Fique informado e compartilhe nas suas redes sociais
GERAIS
Crédito rural somou R$ 25,8 bilhões em julho
O volume de crédito rural desembolsado no primeiro mês do atual Plano Safra totalizou R$ 25,8 bilhões, recuo de 1% em relação ao mesmo mês da temporada anterior.
A aplicação dos recursos de custeio foi de R$ 22,2 bilhões, alta de 38%. Já a comercialização apresentou decréscimo de 43%, com R$ 982 milhões e a industrialização teve uma queda de 47%, com R$ 1 bilhão.
As linhas de financiamento dos investimentos também tiveram queda de 75%, ficando em R$ 1,6 bilhão.
Os números fazem parte do Balanço de Desempenho do Crédito Rural, divulgado nesta sexta-feira (5) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O Plano Safra 2022/2023 conta com R$ 340,9 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano. Desse total, R$ 246,3 bilhões são destinados ao custeio e comercialização. Outros R$ 94,6 bilhões são para investimentos.
Os recursos com juros controlados somam R$ 195,7 bilhões e com juros livres R$ 145,2 bilhões. O montante de recursos equalizados soma R$ 115,8 bilhões na atual safra.
Fonte: Mapa
Seguro rural pagou R$ 7,7 bilhões em indenizações no primeiro semestre
As companhias seguradoras habilitadas no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pagaram R$ 7,7 bilhões em indenizações aos produtores rurais entre janeiro e junho de 2022, o que representa um crescimento nominal de 352% sobre o valor de R$ 1,7 bilhão pago no mesmo período de 2021. Se comparado ao ano anterior, o valor pago no primeiro semestre deste ano já supera o valor total pago em 2021, que foi de R$ 5,4 bilhões. Os dados foram publicados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).
O diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, ressalta que os números mostram a importância do seguro rural e reforçam a necessidade de fortalecimento do PSR. “Iniciamos o ano de 2022 com um orçamento de R$ 990 milhões para apoiar a contratação das apólices em todo o país, porém já solicitamos uma suplementação de R$ 710 milhões para o Programa, pois os preços dos principais produtos segurados, como a soja e o milho, aumentaram significativamente. Além disso, o custo das apólices também sofreu reajuste devido a alta sinistralidade observada nas últimas safras”.
Fonte: Mapa
Recursos do Pronaf irão aumentar em 12%
Em virtude da forte demanda por financiamentos de custeio no Pronaf, nesse início de safra, foi autorizada a destinação de mais R$ 6,54 bilhões de recursos equalizados pelo Tesouro Nacional para financiar os agricultores familiares, o que representa um aumento de 12% (passando de R$ 53,6 bilhões para R$ 60,1 bilhões).
A maior parte, R$ 4,74 bilhões, virá de recursos novos a partir da alocação de mais R$ 126,8 milhões de recursos orçamentários em 2022 para o Plano Safra 2022/23. A outra parte, R$ 1,8 bilhão, será proveniente de remanejamentos no âmbito dos bancos públicos federais (Caixa, BNDES e do Banco do Brasil).
Esses recursos serão destinados aos bancos que operam Pronaf Custeio e que já sinalizaram insuficiência de recursos para atender a demanda dos agricultores. Assim, R$ 6,07 bilhões serão encaminhados ao Banco do Brasil e R$ 474 milhões, ao BNDES.
O BNDES será contemplado ainda com ampliação de recursos no Programa Agricultura de Baixo Carbono – ABC (R$ 287,5 milhões) e Programa de Construção e Ampliação de Armazéns – PCA (R$ 438,5 milhões).
Com isso, a expectativa é que não haja interrupção na concessão de financiamentos, sobretudo de custeio, nesse momento em que a safra começa a ser plantada e no atendimento prioritário aos pequenos agricultores.
Lançado em julho, o Plano Safra 2022/2023 conta com R$ 340,9 bilhões para financiar a produção agropecuária nacional até junho do próximo ano.
