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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

Comércio interno de commodities

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GERAIS

Ministro: “O mundo precisa do Brasil para produzir alimentos”

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, participou nesta quarta-feira (24), em Brasília, do Seminário de Inovação e Sustentabilidade no Cooperativismo, promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Canal Rural.

No evento, o ministro ressaltou que os produtores rurais brasileiros já vêm adotando técnicas sustentáveis nas lavouras e na pecuária. Segundo ele, como importante player mundial na produção de alimentos, o Brasil tem condições de ampliar a produtividade, com inovação e tecnologia, nos próximos anos sem a abertura de novas áreas.

“O mundo precisa do Brasil para produzir alimentos. Temos essa responsabilidade, mas também de preservação, como já fazemos”, disse. “Produzir, nós já sabemos. Agora, temos que produzir cada vez mais com sustentabilidade”, acrescentou.

Os participantes debateram as expectativas com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), a ser realizada em novembro, no Egito.

O ministro Marcos Montes destacou ainda que o Brasil irá cumprir os compromissos assumidos na conferência passada (COP26), porém que as metas não são exclusivas do setor agropecuário. As soluções devem ser buscadas pelos mais diversos setores da sociedade e da economia. “Não podemos ser os únicos a buscar uma solução, não é só do agro”.

Durante a COP26, o Brasil apresentou o compromisso de reduzir em 50% as emissões de GEE até 2030, relativo ao ano de 2005, e de atingir a neutralidade climática até 2050.

Fonte: Mapa

Consulta pública vai colher sugestões sobre o Irriga+Brasil

Foi aberta consulta pública com objetivo de colher sugestões e promover o diálogo entre a administração pública e o cidadão sobre o documento executivo do Programa Nacional de Agricultura Irrigada (Irriga+Brasil). As propostas, tecnicamente fundamentadas, devem ser encaminhadas até o dia 22 de setembro. A Portaria Nº 364 foi publicada nesta quarta-feira (24) no Diário Oficial da União.

O objetivo é permitir a ampla divulgação da proposta do Irriga+Brasil, de forma a possibilitar a manifestação de órgãos, entidades representativas, pessoas físicas e jurídicas interessadas no tema.

De acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), das 20 maiores commodities brasileiras, dez fazem uso de irrigação (arroz, café, tomate, cana, trigo, soja, milho, laranja, feijão e outros legumes). Além desses, outros alimentos que compõem a dieta básica brasileira, como legumes, verduras e frutas, são produzidos quase em sua totalidade (cerca de 90%) com utilização de irrigação.

O Irriga+Brasil é um programa nacional que tem como meta a expansão dos sistemas irrigados em bases sustentáveis. O objetivo geral é promover o aumento da produção de alimentos, fibras e bioenergia no Brasil, por meio da irrigação, aliada a práticas conservacionistas de solo e água, em áreas já antropizadas (quando as características originais foram alteradas), com vistas à intensificação sustentável da agropecuária brasileira.

Com a formulação de propostas de ações de fomento, governança e adequação dos normativos ao atual significado de agricultura irrigada, o programa busca contribuir ativa e positivamente para a segurança alimentar do país e do mundo.

As ações operacionais do programa estão estruturadas sobre quatro eixos estratégicos. São eles: Arcabouço Legal; Governança; Crédito; e Ciência, Tecnologia e Inovação.

Fonte: Mapa

PRODUÇÃO

Soja, milho e algodão impulsionam a produção de grãos nacional

As primeiras projeções para a produção total de grãos para a safra 2022/23 apontam para uma colheita de 308 milhões de toneladas. O resultado é impulsionado, principalmente, pelo bom desempenho dos mercados de milho, soja, arroz, feijão e algodão. “Apesar do aumento nos custos de produção, as culturas ainda apresentam boa liquidez e rentabilidade para o produtor brasileiro”, esclarece o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Guilherme Ribeiro. Estes fatores influenciam na tendência de alta na área destinada à soja, milho e algodão, como mostra a Perspectivas para a Agropecuária Safra 2022/23, divulgada nesta quarta-feira (24) pela Conab. De acordo com os números, que apresentam as principais variáveis de mercado e as tendências para as culturas, a produção total destes cinco principais produtos cultivados no país, e que correspondem a mais de 90% da produção brasileira de grãos, está estimada em 294,3 milhões de toneladas.

