familiar. No lançamento oficial na manhã do dia 28 de junho, o presidente Luis Inácio Lula da Silva relatou que espera uma forte participação da Embrapa nesse Plano. “A Embrapa tem um papel fundamental na garantia da segurança alimentar da população e isso passa pelo apoio científico e tecnológico à agricultura familiar”, disse Lula à presidente da estatal, Sílvia Massruhá, após o fim da cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
Em seu discurso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, citou várias áreas em que a agricultura necessita de desenvlvimento, como a adaptação às mudanças climáticas, a necessidade de aumentar a produção de alimentos e a recuperação de solos. Todas elas, alvos de atuação da Embrapa.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou detalhes do novo Plano, como incentivos à produção de alimentos, reflorestametno de áreas de preservação ambeintal (APA), acesso de mulheres ao crédito, inclusão dos produtores de baixa renda e aumento para R$71,6 bilhões em recursos (veja detalhes abaixo). “Vamos precisar de máquinas e implementos agrícolas voltados a esse público, [por isso] sempre digo à Sílvia [Massruhá, presidente da Embrapa], pense em mim,” brincou Teixeira.
A presidente da estatal considera o Plano Safra voltado ao agricultor familiar uma excelente oportunidade de levar as soluções que a Embrapa já tem prontas ao pequeno e médio produtor. “Com o aumento do acesso ao crédito, é esperado que o setor cresça e que apareçam cada vez mais parceiros interessados em levar ao campo os mais de 1.800 ativos desenvolvidos pela Embrapa para a agricultura familiar,” declarou Massruhá.
Ao fim da cerimônia, o presidente da República e ministros visitaram equipamentos agrícolas voltados à agricultura familiar expostos na Praça dos Três Poderes. Os primeiros a serem visitados foram a trilhadora de arroz e o cultivador acionado por motocicleta, desenvolvidos pela Embrapa Arroz e Feijão para pequenos produtores. As tecnologias foram apresentadas ao presidente da República por Sílvia Massruhá. “Quanto vai custar esse cultivador da motocicleta?” perguntou Lula. “Pois é, presidente, isso vai depender de como a tecnologia será levada ao campo e do parceiro que fará isso. Por enquanto, esse é um protótipo que mostra que a tecnologia é viável e pode ajudar muito o produtor,” respondeu a presidente da Embrapa.
Plano Safra da Agricultura Familiar 2023-2024
Serão destinados R$ 71,6 bilhões ao crédito rural para a agricultura familiar, o Pronaf, para a safra 2023/2024. O volume é 34% superior ao anunciado na safra passada e o maior da série histórica. Ao todo, o crédito rural somado a ações como compras públicas, assistência técnica e extensão rural, Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), Garantia-Safra e Proagro Mais resultam em um montante de R$ 77,7 bilhões para a agricultura familiar.
Entre as medidas, destacam-se a redução da taxa de juros, de 5% para 4% ao ano, para quem produzir alimentos, como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite, ovos, entre outros. O objetivo é contribuir com a segurança alimentar do país ao estimular a produção de alimentos essenciais para as famílias brasileiras. As alíquotas do Proagro Mais vão cair 50% para a produção de alimentos.
Os agricultores familiares que optarem pela produção sustentável de alimentos saudáveis, com foco em orgânicos, produtos da sociobiodiversidade, bioeconomia ou agroecologia, terão ainda mais incentivos, com juros de apenas 3% ao ano no custeio e 4% no investimento.
Outra grande novidade são as mudanças no microcrédito produtivo, destinado aos agricultores familiares de baixa renda, o Pronaf B, que terá o enquadramento da renda familiar anual ampliado de R$ 23 mil para R$ 40 mil e o limite de crédito de R$ 6 mil para R$ 10 mil. O rebate de adimplência para a região Norte saltará de 25% para 40%.
O fomento produtivo rural, que é um recurso não reembolsável destinado aos agricultores em situação de pobreza, também será corrigido, aumentará de R$2,4 mil para R$4,6 mil por família. Essa ação é do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
As mulheres rurais também ganham uma linha específica neste Plano Safra da Agricultura Familiar. Trata-se de uma nova faixa na linha Pronaf Mulher, com limite de financiamento de até R$ 25 mil por ano e taxa de juros de 4% ao ano destinada às agricultoras com renda anual de até R$ 100 mil. Além disso, no caso do Pronaf B, o limite do financiamento dobra e chega a R$ 12 mil, com desconto de adimplência de 25% a 40%. As quilombolas e assentadas da reforma agrária terão aumento no rebate (desconto) no Fomento Mulher, modalidade do crédito instalação, de 80% para 90%.
