Gerais
5 coisas para você prestar atenção em Novembro
Mesmo com o otimismo para a próxima safra você deve estar atento à cinco fatores do Agro nesse mês de novembro. Segundo o professor Marcos Fava Neves, especialista em planejamento estratégico do agronegócio, estes fatores devem ser acompanhados diariamente neste mês:
- As previsões do clima para a safra 2020/21 de grãos é o principal fator a ser acompanhado em nível mundial;
- O final da safra nos EUA e seus estoques;
- As importações de carnes e grãos da China e dos países asiáticos e o seu reflexo nos preços internos;
- Política: as eleições municipais no Brasil e o resultado das eleições dos EUA e seu reflexo no Agro brasileiro;
- A inflação dos alimentos no Brasil;
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/preste-atencao-nessas-5-coisas-em-novembro_442174.html
A safra de grãos 2020/21 será a maior safra de grãos colhida no país
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o seu segundo levantamento da safra de grãos 2020/21 e os prognósticos confirmam que está será a maior safra da história no Brasil. Deverão ser colhidos aproximadamente 269 milhões de toneladas de grãos, fato que representa um incremento de 4,6% a mais do que a safra passada (2019/20).
Este aumento na produção de grãos no país está relacionado com a recuperação na produtividade de culturas como a soja e o milho primeira safra, que tiveram baixas na safra anterior, referentes à estiagem. Outro fator que contribui para esse acréscimo na safra de grãos é o aumento da área cultivada nessa safra que também será a maior da história, com um acréscimo de 1,8% em relação a safra passada, o que resulta em 67,1 milhões de hectares que deverão ser cultivados nesta safra.
Contudo, o IBGE prevê uma safra de grãos com 15 milhões de toneladas a menos em relação aos prognósticos divulgados pela Conab. Segundo o IBGE o país deverá colher 253,2 milhões de toneladas de grãos.
Cabe destacar que a estiagem está afetando a semeadura, em especial a de soja, em diversas regiões produtoras do país. Fato que deve ser encarado com cautela pelos produtores e com um acompanhamento rígido dos prognósticos climáticos.
Ver mais: https://www.agrolink.com.br/noticias/brasil-colhera-maior-safra-da-historia_442118.html
https://www.agrolink.com.br/noticias/producao-de-soja-sera-ainda-maior_442135.html
Como está a semeadura da soja no país?
Com dados referentes à 6 de novembro, a Consultoria Céleres divulgou como está a evolução da semeadura de soja no país. Grandes regiões produtoras do país enfrentaram a falta de chuva o que fez com que o início da semeadura atrasasse. Com a volta das precipitações, e consequentemente da umidade no solo, a semeadura evoluiu e já está quase alcançando a sua normalidade e até superando safras anteriores em algumas regiões.
Na média Brasil a semeadura de soja está em 55% nesse momento, 7% a mais que a safra passada que era de 48% neste mesmo período, indicando uma semeadura acima da média. O Mato Grosso é o estado mais adiantado, o maior produtor nacional da cultura projeta uma área semeada de 10,2 milhões de hectares. A área semeada já chega a 86%, um pouco abaixo da safra passada que era de 88%, porém acima da média dos últimos cinco anos (73,8%). Os estados do Mato Grosso do Sul e de Goiás estão com 72% e 47% de suas áreas semeadas, respectivamente. Entretanto, no Rio Grande do Sul a semeadura é de apenas 31% e já há ressemeadura devido à estiagem.
Veja como está a evolução da semeadura de soja nos demais estados: https://www.agrolink.com.br/noticias/como-vai-a-soja-pelos-estados-_442318.html
- Tecnologia
Novo inoculante promete até 5 sacas de soja a mais por hectare
Um novo inoculante para a cultura da soja vem trazendo mais otimismo para os agricultores. Nomeado como Biomaphos, busca facilitar a absorção do fósforo retido no perfil do solo, pelas raízes, e incrementar em até cinco sacas a mais de soja por hectare.