Dos R$ 340,9 bilhões, já foram contratados R$ 30 bilhões, o que corresponde a 8,8% do total. Mais de 90% dos recursos estão disponíveis para contratação por meio das diferentes instituições que operam no crédito rural, nas modalidades de custeio, comercialização e investimento.
Fonte: Mapa
Novo Painel de Indicação de Riscos facilita o acesso aos dados do Zarc
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilizou, nesta quarta-feira (10), a nova versão do Painel de Indicação de Riscos, plataforma que possibilita aos usuários acessar os dados do Zoneamento Agrícola de Risco Climático.
A nova plataforma vai abranger os avanços metodológicos e operacionais do ZARC, como por exemplo a classificação do solo por classes de água disponível (AD), que deu início com o estudo da soja para a safra 2023/2024, já disponível no menu “Zarc Para Validação”, na aba “Zarc – 6 solos”.
O detalhamento da informação também foi aprimorado. No menu “Zarc Oficial”, o usuário poderá acessar a guia “Dados”, que além de mostrar informações do ZARC em forma de gráficos, possui uma tabela interativa, que permite ao usuário realizar a seleção dos campos de interesse, facilitando a exportação dos dados.
Manual
Para facilitar a adaptação dos usuários à nova plataforma, foi disponibilizado um manual de instruções do novo Painel de Indicação de Riscos do ZARC.
Por que seguir o Zarc?
Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só permitem o acesso ao crédito rural para cultivos em áreas zoneadas e para o plantio de cultivares indicadas nas portarias de zoneamento.
Fonte: Mapa
Exportações foram recordes de US$ 14 bi em julho
Em julho, as exportações do agronegócio brasileiro foram impactadas pelo aumento dos preços médios de exportação, que cresceram 24,8%. Com isso, as vendas para o mercado externo alcançaram valor recorde para o mês: US$ 14,28 bilhões (+26,8% em relação a julho/2021). O índice de quantum subiu 1,6%. A participação do agronegócio atingiu 47,7% do total das exportações nacionais.
A explicação para a elevação do índice de quantum está relacionada, principalmente, ao aumento do volume exportado de milho no mês de julho, que alcançou mais de 2 milhões de toneladas em termos absolutos. Outros destaques foram os produtos do complexo soja (grãos, farelo e óleo) e a carne bovina e de frango.
“Embora as exportações tenham alcançado recorde para os meses de julho, trata-se do menor valor dos últimos quatro meses de 2022. Na comparação com as exportações de junho deste ano (mês imediatamente anterior), por exemplo, houve desaceleração de 8,6% em valores, resultado da queda de 2,2% no índice de preços comparado, e de 6,6% dos volumes exportados”, explica a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
As importações de produtos do agronegócio somaram US$ 1,48 bilhão (+19,3%), também influenciadas pelos preços médios que cresceram 16,1%.
Fonte: Mapa
PRODUÇÃO
Conab estima recorde de produção para milho 2ª safra
Os produtores de milho deverão colher na segunda safra do cereal 87,4 milhões de toneladas na temporada 2021/22, como aponta o 11º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quinta-feira (11) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Com o bom desempenho das lavouras, a estimativa da Companhia para a produção total de grãos para esta temporada está em 271,4 milhões de toneladas, acréscimo de 6,2% ao colhido em 2020/21, ou seja, 15,9 milhões de toneladas.
A colheita do milho segunda safra segue avançando e ultrapassa 79% da área plantada, como indica o Progresso de Safra publicado pela estatal nesta semana. Se confirmado, o volume estimado para a segunda safra de milho este valor representa a maior produção registrada na série histórica. O número já considera a redução de produtividade, quando comparado com o levantamento anterior, devido ao impacto da falta de chuva e ataques de pragas em importantes regiões produtoras, como o Paraná. Em relação ao ciclo anterior, o aumento na produção chega a 44%.