O Plano Safra também traz de volta o Programa Mais Alimentos, com medidas para estimular a produção e a aquisição de máquinas e implementos agrícolas específicos para a agricultura familiar. O programa tem como foco melhorar a qualidade de vida das agricultoras e agricultores familiares, aumentar a produtividade no campo e, ainda, aquecer a indústria nacional. Os juros na linha do Pronaf para máquinas e implementos agrícolas também foram reduzidos, de 6% para 5% ao ano. O programa será coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) em parceria com os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). E também tem novidades para os povos e comunidades tradicionais e indígenas que vão passar a ser incluídos como beneficiários do Pronaf A.
Fonte: Embrapa
PRODUÇÃO
Presença de árvores melhora qualidade da pastagem
Uma pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste (SP) comprovou que o manejo das árvores é estratégico para garantir o equilíbrio em sistemas de integração pecuária-floresta (IPF) ou silvipastoril. Além de manter a produtividade da pastagem e melhorar a qualidade da madeira remanescente, a forragem nesse sistema apresentou teor elevado de proteína bruta, quando comparado a um modelo pecuário tradicional, sem a presença do componente arbóreo, o que significa maior qualidade do alimento aos animais.
O avanço é importante porque manter a produção de forragem em sistemas integrados com árvores é um desafio para o produtor rural, uma vez que o desenvolvimento das pastagens depende da incidência de luz. A diminuição da radiação afeta o crescimento dessas plantas, podendo ocasionar menor produtividade na pecuária.
Os sistemas silvipastoris são opções sustentáveis para o pecuarista realizar a intensificação das pastagens. Com as árvores integradas à pecuária, o produtor proporciona bem-estar animal e contribui para a remoção do carbono atmosférico e mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Sem contar que o componente arbóreo é uma boa aposta para garantir créditos de carbono no futuro, uma nova alternativa de renda.
Fonte: Embrapa
Publicação apresenta as principais pragas na cultura do trigo
As mudanças na paisagem agrícola, as alterações no sistema de produção e o aumento na área de cultivo de trigo no Brasil causaram impactos na incidência e manejo de pragas. A publicação “Pragas da cultura do trigo” apresenta as principais espécies de insetos que ocorrem na triticultura, detalhando de forma didática aspectos como identificação, distribuição, danos e manejo.
A cultura do trigo é a casa de mais de uma centena de espécies de insetos, das quais uma pequena fração delas pode ser considerada praga. Quando os insetos atingem populações que comprometem a produção de grãos, adquirem o status de pragas. Entre os principais grupos de insetos que podem causar danos ao trigo estão os corós, os pulgões, as lagartas, os percevejos e as brocas. O ataque de pragas pode ocorrer em diferentes fases ao longo do desenvolvimento da cultura, com potencial de afetar todas as partes da planta, desde as raízes até as espigas e os grãos. A principal estratégia para evitar perdas na cultura do trigo é a adoção dos princípios do manejo integrado de pragas e doenças.
Para baixar gratuitamente a publicação “Pragas da cultura do trigo” basta acessar o link.
Fonte: Embrapa
Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa
Monitoramento das lavouras
Milho (2ª safra) – 10,9% colhido
Em MT, a colheita avança rapidamente devido ao clima propício e a grande capacidade operacional dos produtores. As produtividades continuam a superar as expectativas iniciais. No PR, a maioria das lavouras apresentam boas condições, com exceção das semeadas
tardiamente, no Noroeste, onde a redução das precipitações impactou o potencial produtivo das lavouras. Em MS, a umidade disponível no solo e a diminuição da luminosidade permitiu a evolução fisiológica das lavouras, bem como o início da colheita. Em GO, a colheita avança em função da época de semeadura e do regime de precipitação. Em SP, as chuvas beneficiaram as lavouras semeadas tardiamente. Em MG, registrou-se um leve atraso da colheita devido à elevação da umidade do ar em algumas regiões, onde as lavouras estavam mais adiantadas, além da redução de temperatura, que dificultou a maturação. No TO, o tempo seco tem permitido um maior progresso na colheita, com produtividades acima do esperado inicialmente. No MA, a colheita começou nos Gerais de Balsas e no restante do estado. As lavouras apresentam boas condições. No PI, a maioria das áreas está em maturação e a colheita começou pontualmente. No PA, a colheita avança no Sul e Sudoeste, porém de forma mais lenta devido aos problemas de logística. No restante do estado, as precipitações favorecem o desenvolvimento das lavouras.
