Veja as principais notícias da semana no mundo Agro.
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GERAIS
Balança comercial do agronegócio bate recorde de US$ 11 bilhões em julho
O valor recorde de US$ 11,29 bilhões foi 15,8% superior ao exportado no mesmo mês do ano passado.
Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o crescimento das exportações está ligado à elevação do índice de preços dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil, que foi de 28,5% na comparação entre julho de 2020 e julho de 2021.
Mesmo com queda do volume exportado, o forte incremento dos preços internacionais dos produtos exportados fez com que o valor atingisse um montante histórico.
A soja em grãos apresentou uma queda na quantidade exportada, no entanto, a elevação do preço médio de exportação da oleaginosa brasileira em 32,5% fez com que o valor exportado alcançasse cerca de US$ 4 bilhões.
As carnes também atingiram valor recorde de exportações, com US$ 2,03 bilhões em vendas externas em julho passado (+34,9%).
Acesse a Balança Comercial do Agronegócio – julho 2021
Fonte: Mapa
Produtos agropecuários brasileiros alcançam novos mercados externos
As negociações bilaterais do Brasil com diversos países têm possibilitado a ampliação dos mercados para produtos agropecuários brasileiros.
Diversos acordos costurados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) resultaram na abertura de 150 mercados em 43 países, desde janeiro de 2019.
A abertura desses mercados é fruto de negociações envolvendo, principalmente, acordos sobre parâmetros de sanidade e do certificado correspondente, sanitário, fitossanitário ou veterinário, que passará a ser aceito pelo país importador nos pontos de entrada da mercadoria.
Do total dos 150 novos mercados, 74 são nas Américas, 57 na Ásia, 18 na África e um na Oceania.
Exportações de 2021 – De janeiro a junho de 2021, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 61,49 bilhões, crescimento de 20,8% em relação ao exportado no mesmo período em 2020.
Fonte: Mapa
Produtos da agricultura familiar com bônus em agosto
A lista de produtos e os estados contemplados pelo Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF) tem validade para o período de 10 de agosto a 9 de setembro deste ano, conforme a Portaria Nº 32, da Secretaria de Política Agrícola.
O recebimento de bônus ocorre quando o valor de mercado dos produtos do programa fica abaixo do preço de referência, permitindo ao produtor utilizar o valor como desconto no pagamento ou amortização nas parcelas de financiamento no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Fonte: Mapa
Autorizada a venda direta de etanol por produtores a postos de combustíveis
Foi assinada a Medida Provisória (MP) que altera a Lei nº 9.478/1997 (Lei do Petróleo). O texto permite que o produtor ou o importador possa, facultativamente, comercializar etanol hidratado diretamente com os postos de combustíveis, e que o transportador-revendedor-retalhista (TRR) possa comercializar etanol hidratado.
Objetivo é melhorar a logística e dar mais competitividade ao setor.
Fonte: Mapa
Levantamento da Conab indica queda na estimativa da produção de grãos
O clima durante a safra 2020/2021 teve reflexos negativos sobre as lavouras e a nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção brasileira de grãos no período é de 254 milhões de toneladas, volume menor que a safra anterior em 1,2%.
Mesmo com o aumento da área plantada em mais de 4%, a redução se deve, principalmente, à queda das produtividades estimadas nas culturas de segunda safra, justificada pelos danos causados pela seca prolongada nas principais regiões produtoras, bem como às baixas temperaturas com eventos de geadas ocorridas nos estados da Região Centro-Sul do país.
Os dados podem ser acessados através do 11º Levantamento da Safra de Grãos 2020/2021.
Fonte: Conab
Implantação da análise dinamizada do Cadastro Ambiental Rural
Os estados do Amapá e Paraná são os primeiros estados a aderirem ao novo sistema de análise dinamizada do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o AnalisaCAR.
O AnalisaCAR possibilita que os cadastros sejam verificados de forma automatizada, por meio de tecnologias de geoprocessamento que comparam os dados declarados com mapas de referência, que funcionam como o gabarito para a checagem das informações. A expectativa do SFB é que até o fim do ano pelo menos dez estados estejam utilizando a ferramenta, que será disponibilizada para todo o país em um prazo de dois anos.
Fonte: Mapa
PRODUÇÃO
Aumento do custo de produção da soja
O analista Alceu Richetti, da Embrapa Agropecuária Oeste calculou a viabilidade econômica da cultura da soja para a safra 2021/2022, em Mato Grosso do Sul, e verificou que alguns itens tiveram aumentos importantes de preços e estão pesando no cálculo, principalmente, os insumos e as máquinas agrícolas.
Na região centro-sul do estado, os insumos utilizados na safra 2021/2022 correspondem, em média, a 53,31% do custo total. Dentre os insumos, Richetti informa que os fertilizantes, as sementes e os inseticidas são os principais componentes que proporcionam percentual elevado, que somados seus percentuais atingem, em média, 39,91% do custo total.