Outra cultura de destaque é o algodão. A colheita da fibra está em andamento sob condições climáticas favoráveis, com os trabalhos realizados em mais de 67% da área cultivada e a finalização estimada para setembro. Se por um lado o clima afetou a produtividade em algumas lavouras devido ao estresse hídrico, por outro, o tempo seco observado na maioria das regiões produtoras influenciou de maneira positiva a qualidade do produto final. De acordo com o levantamento da Conab, a expectativa é de uma colheita de 2,74 milhões de toneladas da pluma do algodão, 16% superior à safra passada.
Para o feijão, a segunda safra está praticamente finalizada restando apenas alguns talhões que devem ser colhidos ainda na primeira quinzena de agosto. Mesmo com as oscilações climáticas registradas durante o ciclo, a produção deve alcançar em torno de 1,36 milhão de toneladas, representando um incremento de 19,5% em relação à temporada anterior. Sobre a terceira safra da leguminosa, os técnicos da Companhia verificaram que as lavouras já foram implantadas, seguindo em plena evolução do ciclo. Houve redução na área plantada em comparação a 2020/21, especialmente em razão da grande concorrência com o cultivo de milho e trigo, cereais que expandiram suas áreas de abrangência neste ciclo. Ainda assim, a produção total do grão ficará próximo a 3 milhões de toneladas.
Dentre os produtos de inverno, a semeadura das culturas foi finalizada em julho. Para o trigo, principal produto semeado, estima-se uma produção recorde de 9,2 milhões de toneladas. Esse aumento esperado na produção de 19,3% é reflexo de uma maior área plantada, com crescimento expressivo no Rio Grande do Sul – chegando a 18% no estado gaúcho se comparado com a safra passada –, aliado a uma expectativa de aumento na produtividade.
Produtos de 1ª safra, as lavouras de soja e arroz têm produção estimada em 124 milhões de toneladas e 10,8 milhões de toneladas, respectivamente. O resultado da oleaginosa é reflexo da severa estiagem ocorrida no final de 2021 no Sul do país e em parte de Mato Grosso do Sul. O clima também influenciou a produtividade do arroz, que, aliado a uma menor área plantada, teve a colheita reduzida em 8,4% em relação à safra passada. No caso do milho 1ª safra, a produção se manteve praticamente estável, em volume próximo a 25 milhões de toneladas.
Fonte: Conab
Monitoramento das lavouras de algodão
Área se encontra 67,2% colhida. Em MT, a colheita segue em ritmo intenso e cobre mais de 65% da área destinada à cultura. Conforme a colheita avança, os produtores efetuam o manejo das áreas para prevenção da infestação do bicudo-do-algodoeiro. No Extremo-Oeste da Bahia, as lavouras de sequeiro seguem em fases de maturação e colheita, com o ciclo adiantado em relação à safra passada. Não há relatos de problemas fitossanitários, mas existem efeitos de estresse hídrico. No Centro- Sul, a colheita das lavouras de sequeiro está finalizada, e as lavouras irrigadas seguem em fase de maturação e colheita. Em MS, a colheita ocorre normalmente e alcança mais de 85% da área semeada. No MA, a colheita continua ocorrendo, em ritmo normal, nos municípios de Tasso Fragoso e Balsas.
No PI, a colheita continua avançando em ritmo normal, sem registros de condições adversas. Em GO, a colheita da cultura de sequeiro está praticamente encerrada e a irrigada, em fase de maturação.
Fonte: Conab
Monitoramento das lavouras de trigo
O trigo encontra-se 99,1% semeado. No RS, a semeadura está praticamente concluída. As lavouras apresentam bom estabelecimento e desenvolvimento inicial. Nas regiões Sul e Campanha, as condições climáticas mantiveram a umidade do solo e impediram o bom andamento da semeadura. Em Missões e Alto Uruguai, algumas áreas iniciaram o florescimento. No Planalto Médio e Superior, as lavouras estão em emergência e desenvolvimento vegetativo e apresentam boas condições. No PR, a semeadura foi concluída, e 11% das lavouras estão em condições ruins devido à falta de umidade no solo. Em SC, a semeadura está finalizando e as lavouras estão em boas condições.