A pesquisadora Christiane Abreu de Oliveira Paiva, da Embrapa Milho e Sorgo, afirma que esse novo inoculante já foi testado em diversas áreas do país. Sendo as principais vantagens, de acordo com Paiva, o aumento da produtividade, rentabilidade e ter essas bactérias como aliadas na adubação fosfatada.
A pesquisadora evidencia que as bactérias são capazes, na região da rizosfera, de liberar substâncias que são capazes de ativar o fósforo que não está disponível para as plantas. Além, de aumentar a área superficial das raízes, o que favorece a absorção de fósforo, pois este elemento possui baixa mobilidade no solo.
Com essa tecnologia é possível aumentar a eficiência da adubação fosfatada reduzindo os custos de produção.
- Mercado
Fim do benefício fiscal: Brasil terá 11% de taxas para exportar grãos para os EUA
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, assinou um decreto que retira os benefícios para a entrada de arroz parboilizado do Brasil, de acordo com a Associação das Indústrias do Arroz dos Estados Unidos (USA Rice). Com a medida o Brasil passará a pagar taxas de 11,2% na exportação do grão a partir de 2021. Trump atendeu a um pedido realizado pela indústria local e retirou o arroz da lista de comodities que estão livres de impostos.
Arroz: Brasil exporta 153,5 mil t de arroz e importa 147,9 mil t do grão em outubro
As exportações de arroz em casca ultrapassaram 153 mil t (153.570,25 toneladas) no mês de outubro. E as importações totalizaram quase o mesmo volume exportado, sendo que o país importou 147.969,97 t do grão. Estes números são 83,76% superior as exportações e 36,17% superior as importações se comparados com o mesmo mês de 2019. Estes números foram divulgados na quarta-feira (11) pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), com base em dados do Ministério da Economia.
Os principais destinos do arroz brasileiro foram o Senegal, Venezuela, Serra Leoa, Países Baixos e Peru. Enquanto que os estoques foram repostos principalmente por Paraguai, Uruguai, Argentina, Guiana e Suriname. Contudo, a Abiarroz ressalta que cerca de 62% dessas exportações são de arroz quebrado, produto que não é demandado pelo mercado interno.
https://www.agrolink.com.br/noticias/brasil-exporta-153-5-mil-t-de-arroz-em-outubro_442218.html
Importações de carnes bovinas, suína e de frango devem crescer até 2029
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgou um estudo em que projeta que as importações das carnes bovina, suína e de frango devem continuar crescendo até pelo menos 2029. A estimativa é que ao final dessa década as importações de carne suína podem chegar a próximo dos 5 milhões de toneladas. Sendo o mercado chinês o maior importador mundial do produto, mantendo-se a frente do Japão.
- Política
A eleição de Joe Biden e os impactos no agronegócio brasileiro
Joe Biden, democrata, foi eleito o próximo presidente dos EUA para os próximos quatro anos. E quais os impactos possíveis para o agronegócio brasileiro?
No dia 27 de novembro, acorrerá um encontro de analistas da Scot Consultoria que debaterão o atual cenário e as expectativas do setor após as eleições presidenciais dos EUA e as eleições municipais no Brasil.
Alcides Torres (Scot), que é o diretor-fundador da Scot Consultoria e mediador do evento, antecipa que a eleição de Biden não afetará muito o cenário neste primeiro momento, pelo menos nos próximos 12 meses. Contudo, Scot ressalta que o último grande presidente democrata católico dos EUA foi Kennedy, que era pragmático, e que Biden tem perfil semelhante.
Mas, afinal, quais os impactos no agronegócio brasileiro?
De acordo com Scot os presidentes democratas, caso de Biden, têm a característica de defender os agricultores norte-americanos e, nesse sentido, poderemos ter alguma surpresa. Outro ponto para ser observado com atenção é a disputa comercial entre os americanos e os chineses, e os seus reflexos no cenário mundial. Esse e outros assuntos serão debatidos no encontro.
