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Principais Notícias da Semana no Mundo Agro

Metodologia avaliação podridão soja

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GERAIS

 Valor Bruto da Produção Agropecuária em 2022 é estimado em R$ 1,236 trilhão

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) em 2022 deve alcançar R$ 1,236 trilhão, conforme base nas informações de safras do mês de abril. A projeção é 2,7% acima do valor obtido em 2021 (R$ 1,204 trilhão).

O faturamento bruto das lavouras soma R$ 881,2 bilhões (alta de 7,3%), e da pecuária R$ 355,7 bilhões (queda de -7,2%).

Os produtos que estão puxando o crescimento do VBP são: café, cana-de-açúcar, algodão e milho, principalmente pelo o aumento da produção e o preços elevados (com exceção do milho). “No ano passado, estes representavam 36,8% do valor da produção total, e neste ano passaram a contribuir com 44,4 % do VBP. Os valores alcançados por esses quatro produtos são recordes numa série desde 1989”, informa nota da Secretaria de Política Agrícola do Mapa.

Em relação à soja, os analistas apontam que a produção sofreu os impactos da estiagem no Sul do país e a retração de preços.

Já a queda do VBP da pecuária foi registrada na maior parte das atividades do setor, exceto na produção de ovos. “Os preços mais baixos estimularam essa redução. As exportações, que são uma variável chave para esse setor, vêm apresentando bons resultados para as carnes de frango e bovina. Estas têm obtido maior receita de exportações, e têm exportado quantidades superiores às do ano de 2021”.

Quanto aos resultados por estado, o Mato Grosso responde pelo maior percentual com 18,2%, seguido por São Paulo (12,7%), Paraná (11,7%) e Minas Gerais (11,6%). Juntos, os quatro estados representam 54,3% do valor da produção.

Fonte: Mapa

Inovações na regulamentação de uso de drones na agropecuária são discutidas

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a portaria nº 298 em 21 de setembro do ano passado, o que fez do Brasil um dos poucos países do mundo a normatizar as operações agrícolas com aeronaves não tripuladas.

Em uma mesa que debateu o tema na feira, os três palestrantes reconheceram o avanço da portaria para o agro brasileiro. Os drones são usados para aplicação de agrotóxicos e afins, adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes.

“A preocupação do ministério é a segurança operacional. Com base em pesquisas científicas, entendemos que as distâncias de aplicação preconizadas na normativa são seguras. Como a tecnologia avança muito rápido, a normativa do Mapa também pode sofrer alterações sempre que for preciso”, explicou o engenheiro, que tem doutorado em agronomia, na área de física do ambiente agrícola, pela Esalq (Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz).

A regulamentação para o uso de drones no Brasil é feita por quatro instituições. Além do Mapa, que se debruçou apenas sobre as operações de pulverização, também há normas elaboradas pela Anac (Agência Nacional da Aviação Civil), Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e Ministério da Defesa.

Fonte: Mapa

 Mapa libera R$ 990 milhões para o seguro rural

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aprovou a distribuição do orçamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) para o exercício de 2022.

No total, serão disponibilizados R$ 990 milhões ao longo dos próximos meses com o objetivo de auxiliar financeiramente o produtor no momento da aquisição do seguro rural.

Nos três primeiros meses de 2022, as seguradoras já pagaram aos produtores aproximadamente R$ 5,8 bilhões em indenizações, decorrente principalmente dos sinistros observados nas lavouras de soja e milho verão na região Centro-Sul. “Isso demonstra a importância e a efetividade do seguro”, avalia o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola. Em 2021, o total pago em indenizações pelas seguradoras aos produtores foi de R$ 5,4 bilhões.

A liberação do recurso de R$ 990 milhões vai possibilitar o apoio na contratação de aproximadamente 140 mil apólices de seguro rural em todo o país. A novidade é que a área segurada passa a ser georreferenciada à partir de 2022 no âmbito do PSR, visando melhorar as informações de mapeamento e monitoramento por satélite para cruzamento de informações com outras bases de dados.

Do orçamento total a ser disponibilizado, R$ 500 milhões serão para as culturas de inverno (milho 2ª safra, trigo e demais grãos de inverno), R$ 324 milhões para os grãos de verão, R$ 72 milhões para as frutas, R$ 12 milhões para a modalidade pecuário, R$ 2 milhões para a modalidade de florestas e R$ 80 milhões para as demais culturas.

