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Notícias Gerais
158 mil toneladas de feijão já foram colhidas no Paraná
De acordo com a Secretaria de Agricultura do Paraná, já foram colhidas 158 mil toneladas de feijão, o que representa 51% da área cultivada. No entanto, 40% desta produção já foi comercializada, fazendo com que os preços do Feijão-carioca recuassem e ficassem em torno de R$ 255/260, de acordo com a FOB (Free on Board). A queda nos preços possivelmente foi influenciada pela significativa venda no momento da colheita para pagar as contas.
A estiagem atrasou a semeadura da cultura no Estado, acarretando atraso da colheita quando comparada com anos anteriores. E neste momento o aumento das chuvas já começam a causar prejuízos nas lavouras que estão prontas para serem colhidas. Atualmente, restam apenas 10% dos estoques de feijão nos armazéns, o que coloca o setor em alerta.
Ver mais: https://www.ibrafe.org/pulses/parana-colheu-158-000-t-e-resta-apenas-10-nos-armazens/
Primeiro surto de peste suína africana do ano é registrado na China
Foi registrado nesta última quinta-feira (21) na província de Guangdong, na China, o primeiro surto de peste suína africana do ano no país. O último surto havia sido registrado em outubro de 2020, quando foram apreendidos suínos ilegais. Em uma fazenda o último surto havia sido registrado em 5 de junho de 2020, na província de Yunnan.
Esse novo caso foi registrado em uma fazenda no condado de Pingyuan, que continha 1.015 animais e resultou na morte de 214. O Ministério da Agricultura da China suspeita de que transporte de suínos de forma ilegal tenha causado a contaminação.
O rebanho de suínos da China foi devastado pela peste suína africana, que teve seu primeiro caso registrado em 2018. Causando grande impacto para o país, visto que, é o maior consumidor mundial de carne suína. O rebanho suíno da China vinha se recuperando nos últimos anos, atingindo uma taxa de crescimento de 31% ao ano, um rebanho de cerca de 406,5 milhões de cabeças em 2020.
Utilização de produtos biológicos cresce e faturamento do setor deve atingir US$ 8 bilhões em 2025
Atualmente, a demanda por produtos biológicos no Brasil e no mundo está crescendo de forma significativa. Mundialmente os biológicos estão crescendo a taxas médias de 15%, e no Brasil no ano passado o crescimento foi de 28% no faturamento.
A consultoria especializada em pesquisa de mercado global em saúde animal e agricultura, Kynetec, estima que o setor de produtos biológicos ultrapasse o faturamento de US$ 8 bilhões em 2025. De acordo com a consultoria, esse crescimento está relacionado com a crescente demanda no manejo integrado de pragas e doenças, além do aumento das normas regulatórias sobre os produtos químicos sintéticos, visto que a busca por uma agricultura mais eficiente e sustentável está na pauta de vários países, agricultores e empresas.
No Brasil a utilização de produtos biológicos cresceu de forma considerável na safra 2019/20. Na cultura da soja, por exemplo, a utilização de produtos biológicos passou de 14% para 21% na safra 2019/20. Se este crescimento se manter nos próximos anos, a estimativa é de que mais de 50% da área cultivada com soja receba pelo menos uma aplicação de produtos biológicos durante seu cultivo.
Um sinal claro dessa tendência são as medidas desenvolvidas para fortalecer a área por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Uma delas é o Programa Nacional de Bioinsumos, criado para melhorar a oferta de insumos biológicos, oferecer suporte técnico e fomentar pesquisas sobre a implantação desse manejo sustentável nas lavouras. Além disso, tem como intuito acelerar a criação de normas reguladoras para incentivar o surgimento de novas empresas no mercado.
O Brasil possui grande potencial para se tornar o líder mundial do mercado de produtos biológicos nos próximos anos, assumindo o posto que atualmente é de países da Europa e da América do Norte.
Como a agricultura pode ser influenciada com as mudanças climáticas
A Embrapa vem trabalhando em projetos de pesquisa que envolvem a questão do aquecimento global, bem como a adaptação das culturas às novas condições ambientais anunciadas. Estes estudos relacionados às mudanças climáticas são oriundos a partir dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que evidenciam que o clima do planeta está mudando, principalmente em decorrência do aumento da concentração dos gases do efeito estufa. A atividade agrícola é altamente influenciada e dependente dos fatores climáticos e as mudanças climáticas podem causar impactos negativos e positivos na produção de alimentos e fibras.