Para a soja, a perspectiva da Conab aponta um cenário recorde na produção, sendo projetada em 150,36 milhões de toneladas para a próxima temporada. Os preços do grão devem continuar atrativos, uma vez que a oferta e a demanda mundial da oleaginosa seguem ajustadas, refletindo em tendência de crescimento de 3,54% de área para a cultura, podendo chegar a 42,4 milhões de hectares. A produtividade do ciclo 2022/23 deve apresentar recuperação em relação a atual safra após os problemas climáticos registrados nos estados do Sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul. Com a melhora esperada na produtividade, a Conab estima que a maior disponibilidade do grão deve propiciar exportações na ordem de 92 milhões de toneladas, aumento de 22,2 % em relação à safra 2021/22, um recorde para a cultura. Mesmo com a estimativa de aumento dos embarques, os estoques para a temporada 2022/23 também devem crescer em torno de 3,9 milhões de toneladas em relação ao que é previsto para o ciclo atual, sendo projetados em 9,89 milhões de toneladas.

No caso do algodão, a análise também aponta para um cenário de aumento de área, produtividade e consequente acréscimo na produção. As primeiras previsões para a safra 2022/23 indicam uma colheita de 2,92 milhões de toneladas da pluma. Os fatores que impulsionam o avanço da cultura são o elevado patamar dos preços do produto, boa rentabilidade, a comercialização antecipada, entre outros. No entanto, as incertezas do cenário econômico mundial podem restringir esse crescimento. Diante desta produção, é esperada uma retomada no volume exportado para um patamar próximo a 2 milhões de toneladas do produto final, além de um estoque de passagem de aproximadamente 1,75 milhão de toneladas de pluma no fim de 2023.

Para o milho é esperada uma produção total de 125,5 milhões de toneladas. Na primeira safra, há projeção de uma leve queda de área, com variação negativa de 0,6%, uma vez que o cereal concorre com a soja. No entanto, com uma possível recuperação na produtividade, após a escassez hídrica em importantes regiões produtoras na temporada 2021/22, a produção pode chegar a 28,98 milhões de toneladas. Já na segunda safra do grão, é projetado um aumento tanto da área como da produtividade, o que pode resultar em uma colheita de 94,53 milhões de toneladas, aumento de 8,2% em relação à safra 2021/22. “O cenário de mercado não apresenta uma tendência de queda expressiva para as cotações de milho, uma vez que o panorama aponta para a demanda e a oferta ainda ajustadas no ano que vem. Com isso, as margens para os produtores continuam positivas, mesmo com os altos custos de produção. Além disso, é preciso lembrar que nas duas últimas safras, o clima foi uma variável de grande influência para o desenvolvimento da cultura”, explica o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Conab, Sergio De Zen.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de algodão

A colheita avança e a área plantada está 87,8% colhida.

Em MT, com aproximadamente 90% das áreas de algodão colhidas, as precipitações de baixo volume causaram danos pontuais nas áreas restantes, embora sem prejuízos significativos. Apesar da condição climática, a colheita manteve um bom ritmo, com diferentes produtividades.

Na BA, cerca de 80% da colheita foi finalizada. As lavouras irrigadas estão em processo de colheita. Em MS, a colheita encontra-se em fase final, de maneira lenta devido às condições climáticas.

No MA, apesar da redução no ritmo da colheita, as condições climáticas são favoráveis à cultura. No PI, a colheita segue avançando em ritmo normal, favorecida pelas condições climáticas.