Em MS, houve início da colheita e a maior parte das lavouras está em fase de enchimento de grãos. Em GO, a colheita das lavouras de sequeiro foi finalizada. A cultura irrigada apresenta boa sanidade. A maior parte está em maturação e algumas áreas estão sendo colhidas.
Fonte: Conab
Monitoramento das lavouras de milho 2ª safra
A safra de milho está 79,8% colhida. Em MT, a colheita do milho está praticamente concluída, e com bom rendimento médio. No PR, as colheitas avançaram para cerca de 57% da área total, com maior predominância da colheita na metade Sul. Observa-se que 8% das lavouras estão em condições ruins devido à influência do clima e ao ataque da cigarrinha.
Em MS, a colheita avança com aumento do ritmo também nas regiões mais tardias. As chuvas provocaram paralisações temporárias, mas sem prejuízos significativos na qualidade dos grãos. Em GO, foi observado queda na produtividade e qualidade nas áreas mais tardias no Sudeste e Leste do estado. Em MG, a redução de produtividade se confirma com a evolução da colheita, devido ao deficit hídrico e ao ataque de cigarrinha.
No MA, TO e PI, a colheita aproxima-se da conclusão, com bom desempenho das lavouras.
Fonte: Conab
Monitoramento das lavouras de feião
Em GO, a colheita alcança 60% a metade da área total. As lavouras remanescentes, concentradas no Sudoeste e Norte do estado, estão majoritariamente em maturação e uma pequena parte em floração. O clima favorável durante o ciclo e o uso de irrigação suplementar permite expectativa de bons rendimentos e boa qualidade dos grãos. Em MG, devido ao escalonamento da semeadura, as lavouras estão em estágios fisiológicos diversos, desde o desenvolvimento vegetativo até a colheita. Cerca de ¼ das lavouras foram colhidas e a maioria das áreas remanescentes segue em maturação, apresentando boas condições fitossanitárias.
No Nordeste da BA, a colheita foi iniciada, mas a maioria das lavouras ainda está em fase de enchimento de grãos. As condições gerais são de bom aspecto fitossanitário, principalmente devido ao controle da mosca-branca e do mosaico dourado. Houve registro de chuvas regulares nessa região.
Fonte: Conab
SUSTENTABILIDADE
São Paulo está revisando os Cadastros Ambientais Rurais
O estado de São Paulo deve concluir até o fim de agosto a análise de 100% das declarações do Cadastro Ambiental Rural das 406 mil propriedades rurais do estado. O anúncio foi feito pelo secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, Francisco Matturro, em evento na última semana. O processamento dos cadastros do estado está sendo feito por meio da ferramenta da Análise Dinamizada, desenvolvida pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo o secretário, até o momento, todos os cadastros de propriedades do estado já foram processados entre novembro de 2021 a abril de 2022, e cerca de 67% foram analisados. Os 33% das declarações que ainda não tiveram sua análise concluída pelo sistema são casos de objeto de ação judicial ou que apresentaram sobreposição com imóveis vizinhos, territórios indígenas ou unidades de conservação.
No CAR, o proprietário faz a autodeclaração e, com base nos parâmetros previstos pela legislação, o sistema processa os dados. “Se estiver tudo ok, dentro das regras, o proprietário é avisado que está em conformidade com a lei. Caso a análise encontre alguma inconsistência, o sistema aponta e o proprietário tem a possibilidade de corrigir ou mesmo contestar. Caso ele não aceite a análise, a declaração e os argumentos apresentados pelo produtor passarão por nova verificação da equipe”, explica Maria Cristina Murgel, coordenadora de Assuntos Estratégicos da secretaria estadual de SP.
