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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

frutas e hortaliças tomate

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 GERAIS

 Valor Bruto da Produção chega a R$ 1,220 trilhão

O Valor Bruto da Produção (VBP) estimado para este ano é de R$ 1,220 trilhão, 0,3% acima do obtido em 2021, que foi de R$ 1,217 trilhão. O dado tem como base as projeções de safras divulgadas pela Conab e pelo IBGE em agosto, e que apontam para conclusão da colheita das principais lavouras.

De acordo com análise da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as lavouras tiveram elevação de valor de 3%, e a pecuária, contração de -5,5%.

“O decréscimo do faturamento da soja devido à queda de produção e a retração das principais atividades da pecuária são os principais fatores afetando negativamente o VBP deste ano. Somadas, as reduções de faturamento da soja e da pecuária resultam em um decréscimo de R$ 64 bilhões a preços de 2022. Mas em geral, este ano é de bom desempenho para a agropecuária”, diz nota da secretaria.

Entre as lavouras com melhor desempenho estão: algodão, com aumento real do VBP de 39,2%; banana, 12,5%; batata inglesa, 18,4%; café, 35,8%; cana de açúcar, 10,2%; feijão, 10,1%; milho, 16,6%; tomate, 30%; e trigo, 39,8%. As culturas foram impulsionadas pela alta de preços.

A pecuária teve retração nas atividades relacionadas a bovinos, frangos e suínos, em razão da queda de preços na comparação com o ano anterior. As exceções são para leite e ovos, que apresentam melhores resultados.

Em relação ao desempenho das regiões, Centro-Oeste tem o maior VBP, somando R$ 410,62 bilhões; seguida pelo Sudeste (R$ 305,5 bilhões), Sul R$ (R$ 284,8 bilhões), Nordeste (R$ 115,99 bilhões) e Norte (R$ 76,56 bilhões). Entre os estados, os cinco primeiros são Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e o faturamento bruto dentro do estabelecimento ao longo do ano, a partir do cálculo da safra agrícola, da pecuária e dos preços obtidos pelos produtores nas principais praças do país e dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

Fonte: Mapa

Mapa e ApexBrasil lançam estudo sobre mercado de maçãs na Colômbia

Apresentar os principais requisitos de acesso a mercado para maçãs frescas (SH6 080810), na Colômbia, de forma sucinta e direta. Esse é o objetivo do estudo de Acesso de Mercado: “Maçãs na Colômbia”, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ApexBrasil e adidos agrícolas brasileiros.

Segundo a publicação, a importação de maçãs está em crescimento no mercado colombiano, com um crescimento médio anual de 4,5% entre 2017 e 2021, apesar de queda registrada em 2019. Dentre os principais exportadores do produto para aquele país, estão Chile, Estados Unidos, França e Itália. Em 2021, o Brasil deu início à participação no mercado de maçãs da Colômbia, exportando US$ 871,7 mil, equivalente a 1,3 tonelada.

Os principais centros consumidores da Colômbia são Bogotá, Medellín e Cali, os quais concentram cerca de 60% da população e 75% da atividade comercial, de acordo com os dados do documento. A movimentação de mercadorias dos portos marítimos aos centros de distribuição e consumo no país ocorre, principalmente, pelo modal terrestre (75%), que apresenta baixa capacidade de carga e custos relativamente elevados.

Primeira exportação

A maçã brasileira começou a ser exportada para a Colômbia em 2021, depois de mais de cinco anos de tratativas entre o Mapa e as autoridades sanitárias daquele país. A primeira carga embarcada foi da cultivar Royal Gala e teve cerca de 41 toneladas.

Estima-se que o consumidor colombiano consuma, em média, 1,8 kg de maçã, por ano, valor inferior ao comparado a outros países como os Estados Unidos (17 kg) e o Brasil (4,8 kg).

