PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANA
Notícias gerais
Com 14 ocorrências, Bahia está em alerta para as notícias da Ferrugem Asiática
O oeste baiano está em alerta para as notícias da Ferrugem Asiática. O alerta foi emitido pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e pelos integrantes do Programa Fitossanitário da Soja.
De acordo com o consórcio Antiferrugem, já foram contabilizadas 316 ocorrências nesta safra. Na Bahia, foram registradas até a última sexta feira, 14 ocorrências, sendo sete em Luiz Eduardo Magalhães, quatro em Barreiras e três em São Desidério. Na última safra (2019/2020) o estado da Bahia registrou 15 ocorrências no total. No momento a notícia do estado do Rio Grande do Sul lidera o ranking de ocorrências com 127 focos registrados.
De acordo com o coordenador do Programa Fitossanitário, Armando Sá, os aumentos nos números de focos da Ferrugem Asiática estão relacionados à alta umidade, devido ao intenso período de precipitação registrado recentemente no estado. O coordenador destaca ainda que é importante realizar o monitoramento com frequência, e quando necessário fazer o controle químico.
Uma das maneiras de realizar o controle desta doença fúngica é o vazio sanitário já adotado pelo estado desde 2001.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/oeste-baiano-esta-em-alerta-para-ferrugem-asiatica_446877.html
http://www.consorcioantiferrugem.net/#/main
DATAGRO estima safra 2020/21 de soja e milho
De acordo com o 5º levantamento realizado pela consultoria DATAGRO, para safra 2020/21 de soja, são estimados 135,68 milhões de toneladas, 0,14% a menos da estimativa apurada em janeiro. Se a atual estimativa se manter, o volume desta safra será 7% superior à safra recorde da temporada 2019/2020.
Segundo o coordenador de Grãos da DATAGRO, apesar da preocupação com as dificuldades de colheita, devido ao excesso de umidade nas lavouras, e com alguns casos de perdas regionais acontecendo, é possível prever que se terá uma safra cheia e com recorde.
Já, para a safra do milho, a consultoria prevê para a primeira safra pouco mais de 24 milhões de toneladas, sendo 18,43 milhões de toneladas no Centro Sul e 5,6 milhões de toneladas nas regiões Norte e Nordeste.
A primeira safra atingiu 4,26 milhões de hectares de área, sendo 1% a menos que na safra passada.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/safra-de-soja-deve-ser-de-135-68-mi-tons_446885.html
Milho supera as expectativas e ultrapassa os R$ 94,00
Na última quinta-feira, o milho atingiu a cotação de R$ 94,72 antes mesmo do previsto, confirmando as previsões de que o cereal subiria ainda mais, conforme destacado pela consultoria TF Agroeconômica.
Segundo os analistas da TF Agroeconômica, as previsões foram certeiras, antes mesmo do esperado a cotação do cereal na B3 chegou a R$ 94,72, atingindo o nível de R$ 95,00 conforme a projeção.
O preço pode subir ainda mais. Como fatores dessa alta os especialistas destacam: a falta do cereal no país e no mundo, o dólar elevado, incentivando as exportações e diminuindo a disponibilidade do produto no país, aumentando a preocupação dos produtores de carne. Além de demorar aproximadamente 4 meses para a safrinha.
Novo inseticida promete controlar todas as fases do percevejo na soja
Um novo inseticida para a cultura da soja foi apresentado pela empresa IHARA. A grande novidade do inseticida Maxsan, com efeito 4Max é o controle de todas as fases do percevejo e da mosca branca, com características inovadoras e únicas no controle.
A nova tecnologia 4Max proporciona efeito de choque, ovicida como menor percentual de ovos eclodidos, adultos estéreis, redução da população que chega a fase reprodutiva e aumento do intervalo entre posturas.
De acordo com gerente de produtos inseticidas da IHARA, o novo inseticida é inédito e exclusivo no país. Formulado a partir de uma molécula altamente inovadora, com efeito em todas as fases dessas pragas, com alto poder de controle, além de ser o único com duplo residual e efeito ovicida para o percevejo na cultura da soja.
IRGA prevê produtividade de arroz acima da média histórica no RS
De acordo com o Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA), a colheita do arroz, safra 2020/2021, está evoluindo no Rio Grande do Sul (RS), atingindo aproximadamente 10% da área semeada no estado.
Segundo o presidente do IRGA, Ivan Bonetti, a estimativa é de que a produtividade fique acima da média histórica, porém um pouco abaixo da registrada na safra passada, quando a produtividade foi um recorde histórico, com 8.400 quilos por hectare, sendo a média normal para o estado de 8.000 quilos por hectare.
Ainda de acordo com o presidente do IRGA, apesar dos problemas climáticos decorrentes do fenômeno La Niña, as áreas cultivadas com arroz têm sido favorecidas.