Em GO, cerca de 90% das lavouras foram colhidas, restando as lavouras irrigadas e algumas áreas de sequeiro. Em MG, a colheita ocorre normalmente, favorecida pelas condições climáticas.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de trigo

Nas regiões tropicais, a colheita atingiu 4,0% da área. No Noroeste do RS, as lavouras seguem com bom desenvolvimento. Na Depressão Central, Planalto Médio e Superior, há ocorrências pontuais de doenças, no entanto os agricultores tem realizado o monitoramento e controle.

No PR, a semeadura está completa. A estiagem das últimas semanas afetou as condições ideais para o desenvolvimento das lavouras.

Em SC, a área destinada ao cultivo de trigo está totalmente semeada. As condições das lavouras são boas, devido às condições climáticas favoráveis. As lavouras estão principalmente em desenvolvimento vegetativo e iniciando o florescimento. Em MS, as chuvas favoreceram as lavouras em enchimento de grãos. Em MG, a colheita avança a medida que os grãos atingem a umidade ideal.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de milho 2ª safra

A segunda safra de milho está 90,2% colhida. Em MT, a colheita foi finalizada com a produtividade superior à da safra passada. No PR, a colheita avança lentamente, conforme a região, em função das precipitações frequentes. As lavouras estão com bom desenvolvimento em 79% das áreas. Em MS, a baixa evolução da colheita ocorreu devido ao tempo chuvoso e encoberto. Há registros de danos pontuais por tombamento de plantas devido a fortes ventos. Em GO, 96% da área está colhida, restando as áreas plantadas tardiamente, que foram as mais atingidas pelo deficit hídrico.

Em SP, variações de produtividade estão sendo registradas devido ao ataque de cigarrinha. Em MG, a colheita de áreas avança nas áreas de sequeiro semeadas tardiamente.

No TO a colheita foi finalizada. No MA, houve relatos de queimadas. O fim da colheita está previsto para o início de setembro. No PI, as lavouras restantes estão finalizando seu ciclo fenológico, e se mantêm em boas condições. A colheita segue em ritmo normal, alcançando 95% da área semeada.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras da 3ª safra de feijão

Segue o avanço das operações de colheita em GO, alcançando 85% da área total. Restam talhões a serem colhidos ao Norte, Leste e Sudoeste do estado. O rendimento dos grãos é considerado muito bom, com exceção de algumas lavouras que foram infectadas por doenças de solos. Em MG, a colheita avançou consideravelmente, favorecida pelo clima estável. Cerca de 55% da área foi colhida, com boa parte das lavouras remanescentes em maturação. O rendimento e qualidade dos grãos são considerados satisfatórios, beneficiadas pelo manejo irrigado.

No Nordeste da BA, a colheita é incipiente, chegando a 5% da área total. A maioria das lavouras estão em fase de enchimento de grãos e uma pequena porção em maturação.

A irregularidade das chuvas limita o potencial produtivo, especialmente das áreas de plantio mais tardio e que agora estão em enchimento de grãos.

Fonte: Conab

Mapa publica lista com prioridade de registro de agrotóxicos

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, a seleção dos processos de registro de agrotóxicos e afins que passarão a ter prioridade de análise dos registros em função das pragas que hoje mais preocupam a agricultura.

Ao todo, foram selecionados 28 processos, entre 394 elegíveis, de 67 empresas registrantes. Seis pragas consideradas prioritárias não tiveram nenhum pleito de registro de agrotóxicos para o seu controle: 4 bactérias e 2 pragas quarentenárias presentes na mosca-da-carambola e ácaro-hindu dos citros.

A seleção atende ao Decreto nº 10.833/2021 e foi realizada conforme os critérios definidos na Portaria nº 581/2022 que objetiva o controle de pragas importantes para a agricultura e busca promover a competitividade, a fabricação e a formulação nacional dos agrotóxicos que tenham essas pragas como alvo. Além disso, a Portaria busca trazer critérios objetivos e dar transparência ao processo de escolha dos pleitos de registros a serem priorizados.