Fonte: Mapa

PRODUÇÃO

Mapeamento da drosófila-da-asa-manchada no Brasil

Estudos da Embrapa mapearam municípios em todo o País com condições mais favoráveis ao desenvolvimento da drosófila-da-asa-manchada (DAM), praga que ataca pomares de frutas pequenas e pode gerar perdas de até 100% da produção. Identificada no Brasil em 2013, ela afeta principalmente plantações de ameixa, amora, caqui, citros (laranja, limão e tangerina), figo, morango, nectarina, pera, pêssego e uva. As pesquisas, que fazem parte do Projeto DefesaInsetos e envolvem três Unidades da Embrapa (Meio Ambiente – SP, Territorial – SP e Semiárido – PE), têm ainda como objetivo detectar potenciais agentes de controle biológico e minimizar o impacto ambiental do uso de produtos químicos contra o inseto.

Os estudos apontaram que o mês de novembro é o que apresenta o maior número de municípios com condições favoráveis ao desenvolvimento da drosófila-da-asa-manchada: 2.288, no total. Em contrapartida, junho é o que tem o menor número: 884 municípios. A área mais propícia está na região Sudeste, onde a presença de pomares e as condições de temperatura e umidade favorecem o desenvolvimento do inseto durante todo o ano. Na região Sul, a favorabilidade predomina de outubro a abril, enquanto no Nordeste a aptidão prevalece de maio a outubro, com pico em julho. Na região Centro-Oeste, as quatro unidades da federação têm condições favoráveis entre dezembro e junho. O período mais curto é o da região Norte, de junho a agosto.

Fonte: Embrapa

Monitoramento das lavouras de algodão

A colheita já atingiu 80,4% da área plantada. Em MT, apesar das chuvas de baixa intensidade, a colheita segue sem prejuízos no cronograma das atividades de campo. Os principais tratos culturais foram a aplicação de desfolhante e manejo da soqueira.

No Extremo-Oeste da BA, as lavouras de sequeiro seguem em fases de maturação e colheita, favorecida pela baixa umidade. No Centro-Sul, a colheita das lavouras de sequeiro está finalizada e nas áreas irrigadas, as lavouras estão em fase de maturação e colheita. Tem se observada a infestação de Bicudo, mas sem causar perdas na produtividade.

Em MS, colheita está finalizando, com redução do ritmo das operações. No MA, a colheita das lavouras de primeira e de segunda safra, no Sul do estado, está ocorrendo normalmente, alcançando

boas produtividades. Em SP, a colheita está finalizada nas regiões Sudoeste e Oeste. Na região Noroeste, as lavouras de sequeiro estão colhidas, porém as de cultivo irrigado estão em fase de maturação.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de trigo

As lavouras de trigo foram 99,5% semeadas. No RS, restam apenas a implantação das lavouras na região da Campanha. No Noroeste, as lavouras seguem com bom desenvolvimento. Na Depressão Central, Planalto Médio e Superior, há ocorrências pontuais de doenças, no entanto os agricultores realizam o monitoramento e controle.

No PR, a semeadura está completa. A estiagem das últimas semanas afetou as condições ideais para o desenvolvimento das lavouras. Em SC, área destinada ao cultivo de trigo está totalmente semeada. As condições das lavouras são boas, devido às condições climáticas favoráveis. As lavouras estão em principalmente em desenvolvimento vegetativo e iniciando o florescimento.

Em MS, as chuvas favoreceram as lavouras em enchimento de grãos e não prejudicaram a maturação. Em MG, a colheita avança a medida que os grãos atingem a umidade ideal.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de milho 2ª safra

A segunda safra de milho está 86,4% colhida. Em MT, a colheita foi finalizada. Apesar de problemas climáticos localizados, a produtividade no estado foi 12,7% superior à da safra passada.

No PR, as precipitações frequentes reduziram o ritmo da colheita. As lavouras em condições ruins alcançam 8% das áreas cultivadas. Essas áreas foram afetadas por estiagens, geadas leves e ataque de cigarrinhas.

Em MS, a colheita foi parcialmente interrompida devido às precipitações, mas sem prejuízos significativos na qualidade dos grãos. Em GO, 92% da área foi colhida.

Os grãos apresentam perda de qualidade devido ao baixo peso específico. Em MG, 75% da área foi colhida e 25% está em ponto de colheita. As chuvas atrasaram as operações.

Em SP, as precipitações paralisaram a colheita. O ritmo também foi comprometido pelo acamamento ocorrido pelo ataque da cigarrinha.