Em relação ao orçamento destinado para os grãos de verão, parte desse recurso (R$ 60 milhões) será exclusivo para as contratações realizadas nas Regiões Norte e Nordeste. Esse destaque orçamentário, que acontece desde o ano de 2019, tem o propósito de fomentar a oferta de seguros naquelas Regiões, que ainda é incipiente, e estimular a demanda dos produtores, que diferentemente das demais regiões do país, ainda não estão acostumados a contratar o seguro. Em 2021, foi possível impulsionar a contratação de 3.310 apólices, 102% a mais que 2019. A importância segurada nessas Regiões aumentou 167%, passando de R$ 1,05 bilhão em 2019 para R$ 2,8 bilhões no ano passado.

Fonte: Mapa

PRODUÇÃO

Produção sustentável de soja é oportunidade

Os desafios e oportunidades para a produção sustentável de soja foi o tema da conferência de abertura do IX Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja, que teve início na noite de segunda-feira, dia 19, em Foz do Iguaçu (PR).

Na palestra ministrada por Fabiana Villa Alves, diretora da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi ressaltado que a agropecuária é parte da solução quando se fala em redução do aquecimento global. Considerando as oportunidades que se abrem, como a bioeconomia, a possibilidade de abertura de novos mercados, o aumento da inovação e agregação de valor, tudo se converge para melhoria da eficiência da produção.

Falando especificamente sobre a cadeia da soja, ela destacou as oportunidades, como a soja de baixo carbono. “Quando a gente fala de soja baixo carbono, não estamos inventando nada. Só estamos juntando boas práticas já existentes. Quando a gente fala em produtos diferenciados, produtos que trazem base sustentável, é criar valor sobre algo que nós já fazemos muito bem há décadas”, explicou Fabiana Villa Alves.

De acordo com Fabiana, como a demanda do mercado e dos investidores por produtos de base sustentável existe, o Brasil precisa se adaptar para a aproveitar a oportunidade de mercado. Há cada vez mais demanda por produtos baseados em práticas corretas de ESG (ambiental, social e governança). Com uma agropecuária baseada em ciência, isso se torna mais fácil.

“Somos muito bons no Ambiental, mas precisamos avançar no Social e na Governança. O que é governança nesse caso? Governança é transparência. Transparência é eu mostrar o quanto de carbono estou emitindo, o quanto de água e área eu usei”, afirma a conferencista.

Para a palestrante, além das vantagens competitivas e produtivas, o direcionamento para práticas sustentáveis resulta em vantagens reputacionais, atração de investimentos verdes, mitigação de riscos, novas oportunidades e aderência às metas e compromissos mundiais.

De acordo com Fabiana, o mercado de créditos de carbono não será a solução para produtores, porém será um diferencial, agregando valor ao produto e reconhecimento aos bens não tangíveis, como serviços ecossistêmicos gerados pela atividade agropecuária.

Fonte: Embrapa

Estratégias para mitigar emissões de metano pelos ruminantes

De acordo com a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, Cristina Genro, como ferramentas de mitigação de GEE, pode-se destacar o manejo da pastagem, a utilização de sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e o uso de leguminosas em sistemas pastoris como benefícios na redução do uso de fertilizantes de fontes não renováveis, como a ureia, e fixador biológico de nitrogênio além de melhorar a dieta que vai ajudar na redução do metano.

Também foi destacada a suplementação na complementação da pastagem para a melhoria da dieta e acelerador do crescimento animal e também o uso de aditivos e coprodutos que podem, além de melhorar o desempenho, reduzir a emissão de metano. Alguns coprodutos que têm características funcionais como a torta de oliva que pode auxiliar a melhorar o perfil da carne produzida nesses sistemas, com mitigação das emissões de metano. “Outra ferramenta que estamos utilizando é o teste de eficiência alimentar e de validação de metodologia de avaliação de metano nos touros reprodutores”, salientou a pesquisadora. Esse teste já foi feito na Embrapa Pecuária Sul com as raças Charolês, Hereford e Braford e será feito com a Angus.

Quem tiver interesse em conhecer mais os trabalhos desenvolvidos pela Embrapa Pecuária Sul pode acessar o site da Unidade www.embrapa.br/pecuaria-sul.

Fonte: Embrapa

Publicado o novo Zoneamento Agrícola para cultivo do algodão herbáceo

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (18) as portarias, que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2022/2023, para o cultivo de algodão herbáceo.