O pesquisador em mudanças do clima da Embrapa Trigo, Anderson Santi, destaca o sistema plantio direto: “Se este sistema for utilizado de forma adequada e conforme as técnicas preconizadas, o agricultor pode retirar o gás carbônico da atmosfera (principal gás do efeito estufa) e fixar no solo na forma de carbono”.
Ainda de acordo com este pesquisador, com relação às outras culturas, o trigo pode ser a cultura mais afetada na região norte do Rio Grande do Sul (RS) em decorrência das mudanças climáticas, pois o aumento da umidade e da temperatura favorecem o desenvolvimento de doenças fúngicas, o que agravaria os problemas principalmente com a doença da giberela. Além do aumento da temperatura comprometer o desenvolvimento da planta, que precisa de frio para se desenvolver.
Em contrapartida, segundo o pesquisador Gilberto Cunha, agrometeorologista da Embrapa Trigo, as mudanças climáticas não trazem somente inconvenientes para a agricultura, destacando o aumentando do regime de chuvas na região sul do RS, onde historicamente chovia menos, e agora beneficia as culturas de verão, como a soja, abrindo espaços para novas áreas de cultivo.
Colheita de soja no Mato Grosso está atrasada
Na última sexta-feira (22) o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou um relatório sobre o percentual de área colhida de soja no estado do Mato Grosso, que se encontra em 2,23% da área semeada. Indicando atrasos em relação à safra 2019/2020, quando já haviam sido colhidos 14,42% da área semeada. A estiagem atrasou o início do período da semeadura do grão no Estado, ocasionando em atrasos na colheita.
Estes atrasos além de impactarem a safra da soja, também influenciam na semeadura da segunda safra, como por exemplo o algodão, que é semeado após a colheita da soja e está muito abaixo do verificado na safa 2019/2020, quando esta era de 56,58%. Segundo o Imea o percentual de área semeada de algodão no estado atingiu na última sexta-feira, 16,09% da área esperada.
Ver mais: http://www.imea.com.br/imea-site/
PIB do agronegócio brasileiro tem crescimento de 16,81% de janeiro a outubro
Dados divulgados no relatório pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apontam um acumulado de 16,81% do PIB do agronegócio. A alta foi para todos os segmentos do agronegócio: 4,12% para os insumos, 40,08% para o primário, 4,47% para a agroindústria e 14,74% para os agrosserviços, dados referentes aos acumulados até outubro/2020. A recuperação e a aceleração do PIB ocorreram a partir do mês de junho. Durante os meses de março e abril devido aos impactos negativos da pandemia, o PIB cresceu lentamente.
Ainda de acordo com o relatório, as instituições envolvidas explicam que o crescimento do PIB reflete a alta dos preços, pelo aumento da demanda doméstica e externa, pela alta do câmbio, safra recorde de grãos na safra 2019/2020, além da expansão da produção de suínos, aves, leite e ovos.
Ver mais: https://cepea.esalq.usp.br/br/pib-do-agronegocio-brasileiro.aspx
Alerta ligado: Mato Grosso pode ter déficit de gado para abate neste ano
O Estado do Mato Grosso, um dos principais estados exportadores de carne bovina do país está com o sinal de alerta ligado. O estado pode não ter rebanho suficiente para o abate neste ano de 2021, que poderá comprometer o setor frigorífico.
A exportação de animais vivos para serem abatidos em outros países e em outros estados é o principal fator que gera este sinal de alerta de acordo com o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso. Em 2015 uma situação semelhante aconteceu e alguns frigoríficos suspenderam as suas atividades pela carência de animais para o abate.
A baixa oferta de animais já é sentida na elaboração de escalas de abate e a tendência é que ocorra um agravamento com o passar deste ano. Um fator importante que pode estar influenciando é a diferença tributária na comercialização de animais vivos entre os Estados brasileiros. O custo de produção de animais no Mato Grosso é de cerca de 10% a mais quando comparado com outros Estados, considerando os tributos e a logística, devido à distância dos portos.