No TO, a colheita foi finalizada. No MA e PI, a colheita segue em ritmo normal e aproxima-se da conclusão. Tem sido registrado boas produtividades em ambos os estados.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de feião

Em GO, cerca de ¾ da área total está colhida. As regiões Leste e Oeste do estado estão em fase final de colheita. No Sul, as operações avançam, porém predominam lavouras em enchimento de grãos e maturação. As condições gerais das lavouras são boas e o produto colhido tem obtido ótimo rendimento e boa qualidade.

Em MG, devido ao escalonamento da semeadura, as lavouras estão em estágios fisiológicos diversos, desde o desenvolvimento vegetativo até a colheita. Cerca de 28% das lavouras foram colhidas e a maioria das áreas remanescentes segue em maturação, apresentando boas condições fitossanitárias.

No Nordeste da BA, a colheita segue incipiente, alcançando apenas a 3% da área total. A maioria das lavouras está em fase de enchimento de grãos e uma pequena porção em maturação. A irregularidade das chuvas tem limitado o potencial produtivo, especialmente das áreas de plantio mais tardio, que estão em enchimento dos grãos.

Fonte: Conab

Embrapa desenvolve novo bico de pulverização eletrostática

Um novo tipo de dispositivo de bico de pulverização pneumática eletrostática, que emprega a eletrificação por indução, aumenta a deposição e melhora a eficiência de deposição de gotas de defensivos nos respectivos alvos,  desenvolvido por Aldemir Chaim e Luiz Guilherme Wadt da Embrapa Meio Ambiente, foi patenteado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), em agosto de 2022.

A técnica usual de aplicação de defensivos agrícolas caracteriza-se pelo emprego de bicos hidráulicos, cujos princípios de funcionamento foram desenvolvidos no século 19 e não foram atualizados até hoje. As gotas formadas pelos bicos hidráulicos conseguem manter alguma velocidade após a formação, mas rapidamente desaceleram, podendo ser alteradas pelos ventos ou pela evaporação acelerada, fazendo com que as partículas não atinjam o alvo. Pesquisas têm apontado que a deposição efetiva agrotóxicos nas culturas raramente ultrapassa 50% do volume aplicado, mesmo com os pulverizadores mais modernos.

Nos sistemas tradicionais de eletrificação por indução, as gotas eletrificadas sempre são atraídas de volta para o eletrodo de indução, provocando seu molhamento, ao ponto de gotejamento, o que gera desperdício, além de problemas de curto circuito do sistema que assim para de funcionar. Conforme o pesquisador Aldemir Chaim, esse novo bico usa ar em alta velocidade para pulverizar a calda, assoprando as gotas para longe do efeito de retro atração do eletrodo de indução, o qual se apresenta com polarização elétrica oposta às partículas eletrificadas.

Contudo, o maior diferencial desse equipamento é que ele possui um fino fio de aço inox no interior do ducto de deslocamento da calda, que facilita a chegada das cargas elétricas que saem do solo, movimentando-se pelo líquido, sem resistências, para a região da zona de formação de gotas. Uma das extremidades desse fio de aço inox fica posicionada a um ou dois milímetros do ponto de emergência do líquido na zona de formação de gotas, o que proporciona a formação de um gigantesco campo elétrico, garantindo assim altíssima intensidade de eletrificação das gotas.

O uso de gotas com carga eletrostática tem se mostrado uma técnica promissora para aumentar a deposição de defensivos nas plantas. Quando uma nuvem de partículas carregadas eletricamente se aproxima de uma planta, ocorre o fenômeno da indução, de modo que a superfície do vegetal se eletrifica com cargas elétricas de sinal oposto ao das gotas que estão chegando. Como consequência, a planta atrai fortemente as partículas líquidas eletrificadas, promovendo assim uma melhoria na deposição, inclusive na face abaxial das folhas.

Fonte: Embrapa

Inteligência artificial monitora o bicudo do algodoeiro

Está em fase de finalização um equipamento que vai auxiliar o produtor no monitoramento do bicudo do algodoeiro, considerada a principal praga da cultura. A inovação desenvolvida pela startup LiveFarm, em parceria com a Embrapa, realiza a contagem automática dos insetos em tempo real, otimizando tempo e recursos com o monitoramento, além de reduzir o números de pulverizações. O equipamento será apresentado aos produtores durante a 13ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão, que acontece de 16 a 18 de agosto, em Salvador (BA).