Ver mais: https://www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/arroz/arroz-produtividade-rs-safra-21/
Irrigação por pivô central cresce no Brasil e supera a área irrigada por inundação
Pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, avaliaram a atuação e a expansão do uso de pivôs centrais para irrigação no país. Os pesquisadores constataram que a tecnologia alcançou em 2020, 1,6 milhão de hectares, superando a área de irrigação por inundação, que é utilizada para o cultivo do arroz irrigado na região Sul do país.
Atualmente, menos de 20% da área total cultivada é irrigada, e estas produzem mais de 40% dos alimentos, fibras e bioenergia, evidenciando que a irrigação é um método importante para a segurança alimentar. Além disso, a pesquisa também demostrou o aumento da produtividade por unidade de área e a possibilidade de produzir fora de época, contribuindo para reduzir a expansão da fronteira agrícola e abrir novas oportunidades de mercado.
De acordo com o pesquisador Daniel Guimarães, existe uma alta tendência de concentração de polos de irrigação no país, apenas dez municípios mantêm 25% desses equipamentos e atingem mais de 400.000 hectares. Outros quatro municípios têm mais de 15% de suas áreas irrigadas por pivôs centrais: Itaí-SP (17,83%), Santa Juliana-MG (15,85%), Casa Branca-SP (15,39%) e Romaria -MG (15,08%).
Outro ponto destacado na pesquisa é para o uso racional, em conformidade com o meio ambiente, preservando os recursos hídricos e os mananciais. Para isso, a utilização do sensoriamento remoto abre possibilidades para melhorar a eficiência na gestão dos recursos hídricos e a expansão da irrigação sustentável.
Consumo de frutas e hortaliças é afetado pela alteração de hábitos dos brasileiros
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) realizou uma análise dos dados obtidos pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em relação ao perfil do brasileiro quanto aos hábitos alimentares.
Os dados analisados são referentes ao biênio 2017-2018, comparados aos resultados encontrados na pesquisa anterior, realizada nos anos 2008-2009, com ênfase no dispêndio agregado de hortaliças e frutas no país e a relação com a renda. Na atual avaliação, também entrou a pandemia de COVID-19, que começou após a última pesquisa realizada pela POF. Demonstrando que ocorreram mudanças desde 2020 no consumo de frutas e hortaliças pelos brasileiros.
Segundo as informações divulgadas pelo Cepea, neste período de 10 anos, o consumidor manteve a mesma proporção do seu orçamento para a compra de frutas e hortaliças. Contudo, ocorreu uma diminuição do consumo per capita no mesmo período. Fato atribuído pelos pesquisadores em linhas gerais, pelo poder de compra limitado do consumidor e pelo aumento médio do preço dos produtos.
Dentre as frutas mais consumidas pelo brasileiro o destaque é para a banana, seguida pela laranja, melancia e maçã. Já entre as hortaliças, o destaque é para o tomate, seguido de batata, cebola e cenoura.
Com a atual crise que o país vem passando em decorrência da pandemia atrelado a renda mais apertada do consumidor, o orçamento destinado ao consumo de hortifrutis pode ficar mais restrito. Neste sentido cabe ao setor de hortifrutis tentar oferecer um produto mais acessível, principalmente aos consumidores de classe média e baixa, e assim reverter o valor gasto pela população em alimentos ultraprocessados para o consumo de frutas e hortaliças.
Notícias tecnologia
Instrução Normativa específica para o uso de drones na agricultura deverá ser publicada em breve no Brasil
A utilização de drones na agricultura é uma realidade na China. Em comparação com o país asiático, o Brasil utiliza apenas 1,5% dos seus drones na agricultura, de acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).
Com a diminuição da população rural na China e, consequentemente, com o seu envelhecimento, o país investiu em tecnologia remota através de incentivos governamentais para a aplicação de defensivos nas lavouras, o que era realizado de forma manual. Atualmente, os drones ocupam um nicho do mercado de aeronaves agrícolas no Brasil, sendo utilizados para aplicações específicas, para a realização de arremates de áreas ou para a aplicação em ambientes próximos a áreas de preservação permanente.
Em breve, aqui no Brasil deverá ser publicada a chamada Instrução Normativa dos Drones, podendo servir como incentivo para o aumento da sua utilização na agricultura brasileira.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/brasil-usa-apenas-1-5–de-drones-comparado-a-china_447016.html
Tecnologia pioneira utiliza laser para avaliar vigor em lotes de sementes de soja
A Embrapa Instrumentação juntamente com a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMS), desenvolveram uma tecnologia pioneira que vai permitir que o produtor rural saiba, em poucos minutos, se as sementes de soja são de alto ou de baixo vigor.
Para isso, será utilizada de forma pioneira a aplicação de espectroscopia de emissão óptica com plasma induzido por laser (LIBS). O sistema LIBS dispara um laser sobre os grãos gerando um plasma, esta passa a emitir luz originária dos átomos e íons presentes na amostra. Esta técnica combinada com algoritmos de aprendizado de máquina (machine learning) na avaliação da qualidade de sementes, permite identificar o vigor dos lotes de sementes.
