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Notícias gerais
Fertilizante com aditivo biológico deve estar disponível na safra 2021/22
Em breve deve estar disponível no país o primeiro fertilizante mineral com aditivo biológico. A empresa Microgeo Biotecnologia Agrícola é responsável pelo desenvolvimento do produto. O novo produto já está regularizado pelo Ministério da Agricultura e a expectativa é de que deva estar disponível no mercado na safra verão 2021/2022.
O aditivo biológico tem por objetivo melhorar a qualidade biológica dos fertilizantes minerais, potencializando suas funções e resultados, atuando junto à microbiota do solo e da planta, com ganhos na produtividade e no ambiente.
O aditivo biológico será produzido na planta fabril que fica na cidade de Limeira (SP).
Uso de inseticidas cresce 984% para controlar vetor da doença do enfezamento do milho
A safra do milho 2020/21 no estado do Paraná vem sendo impactada consideravelmente pelo complexo de enfezamento do milho. E o desempenho histórico da safra 2019/20 pode não se repetir na safra atual.
O enfezamento do milho é uma doença causada por bactérias da classe mollicutes, o enfezamento vermelho (Candidatus phytoplasma) e o enfezamento pálido (Spiroplasma kunkelii), além do vírus da risca do milho (Mayse rayado Fino Virus), que infectam as plantas de forma sistêmica, transmitidos pela cigarrinha (Dalbulus maidis) de plantas infectadas para plantas sadias. A cigarrinha tem grande potencial de dispersar a doença.
A associação do complexo do enfezamento com a quebra dos colmos, pode ocasionar perdas que podem chegar a 100% na produtividade do milho, quando a cultivar utilizada for suscetível.
Houve um aumento significativo de 984%, nas últimas safras, na utilização de inseticidas para controlar a cigarrinha, indicando a presença massiva deste inseto no campo. Contudo, as repetidas aplicações com o intuito de controlar a cigarrinha, não tem demonstrado resultados satisfatórios em relação ao complexo de enfezamento. Pois o controle com fungicida pode reduzir as populações, mas não consegue impedir a transmissão da doença, pois as infestações com cigarrinhas ocorrem em fluxos espaçados.
Para o controle do complexo de enfezamento é preciso utilizar as diversas estratégias, principalmente: eliminação de plantas espontâneas; sincronização do período de semeadura do milho, evitando a coexistência de plantas em diferentes estágios de desenvolvimento; uso de cultivares que apresentem maior tolerância ao complexo de enfezamento, sendo essa a estratégia mais eficiente; uso de tratamento de sementes com inseticidas e controle químico com inseticida quando existir alta incidência de cigarrinha e histórico de enfezamento.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/cigarrinha-aumenta-em-984–uso-de-inseticidas_447209.html
CONAB permanece otimista com a safra 2020/2021 de milho
No último dia 11 a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) divulgou o 6º levantamento da safra brasileira de grãos. Neste atual levantamento, a CONAB aumentou em 2,58 milhões de toneladas a produção de milho e em 1,82 milhões de toneladas os estoques finais da safra de milho brasileira.
Além das estimativas atuais apontarem para uma produção recorde de mais de 108.068,7 mil toneladas de milho no Brasil, com ênfase para o volume previsto na segunda safra, que representa quase 77% desse total.
O suprimento (estoque inicial, produção e importação) aumentou em 2,2% em relação a projeção de fevereiro. Já o uso (consumo interno + exportação) permaneceu inalterado.
Os estoques finais são 10,89% mais altos comparado a última safra e 5,26% mais altos que a média das últimas seis safras.
Ver mais: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos
Acesso ao 6º levantamento da safra de grãos: https://www.conab.gov.br/component/k2/item/download/36194_8144bfc95d544b42d23ab308b7016813
Exportações de arroz são as mais altas em nove anos
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Arroz (Abiarroz) e do Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS) as exportações de arroz (base casca) no ano comercial 2020/2021 foram as maiores dos últimos nove anos, somando 1 milhão e 770,6 mil toneladas entre março e fevereiro. Perdendo apenas para o ano comercial 2011/12, quando a exportação somou 2,99 milhões de toneladas.