“A intenção da seleção é dar celeridade à aprovação de soluções para o controle químico dos problemas fitossanitários que mais afligem os agricultores no momento”, explica o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, Carlos Goulart.

Para conferir a lista completa, clique aqui.

Fonte: Mapa

Tecnologia mudou a produção de alho no Brasil

2022 tem um sabor especial para o Programa de Melhoramento Genético de Alho da Embrapa Hortaliças (DF) – neste ano, a tecnologia que vem mudando o panorama da produção de alho no Brasil comemora os 30 anos de seu desenvolvimento. Os impactos positivos, representados pelo aumento de produtividade que pode chegar a mais de 50%, devem-se à tecnologia do alho-semente livre de vírus (ALV), baseada em um processo de limpeza para eliminação de vírus e outros patógenos do alho.

Impactos

O produtor José Borges, do município baiano de Cristópolis, foi um dos primeiros a conhecer, nos idos de 2002/2003, a nova tecnologia “que mudou a sua vida”. Segundo ele, não é exagero afirmar que existem dois cenários: antes e depois da introdução do alho livre de vírus em sua propriedade: “O impacto foi grande. A gente trabalhava com alho infectado com vírus, e a produtividade não alcançava mais do que 3,5 t/ha. Não havia o conhecimento de que poderia ser diferente”. Ele conta que no ano seguinte à adoção da tecnologia do ALV da Embrapa, a produção ficou entre 9 e 10 toneladas, e hoje alcança 15/16 toneladas por hectare.

Fonte: Embrapa

Boas práticas agrícolas podem aumentar produção de trigo no Brasil

A colheita de trigo nas principais regiões produtoras do Brasil tem o potencial de crescer em mais de 1,5 milhão de toneladas, sem adição de áreas de plantio ou desenvolvimento de novas tecnologias. Um método inovador desenvolvido pela Embrapa identificou locais em que o rendimento das lavouras está abaixo do potencial e poderia melhorar com a adoção de recursos já disponíveis. Ainda listou as principais causas das diferenças de produtividade entre os locais analisados.

O desafio da adoção de boas práticas

Entre as causas das lacunas, relatadas pelos entrevistados, estava o desafio na adoção de boas práticas relacionadas à promoção e à proteção do rendimento e ao manejo do solo. Elas reúnem ações como a mitigação de riscos climáticos, o manejo fitossanitário, rotação de culturas, fertilidade do solo e muitas outras. Segundo o gerente de Pesquisa da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL), Geomar Mateus Corassa, a adoção dessas práticas pode fazer parte das estratégias das cooperativas para reduzir as lacunas.

Para ele, um dos desafios a ser superado é o uso de um manejo único, sem considerar o sistema produtivo na propriedade. “Um exemplo está na escolha da cultivar de trigo. Um material é mais suscetível a uma doença e outro é mais tolerante. Enquanto algumas cultivares têm maior potencial de rendimento e exigem mais adubação, outras dependem de menor investimento para atingir o resultado máximo. O que ocorre hoje é que parte dos produtores costuma adotar um pacote de manejo padrão, com abordagem idêntica para cultivares diferentes, o que reduz a eficiência produtiva,” relata Corassa, que também participou do estudo.

Por isso, o gerente destaca que é preciso observar as peculiaridades e fragilidades específicas de cada cultivar ou, ainda, para cada talhão na lavoura, fazendo um ajuste fino para depois definir o manejo mais adequado na área. “O acompanhamento da assistência técnica da cooperativa é fundamental para identificar o melhor manejo em cada parte da lavoura. Hoje o setor produtivo conta com muitas tecnologias e conhecimentos da pesquisa que precisam ser aplicados no campo para chegarmos a uma produtividade mais estável na triticultura brasileira”, afirma Corassa.