Os pesquisadores responsáveis pela tecnologia observaram que a união das técnicas permitirá classificar lotes de sementes de forma rápida, precisa, em larga escala e com custo reduzido quando comparado às técnicas tradicionais já utilizadas. Esta nova tecnologia irá auxiliar o produtor de soja a escolher as sementes com melhor desempenho produtivo.
Com o uso da nova tecnologia é possível identificar as partículas minúsculas das sementes, ou seja, os constituintes atômicos, e assim criar protocolos que irão distinguir lotes de sementes com alta precisão comparada às técnicas atuais, as quais são trabalhosas, demoradas e chegam ao custo médio de R$ 100,00 por lote de semente. Já com a nova técnica os cientistas acreditam que o preço deva ser menor.
A qualidade das sementes é um fator de suma importância para que as lavouras apresentem altos rendimentos, aliado a isso é importante que existam técnicas de avaliação de qualidade de sementes que distingam o real potencial de um lote de sementes, de forma rápida e precisa.
Esta nova tecnologia já tem pedido de patente encaminhado ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
-
Notícias clima
Alerta: notícias do aumento no déficit de pressão de vapor poderá prejudicar o rendimento das safras
Segundo informações da universidade de Minnesota, desde 2000 vem sendo observado mundialmente o aumento no déficit de pressão de vapor, ou seja, está ocorrendo uma continua seca atmosférica. Este fenômeno pode reduzir a produção das safras e também a altura das árvores.
De acordo com o professor Walid Sadok, quando existe um grande déficit de pressão de vapor, a atmosfera retira água de outras fontes, como por exemplo de plantas e animais. Essa seca atmosférica impõe uma maior demanda por parte das plantas em utilizar água, ou seja, em áreas produtivas os agricultores deverão garantir que essa demanda por água seja atendida, para que a produção não seja prejudicada.
Como consequências deste fenômeno, as plantas tendem a ficarem menores, mais curtas e mais resistentes a seca, mesmo não ocorrendo. Além de ficarem menos capazes de fixar o CO2 atmosférico para a realização da fotossíntese.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/seca-atmosferica-prejudicara-rendimentos-das-safras_447171.html
-
Mercado
Cotação do boi padrão China sobe e atinge R$ 310,00 por arroba
De acordo com a Scot consultoria, as negociações em São Paulo, envolvendo bovinos padrão China, para abate e exportação da carne fecharam em R$ 310,00 a arroba, preço bruto e à vista. Enquanto o boi gordo destinado ao mercado interno ficou apregoado em R$ 303,00 a arroba, preço bruto e à vista.
Já a novilha gorda foi negociada em R$ 294,00 a arroba e a vaca gorda ficou cotada em R$ 280,00 a arroba, preço bruto e à vista.
A cotações no boi destinado ao mercado interno e ao destinado a exportação, estão bem distintos, com uma diferença de R$ 15,00 por arroba. Na última quinta-feira, o boi gordo nacional apresentou queda na maioria das praças. Barretos e Araçatuba (SP) ficou com a maior cotação, R$ 298,50, e o Acre com a menor cotação, R$ 254,00, preço à vista.
O boi para ser considerado boi China, deve ser nascido e criado no território brasileiro, ter no máximo 4 dentes incisivos permanentes e ter até 30 meses no momento do abate.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/boi-china-alcanca-r-310-00–_446931.html
Expansão econômica chinesa deve impactar o agro brasileiro
A China registrou um crescimento de 2,3% do seu produto interno bruto (PIB) no ano passado, mesmo com os efeitos negativos provocados pela pandemia da Covid-19, sendo um dos únicos países a registrar crescimento durante a pandemia. A expectativa é de que haja uma expansão econômica no país, com uma projeção de crescimento de 6% ao ano.
O país asiático é um importante parceiro comercial do Brasil, sendo responsável por 32,3% do total das exportações brasileiras no ano de 2020. Desta forma, essa perspectiva de crescimento da China deve impactar de forma positiva no agronegócio brasileiro. A tendência é de que a China investirá ainda mais em tecnologia visando agregar valor nos seus produtos. Um setor que deverá ser ainda mais tecnificado é a suinocultura, o que deverá demandar ainda mais ração para os animais, sendo o Brasil o principal fornecedor de milho e soja para o país.
Contudo, os EUA devem ser observados atentamente. Possivelmente a taxa de juros deve ser aumentada, valorizando o dólar. Com isso, o Brasil terá grande competitividade no mercado e deverá ser o principal exportador de produtos agrícolas para a China.
Ver mais: https://www.canalrural.com.br/programas/informacao/mercado-e-cia/china-projeta-expansao-economica/