O algodoeiro necessita de condições adequadas de temperatura, umidade do solo e luminosidade para crescimento, desenvolvimento e boa produtividade. Dependendo do clima e da duração do ciclo, a planta necessita de 700 mm a 1300 mm de chuva para seu bom desenvolvimento, sendo que 50% a 60% das necessidades hídricas ocorrem no período de floração e formação do capulho (fruto do algodão).

Fonte: Mapa

Os riscos da produção on farm de bioinsumos e a necessidade de modernização da legislação

Com a maior oferta e ampliação do uso de produtos biológicos nas lavouras, muitos produtores estão aproveitando abertura na legislação vigente para produzir na fazenda os insumos biológicos para consumo próprio. Embora possa resultar em redução de custos, a chamada produção on farm traz riscos para as culturas, para a saúde e para a cadeia produtiva. O alerta foi dado por pesquisadores durante a segunda parte do painel “Produção e uso de insumos biológicos na sojicultura”, realizado durante o IX Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja, em Foz do Iguaçu (PR).

Apresentando dados de pesquisas realizadas por diferentes unidades da Embrapa com amostras coletadas em fazendas de Mato Grosso e Goiás, Mariangela Hungria mostrou exemplos de produção on farm de controladores biológicos em que mais de 90% das amostras não tinham o microrganismo desejado. O mesmo ocorre com a produção de inoculantes, chegando ao extremo de nenhuma amostra analisada conter as bactérias esperadas.

De acordo com ela, além de o produtor não estar aplicando na lavoura a quantidade recomendada do bioinsumo, ele corre grande risco ao inserir contaminantes que podem trazer riscos fitossanitários, à saúde de quem manejará e consumirá os produtos e ao mercado.

A pesquisadora Rose Monnerat, da Embrapa Recursos Genéticos, por sua vez, apresentou casos exitosos na produção on farm, como os dos grupos Agrosalgueiro e Scheffer. Em ambos foram montadas biofábricas e laboratórios com equipe técnica qualificada para acompanhar a produção e fazer o controle de qualidade. De acordo com ela, nos casos destes grandes grupos, o investimento foi recuperado em um ano, sobretudo com a redução do uso de químicos, que variou de 53 a 60%.

Monnerat destacou que é preciso diferenciar os tipos de produção on farm, uma vez que nem todos seguem os parâmetros adequados de produção. Para subsidiar a correta implantação das biofábricas de uso próprio, ela mostrou protocolos de controle de qualidade desenvolvidos pela Embrapa que servem como referência. Neles são indicados os procedimentos para identificação morfológica dos microrganismos, determinação de pH, teor de ingrediente ativo, testes de avaliação de eficácia do produto biológico e procedimentos para avaliação da presença de contaminantes. Também são indicadas as etapas para implementação das biofábricas. Outro ponto fundamental é a capacitação técnica da equipe.

Fonte: Embrapa

Mudança na metodologia do ZARC Soja incrementa gestão de risco e de perdas

A partir de 2022, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a soja passa a contar com metodologia baseada em novos parâmetros da cultura e novas classes de água disponível no solo, representativas da maioria dos solos brasileiros. O lançamento da nova metodologia será no IX Congresso Brasileiro de Soja e o Mercosoja 2022, realizado de 16 a 19 de maio, em Foz do Iguaçu (PR).

O ZARC-SOJA 2022, é fruto de uma parceria técnico-Institucional envolvendo a Embrapa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Banco Central do Brasil (BCB). “Foram promovidos aprimoramentos substanciais que remeterão os resultados do ZARC Soja a um novo patamar, mais próximo da realidade dos principais sistemas produtivos brasileiros”, avalia o pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja.

Fonte: Embrapa

Andamento da safra de algodão

A colheita da safra 2021\2022 começou nos estados do Paraná e de São Paulo e até o início de maio 0,2% da área total brasileira havia sido colhida. Nas demais regiões produtoras o processo se inicia mais adiante, uma vez que as lavouras estão na fase de formação das maçãs e, nas áreas de primeira safra, começa a maturação.

A estimativa da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa) foi mantida em 2,82 milhões de toneladas na safra 2021\2022. Apesar da pouca chuva nas lavouras no mês de abril, a expectativa de aumento da produção com relação a 2020/21 permanece.

Para acessar o relatório completo, clique aqui.