Com relação as importações, estas também foram históricas e atingiram o maior volume dos últimos 12 anos, com 1,353 milhões de toneladas importadas.
Segundo o diretor-executivo da Sindarroz, Tiago Sarmento Barata, a cadeia produtiva do arroz cumpriu a sua missão de abastecer os mercados interno e externo.
O país exportou 81.964 toneladas de arroz, base casca, e importou 82.131 toneladas no mês de fevereiro.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/exportacoes-de-arroz-foram-as-maiores-em-9-anos_447285.html
Brasil deve se tornar o maior exportador de grãos do mundo superando os Estados Unidos
Um levantamento realizado por pesquisadores da Embrapa, aponta que nos próximos 5 anos o país pode se tornar o maior exportador de grãos do mundo, superando inclusive os estados Unidos.
Segundo o pesquisador Elisio Contini, um dos autores do estudo, nos últimos 20 anos (2000-2020), a produção de grãos no Brasil cresceu 210%, enquanto que a mundial 60%. O Brasil ocupa o quarto lugar como produtor mundial, mas está em segundo lugar como exportador de grãos, basicamente de milho e soja, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. No entanto, nos próximos 5 anos, o Brasil deverá superar os Estados Unidos em exportação.
Ainda de acordo com o pesquisador, até 2050 a produção Brasileira de grãos poderá superar 500 milhões de toneladas, sendo ainda mais importante para a segurança alimentar mundial. O pesquisador também acrescenta que o Brasil tem uma janela de oportunidades de negócios por pelo menos 20 anos, que deve ser aproveitada.
Um ponto destacado pelo pesquisador é a situação privilegiada que o Brasil se encontra, entre outros fatores estão, a grande quantidade de terras aráveis que se encontram no país, fato este que em muitos países, como nos Estados Unidos, é um recurso já limitado, pois as terras já se encontram praticamente esgotadas. Além da disponibilidade de algumas tecnologias com o potencial de aumentar ainda mais a produção nacional, como uso de sementes melhoradas, uso de insumos e sistemas de produção mais eficientes.
No entanto, o pesquisador destaca que é preciso melhorias na infraestrutura e marketing dos produtos brasileiros. Além de citar que a solução para a questão ambiental é vital para a exportações do país.
Ver mais: https://www.canalrural.com.br/noticias/embrapa-brasil-maior-exportador-graos-mundo/
Acesse o estudo completo: https://www.embrapa.br/documents/10180/26187851/Popula%C3%A7%C3%A3o+alimentada+pelo+Brasil/5bf465fc-ebb5-7ea2-970d-f53930b0ec25?version=1.0&download=true
Agronegócio cresce 24,3% em 2020 e responde por mais de 1/4 da economia do Brasil
No último dia 11, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), informaram que o PIB do agronegócio teve uma expansão recorde de 24,31% no ano de 2020.
Diante disso, o setor expandiu para 26,6% a sua participação no PIB total do país em 2020, contra 20,5% em 2019.
Em geral todos os segmentos do agronegócio tiveram alta em 2020, com destaque para o setor primário com 56,59%, seguido por agrosserviços com 20,93%, agroindústria com 8,72% e insumos com 6,72%.
Contudo, o Cepea ressalta que, apesar do crescimento recorde do PIB em 2020, parte desse crescimento é resultante de uma recuperação.
Outro ponto destacado pelo Cepea é que os custos de produção também tiveram uma considerável suba, no entanto não nas mesmas proporções dos preços dos produtos.
Tecnologia simples desenvolvida pela Embrapa evita perdas bilionárias na colheita da soja no estado do Paraná
A Embrapa, na década de 1980, desenvolveu um kit de monitoramento de perdas de soja, composto por materiais simples e acompanhado com um manual de orientação. Este kit é capaz de medir as perdas durante a colheita de soja, além de identificar as possíveis causas.
Atualmente a utilização deste kit, é um dos grandes responsáveis pela diminuição de perdas na colheita da soja ao longo dos últimos anos no estado do Paraná.