Em levantamento recente realizado com cerca de 60 cotonicultores do Cerrado verificou-se que o bicudo é a praga que exige o maior número de pulverizações, variando entre 18 e 22 aplicações por safra, nas últimas sete safras. Os prejuízos causados pela praga podem ultrapassar o valor de mil reais por hectare, o que equivale a cerca de 10% do custo total de produção.

“A tecnologia vai aperfeiçoar a estratégia de controle e a aplicação de inseticidas, com reduções potenciais de 30% a 50%,” prevê o sócio fundador da LiveFarm, Joélcio Carvalho.

Fonte: Embrapa

Sistemas agroflorestais são destaque em novela do horário nobre

Em episódios da novela Pantanal, exibida pela Rede Globo, o personagem Jove, interpretado por Jesuíta Barbosa, tem defendido a utilização de sistemas agroflorestais (SAFs) nas fazendas do pai, José Leôncio (Marcos Palmeira). Este sistema produtivo já é realidade em várias regiões do País, inclusive no norte de Mato Grosso. A Embrapa é uma das instituições que vem contribuindo para o aumento da adoção dessa estratégia produtiva, sobretudo na agricultura familiar.

Conforme estimativa feita na avaliação de impacto da tecnologia elaborada pela Embrapa Agrossilvipastoril, de 2016 até 2019, a área com SAF na região norte de Mato Grosso aumentou em cerca de 1.000 hectares, passando de 706 hectares, segundo o Censo Agropecuário, para 1700 ha. Uma grande parte dessa expansão se deu com SAFs biodiversos, conduzidos em transição agroecológica ou de forma orgânica e cultivados fora de áreas de preservação permanentes degradadas. Outra estratégia muito adotada é o sistema silvipastoril biodiverso, com foco em pecuária, também conhecidos como “pasto muvuca”.

O engenheiro florestal Diego Antonio, analista da Embrapa Agrossilvipastoril, destaca que o processo de transferência de tecnologia em sistemas agroflorestais tem, entre seus pilares, o intercâmbio de conhecimento entre produtores, comunidades tradicionais, povos indígenas, técnicos e gestores públicos. O resultado do trabalho feito se reflete em aumento do interesse e das demandas referentes ao uso de SAFs.

Fonte: Embrapa

Aumento da produtividade em sistemas agrícolas integrados

A adoção de sistemas integrados de produção vem sendo defendida por pesquisadores como alternativa viável para recuperar a fertilidade do solo, trazendo como benefícios diretos o aumento da capacidade de suporte das pastagens e da produção de forragem e grãos.

De acordo com o pesquisador Julio Salton da Embrapa, diversificar os sistemas possui motivações econômicas, operacionais, agronômicas e ambientais. Para ele, os sistemas de produção devem ser sustentáveis, diversificados e que exista uma sinergia entre as culturas.

Fonte: Abrapa

Tecnologia e uso da informação caminham juntas na gestão das fazendas

Os avanços na gestão operacional das fazendas foi o tema do debate desta quarta-feira em uma das salas temáticas do 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) em Salvador.

Os painelistas Luis Alberto Moraes Novaes, engenheiro agrônomo pela ESALQ, o Leocyr Lazarete Junior, diretor de operações agrícolas do Grupo Masutti, e o engenheiro agrícola formado pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Paulo Herrmann, acreditam que a gestão operacional das propriedades rurais evoluiu muito, as máquinas ganharam um incremento grande de tecnologia e as pessoas precisaram se preparar para usar este aparato tecnológico, que inclui GPS, piloto automático, monitoramento por imagens de satélite, aplicativos georreferenciados, entre outros.

Mas, a tecnologia sozinha não é capaz de gerar resultados se não houver a gestão correta do negócio. Para ele, a gestão operacional consiste em alguns pontos fundamentais para o sucesso do negócio, tais como, conhecer o ambiente de produção e suas limitações, monitoramento do clima, dimensionamento e gestão do pátio de máquinas, monitoramento das etapas de produção e de perdas na colheita.