Ver mais: https://www.canalrural.com.br/noticias/pecuaria/boi/faltar-gado-abate-mato-grosso/
MAPA irá elaborar Plano Nacional de Fertilizantes
O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) anunciou na última segunda-feira (25), através do Decreto 10.605, a criação de um grupo de trabalho interministerial para elaboração de um Plano Nacional de Fertilizantes. O objetivo é fortalecer políticas para aumentar a competitividade da produção e distribuição de insumos e tecnologias para fertilizantes no país, aumentar a produção e oferta de fertilizantes nacionais, reduzir a dependência de fertilizantes importados e aumentar a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional.
O grupo de trabalho será formado por representantes da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Casa Civil e dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Economia, Infraestrutura, Minas e Energia, Meio Ambiente e Ciência, Tecnologia e Inovações, além da Embrapa, Gabinete de Segurança Institucional e Advocacia-Geral da União. A secretaria executiva ficará a cargo da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos.
A duração do grupo de trabalho será de 120 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período, a partir da primeira reunião, que irá ocorrer a cada 15 dias de forma presencial ou por videoconferência. Quando estiver concluído o Plano Nacional de Fertilizantes, será encaminhado ao Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Acesse o Decreto: https://www.in.gov.br/em/web/dou/-/decreto-n-10.605-de-22-de-janeiro-de-2021-300423701
Vinhos tropicais brasileiros ganham indicação geográfica
O setor vitícola do Brasil está entre os destaques internacionais, por ter adquirido a primeira Indicação de Procedência (IG) de vinhos de regiões tropicais do mundo. O pedido de reconhecimento da IG Vale do São Francisco para espumantes e vinhos, foi uma parceria entre pesquisadores e produtores, e foi depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no final de 2020.
Os estudos de caracterização necessários para o registro foram desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar envolvendo 40 pessoas, entre estudantes, técnicos, professores e pesquisadores, sendo coordenado pela Embrapa Uva e Vinho (RS) juntamente com a Embrapa Semiárido (PE). Durante os cinco anos (2013-2018) de desenvolvimento de projeto, o grupo de trabalho teve como missão compreender a vitivinicultura do semiárido nordestino, em especial a do Vale do Submédio São Francisco. Com os resultados foi possível elaborar material técnico que embasou a solicitação do registro de IG.
Esta ação acolhe uma demanda antiga dos produtores vitivinícolas da região, o qual é representado pelo Instituto do Vinho do Vale do São Francisco (Vinhovasf).
O destaque dos vinhos tropicais é dado principalmente ao sabor diferenciado e a qualidade, conquistando assim um novo mercado, além da capacidade de produção e comercialização durante todo o ano. O Mapa vinícola do país está sendo redesenhado, e o Vale do São Francisco se consolida como polo produtor de vinhos e espumantes.
Notícias sobre Tecnologia
A utilização de drones na agricultura aumentam a eficiência na aplicação de defensivos agrícolas
A utilização de drones na agricultura, principalmente para a aplicação de defensivos agrícolas para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas têm aumentado no Brasil. O principal motivo deste crescimento é que os drones são capazes de operar em áreas pequenas e de difícil acesso, permitindo a aplicação em locais específicos e mais direcionados, aumentando assim a eficiência na aplicação. Ao contrário da aplicação aérea por avião que atua em grandes áreas de extensão.
Com o crescimento do uso de drones pelo agronegócio, a busca por pilotos capacitados tende a aumentar. Na região central do país, a variação salarial é de R$ 1.500,00 a 12.000,00 por mês, dependendo da categoria do drone, bem como do tipo de aplicação e do conhecimento do piloto.
Ver mais: https://www.canalrural.com.br/programas/informacao/rural-noticias/drones-aplicacao-defensivos/
É possível monitorar o gado através do uso de drones?
O monitoramento e a contagem do gado na pecuária extensiva estão entre as principais atividades dos pecuaristas. No entanto as práticas desenvolvidas nos métodos tradicionais para reunir os animais podem comprometer a saúde, o bem estar e a produtividade dos animais.
Dentre as alternativas aos métodos tradicionais de monitoramento do gado, está a utilização de Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), comumente chamado de drone.
No entanto, os pesquisadores do projeto, alertam que o uso prático ainda é um desafio, especialmente em relação as características particulares do uso desta tecnologia, como por exemplo a necessidade de rastrear alvos móveis e do monitoramento de extensas áreas. Esta limitação do equipamento é identificada especialmente pelo posicionamento da câmera do drone que é disposta de maneira perpendicular ao solo acarretando em limitações para o monitoramento do rebanho, especialmente em sistemas extensivos.
