Mercado de frutas e hortaliças

Mercado brasileiro de frutas e hortaliças

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(Curadoria Agro Insight)

Hoje, a curadoria Agro Insight traz a análise da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre o mercado brasileiro de frutas e hortaliças.

Cenoura e banana têm queda de preços em mercados atacadistas do país

A cenoura apresentou preços mais baixos em alguns dos mercados atacadistas do país em outubro, especialmente nas Centrais de Abastecimento de Goiânia/GO (-12,76%), de Rio Branco/AC (-10,55%) e do Rio de Janeiro/RJ (-6,47%). As informações estão no 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta sexta-feira (18).

Mesmo apresentando queda no último mês, o movimento de preços baixos para a cenoura não se manteve em todos os mercados. Nas Ceasas de Brasília/DF (16,38%) e de Recife/PE (4,12%) houve aumento. O acréscimo na oferta desta cultura deve-se à recuperação da produção, sobretudo em Minas Gerais. O Boletim ressalta ainda que os menores níveis de oferta foram entre fevereiro e abril, sendo que em maio ampliou-se significativamente, cerca de 25%. Os novos níveis parecem atender a demanda, pois desde maio a oferta se mantém praticamente constante, com preços em declínio.

Na contramão da cenoura, outras hortaliças apresentaram movimento de alta nos preços, principalmente para a batata e cebola. No caso da batata, mesmo com a maior oferta na maioria dos mercados atacadistas, houve queda significativa na produção enviada a partir de São Paulo e os preços subiram, atingindo a variação máxima de 63,52% na Ceasa de Fortaleza/CE, seguida pela alta de 50,06% na Ceasa de São José/SC. Já para a cebola, a redução de 6% da oferta nacional em relação a setembro, as chuvas constantes e intensas nas áreas produtoras que prejudicam a colheita e a disponibilidade internacional nesta época não permite realizar importações que possam cobrir a demanda no mercado. Com isso, o aumento chegou a 45,61% em Brasília/DF e 28,64% em Recife/PE. Além desses, o tomate também teve alta de 71,61% em Brasília/DF, de 60,56% em São José/SC e de 53,87% em Belo Horizonte/MG. Esse comportamento dos preços do tomate é típico para o período, que é de menor oferta após finalização da safra de inverno.

No mês de outubro, dentre as frutas analisadas, laranja, maçã, mamão e melancia apresentaram alta de preços na maioria dos mercados atacadistas. A tendência de alta de uma forma geral ainda é reflexo da diminuição da rentabilidade no último ano, o que causou uma redução da oferta, além de fatores climáticos, mais notadamente no caso da maçã, produto que teve uma redução da safra atual. Apesar da tendência geral de alta, a banana teve baixa nos preços considerando a média ponderada, favorecida pelo mês marcado por demanda regular, com preços quase estáveis em grande parte das Ceasas. Somente para a variedade nanica o movimento foi de elevação, devido à menor produção deste ano. Mesmo assim, as cotações da banana diminuíram especialmente em Fortaleza/CE (-30,13%) e Recife/PE (-13,60%), onde a banana passou a custar entre R$ 1,07 e R$ 1,33 o quilo, respectivamente.

A pesquisa desta edição foi realizada com base nos preços das Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo/SP, Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ, Vitória/ES, Curitiba/PR, Goiânia/GO, Brasília/DF, Recife/PE, Fortaleza/CE, Rio Branco/AC e Porto Alegre/RS. A íntegra do 11º Boletim Prohort pode ser acessada no Portal da Companhia.

HORTALIÇAS

Em outubro, o movimento preponderante para a alface, batata, cebola e tomate foi de alta nos preços, principalmente para a batata e cebola. Enquanto que para a cenoura houve queda nos preços na maioria das Centrais de Abastecimento analisadas.

Alface

Alta de preços em relação a setembro na maioria dos mercados. A oferta aumentou significativamente nas Ceasas de São José, Rio Branco e Belo Horizonte, ao contrário, no mercado que abastece Goiânia a redução na oferta foi de 36%, justificando o aumento de preços. Em novembro são registrados aumentos de preços, mesmo após o desbloqueio das estradas. As chuvas em muitas regiões do país podem comprometer a oferta.

Batata

Mesmo com maior oferta nos mercados atacadistas, os preços subiram. Os envios às Ceasas a partir de São Paulo diminuíram quase 30% enquanto os de Minas Gerais subiram quase 50%, em relação a setembro. Os aumentos de preços foram significativos, atingindo a variação máxima de 63,52% na Ceasa/CE – Fortaleza, seguida pela alta de 50,06% na Ceasa/SC – São José.