Algodão – 4,7% colhido
Em MT, a colheita avançou nas lavouras de primeira safra e alguns talhões da segunda. Devido às precipitações, houve intensificação na aplicação de fungicida para a contenção de doenças. No Extremo-Oeste da BA, as lavouras de sequeiro seguem em fase de maturação e colheita e as irrigadas estão em fase de formação de maçãs. No Centro-Sul, as lavouras se encontram em fase de colheita. No MA, a colheita iniciou na região Sul. A maior parte das lavouras está em maturação em boas condições. Em MS, temperaturas mais baixas dificultaram a evolução da colheita, uma vez que inviabilizou a aplicação de desfolhante devido à baixa eficiência dos produtos nesta condição. Está sendo monitorado o nível populacional de bicudo-do algodoeiro visando a adoção de estratégias fitossanitárias para a próxima safra. Em GO, as chuvas dificultaram o acesso das máquinas e as temperaturas amenas interferiram na eficiência de desfolhantes, não permitindo o avanço significativo da colheita. Em MG, houve pequena evolução da colheita. As lavouras estão em maturação. No PI, a colheita iniciou e as lavouras estão em maturação em boas condições. Em SP, a colheita está em fase final.
Feião (2ª safra)
No PR, as baixas temperaturas e a menor disponibilidade luminosa têm estendido o ciclo da cultura. Nestas condições as plantas acumulam menos fotoassimilados e reduzem seu metabolismo. A colheita alcançou cerca de 74% da área total. As lavouras remanescentes estão em maturação e um pequeno percentual em enchimento de grãos. Em MG, a colheita está em fase final e as lavouras em campo estão em fase de maturação. Mesmo com o registro de antracnose em algumas áreas, o rendimento e a qualidade dos grãos obtidos são considerados bons. No RS, apesar das chuvas e das temperaturas mais baixas, a colheita foi finalizada. As lavouras mais tardias foram colhidas em condições de muita umidade, o que reduziu a qualidade dos grãos, mas, na média, houve rendimento e qualidade satisfatórios. Em SC, na região do Planalto, uma das principais regiões produtoras, a colheita foi finalizada. Restam pequenas áreas no Oeste Catarinense para concluir as operações no
estado. O excesso de chuvas em algumas dessas regiões postergou a colheita e também trouxe redução de potencial produtivo, inclusive com favorecimento da incidência de doenças, como a antracnose.
Trigo – 68,8% semeado
No RS, a semeadura está ocorrendo de forma lenta devido ao alto volume de precipitações, contudo alcançou 50% das áreas produtoras. Atualmente estão sendo realizados os tratos culturais,
como adubação nitrogenada e controle de plantas voluntárias. No PR, as chuvas têm interrompido as operações de semeadura, no entanto 83% da área total foi semeada, compreendendo 82% em desenvolvimento vegetativo, 9% em florescimento e 2% em enchimento de grãos. Devido à alta umidade do solo, os tratos culturais estão suspensos e 94% das lavouras é considerada boa. Em SC, apesar das chuvas, as áreas apresentaram boas condições de umidade no solo e acelerou a semeadura, principalmente no Planalto
Norte. As áreas do Meio – Oeste iniciaram o plantio com cultivares de ciclo médio. Na BA, as lavouras estão em em fase de desenvolvimento vegetativo e floração, em boas condições.
Em GO, as áreas de sequeiro avançam na colheita e as lavouras irrigadas estão em sua maioria na fase de floração e progredindo para o enchimento de grãos. Em MS, a umidade disponível no solo e as temperaturas amenas propiciaram boas condições para o desenvolvimento das lavouras, enquanto também se iniciam os tratamentos fitossanitários. Em MG, as lavouras encontram-se na fase reprodutiva. A maioria das áreas está em fase de enchimento de grãos e 16% em maturação. Em SP, as lavouras estão em floração e enchimento de grãos.