Este ano o Encontro de Analistas será “híbrido”, ou seja, os participantes terão a opção de participarem do evento presencialmente em São Paulo, ou remotamente/digitalmente. Contudo, o presidente da Abramilho, Cesario Ramalho, afirma que o Brasil não tem que temer o governo Biden, pois o país é eficiente e competitivo.
Ver mais: https://agronewsbrazil.com.br/a-escolha-de-joe-biden-e-os-impactos-no-agronegocio-brasileiro/
- Clima
Prejuízo com estiagem já é de R$ 12 milhões no Rio Grande do Sul
Repetindo o ano passado em que o Rio Grande do Sul foi assolado com uma estiagem que afetou e causou perdas significativas em culturas como soja, milho, tabaco, gado leiteiro, entre outras culturas, resultando em 386 municípios que decretaram situação de emergência. Este ano de 2020, já demostra que irá ocorrer uma das maiores estiagens da história. A Defesa Civil gaúcha aponta que já são pelo menos 20 municípios em situação de emergência e este número deverá crescer nos próximos dias pois muitos documentos ainda estão em análise. O Médio Alto Uruguai é a região, que atualmente, apresenta a situação mais grave com moradores que já estão recebendo abastecimento de água com caminhões-pipa.
O fenômeno La Niña caracterizado pelo resfriamento das águas no oceano pacífico possui como tendência a diminuição de ocorrência de chuvas no Sul e intensificação das chuvas na Amazônia, no Nordeste e em partes do Sudeste.
Entenda o fenômeno em relação a outros anos: https://www.agrolink.com.br/noticias/entenda-o-comportamento-do-la-nina-em-relacao-a-outros-anos_442195.html
O clima afeta a produção de trigo no estado de São Paulo
A produção de trigo no estado de São Paulo foi afetada pela falta de chuvas, resultando em uma produtividade menor do que era previsto para a safra 2020. De acordo com informações divulgadas na manhã do dia 12 de novembro, durante a reunião da Câmara Setorial do Trigo, houve uma redução de cerca de 15% da estimativa, sendo o volume colhido no estado de aproximadamente 260 mil toneladas.
Contudo, o preço de venda do produto se manteve elevado, inclusive durante a safra, o que aumentou a rentabilidade dos produtores.
Ver mais: https://www.grupocultivar.com.br/noticias/condicoes-climaticas-afetam-producao-de-trigo-em-sao-paulo
- Sustentabilidade
Indústria investe em celulose solúvel
A silvicultura possui grande destaque no agronegócio do país. O setor de papel e celulose, por exemplo, possui uma receita bruta de quase 100 bilhões o que corresponde a 1,2% do PIB do país. Além do ganho financeiro, o setor gera quase 4 milhões de postos de trabalho e possui 9 milhões de hectares de área de plantio.
O setor tem investido pesado em pesquisa para desenvolver produtos cada vez mais sustentáveis como o uso de papelão ao invés de caixas de madeira para frutas, verduras e legumes, por exemplo. Outro desafio do setor está na produção de celulose solúvel, principal produto extraído desta matéria-prima é a viscose, produto que vem ganhando espaço na indústria têxtil. Buscando atender esse mercado, uma empresa, líder global de produção de celulose solúvel, investiu no Projeto Star, no município de Lençóis Paulista (SP).
O investimento de aproximadamente R$ 8 bilhões, representará o maior investimento privado no estado de São Paulo nos últimos 20 anos, com previsão de conclusão até o segundo semestre de 2021. Com essa expansão passará das atuais 250 mil toneladas/ano para mais de 1,250 milhão de toneladas/ano, atingindo assim 1,5 milhão de toneladas/ano.
A empresa também desenvolveu uma tecnologia única para esta unidade de produção. Esta fábrica fornecerá e distribuirá energia equivalente para atender 750 mil residências. Esta energia gerada será distribuída no sistema de fornecimento de energia verde da rede nacional.
Ver mais:
https://www.agrolink.com.br/noticias/industria-investe-em-celulose-soluvel_442273.html