Na década de 80, o estado do Paraná, perdia em média de três a sete sacas ha-1 de soja durante a colheita. Com a utilização do kit para aferir o desperdício e identificar as causas, foi possível diminuir as perdas na colheita. Na última safra as perdas foram em média de 1,05 saca ha-1, índice este considerado bem próximo do aceitável. Pois de acordo com a Embrapa o volume de perdas aceitável por hectare é até uma saca de 60 Kg ha-1plantado.
O kit de monitoramento de perdas na colheita utilizado para a cultura da soja, é composto por um copo medidor, uma armação de 4 metros de largura por 0,5 m de comprimento (2 metros quadrados) e quatro pinos de fixação da armação. Junto com o kit vai um manual, em que se encontram descrito a forma correta para se utilizar o copo medidor, bem como as informações técnicas relacionadas a cada um dos componentes da colhedora, além de apontamentos sobre os problemas, as causas e as possíveis soluções observadas durante a operação de colheita da soja.
O kit é comercializado pela Embrapa em duas opções: Kit Perdas Individual (1 copo, 1 manual, 1 armação e 4 pinos de fixação), por R$ 30,00; e o Kit Perdas Caixa (2 Kits Perdas Individuais) por R$ 50,00.
Acesse a circular técnica da Embrapa:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1130138/1/CIRCULAR-TECNICA-168.pdf
Imea aponta que a média de grãos avariados no MT é de 9,1%
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), com o intuito de compreender os impactos causados pela chuva sobre a colheita de soja no estado do Mato Grosso, desenvolveu um estudo para verificar a dimensão dos prejuízos causados aos grãos.
O período avaliado foi de 19/02 a 04/03, período este que concentrou a colheita da oleaginosa, quando foram colhidos 3,37 milhões de hectares de soja no estado, uma média de 224,49 mil hectares.dia-1.
O estudo apontou que a média de grãos avariados no Mato Grosso foi de 9,1%, causando grandes impactos ao produtor, principalmente em decorrência dos descontos, pois o limite máximo estabelecido por lei para grãos avariados é de até 8%. Além do mais, a alta umidade exige mais custos para secar o grão, causando mais deduções ao produtor.
Ver mais: https://bit.ly/3vujPDp
Ações de combate a cigarrinha do milho são discutidas pela CNA e Embrapa
No último dia 16, estiveram reunidos a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) juntamente com outras entidades do setor para debaterem ações necessárias para mitigar os danos causados pela cigarrinha (Dalbulus maidis) do milho.
Dentre as ações, o presidente da comissão, Ricardo Arioli, destacou que irão ser organizadas ações nacionais entre as instituições para aumentar os esclarecimentos aos agricultores com relação aos híbridos de milho mais sensíveis a doença do enfezamento, que causa sérios danos a cultura e que é transmitida pela cigarrinha. A doença do enfezamento causa desequilíbrio hormonal na planta, encurtamento dos entrenós, redução na altura das plantas e as espigas ficam menores e improdutivas, algumas vezes com grãos menores ou sem grãos, destaca o pesquisador Luciano Viana.
Na ocasião pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, apresentaram materiais que já estão disponíveis relacionadas à praga e doença do milho.
Notícias clima
La Niña pode enfraquecer e se tornar neutro durante a outono
De acordo com a Agência de Meteorologia e Oceanografia Norte Americana (Noaa), há 60% de chance do fenômeno La Niña enfraquecer e se tornar neutro durante a próxima estação no Hemisfério Sul, entre os meses de abril e junho.
As chuvas ficarão abaixo da média para a região Sul, Mato Grosso do Sul, leste e norte do Nordeste e no leste da região Norte. E ficarão acima da média no Sudeste, Bahia, Goiás, Acre, Amazonas, oeste do Paraná e parte do Mato Grosso, segundo os dados de simulação realizados pela Universidade de Colúmbia (IRI).
Até a segunda quinzena de maio e no mês de junho, há previsão de frio mais frequente no centro e sul do país. No estado do Mato Grosso do Sul e Paraná o frio não será mais intenso do que o habitual, no entanto pode pegar as lavouras em fase vulnerável.
Ver mais: https://www.canalrural.com.br/noticias/tempo/la-nina-qual-chance-fenomeno-persistir/