Fonte: Conab
MERCADO
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
As condições das lavouras de soja dos Estados Unidos seguem piorando, contexto que tem elevado os preços da oleaginosa no mercado externo. Segundo pesquisadores do Cepea, o repasse da alta internacional ao Brasil, contudo, acabou sendo limitado pelos prêmios cada vez mais negativos e pela menor taxa de câmbio. De qualquer forma, pesquisadores ressaltam que as valorizações externas deixaram vendedores brasileiros mais firmes em suas ofertas no spot, com muitos à espera de novas altas nos valores domésticos.
Milho
Os preços do milho seguem em recuperação na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea, ainda sustentados pelos avanços nas cotações externas. Segundo pesquisadores do Cepea, produtores estão afastados das negociações no spot, atentos ao campo nacional e também ao clima nos Estados Unidos. E a restrição na oferta elevou com certa força os preços em regiões produtoras, como Paraná, Goiás e Mato Grosso. No mercado externo, as valorizações do milho estão atreladas à piora das condições das lavouras dos Estados Unidos. Além disso, preocupa o setor o fato de que o atual acordo de exportação de grãos por meio do Mar Negro não seja renovado por parte da Rússia – o acordo se encerra em 18 de julho. As altas externas foram limitadas por previsão de chuvas para o final de semana em áreas dos Estados Unidos, o que pode aliviar o estresse hídrico das lavouras.
Algodão
As cotações do algodão em pluma passaram a cair com um pouco mais de força no mercado spot brasileiro neste encerramento de junho. De acordo com pesquisadores do Cepea, a pressão vem sobretudo da queda observada nos preços externos, que, por sua vez, vêm sendo influenciados pela expectativa de clima favorável nos Estados Unidos, pela retração no preço do petróleo e pelo enfraquecimento das vendas de pluma norte-americanas. Este cenário de baixa também é reforçado pela maior flexibilidade de parte dos vendedores nacionais. Compradores, por sua vez, seguem cautelosos nas novas negociações e atentos à proximidade da entrada de maior volume da safra 2022/23.
Arroz
Os valores do arroz em casca seguem registrando pequenas oscilações nas praças acompanhadas pelo Cepea no Rio Grande do Sul. Segundo dados do Cepea, a resistência vendedora e a melhora da demanda deram sustentação aos valores. Do lado dos insumos, levantamento do Cepea mostra que os preços de importantes itens utilizados dentro da fazenda estão em queda. Com isso, as relações de troca de arroz por alguns insumos estão mais favoráveis ao orizicultor, elevando o poder de compra desses agricultores.
Trigo
Os preços do trigo no mercado de balcão registram pequenos avanços, enquanto os do mercado de lotes apresentam ligeiras baixas. Segundo pesquisadores do Cepea, a liquidez interna está baixa, tendo em vista que agentes, sobretudo produtores, estão atentos ao campo. No geral, a semeadura avança no Brasil e na Argentina, e já ultrapassa a metade da área destinada ao cereal nesta safra em ambos os países. Segundo dados da Conab, 60% das lavouras brasileiras de trigo haviam sido semeadas até o dia 17 de junho, 4,6 p.p. acima do registrado no mesmo período de 2022. Na Argentina, a semeadura atingiu 58,1% da área destinada ao trigo até o dia 22, com avanço de 18,6 p.p. na semana.
Açúcar
O clima seco ao longo da última semana favoreceu a colheita de cana-de-açúcar no estado de São Paulo. De acordo com pesquisadores do Cepea, este movimento elevou a oferta de lotes do açúcar cristal branco para pronta-entrega no spot paulista, em especial o tipo Icumsa 180, contexto que pressionou os valores médios do adoçante. A liquidez captada foi maior no correr dos últimos dias. Outro fator que exerceu pressão sobre os valores domésticos foram os recuos das cotações internacionais do demerara e da taxa de câmbio.
Etanol
Os negócios envolvendo o etanol hidratado se aqueceram na última semana nos estados da região Centro-Sul, com exceção de São Paulo, onde a liquidez foi menor e os preços caíram. Especialmente em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, as transferências para bases paulistas aumentaram. Segundo levantamento do Cepea, um dos motivos para a maior liquidez em outros estados pode ter sido a proximidade da mudança tributária que pode ocorrer ainda nesta semana – o valor do PIS/Cofins deve se elevar para ambos os combustíveis (gasolina e etanóis anidro e hidratado). Neste cenário, distribuidoras se anteciparam às compras, com maior participação de algumas de maior porte. Outro fator para o crescimento dos negócios pode estar atrelado à vantagem de preços do etanol hidratado sobre a gasolina C, que vem sendo verificada há três semanas nas bombas em São Paulo e também de outras importantes capitais.