Fonte: Abrapa

Oportunidades do mercado de carbono para o algodão

As emissões globais de Gases de Efeito Estufa (GEE) cresceram 53% nos últimos 30 anos e o CO2 representa 74% das emissões, apesar de menos nocivo que os demais. Por isso há uma preocupação de governos, especialmente europeus, com as mudanças climáticas. No âmbito internacional, China, EUA, Índia e Europa representaram a metade das emissões globais em 2019 e os dez maiores países são 65% do total. China, inclusive, possui o maior valor de emissões totais e EUA, o maior valor per capita. O Brasil é considerado o 7º maior, com 2,9% das emissões. Em termos agropecuários, os indianos e chineses são os maiores emissores, seguidos pelos brasileiros em terceiro lugar na classificação.

Esse foi o panorama apresentado pelo vice-presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, para responder à questão “O mercado de carbono é uma oportunidade para o algodão brasileiro?“. Especialistas afirmam que o Brasil ainda precisa evoluir no tema e se adequar às metodologias aceitas internacionalmente. Nesse sentido, o Governo Federal está analisando a implementação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) para regular a compra e venda de créditos de carbono no País. E o Ministério do Meio Ambiente já estabeleceu procedimentos para a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e o Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa para atingir a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), compromisso do Brasil na COP 21. “Hoje o consumidor se preocupa com as formas de produção e os rastros que o produto vai deixar no meio ambiente para as futuras gerações. Por isso, a pegada de carbono vai ser o fator de impacto no momento da compra”, completou Schenkel.

Mas tudo isso precisa estar interligado com boas práticas agrícolas e manejo de solo. Para Cimélio Bayer, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), as técnicas de conservação do solo vão se refletir na produtividade das culturas e determinar o acúmulo de carbono. “O produtor que tiver assistência técnica em relação a isso conseguirá aumentar a produtividade. Se possuir amostragem do solo e construir uma boa linha base com plantio direto, vai comercializar esses créditos de carbono, obtendo ganhos em função da melhoria do manejo porque é com a qualidade do solo que se ganha dinheiro”, afirmou Bayer. Para ele, o ganho maior é agronômico e a rentabilidade é consequência que pode se transformar numa oportunidade de agregar valor aos produtos agrícolas.

O diretor de Negócios de Carbono da Bayer, Fábio Passos, apresentou cases de fazendas com oportunidades e ações concretas rumo ao mercado de carbono. Segundo Passos, mais de 90% das empresas listadas em bolsas de valores têm compromisso com a redução de emissão de carbono, seguindo tendências de consumo cuja preocupação tem como pilar as questões ambientais e de sustentabilidade.

Fonte: Abrapa

MERCADO

Nova queda no preço das hortaliças

De acordo com a análise da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), hortaliças como batata, cenoura, tomate e alface tiveram nova queda de preços em diversos mercados atacadistas do país no mês de julho. No 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela estatal nesta terça-feira (16), somente a cebola apresentou leve viés de alta no cômputo geral, devido à qualidade do produto nos mercados e a menor oferta a partir do Nordeste.

No caso da batata, os preços começaram a cair a partir de maio, depois de um período de alta no início do ano. Com a safra da seca ainda no mercado e a entrada da safra de inverno, a disponibilidade do produto permaneceu elevada, além da modificação no perfil da oferta, com a participação do Centro-Oeste e Sudeste como principais abastecedores.

A cenoura e o tomate também já apontavam a preços mais baixos desde a última atualização do Boletim Prohort. Nesta edição, o preço médio da cenoura, ponderado entre as Ceasas na comparação com junho, teve queda de 12,75%, justificada pela grande oferta desta hortaliça, pois os demais estados produtores aumentaram seus envios aos mercados, juntando-se à oferta mineira. Já o tomate teve a queda nas cotações iniciada em julho após o pico de preços registrado em abril deste ano. A oferta se manteve em elevação e os danos causados pelas chuvas do final de 2021 e início de 2022 foram superados, com as áreas produtoras ofertando de forma suficiente para atender a demanda.

No caso da alface, a oferta diminuiu principalmente nos mercados da região Centro-Oeste, mas foi compensada pela pouca procura, que normalmente reduz no período das férias escolares. Ainda assim, já há expectativa de preços mais altos em agosto nas Ceasas do Nordeste, devido às chuvas naquela região.