O gerente ressalta, porém, que mesmo que o setor produtivo seja mais eficiente, preenchendo as lacunas identificadas no estudo, o que realmente define o aumento na área de trigo no País é a liquidez do mercado: “Não podemos focar apenas no aumento do rendimento, mas também na comercialização dos grãos e na rentabilidade do produtor. Por isso, a importância de a pesquisa trabalhar em conjunto com o setor produtivo, formando as bases que podem impactar toda a cadeia”, defende.

Figura 1. Mapa da Região Homogênea de Adaptação de Cultivares de Trigo 2 – Moderadamente quente e úmida. Os círculos representam, para cada microrregião, a quantidade produzida de trigo (parcela laranja) e a quantidade adicional (parcela azul) que poderia ter sido colhida se fossem superadas as lacunas de rendimento. Quanto maior o círculo, maior o volume total de produção que poderia ter sido alcançado.

Fonte: Embrapa

Nova cultivar de azevém é mais produtiva

Pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma nova cultivar de azevém (Lolium multiflorum Lam.) com produtividade de folhas até 20% maior em comparação às tradicionais da mesma espécie. Trata-se de um avanço importante, uma vez que esse capim é amplamente empregado na alimentação de gado leiteiro, especialmente na região Sul. Em produtividade de forragem, o material recém-desenvolvido gerou 2% mais do que as cultivares BRS Ponteio e a Fepagro, dois importantes materiais de azevém que estão no mercado. Chamada de BRS Estações, a nova cultivar ficou entre as mais produtivas em experimentos realizados no Paraná.

Fonte: Embrapa

Produção e exportação podem crescer em 10 anos

Presidente da Abrapa se diz animado com o futuro a médio prazo do setor da cotonicultura brasileira e fala sobre o Congresso Brasileiro do Algodão realizado em Salvador.

Fonte: Abrapa

Algodão é rentável para o pequeno agricultor com a técnica adequada

Roupas, papel moeda e rede de pesca. Uma commodity essencial para o desenvolvimento destes e outros tantos produtos, o algodão também tem viabilidade econômica para agricultura familiar. Não é apenas o grande produtor que pode usufruir da rentabilidade dessa matéria prima, quem cultiva em escala menor também pode se posicionar no mercado e fazer renda.

Segundo a especialista da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Adriana Gregolin, para que o agricultor consiga um bom retorno financeiro com o algodão, é necessário que o mercado de compra seja garantido. “Para que a venda da fibra oriunda da agricultura familiar seja assegurada, é essencial uma parceria com o setor privado. E aqui no Brasil já temos essa experiência nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. Neles, as empresas privadas compram a fibra diretamente do produtor”, afirma Adriana.

Produção e renta

A engenheira agrônoma também chama atenção para boas práticas no cultivo do algodoeiro, que podem elevar a produtividade e rentabilidade da cultura. De acordo com ela, o agricultor deve fazer o manejo do solo, que inclui adubação orgânica e plantas de cobertura.

Além disso, “ele deve fazer o adensamento do cultivo do algodão, que, por sua vez, permite produzir mais. É importante também incluir no sistema de produção do algodão outros cultivos que vão ajudar a equilibrar o plantio, como a exemplo do feijão, milho e gergelim. Isso faz um sistema diversificado que, além de ajudar na garantia da segurança alimentar, é um sistema que gera equilíbrio entre as plantas e diminui o ataque de pragas”, diz Adriana.

O acesso a máquinas que otimizem o cultivo do algodão é outro ponto importante que deve ser considerado quando o assunto é a viabilidade econômica da cultura para a agricultura familiar. E, com base nisso, o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Algodão), Odilon Ribeiro, diz que tecnologias baratas devem ser disponibilizadas para o agricultor.