Cebola

Na análise mensal os preços continuam em alta, decorrentes em parte pela redução de 6% na oferta nacional em relação a setembro, com destaque para a mineira, pernambucana e paulista. A disponibilidade internacional de cebola nesta época não permite realizar importações que possam cobrir a demanda no mercado. Nesta época as chuvas constantes e intensas nas áreas produtoras prejudicam a colheita.

Cenoura

Preços continuam em queda neste mês, porém não ocorreu em todos os mercados. Aumento da oferta pela recuperação da produção, sobretudo em Minas Gerais. Os menores níveis de oferta ocorreram de fevereiro a abril, mas em maio voltaram a aumentar significativamente, cerca de 25%. Os novos níveis parecem atender a demanda, uma vez que a oferta se mantem praticamente constante, com preços em declínio.

Tomate

Neste ano os preços tiveram comportamentos bem distintos, o pico de alta ocorreu em abril, com escassez de tomate no mercado. Após esse período, a produção recuperou-se, os envios aos mercados elevaram-se e os preços caíram. Neste final de ano, novamente a inversão da queda de preços ocorre pela diminuição da oferta. Depois de atingir o nível máximo em agosto, a oferta declina em setembro e outubro e provoca alta de preços.

FRUTAS

No mês de outubro, dentre as frutas analisadas, laranja, maçã, mamão e melancia apresentam alta de preços na maioria dos mercados atacadistas. Já a banana teve tendência de baixa nos preços, considerando a média ponderada.

Banana

Mês marcado por demanda regular, com preços quase estáveis em grande parte das Ceasas. Para a banana nanica o movimento foi de elevação, devido à menor produção deste ano. Exportações decrescentes no ano, direcionadas principalmente para o Mercosul.

Laranja

Alta na maior parte das Ceasas e elevação da comercialização, devido à aquecida demanda da indústria produtora de suco e do tempo mais quente – que estimulou o consumo. Chuvas mais frequentes melhoraram a qualidade das frutas. Boas perspectivas para as exportações na próxima temporada.

Maçã

Oferta controlada nas câmaras frias pelos classificadores que ainda possuem estoques. Preços já elevados no mercado nacional e concorrência com as frutas de caroço, junto às importações elevadas, caracterizaram o movimento do mês. Aumento do déficit da balança comercial para a fruta.

Mamão

Aumento das cotações para ambas as variedades e pequenas elevações da comercialização na maior parte das Ceasas. Para o mamão formosa a pressão altista foi mais intensa, em meio aos custos elevados dos insumos. As exportações caíram e o principal destino continuou sendo a Europa.

Melancia

Período de finalização da colheita em Ceres/GO e início da safra em diversas microrregiões de São Paulo e no sul baiano, em meio a uma demanda regular. Produtores goianos conseguiram remunerações que melhoraram a rentabilidade das vendas, o que pode continuar nos próximos meses se o tempo continuar quente. As exportações foram satisfatórias.

Exportação Total de Frutas

Até outubro de 2022, os números acumulados das exportações brasileiras de frutas foram inferiores aos envios no mesmo período de 2021 – tanto em volume quanto em receita. O volume total enviado ao exterior foi de 785 mil toneladas, inferior em 16,79% em relação ao mesmo período do ano anterior, com faturamento da ordem de US$ 795 milhões, 14,54% abaixo daquilo que foi computado até outubro de 2021. Essa queda pode ser explicada devido ao custo alto de produção (frete e custos dos insumos) que influenciaram na menor produção, a guerra entre Rússia e Ucrânia, intempéries climáticas devido ao fenômeno La Niña, desaceleração no pós-pandemia e problemas com logística, com elevação do custo do transporte marítimo. As principais frutas exportadas foram mangas, melões, limões e limas, melancias e bananas; limões e limas e conservas e preparação de frutas tiveram aumento de produção.

Pod Cast da Conab

 

11º Boletim Hortigranjeiro

Para baixar o 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), clique aqui

BIBLIOGRAFIA E LINKAS RELACIONADOS

CONAB – COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Boletim Hortigranjeiro, Brasília, DF, v. 8, n. 10, out. 2022.

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Tags: alface, Banana, batata, cebola, cenoura, Conab, Hortigranjeiro, maçã, Mamão, Melancia, tomate

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