Frutas

No mês de julho, dentre as frutas analisadas, banana, maçã, mamão e melancia tiveram um comportamento de alta nos preços. Já o preço da laranja ficou praticamente estável na maioria dos mercados.

O aumento da banana ocorreu em virtude da menor produção, tanto da variedade nanica quanto a prata, com tendência não uniforme de comercialização no atacado a depender do período no mês, da situação de demanda local e da proximidade com os centros produtores. As exportações caíram (produção menor e concorrência com outros países).

O mamão apresentou elevação das cotações e queda na quantidade comercializada, movimento semelhante ao mês anterior, porém com menor tendência de alta nas últimas semanas devido ao aumento das temperaturas. As exportações continuaram em níveis mais baixos em relação a 2021, por conta da menor produção em 2022. A maçã registrou ligeira queda na comercialização, porém, também houve queda dos estoques nas câmaras frias, o que provocou maior controle da oferta e preços mais elevados. A rentabilidade da cultura continua positiva e as importações devem permanecer elevadas por causa da baixa oferta nacional.

A queda na comercialização da melancia gerou aumento das cotações, mas também favoreceu a rentabilidade para os produtores. A colheita começou a se expandir no fim do mês no Tocantins e o plantio já começou no sul baiano. Mesmo com o período de intervalo nas exportações, os números seguem positivos no ano.

A íntegra do 8º Boletim Prohort pode ser acessada no Portal da Conab.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado do algodão

O mercado internacional está mais tranquilo diante das notícias positivas sobre a inflação americana, a qual demonstra ter atingido o seu ponto máximo, tendendo a recuar. Os investidores demonstraram menor aversão ao risco e estiveram mais atuantes na Bolsa de Nova Iorque. Preços subiram devido a divulgação de relatório do USDA, onde se observa uma piora da safra americana de algodão e demais grãos em função de problemas climáticos.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado internacional da soja

Preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) têm elevada oscilações de cotações, mas fecham com a média semanal com alta de 6,14%.

Apesar do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) com projeção de aumento de produção norte-americana, mercado acredita em menor produtividade da lavoura estadunidense, motivado por clima adverso, e preços de soja sobem em Chicago.

Fonte: Conab

Conjuntura do mercado do trigo

No mercado internacional, apesar dos fatores baixistas como avanço da colheita no hemisfério norte, isenção de taxa de importação chinesa e a possibilidade de embarques de cereais pela Ucrânia, a semana encerrou com valorizações diante da piora das condições das lavouras de inverno, da boa demanda por trigo norte-americano e de clima adverso também na região do Mar Negro, impedindo a saída de embarcações na Ucrânia. A média semanal ficou em US$ 364,18/ton, apresentando valorização de 6,26%.

Fonte: Conab

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

 Soja

Os preços internacionais do complexo soja subiram na semana passada, devido à maior demanda externa por soja em grão dos Estados Unidos e a expectativas de aumento na procura global pelos derivados norte-americanos e também do Brasil. Esse cenário, por sua vez, está relacionado a incertezas quanto ao volume de derivados de soja a ser ofertado pela Argentina (principal abastecedora global de farelo e de óleo de soja). Além disso, o baixo volume de chuvas em importantes regiões produtoras do Hemisfério Norte também impulsionou os valores externos, já que isso pode reduzir a produtividade da safra 2022/23.

Milho

As cotações do milho vêm apresentando comportamentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea. Em algumas regiões do Sul do País e nos portos, o forte ritmo das exportações e as altas externas elevam os preços do cereal. Já em outras praças, a colheita da segunda safra na reta final pressiona as cotações. Quanto ao Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP), caiu 0,44% de 5 a 12 de agosto, fechando a R$ 81,55/sc nessa sexta-feira, 12. No geral, compradores resistem em elevar os valores pagos no spot nacional, contexto que tem limitado a liquidez. EXPORTAÇÕES – Nos primeiros cinco dias úteis de agosto, o Brasil embarcou 1,7 milhão de toneladas de milho, segundo dados da Secex, com média diária de 338,4 mil toneladas. Caso esse ritmo se mantenha até o final do mês, as exportações podem somar 7,4 milhões de toneladas em agosto.