Fonte: Abrapa

MERCADO

Conjuntura do mercado internacional do algodão

No mercado internacional os preços do algodão dispararam após divulgação do relatório do USDA no dia 12/8, o qual aponta queda da produção norte-americana, que deverá causar reflexo em seus estoques e nos estoques mundiais. A possibilidade de uma recessão nos Estados Unido e na China, deixou o mercado volátil, mas não foi o suficiente para impedir a alta.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado internacional da soja

Os preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) fecham com a média semanal com baixa de 12,23%, apenas por mudança do mês de contrato, ago/22 e set/22 preços (spot).

Mas durante a semana, os preços tiveram elevadas oscilações fechando em queda para os contratos do mês de setembro/22 (spot).

O motivo da queda dos preços em Chicago dessa semana, ainda continua sendo a especulação climática americana de possíveis chuvas dentro da normalidade e com a safra 2022/23 dos EUA com boas produtividades.

A soma dos percentuais das condições da safra 2022/23 americana, boa e excelente é de 58% contra 57% do mesmo período da safra 2021/22.

Para a próxima semana, os preços devem continuar sob pressão do clima nos Estados Unidos, percentual das condições de lavoura e exportações americanas.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado internacional do trigo

No mercado internacional, apesar dos fatores baixistas como desvalorização de outras commodities, perspectivas de aumento da oferta mundial e fraco desempenho das exportações norteamericanas, a semana encerrou com valorizações diante de compras de oportunidade, piora das condições das lavouras de inverno e demanda internacional ativa. A média semanal ficou em US$ 374,44/ton, apresentando valorização de 2,82%.

Fonte: Conab

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

Os preços da soja caíram nos Estados Unidos e no Brasil nos últimos dias, devido à redução das transações internacionais da oleaginosa, que resultou em maior volume de estoque de passagem (da safra 2021/22) em relação à quantidade estimada até o mês passado. Além disso, as recentes chuvas no Hemisfério Norte beneficiaram as lavouras em desenvolvimento, aliviando as tensões de produtores. A queda nas transações internacionais se deve à menor demanda da China, que deve importar 90 milhões de toneladas na safra 2021/22, quase 10% abaixo da safra passada e o menor volume das últimas três temporadas. Segundo o relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado no dia 12, o estoque de passagem da safra 2021/22 no Brasil (que se encerra em setembro deste ano) devo somar 22,7 milhões de toneladas, volume 22,77% inferior ao da safra anterior, mas ainda 1,1% superior ao estimado em julho pelo USDA. Isso se deve às estimativas de recuo na exportação brasileira nesta temporada, prevista em 80 milhões de toneladas, 1,2% abaixo do relatório do mês passado e 2% inferior à quantidade embarcada na temporada 2020/21. Assim, de 12 a 19 de agosto, ambos os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da soja cederam 2,3%, com respectivos fechamentos de R$ 184,99/sc e de R$ 179,69/sc de 60 kg na sexta-feira, 19.

Milho

As cotações do milho oscilaram ao longo da última semana. No início do período, os preços subiram em boa parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, sustentados pela valorização do cereal nos portos e pelo intenso ritmo das exportações em agosto. No entanto, as altas acabaram sendo limitadas pela maior oferta da segunda safra. Além disso, muitos consumidores ainda possuem estoques e relatam não ter dificuldades em realizar novas aquisições. Vendedores, mesmo com grandes volumes para negociar, pediram, em alguns períodos, valores maiores, atentos ao avanço das cotações nos portos, à redução no ritmo de colheita em parte das praças, em decorrência das chuvas, e à diminuição do déficit na armazenagem. Assim, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu 0,7% entre 12 e 19 de agosto, fechando a R$ 82,16/sc na sexta-feira, 19.