O módulo da Análise Dinamizada do CAR foi desenvolvido pelo Serviço Florestal Brasileiro e disponibilizado para os estados e Distrito Federal com objetivo de dar maior celeridade à análise dos mais de 6,5 milhões de cadastros inscritos na base do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Sicar). A ferramenta faz uso de tecnologias de georreferenciamento para verificar de forma automatizada as informações declaradas no CAR e, em caso de divergências entre a declaração e a base de referência, propõe a retificação automática dos dados, emitindo o diagnóstico da situação ambiental do imóvel rural e auxiliando na implementação da legislação ambiental.
Fonte: Mapa
MERCADO
Conjuntura do mercado do algodão
O mercado está bastante inseguro em diante da situação econômica e volatilidade das commodities, principalmente o petróleo. Compradores e vendedores estão retraídos, esperando para ver que rumo a economia irá tomar e como se comportarão os preços com a entrada da nova safra brasileira, bem como será a evolução da safra americana, diante das condições climáticas adversas.
Fonte: Conab
Conjuntura do mercado internacional da soja
Mercado Internacional – Preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) têm elevada oscilações de cotações, mas fecham com a média semanal com alta de 1,54%. Condições climática das principais regiões produtoras dos EUA continuam a ser o principal motivo de altas e baixas em Chicago.
Preços Nacionais – Preços nacionais têm queda motivada pela forte baixa das cotações dos prêmios de portos e do dólar.
Fonte: Conab
Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada
Soja
A menor demanda externa e a cautela dos compradores domésticos, devido ao elevado frete rodoviário, pressionaram as cotações do complexo soja no Brasil nos últimos dias. Assim, grande parte dos agentes prefere aguardar para negociar nas próximas semanas, visto que a tendência é de redução no frete rodoviário, devido à finalização da colheita do milho e à retomada de frete de retorno, diante das importações de insumos para a safra 2022/23. Com isso, no spot nacional, de 29 de julho a 5 de agosto, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR) e CEPEA/ESALQ – Paraná da oleaginosa recuaram 3,9% e 2,9%, com respectivos fechamentos de R$ 188,03/sc e de R$ 182,61/sc de 60 kg na sexta, 5. Quanto aos derivados, os preços do farelo de soja cederam 2,5% na média das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores do Cepea, essa queda se deve à menor demanda externa e ao recuo dos prêmios de exportação, que apresentaram deságio sobre a alta internacional. Vale observar que parte dos consumidores domésticos retomou o interesse de compra, mas a disparidade entre os valores de compradores e vendedores limitou a liquidez. O óleo de soja, por sua vez, voltou a ser negociado abaixo dos R$ 8.000,00/tonelada, reflexo da menor demanda do setor industrial. O preço do óleo de soja na região de São Paulo (com 12% de ICMS incluso) registrou queda de 1,2% entre 29 de julho e 5 de agosto, indo para R$ 7.774,08/tonelada no dia 5.
Milho
A disparidade entre os preços ofertados por compradores e pedidos por vendedores reduziu a liquidez no mercado doméstico de milho. Segundo pesquisadores do Cepea, os consumidores estão cientes do avanço da colheita e da capacidade limitada de armazenagem – favorecida pelo clima, a colheita segue a todo vapor. De acordo com a Conab, até o dia 30 de julho, 71,1% da área nacional havia sido colhida, contra 59,6% na semana anterior e 51% no mesmo período de 2021. Por outro lado, os produtores estão na expectativa de aumento da demanda externa pelo cereal brasileiro, limitando as vendas. Em julho, o Brasil exportou 4,12 milhões de toneladas, superando os 1,99 milhão de t registrados em julho de 2021. As importações também subiram, somando 290 mil toneladas no mês, muito acima das 144 mil t adquiridas no mesmo mês do ano passado, conforme dados da Secex. Mesmo assim, no decorrer da última semana, o movimento de baixa dos preços predominou. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa cedeu 1,2% de 29 de julho e 5 de agosto, fechando a R$ 81,91/sc na sexta-feira, 5.