Algodão

Os preços do algodão em pluma voltaram a registar alta nos últimos dias, impulsionados pela posição firme de vendedores. De acordo com colaboradores do Cepea, esses agentes vêm disponibilizando baixos volumes de pluma no spot, especialmente de lotes de melhor qualidade, dando prioridade ao cumprimento de contratos a termo. Além disso, as recentes e fortes elevações na Bolsa de Nova York (ICE Futures) e da paridade de exportação também reforçaram os aumentos no Brasil. Do lado comprador, indústrias adquirem o necessário para seguir com suas atividades e ainda têm dificuldades em acordar preço e qualidade. Já comerciantes buscam fazer novas aquisições para cumprir com suas programações e/ou realizar negócios “casados”. Nesse cenário, de 9 a 16 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu expressivos 4,1%, fechando a R$ 6,2962/lp nessa terça-feira, 16. Na parcial do mês, o Indicador acumula alta de 5,15%. Na primeira quinzena de agosto (até dia 15), o preço no Brasil ficou, em média, 14,6% superior à paridade de exportação.

Arroz

A oferta controlada e a demanda aquecida têm resultado em altas consecutivas nos preços dos ovos comerciais neste mês de agosto. Nessa quinta-feira, 11, inclusive, as cotações renovaram o recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 2013, na maioria das praças acompanhadas. No setor produtivo, as temperaturas mais baixas favorecem o controle da produção por afetarem a produtividade das poedeiras. Já na ponta final, a demanda aquecida por conta do período de início de mês e o auxílio financeiro disponibilizado pelo governo têm elevado o consumo de modo geral.

Trigo

A semeadura da safra deste ano foi praticamente encerrada, e estimativas indicam possibilidade de produção recorde no Brasil. De acordo com a Conab, devem ser colhidas 9,16 milhões de toneladas nesta temporada, alta de 19,3% em comparação à anterior (2021/22). Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário vem pressionando as cotações domésticas do trigo. As negociações do cereal seguem em ritmo lento no mercado interno, com moinhos comprando apenas para o curto prazo, aguardando a entrada da nova safra nacional. Já no mercado externo, os valores têm sido sustentados por dados apontando piora das condições das lavouras nos Estados Unidos e na Europa e por preocupações com as exportações ucranianas.

Etanol

O preço do etanol hidratado caiu no estado de São Paulo pela segunda semana consecutiva. Segundo pesquisadores do Cepea, a queda esteve atrelada ao interesse pontual de boa parte das distribuidoras, que ainda adquire de maneira cautelosa o biocombustível. Além disso, a flexibilidade de algumas usinas em certas regiões do estado também resultou em negócios a preços mais baixos que os registrados no período anterior. No geral, agentes de mercado estavam na expectativa de redução no preço da gasolina nas refinarias, o que deixou o ritmo de negócios mais lento. E embora a safra tenha começado atrasada em relação aos anos anteriores, o clima permitiu um avanço na moagem de cana na segunda quinzena de julho, de acordo com informações da Unica. Com isso, em alguns casos, os estoques cresceram, pressionando algumas unidades produtoras a vender. Entre 8 e 12 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado foi de R$ 2,8049/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), recuo de 2,05% frente ao do período anterior. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa diário do hidratado teve média de R$ 2.898,00/m³, queda de 2,71% frente à da semana anterior. Já para o anidro, o cenário foi de estabilidade, visto que o volume de oferta deste tipo de biocombustível foi pequeno na última semana. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro foi de R$ 3,3786/litro (líquido de impostos e PIS/Cofins – alíquota zerada), leve alta de 0,07% em relação ao anterior.

Açúcar

O preço médio do açúcar cristal no mercado spot de São Paulo seguiu na casa dos R$ 129,00/saca de 50 kg no correr da última semana. A liquidez captada pelo Cepea foi mais baixa em relação a períodos anteriores, com exceção da quarta-feira, 10, quando vendas pontuais envolvendo maiores volumes foram observadas. As chuvas que ocorreram em algumas regiões produtoras de cana dificultaram a continuidade do ritmo de produção em algumas usinas, o que resultou em diminuição da oferta de cristal para o mercado à vista. De 8 a 12 de agosto, a média do Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, foi de R$ 129,83/saca de 50 kg, pequena alta de 0,06% em relação à da semana anterior (de R$ 129,75/sc).