Boi
Os preços da arroba do boi gordo vêm esboçando certa reação neste final de junho. Apesar disso, o primeiro semestre se encerra com os valores em forte queda. E essas desvalorizações mantiveram muitos pecuaristas em alerta ao longo desse período, que foi marcado por oferta maior de animais para abate e pela suspensão – de um mês – nos envios de carne bovina ao principal destino da proteína nacional, a China. No acumulado da parcial deste ano (de 29 de dezembro de 2022 a 27 de junho de 2023), o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 registra queda de 10%. Segundo levantamento do Cepea, a baixa foi causada por fatores produtivos e econômicos, dentre eles o maior investimento na produção pecuária nos últimos anos, que resultou em aumento na oferta de animais. Outro fator que aumentou a pressão sobre as cotações é o ainda baixo consumo de carne bovina no mercado interno, sobretudo nos primeiros meses do ano. Agentes consultados pelo Cepea afirmam estar confiantes de que a procura interna pela carne se aqueça no segundo semestre, fundamentados pelos atuais preços mais competitivos da carne.
CLIMA
Previsão de chuva
Entre os dias 26 de junho e 3 de julho, os maiores acumulados de chuva estão previstos para o extremo norte do País, além de áreas do extremo sul do Rio Grande do Sul e costa leste da Região Nordeste (tons em verde e amarelo no mapa da figura 1).
Já no centro-sul do Brasil, interior da Região Nordeste e sul da Região Norte, o tempo seco deve predominar ao longo da semana (tons em branco e azul no mapa da figura 1).
Região Norte
Previsão de volumes de chuva maiores que 30 mm em grande parte do centro e norte da região, podendo ultrapassar 50 mm em áreas do noroeste do Amazonas e norte de Roraima e do Amapá devido ao calor e a alta umidade. Nas demais áreas, como em Rondônia, Acre, Tocantins e sul da região, o tempo seco e sem chuva vai predominar.
Região Nordeste
Previsão de acumulados de chuva superiores a 40 mm no extremo norte do Maranhão. Já no litoral de Pernambuco, Paraíba e Sealba (área que abrange os estados de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), poderão ocorrer baixos acumulados de chuva no início da semana devido ao transporte de umidade vindo do oceano. Nas demais áreas, como no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e no interior e norte da região, o tempo ficará estável e seco ao longo da semana.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Uma massa de ar seco deixará o tempo estável e sem chuva. Além disso, a previsão indica baixa umidade relativa do ar, com valores inferiores a 30%, principalmente, no Centro-Oeste e no Triângulo Mineiro.
Região Sul
A instabilidade associada a passagem de uma frente fria pelo oceano poderá ocasionar acumulados de chuva no extremo sul do Rio Grande do Sul, com valores que podem passar de 50 mm. Nas demais áreas, há previsão de tempo seco e sem chuva ao longo da semana.
Figura 1. Previsão de chuva para a 1ª semana (26/06/2023 a 03/07/2023). Fonte: INMET.
Na segunda semana, entre os dias 4 e 11 de julho, a previsão é de grandes acumulados de chuva, maiores que 60 mm, em áreas da Região Sul e no noroeste do País. Já em grande parte do Brasil Central e no interior do Nordeste, o tempo deve permanecer seco e sem chuva. Veja figura 2.
Região Norte
Previsão de acumulados maiores que 30 mm em praticamente todo o extremo norte da região, com volumes superiores a 60 mm em áreas do noroeste do Amazonas e em Roraima. Já em áreas do sul da região, não há previsão chuva significativa.
Região Nordeste
São previstos baixos acumulados de chuva, podendo ultrapassar 30 mm em áreas da costa leste e litoral norte do Maranhão. No Matopiba (área que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), norte e interior da região, não há previsão de chuva e predomina o tempo seco.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
A previsão é de tempo seco ao longo da semana.
Região Sul
Possibilidade de acumulados de chuva significativos, maiores que 80 mm, em áreas entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o sul do Paraná. Nas demais áreas, podem ocorrer baixos acumulados, menores que 30 mm, enquanto no norte do Paraná, a previsão é de tempo seco e sem chuva.
Figura 2. Previsão de chuva para a 2ª semana (04/07/2023 a 11/07/2023). Fonte: GFS.
Fonte: INMET
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