Fonte: Abrapa

Tecnologia de bioanálise de solo é ampliada para o Paraná

Produtores rurais e consultores agrícolas do estado do Paraná poderão contar daqui para a frente com a Tecnologia de Bioanálise de Solo (BioAS). Inicialmente formatada para os cultivos anuais de grãos e fibras no Cerrado, a tecnologia foi expandida e, a partir de agora, está disponível também para cultivos no Paraná.

Essa ampliação foi possível, pois foram desenvolvidos algoritmos de interpretação para os níveis de atividade enzimática (alto, médio e baixo) específicos para os solos do Paraná sob cultivos anuais.

Lançada em julho de 2020, após vinte anos de estudos, a tecnologia BioAS foi desenvolvida com o objetivo de preencher uma lacuna nas análises de solo que eram feitas pelos laboratórios. Até então, apenas fatores relacionados à química e física eram avaliados. Com a BioAS passou a ser possível revelar aspectos relacionados ao funcionamento biológico do solo, que até então passavam despercebidos nas análises de fertilidade, mas que podem impactar o desempenho econômico das lavouras e a sustentabilidade dos agroecossistemas.

Os Índices de Qualidade de Solo (IQS) são calculados com base nas propriedades químicas e biológicas em conjunto (IQSFERTIBIO) e separadamente (IQSBIOLÓGICO e IQSQUÍMICO).

Fonte: Embrapa

Software avalia fertilidade e recomenda a adubação em sistemas de produção de soja

Um software, desenvolvido pela Embrapa, possibilita ao agricultor racionalizar o uso de fertilizantes nos sistemas de produção de soja, garantindo aumento de produtividade aliado à redução de custos.

A nova plataforma on-line, denominada AFERE – Avaliação da Fertilidade do Solo e Recomendação da Adubação, planeja o manejo de adubação das áreas agrícolas ajustado com as necessidades de reposição de nutrientes, considerando o histórico de produção da área avaliada e o balanço de entradas e saídas de nutrientes.

O software foi desenvolvido com foco em produtores rurais, empresas do mercado de consultoria, planejamento e assistência técnica.

Esse primeiro módulo da plataforma AFERE irá realizar o cálculo do balanço da adubação e gerar relatórios de reposição dos nutrientes em sistemas de produção de soja.

Acesse o Software clicando aqui

Um dos impactos esperados com o lançamento da tecnologia é racionalizar o uso de fertilizantes, que representam o principal custo de implantação de uma lavoura de soja. No último ano, o valor da tonelada desses produtos teve um incremento de 162%, saltando, em média, de R$ 2.133,00, em fevereiro de 2021, para R$ 5.600,00, em fevereiro de 2022, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral).

O Brasil importa a maior parte dos fertilizantes usados na agropecuária nacional, em especial o potássio, o nitrogênio e o fósforo. Reduzir esta dependência é estratégico para o País,  tanto que o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), lançado pelo Governo Federal em março, tem como meta diminuir a importação de fertilizantes, em 2050, de 85% para 45%.

Fonte: Embrapa

 Semente de qualidade e cuidados no plantio são fundamentais na produtividade da soja

De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja José de Barros França Neto, os resultados de pesquisa indicam aumento de produtividade de 10% em plantios com sementes de alto vigor.

França apresentou dados da Associação Brasileira de Semente de Soja (Abrass) e da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasen) que indicam que 65% das sementes de soja utilizadas no Brasil são oficiais e certificadas e 35% são sementes salvas, produzidas pelo próprio sojicultor, ou são sementes ilegais. Ele também mostrou resultados da avaliação feita em 2.532 amostras de sementes coletadas em diferentes regiões produtoras ao longo de quatro safras. Destas, 45% apresentaram nível de vigor alto ou muito alto, enquanto 55% foram classificadas com nível de vigor médio ou baixo.

Assim como a qualidade de semente é um ponto importante, garantindo a melhor germinação e emergência, com menos tempo e com estande adequado de plantas, a plantabilidade também é um fator decisivo.

“A prioridade da lavoura é a semente. O máximo potencial produtivo está quando ela está armazenada. Dali para a frente, cada manejo, cada operação reduz esse potencial. O trabalho do produtor é gerenciar para reduzir as perdas”, disse o consultor e um dos painelistas, Marcos Leal.