Fonte: Embrapa
Hortaliças: Embrapa busca desenvolver plantas biofortificadas e resistentes a vírus
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF) e a Agrocinco, empresa que atua na produção, comercialização e pesquisa de novos híbridos de hortaliças, fazem nova parceria.
O objetivo é de, nos próximos anos, obter plantas de alface biofortificadas e de tomates resistentes a vírus. Trata-se de pesquisas de ponta e que, por necessitarem percorrer caminhos que vão dos testes de laboratórios aos realizados a campo e que também necessitam da aprovação da Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio).
Fonte: Embrapa
Prevenção à Raça 4 Tropical da Fusariose em bananeiras
Técnicos do Mapa estão fazendo levantamentos em propriedades rurais de diversas regiões do estado de São Paulo, com o objetivo de garantir e manter o status de área livre da Raça 4 Tropical da Fusariose da Bananeira no Brasil e do Moko da Bananeira no estado.
A Raça 4 Tropical (FOC R4T) ainda não chegou ao Brasil, mas já está presente na Colômbia e no Peru, o que preocupa muito a Defesa Fitossanitária, porque não existe tratamento curativo nem variedades resistentes à doença.
Produtores rurais estão recebendo orientações sobre os riscos da entrada dessas pragas, que podem comprometer o cultivo da fruta no país.
Fonte: Mapa
MERCADO
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Produto | Panorama da última semana |
Soja | A demanda externa pelo farelo de soja brasileiro voltou a se aquecer. Esse cenário resultou em aumento nos prêmios de exportação, diminuição da oferta de grandes lotes por parte das indústrias no spot nacional e avanço nos preços internos do farelo.
Já os preços do óleo de soja voltaram a ceder nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, embora a demanda doméstica para a produção de biodiesel siga aquecida, as indústrias de alimentos estão cautelosas nas aquisições, aguardando preços menores. Além disso, a demanda externa também se enfraqueceu. Para a soja em grão, os valores apresentaram comportamentos distintos durante a última semana. Os baixos estoques da safra 20/21, a valorização do dólar frente ao Real e a elevação dos prêmios resultaram em altas nos preços em alguns dias. Por outro lado, atentos ao bom andamento das lavouras norte-americanas, parte dos produtores elevou a oferta de soja no spot nacional, aumentando a liquidez, especialmente para exportação, e pressionando os valores em alguns momentos. |
Algodão | Os preços do algodão em pluma voltaram a subir nos últimos dias, com a retração de vendedores no mercado spot. O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 1,54% entre 3 e 10 de agosto, fechando a R$ 5,1306/lp na terça-feira, 10. No acumulado de agosto, o avanço é de 3,4%. Segundo pesquisadores do Cepea, vendedores estão atentos às valorizações dos contratos na Bolsa de Nova York e do câmbio – neste caso, ressalta-se que os preços na China, representados pelo índice Cotlook A, até recuaram, mas a paridade de exportação subiu, devido ao dólar. Com isso, cotonicultores se voltam à colheita, ao beneficiamento e ao cumprimento de contratos a termo. |
Milho | As vendas de milho estão travadas no mercado interno, e os preços do cereal passaram a apresentar movimentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea – com as quedas predominando. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 2,2%, fechando a R$ 99,10/sc de 60 kg na sexta-feira, 6. Já nas praças onde o movimento ainda foi de alta – como Recife (PE), Barreiras (BA), Joaçaba (SC), Ponta Grossa (PR) e Marília (SP), a sustentação veio do maior interesse comprador e da resistência de vendedores em negociar novos lotes. No Paraná, os valores foram sustentados especialmente por incertezas quanto à oferta – vale lembrar que este foi um dos estados mais atingidos por adversidades climáticas neste ano. |
Etanol | Na última semana, o Indicador CEPEA/ESALQ de etanol hidratado fechou a R$ 3,0318/litro, elevação de 2,17% – esta foi a segunda semana seguida de aumento nos preços. No caso do anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,4655/litro, aumento de 1,09% – esta foi a quinta semana consecutiva de avanço deste Indicador. |
Açúcar | O Indicador do açúcar cristal segue firme no mercado spot, operando acima dos R$ 120,00/saca de 50 kg, ou seja, em patamares recordes nominais da série histórica do Cepea. O movimento e alta está atrelado à restrição da oferta do adoçante na atual safra 2021/22, que, vale lembrar, vem sendo prejudicada pelo clima seco e frio. Ainda para este mês, estão previstas ocorrências de outras geadas, o que pode resultar em novos impactos sobre as lavouras de cana-de-açúcar da região Centro-Sul do País. Neste contexto, muitas usinas de São Paulo estão fora de mercado spot, avaliando se as possíveis perdas na produção chegam a comprometer os volumes de açúcar já contratados. |
Arroz | Os preços do arroz em casca estão firmes no mercado sul-rio-grandense neste começo de agosto, com o Indicador ESALQ/SENAR-RS voltando a operar na casa dos R$ 77,00/saca de 50 kg. Pesquisadores do Cepea indicam que os preços estão em alta em todas as praças acompanhadas, sustentados pela baixa oferta de casca no spot.