Algodão
O ritmo de negócios de algodão em pluma voltou a se enfraquecer neste início de mês, visto que parte dos agentes está retraída e há dificuldade em se acordar preço e qualidade dos lotes disponibilizados, segundo pesquisadores do Cepea. Quanto aos preços, avançaram neste começo de agosto. De 29 de julho a 9 de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registrou aumento de 0,99%, fechando a R$ 6,0468/lp nessa terça-feira, 9. No balanço, a posição firme de vendedores acabou prevalecendo, mantendo firmes os valores da pluma.
Arroz
As cotações do arroz iniciaram agosto com leve baixa. A média ponderada do estado do Rio Grande do Sul, representada pelo Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista), recuou 0,9% entre 29 de julho e 9 de agosto, fechando a terça-feira, 9, a R$ 77,08/saca de 50 kg. Esse cenário está atrelado à decisão de boa parte dos orizicultores de não adiar a comercialização do cereal, devido ao arrefecimento da demanda e, consequentemente, à queda dos preços. Colaboradores do Cepea relatam que o ritmo de vendas apresentou leve declínio nos últimos dias, o que resultou na concessão de descontos em algumas praças, inclusive para o produto beneficiado.
Trigo
Os preços do trigo recuaram no mercado internacional, devido à expectativa de retomada das exportações de trigo da Ucrânia, visto que os embarques de milho do país já ocorreram. Esse cenário, segundo pesquisadores do Cepea, influenciou a baixa no mercado brasileiro. Quanto à comercialização, a lentidão permanece, com moinhos aguardando a safra nova, enquanto produtores que ainda possuem o cereal da última temporada estão desestimulados a vender com o menor preço.
Etanol
As cotações dos etanóis anidro e hidratado registraram baixa na primeira semana de agosto no mercado paulista, de acordo com dados do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ semanal do etanol hidratado teve média de R$ 2,8635/litro de 1º a 5 de agosto, recuo de 2,69% frente ao período anterior – valor líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada. No caso do anidro, a queda foi de 2,65%, com o Indicador CEPEA/ESALQ fechando em R$ 3,3764/litro, valor líquido de impostos – PIS/Cofins (alíquota zerada). Segundo pesquisadores do Cepea, apesar do retorno das distribuidoras ao mercado, que adquiriram, inclusive, volumes maiores, alguns vendedores estiveram mais flexíveis nos preços. De certa forma, o mercado de etanol segue atento e cauteloso com a possibilidade de uma nova baixa no preço da gasolina A nas refinarias pela Petrobras.
Açúcar
Agosto começou com baixa nos preços do açúcar no mercado spot paulista, conforme apontam dados do Cepea. Com a safra 2022/23 em andamento, algumas usinas do estado de São Paulo negociaram o cristal tipo Icumsa 180 a valores menores, devido à maior disponibilidade de oferta na pronta entrega. Já o tipo Icumsa 150 continuou com oferta restrita no spot e com preços firmes. De 1º a 5 de agosto, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 129,75/saca de 50 kg, queda de 0,78% em relação à da semana anterior. Apesar do recuo, o mercado doméstico manteve a vantagem sobre as exportações.
Boi
O preço médio da carne bovina (carcaça casada), negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, está em R$ 20,20/kg na parcial de agosto (até o dia 9), conforme apontam dados do Cepa. Essa média é 2,13% inferior à de julho deste ano, 7,74% abaixo da de agosto/21 e, também, a menor, em termos reais, desde outubro de 2019, quando esteve em R$ 17,95/kg (os valores médios mensais foram deflacionados pelo IGP-DI). Segundo pesquisadores do Cepea, a oferta de animais para abate seguiu baixa ao longo deste ano e as exportações, aquecidas. Assim, o cenário de desvalorização da carne está atrelado ao baixo consumo da proteína bovina no mercado brasileiro, devido ao fragilizado poder de compra da população nacional, sobretudo em decorrência da elevada inflação. No acumulado deste ano (entre dezembro/21 e a parcial de agosto/22), a carcaça casada bovina registra desvalorização de 8,31%, em termos reais.