Algodão

As cotações da pluma estão em alta no mercado spot nacional, de acordo com dados do Cepea. Entre 16 e 23 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu expressivos 5,1%, fechando a R$ 6,6151/lp nessa terça-feira, 23. Na parcial do mês, o Indicador acumula alta de 10,48%. Os preços foram influenciados por preocupações com a oferta no Hemisfério Norte, sobretudo dos Estados Unidos (devido ao clima seco), e pelo maior otimismo em relação à demanda.

Arroz

Com a disparidade de preços de compradores e vendedores, os valores do arroz oscilaram em um pequeno intervalo nos últimos dias. Porém, no acumulado da semana, o balanço foi de queda. Entre 16 e 23 de agosto, o Indicador CEPEA/IRGA-RS do arroz em casca (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) recuou 0,35%, fechando a R$ 75,77 por saca de 50 quilos na terça-feira, 23. Alguns vendedores não mostram interesse em negociar, apostando na recuperação dos preços. No geral, somente produtores com necessidade de caixa estão ativos, mas ofertando volumes pequenos. As unidades domésticas de beneficiamento, por sua vez, seguem ofertando valores menores e/ou trabalhando com os volumes estocados.

Trigo

Com a recente frente fria, geadas foram registradas em parte das regiões produtoras de trigo no Brasil. Esse cenário, de acordo com pesquisadores do Cepea, preocupa alguns agricultores, sobretudo os que têm lavouras em fases de floração e de enchimento de grãos. No entanto, ainda não foi possível estimar perdas e/ou impactos sobre a qualidade do cereal. COLHEITA – As atividades se iniciaram no Paraná de forma lenta e devem ser intensificadas no mês que vem. Com isso, as negociações seguem de forma pontual, o que, por sua vez, vem limitando as quedas nos preços.

Etanol

O posicionamento tímido de alguns compradores para efetivar novos negócios no mercado spot paulista resultou em queda na quantidade comercializada de etanol hidratado negociado na semana passada frente ao período anterior. Para tentar elevar a liquidez, agentes de algumas usinas estiveram mais flexíveis nos preços de venda. Diante disso, segundo informações do Cepea, os valores diários do hidratado combustível recuaram. Entre 15 e 19 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado fechou a R$ 2,5902/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), fortes 7,65% abaixo do verificado no período anterior. Para o etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 3,1788/litro (líquido de impostos e PIS/Cofins – alíquota zerada), baixa de 5,91%.

Açúcar

As cotações do açúcar cristal caíram para a casa dos R$ 127,00 por saca de 50 kg no final da semana passada, de acordo com dados do Cepea. De 15 a 19 de agosto, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 128,91/saca de 50 kg, baixa de 0,71% em relação à da semana anterior (de R$ 129,83/sc) – na sexta-feira, 19, o Indicador fechou a R$ 127,74/sc. O movimento de queda nesse período foi atribuído à concentração das negociações envolvendo o cristal tipo Icumsa 180, que vem sendo mais ofertado nesta safra 2022/23 a valores mais baixos.

Boi

Com o recuo no preço da arroba do boi gordo, o poder de compra de pecuaristas frente aos insumos de alimentação (milho e farelo de soja) registra queda frente ao mês anterior. Em agosto (até o dia 24), segundo dados do Cepea, a arroba do boi gordo registra média de R$ 313,25, recuo de 3,44% frente à do mês anterior. Agentes de frigoríficos indicam estar com as escalas um pouco mais alongadas, em muitos casos, em função da redução dos abates, por conta do fraco desempenho das vendas no mercado interno. Esse cenário tem pressionado os valores de negociação.

CLIMA

La Niña pode continuar até a primavera

Com intensidade fraca, o La Niña deve continuar atuando até o fim do inverno e, também, na primavera, como mostram os modelos de previsão meteorológica. O fenômeno, no entanto, pode começar a enfraquecer gradualmente e chegar à condição de neutralidade já na próxima estação (primavera).

No Brasil, o impacto do La Niña é observado, principalmente, a partir do aumento do volume de chuva nas regiões Norte e Nordeste e, também, volume abaixo da média na Região Sul. Além disso, o fenômeno provoca uma ligeira queda de temperatura nas regiões Sudeste e Sul.