Quanto às exportações, somaram 95,83 mil toneladas em julho/21, volume 36,6% acima do registrado em junho/21. As importações, por sua vez, totalizaram 79,3 mil toneladas de arroz (equivalente casca) em julho/21, volume 7,1% inferior ao de junho – este é o terceiro mês consecutivo de queda. |
Boi | Os elevados preços do boi gordo no mercado brasileiro vêm sendo repassados aos valores da carne exportada. Entre julho/20 e julho/21, a média mensal do boi gordo subiu 44%. Para a carne exportada, dados da Secex mostram que, no mesmo período, houve valorização de 33%, com a média atingindo recorde em julho, de US$ 5.427,72/tonelada. No caso específico da China, o valor médio foi de US$ 5,77/kg em julho/21, aumento de 33,6% em um ano.
O incremento nos valores da carne exportada vem sendo observado mesmo com o dólar em elevado patamar (acima dos R$ 5). De janeiro a julho de 2021, a China foi destino de 490,17 mil toneladas da carne bovina brasileira (correspondendo a 46% de todo o volume embarcado pelo Brasil no período), quantidade 8,5% superior à do mesmo período do ano passado, quando somava até então recorde de 451,77 mil toneladas. |
Fonte: www.cepea.esalq.usp.br
CLIMA
Análise da onda de frio que atuou no brasil no final de julho
Os maiores destaques deste sistema, que é o terceiro do inverno de 2021 e, até então, pode ser considerado o mais intenso, foram as temperaturas negativas registradas na Região Sul (por pelo menos três dias consecutivos), a queda de neve (em uma ampla área das serras Gaúcha e Catarinense), além do registro das menores temperaturas mínimas e máximas do ano em grande parte das estações localizadas nas regiões Sul e Sudeste, especialmente.
No dia 26/08 (Figuras 1a e 1b), a frente fria chegou ao Rio Grande do Sul e ao longo do dia seguinte (27), avançou rapidamente sobre os demais estados da Região Sul (Figura 1c), Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso e sudoeste de São Paulo (SP) – Figura 1d.
No dia 28/07 (Figura 1e), a frente fria atingiu os demais estados das regiões Centro-Oeste (Mato Grosso e sul de Goiás) e Sudeste (sul e triângulo de Minas Gerais e Rio de Janeiro), além de Rondônia, Acre e sudoeste do Amazonas. Ainda nesse dia, a presença de um ciclone extratropical no Oceano Atlântico, intensificou o vento no litoral da Região Sul e também favoreceu a incursão de umidade nas serras Gaúcha e Catarinense. A combinação de umidade com o ar frio persistiu entre os dias 28 e 29, quando provocou à ocorrência de neve em muitas cidades localizadas nas Serras Gaúcha e Catarinense.
No dia 29 (Figuras 1g e 1h), a frente fria atingiu o norte de Minas Gerais, sul da Bahia e avançou ainda mais pelo sul da Amazônia Legal. Nesse mesmo dia (Figura 1h), a massa de ar frio predominou pelas regiões Sul, Sudeste e também atingiu os estados de Rondônia, Acre e sul do Amazonas. Na Região Sul, a massa de ar frio manteve seu centro de alta pressão posicionado sobre o Rio Grande do Sul até a manhã do dia 30 (Figura 1i).
Somente na noite do dia 30 (Figura 1j), o centro da alta pressão migrou para o Oceano Atlântico, onde ao longo do dia 31 (Figura 1k e 1l), afastou-se gradativamente do leste da Região Sul, mas sua circulação (crista) continuou predominando pelo centro-sul do país e adentrou o interior da Região Nordeste.
Figura 1 . Cartas sinóticas: (a) 26/07 às 12 UTC; (b) a (l) no período de 27/07 a 31/07 às 00 e 12UTC, respectivamente.
Fonte: Viviane Samara Barbosa Nonato – INMET
Previsão de chuva para os próximos dias
De acordo com o modelo numérico do INMET, os acumulados de chuvas deverão ser mais significativos na área ao noroeste da Região Norte do Brasil.
Região | Previsão |
Sul
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Áreas de instabilidade são previstas para a região, com maiores acumulados de chuva na faixa de 70 mm no leste de Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, os maiores acumulados se concentram na área centro-norte do estado. |
Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e MATOPIBA | Não há previsão de chuva em grande parte destas áreas, com possibilidade de acumulados inferiores a 10 mm para o Recôncavo Baiano, norte do Maranhão e toda faixa litorânea. |
Norte | Os maiores acumulados de chuva concentram-se ao noroeste do Pará, do Amazonas e na área centrossul e centro-norte de Roraima, com valores estimados entre 40 e 50 mm, podendo alcançar 80 mm em áreas do Baixo Amazonas, no Pará. |
*Informativo Meteorológico Semanal N° 31 (previsão de 10 a 25 de agosto de 2021).
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