Boi

Os preços do boi gordo para abate estão enfraquecidos neste mês, operando em torno de R$ 300 e chegando a fechar pontualmente abaixo desse patamar. Segundo pesquisadores do Cepea, apesar do bom ritmo das exportações de carne, o fraco desempenho das vendas da proteína no mercado doméstico vem limitando altas nos valores do animal para abate. Além disso, agentes de frigoríficos diminuíram a quantidade de animais abatidos nos últimos dias, resultando em alongamento das escalas e em certa pressão sobre os preços.

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão de chuva – De 15 a 22 de agosto de 2022

De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados são previstos em grande parte da Região Sul e na faixa noroeste da Região Norte.

Região Norte

São previstos acumulados de chuva entre 20 e 60 mm no noroeste da região, com destaque para os Estados de Roraima e Amazonas, onde os volumes poderão ultrapassar os 80 mm, principalmente em áreas do noroeste do Amazonas. Em Tocantins, Rondônia e sul do Pará não são previstos acumulados de chuva e nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos poderão ser inferiores a 10 mm.

Região Nordeste

Não são previstos volumes de chuva em grande parte da região. Entretanto, em áreas do SEALBA (Sergipe, Alagoas e Bahia), o tempo segue instável, com acumulados de chuva que irão ultrapassar os 10 mm, principalmente entre os estados de Sergipe e Alagoas. Já no norte do Maranhão, podem ocorrer pancadas de chuva de forma isolada.

Regiões Centro-Oeste e Sudeste

O predomínio de uma massa de ar seco durante a semana continuará desfavorecendo a formação de chuva em grande parte de Goiás, centro e norte do Mato Grosso e Minas Gerais, além de registros de baixa umidade relativa do ar. Entretanto, devido ao deslocamento do sistema frontal principalmente entre quinta (18) e sexta-feira (19/08), há previsão de acumulados de chuva em grande parte do Mato Grosso do Sul e oeste de São Paulo e que poderão ultrapassar 30 mm.

Região Sul

A passagem de uma frente fria entre os dias 16 e 18/08, favorecerá a ocorrência de chuvas, principalmente entre as áreas do norte do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e centro-sul do Paraná, com acumulados previstos que deverão ultrapassar os 80 mm. No centro-sul do Rio Grande de Sul e norte do Paraná poderão ocorrer chuvas devido à instabilidade ocasionada pela passagem do sistema frontal e acumulados que poderão ultrapassar 30 mm.

Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (15/08/2022 e 22/08/2022). Fonte: INMET.

Previsão de chuva – De 23 a 30 de agosto de 2022

De acordo com o modelo de previsão numérica, a semana poderá apresentar maiores acumulados de chuva na faixa noroeste do país, costa leste do Nordeste e sul da Região Sul.

Região Norte

São previstos acumulados maiores que 50 mm no extremo norte de Roraima e noroeste do Pará. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 40 mm. Para o Estado do Tocantins, leste de Rondônia e centro-sul do Pará, não são previstas chuvas durante a semana.

Região Nordeste

Os maiores acumulados de chuva previstos irão concentrar-se em áreas da costa leste da região e em áreas do norte do Maranhão, com acumulados de chuva previstos que poderão superar os 40 mm em áreas do litoral da Bahia. Nas demais áreas, não são previstos acumulados de chuva.

Regiões Centro-Oeste e Sudeste

Não há previsão de chuva, predominando uma massa de ar seco em grande parte da região. No entanto, podem ocorrer baixos acumulados de chuva em pontos isolados em áreas do litoral de São Paulo e norte do Espírito Santo.

Região Sul

São previstos acumulados de chuva em grande parte do Rio Grande do Sul e em áreas do leste de Santa Catarina e Paraná, com acumulados que poderão ultrapassar os 30 mm no extremo sul do Rio Grande do Sul. Nas demais áreas não há previsão de chuvas.

Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (23/08/2022 e 30/08/2022). Fonte: GFS.

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