Com tudo, pesquisadores da Embrapa desenvolveram um trabalho em que demonstraram que utilizando um ângulo inclinado da câmera do drone tem se o aumento da visão da área rastreada, reduzindo assim a quantidade de voos necessários para a atividade, além de reduzir os efeitos prejudiciais do movimento dos animais e das mudanças nas condições ambientais. Eles ressaltam ainda, que é fundamental ampliar o conhecimento sobre o uso desta tecnologia, aprimorando técnicas de monitoramento, garantindo assim o sucesso do uso destes equipamentos.
De acordo com o pesquisador Bardedo, a estimativa de monitoramento por drones para contagem automática de gado deve ser entre dois a três anos.
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Notícias sobre Clima
Fenômeno La Niña enfraqueceu em 2021?
As chuvas no mês de dezembro de 2020 foram irregulares, mas foi possível observar um aumento na frequência delas no estado do Rio Grande do Sul (RS). Na metade Sul do RS, importante região produtora de arroz, os produtores rurais estão preocupados com os níveis dos reservatórios de água, que baixaram de forma significativa seus níveis com o aumento da irrigação nas lavouras de arroz. Na região os acumulados do mês de dezembro ficaram entre 50-100 mm.
No último dia 14 de janeiro de 2021 a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) divulgou seu relatório afirmando que o fenômeno La Niña tem 80% de probabilidade de continuar atuando durante os meses de fevereiro, março e abril. A NOAA ainda traz em seu relatório que o fenômeno deve entrar em neutralidade nos meses de abril, maio e junho, com 55% de ocorrência. As temperaturas do Oceano Atlântico Sul estiveram consistentes com a fase fria do La Niña, complementa a NOAA.
O Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) divulgou seu boletim que informa que as temperaturas das águas do Oceano Atlântico Sul apresentaram anomalias positivas no mês de dezembro e que devem continuar nesse mês de janeiro. A maior temperatura das águas do oceano aumenta a quantidade de calor e umidade, o que favorecem as chuvas no estado.
De acordo com o IRGA houve um aumento da frequência das chuvas em dezembro e no início do mês de janeiro, quando comparada com o mesmo período da safra anterior. Essa tendência deve continuar para os próximos meses, mas com médias pluviométricas abaixo das normais climatológicas.
Ver mais: https://irga.rs.gov.br/la-nina-enfraqueceu-mas-ainda-esta-ativa
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Notícias sobre Política
Barreiras comerciais podem ser impostas pelos EUA ao Brasil
Analistas políticos alertam que é possível que sejam impostas pelos Estados Unidos ao Brasil algumas barreiras comerciais, tendo em vista que a tendência é de que a relação entre os dois países piore durante a gestão do presidente Joe Biden, caso os diálogos não melhorem.
Os especialistas alertam que a agenda ambiental seja o principal ponto de conflito entre os dois governos, pois Biden já afirmou que irá trabalhar de forma agressiva na agenda ambiental, em especial na redução de emissões de carbono e no desmatamento.
Contudo, o Brasil é um aliado estratégico para os Estados Unidos. E para que a relação seja boa entre Brasil e EUA será fundamental que haja diálogos construtivos entre ambos os países.
Tom Vilsack será o novo secretário do USDA
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que equivale ao Ministério de Agricultura aqui no Brasil, será comandado por Tom Vilsack nomeado pelo presidente Joe Biden. Vilsack será o primeiro a ocupar o cargo duas vezes, visto que ele comandou o USDA no governo do ex-presidente Barack Obama (2009-2017).
Vilsack é considerado uma escolha técnica para ocupar a pasta e irá substituir Sonny Perdue. Contudo, a sua nomeação gerou críticas e elogios de diversas entidades ligadas ao setor agropecuário dos Estados Unidos, mostrando que ele terá que superar alguns desafios nos próximos anos. Biden nomeou Vilsack por ter experiência e pensamento ousado que será fundamental para levar alívio para o setor agropecuário americano.
O USDA é responsável por regulamentar sementes geneticamente modificadas, faz seguros para lavouras, inspeciona unidades de processamento de carne e realiza exportações agrícolas.
Ver mais: https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/tom-vilasck-usda-escolha-tecnica/