O evento atual do La Niña, que teve início em outubro de 2021, provocou, entre abril e junho deste ano, uma intensificação do frio, atingindo a temperatura de -1,1 °C, o que classificou o fenômeno como moderado no trimestre. Porém, entre os meses de maio e julho, houve um enfraquecimento (fechando em -0,9°C), o que levou o La Niña para a categoria de evento fraco.

Já na última semana de julho e nas duas primeiras semanas de agosto, houve uma retomada do resfriamento das águas do Pacífico Equatorial, intensificando mais uma vez o fenômeno. Contudo, esse atual resfriamento é menos intenso que o ocorrido nos meses de abril e maio deste ano.

La Niña

O La Niña é um fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais das partes central e leste do Pacífico Equatorial, o que provoca mudanças na circulação atmosférica tropical, impactando nas temperaturas e no volume de chuva em todo o mundo. Veja figuras 1 e 2.

Figura 1. Mapa da temperatura média da superfície do mar nos primeiros 15 dias de agosto. Fonte: Inmet.

Figura 2. Mapa da anomalia da temperatura da superfície do mar nos primeiros 15 dias de agosto. O círculo em vermelho no mapa indica o La Niña.

Fonte: INMET

Previsão de chuva

Previsão de chuva – De 23 a 29 de agosto de 2022

De acordo com o modelo numérico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os maiores acumulados são previstos para a Região Norte do País.

Região Norte

Devem ser registradas chuvas significativas, podendo superar 80 mm no extremo norte do Pará e oeste do Amapá.  Já no norte de Roraima e faixa oeste do Amazonas, são previstos acumulados de chuva abaixo de 70 mm. Em Tocantins, Rondônia e sul do Pará, não são previstos acumulados e, nas demais áreas, eles poderão ser inferiores a 10 mm.

Região Nordeste

Não são previstos volumes de chuva. Entretanto, na costa leste, o tempo seguirá instável com acumulados que poderão ultrapassar 10 mm. No extremo sul da Bahia, são previstas pancadas de chuva de forma isolada, com valores abaixo de 30 mm.

Regiões Centro-Oeste e Sudeste

A predominância de uma massa de ar seco durante a semana não irá favorecer a formação de nuvens de chuva. No entanto, no Espírito Santo e nordeste de Minas Gerais, são previstos baixos volumes de chuva, que não deverão ultrapassar 30 mm.

Região Sul

O tempo seguirá instável, com acumulados previstos podendo ultrapassar 30 mm no extremo sul do Rio Grande do Sul, principalmente, entre os dias 27 e 28 de agosto.

Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (23/08/2022 e 29/08/2022). Fonte: INMET.

Previsão de chuva – De 30 de agosto a 07 de setembro de 2022

A Figura 2 apresenta a previsão de chuva entre os dias 30 de agosto e 7 de setembro de 2022. De acordo com o modelo de previsão numérica GFS, a semana poderá apresentar volumes de chuva significativos no noroeste da Região Norte, costa leste do Nordeste e em áreas da região Sul do Brasil.

Região Norte

São previstos acumulados entre 60 e 80 mm no noroeste do Amazonas e Roraima. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar 50 mm.

Nordeste

São previstos acumulados de chuva que podem ultrapassar 70 mm na costa leste da região. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar 20 mm.

Em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, não há previsão de chuva, exceto em áreas de São Paulo e Rio de Janeiro, além do sul de Goiás e de Minas Gerais, onde poderão ocorrer volumes de chuva de até 20 mm.

Sul

São previstos acumulados de chuva em grande parte da região, podendo ultrapassar 70 mm no litoral, enquanto, no oeste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as chuvas não deverão ultrapassar 50 mm.

Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (30/08/2022 e 07/09/2022). Fonte: GFS.

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