CLIMA
Previsão de chuva
Previsão de chuva – De 09 a 15 de agosto de 2022
De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados são previstos para as regiões Sudeste e Sul do país.
Região Norte
São previstos acumulados de chuva que poderão superar os 50 mm no noroeste do Amazonas e Roraima. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos serão inferiores a 30 mm.
Região Nordeste
Não são previstos volumes de chuva significativos nesta região, porém o tempo segue instável na faixa leste da região e não se descarta a ocorrência de pancadas de chuva de forma isolada, abrangendo a região do SEALBA (Sergipe, Alagoas e Bahia).
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
O predomínio de uma massa de ar seco durante a semana não irá favorecer a formação de nuvens de chuva em algumas áreas destas regiões. Porém, devido a proximidade de uma frente fria entre os dias 08 e 09/08, são previstos acumulados de chuva em áreas do Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro com valores que poderão ultrapassar os 60 mm, além de ventos fortes e possíveis descargas elétricas, principalmente entre a terça (09) e quarta-feira (10).
Região Sul
O processo de formação de uma frente fria no início da semana manterá o tempo muito instável, com previsão de temporais acompanhados de ventos fortes que podem superar os 80 km/h no litoral da região. Os acumulados previstos podem ultrapassar os 100 mm no norte do Paraná, leste de Santa Catarina e nordeste do Rio Grande do Sul, principalmente entre quarta (10) e quinta-feira (11).
Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (09/08/2022 e 15/08/2022). Fonte: INMET.
Previsão de chuva – De 16 a 24 de agosto de 2022
De acordo com o modelo de previsão numérica GFS, a semana poderá apresentar volumes de chuva significativos no noroeste da Região Norte, costa leste do Nordeste e áreas do Sul e Sudeste do Brasil.
Região Norte
São previstos acumulados de chuva entre 60 e 80 mm no noroeste do Amazonas. Nas demais áreas, os volumes de chuva previstos não deverão ultrapassar os 50 mm.
Região Nordeste
São previstos acumulados de chuva que poderão ultrapassar os 70 mm na costa leste da região. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 25 mm.
Regiões Centro-Oeste e Sudeste
Não há previsão de chuva em praticamente toda a região, exceto no sudoeste do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, sul de Goiás e Minas Gerais, com acumulados previstos de até 30 mm. Entretanto, em áreas de São Paulo e Rio de Janeiro, poderão ocorrer acumulados de chuva mais significativos e acima de 90 mm.
Região Sul
São previstos acumulados de chuva em grande parte da região, podendo ultrapassar 70 mm em áreas serranas de Santa Catarina e norte do Paraná.
Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (16/08/2022 e 24/08/2022). Fonte: GFS.
CURSOS E EVENTOS
Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!
Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição: Clique aqui
IrrigaFácil: uso e manejo de irrigação
Instituição promotora: Embrapa
Data: 11/07 a 19/08/22
Inscrição: Clique aqui
Controle biológico: enfoque em manejo de lagartas com bioinseticidas
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição: Clique aqui
Qualifica Mulher
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição: Clique aqui
Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição:Clique aqui
RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição:Clique aqui
Apicultura para Iniciantes
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição:Clique aqui
Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas
Instituição promotora: Embrapa
Data: 17/02/22 a 31/12/22
Inscrição:Clique aqui
Produção de mudas de cajueiro – enxertia
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição:Clique aqui
Viticultura Tropical no Semiárido
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição: Clique aqui
Apicultura para Iniciantes
Instituição promotora: Embrapa
Data: Contínuo
Inscrição: Clique aqui