Um exemplo numérico da importância dos cuidados com a plantabilidade foi mostrado por França. O pesquisador calculou as perdas geradas por uma planta de soja a menos por metro quadrado. De acordo com ele, cada falha por metro quadrado causa perda de 180 a 240kg de soja por hectare. Considerando o preço da saca de soja em R$ 190, são R$ 70.300 que o produtor deixa de ganhar em 100 hectares ou R$ 703.000 a cada 1.000 hectares.

Embora a tecnologia existente hoje auxilie o produtor, os painelistas destacaram que é preciso fazer o uso correto dos recursos disponíveis, ficar atento às regulagens e manutenções dos equipamentos.

Fonte: Embrapa

Equilíbrio entre preservação e produção torna o Brasil ator de destaque no mercado de soja

Com 66% de seu território preservado, o Brasil tem no equilíbrio entre produção e preservação um grande trunfo no mercado internacional de commodities, entre elas a soja. A constatação foi feita por Gustavo Spadotti, chefe-geral da Embrapa Territorial, na palestra “Sustentabilidade da produção de soja no Mercosul: fatos e rumores”, ministrada nesta quarta-feira durante o IX Congresso Brasileiro de Soja e Mercosoja 2022, em Foz do Iguaçu (PR).

De acordo com dados apresentados e baseados nos registros do CAR, as áreas preservadas pelos produtores, as unidades de conservação, as terras indígenas e parques somam 66% do território nacional. A produção agropecuária, por sua vez, é feita em 30% do território, sendo 21% com pastagens, 8% com agricultura e 1,2% com florestas plantadas.

Como gerir para que elas sigam preservadas, mas que também possam participar dos processos de capitalização do produtor rural brasileiro?

Segundo o palestrante, há diferentes formas de se fazer esse pagamento pelos serviços ambientais, mas o que ele acredita que seja mais factível é o pagamento pelo mercado. Para que isso ocorra é preciso mostrar por meio de números concretos e de dados públicos oficiais e abertos a área destinada a preservação.

Fonte: Embrapa

MERCADO

Conab: Frutas sinalizam preços mais baixos e cenoura reverte movimento de alta

A redução de preços do mamão e da melancia oferecem boas perspectivas para o consumo de frutas. De acordo com o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado na última terça-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a baixa procura pela melancia tem mantido as cotações estáveis ou até mais baixas em alguns mercados, especialmente na CEAGESP/SP (-40,48%), com preço médio de R$ 1,50/kg, e na Ceasa de Goiânia/GO (-36,56%), onde a fruta chegou a um preço médio de R$ 2,03/kg. Já o mamão vinha em patamares elevados no início do ano e diminuíram um pouco em abril, embora possa voltar ao viés de alta ainda neste mês. Outras frutas, como banana,  laranja  e  maçã, tiveram  oscilações  entre os mercados atacadistas estudados, com destaque para a redução do preço médio da laranja na Ceasa de Rio Branco/AC (-26,84%) e da maçã em Vitória/ES (-18,46%).

No caso das hortaliças, o levantamento aponta alta nos preços da batata, cebola e do tomate nos mercados atacadistas estudados. O alívio veio com a cenoura, que depois de uma escalada dos preços  em  todos  os  meses  deste  ano,  apontou reversão  dos valores a partir de abril, explicada pela menor demanda da raiz.  As maiores quedas ocorreram em Vitória/ES, onde a variação negativa foi de 30,16%. No entanto, mesmo  com  a  queda,  o Boletim revela que os níveis das cotações continuam elevados em comparação a outros anos.

Para driblar a alta dos hortifrutis, o  Prohort  informa  outros  produtos  importantes  na  composição  do  quadro alimentar do consumidor que apresentaram queda nas cotações. Os destaques na redução da média de preços são: abóbora moranga (-20%), beterraba (-16%), batata-doce (-15%), inhame (-12%) e abobrinha (-11%). Em relação às frutas comercializadas no mesmo entreposto, comparando-se abril com março, destacaram-se na redução das cotações: caqui (-47%), pêssego (-29%), melão (-21%), carambola (-17%), limão (-15%) e a uva (-12%).

Fonte: Conab

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

Os preços da soja em grão subiram no Brasil na semana passada.  A valorização do dólar frente ao Real atraiu importadores para o Brasil, resultando em aumentos no prêmio de exportação e nos preços domésticos da soja. Agora, as atenções de agentes estão voltadas à temporada 2022/23 no Hemisfério Norte.

Segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a área mundial a ser cultivada com soja é estimada em 134,93 milhões de hectares, 3,65% maior que na temporada passada e um novo recorde. A produção também é apontada para ser recorde, de 394,69 milhões de toneladas, 13% superior à safra passada.

Para o Brasil, a área de soja é prevista pelo USDA em 42 milhões de hectares, um novo recorde, resultando em produção de 149 milhões de toneladas, 19,2% a mais que o estimado para a safra 2021/22 (125 milhões de toneladas).

Algodão

A elevada paridade de exportação, a posição firme de vendedores e a oferta restrita mantêm os preços internos do algodão em pluma em alta. Diante disso, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, vem renovando as máximas nominais praticamente de forma consecutiva e já opera acima de R$ 8/libra-peso. A valorização dos contratos na Bolsa de Nova York (ICE Futures) também reforça o movimento de alta no Brasil. Nesse cenário, a maioria dos compradores segue afastada das aquisições, utilizando a matéria-prima estocada e/ou de contratos a termo.

Milho

Apesar da expectativa de safra recorde no Brasil, os valores do milho voltaram a subir na semana passada, interrompendo, portanto, o movimento de queda diária consecutiva que vinha sendo verificado desde o encerramento de abril.

Os preços domésticos foram influenciados pela apreensão de agentes com a chegada de uma frente fria em parte das regiões produtoras, que pode trazer geadas e, consequentemente, prejudicar o atual bom desenvolvimento das lavouras. Esse cenário tem limitado o ritmo de negócios internos. Além disso, as cotações também foram impulsionadas pelas altas externas do cereal, que, por sua vez, subiram diante de estimativas oficiais indicando possível queda na produção mundial do cereal, devido ao clima desfavorável nos Estados Unidos e a dificuldades diante da guerra na Ucrânia.

Arroz

A movimentação do mercado sul-rio-grandense de arroz em casca esteve ligeiramente maior nos últimos dias, favorecida por novas negociações para exportação do cereal. Esse cenário resultou em reação nos preços do arroz em praticamente todas as praças do Rio Grande do Sul. Já em Mato Grosso, o cenário é de queda nos valores do arroz. Em determinadas localidades do estado, há falta de espaço para armazenamento do arroz, o que tem “forçado” produtores a negociar o cereal. Colaboradores consultados pelo Cepea reportam que os silos destes agentes estão comprometidos com arroz da safra passada (2020/21) e com soja e milho da atual (2021/22).

 Etanol

Depois de cair por duas semanas seguidas, o preço do etanol hidratado voltou a subir no estado de São Paulo na última semana. Entre 9 e 13 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado fechou a R$ 3,3587/litro, avanço de 1,17% frente ao anterior. O impulso veio da postura firme dos vendedores e da volta da procura por parte de algumas distribuidoras. Já no caso do etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,8575/litro de 9 a 13 de maio, com queda de 1,19% frente ao anterior.

Açúcar

Os valores do açúcar cristal seguem enfraquecidos no mercado spot do estado de São Paulo. Depois de iniciar o mês na casa dos R$ 135/saca de 50 kg, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, caiu para a casa dos R$ 131,00/saca de 50 kg nesta semana. Mesmo ainda sendo baixa, a oferta de açúcar já da safra 2022/23 tem pressionado os valores do adoçante no mercado à vista.

Boi

As exportações brasileiras de carne bovina seguem registrando bom desempenho neste ano, sobretudo à China. Segundo dados da Secex, nos quatro primeiros meses de 2022, foram embarcadas 710,99 mil toneladas de produtos de origem bovina (in natura, industrializada, miúdos entre outros), volume 27% maior que o do mesmo período de 2021.

Para a China, especificamente, os envios de carne bovina somaram 341,39 mil toneladas nos quatro primeiros meses de 2022, forte crescimento de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior. Diante disso, a China foi destino de 48,02% do total de carne bovina exportado pelo Brasil neste ano, acima da parcela observada no mesmo período de 2021, que era de 44,62%, e também da verificada em 2020, de 37,1%, ainda de acordo com dados da Secex.

CLIMA

Geada pode impactar a produção de milho e feijão segunda safra no centro-sul do país

Com a chegada da onda de frio dessa semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) reforça o aviso de atenção para as culturas que poderão ser prejudicadas pela geada. A previsão de temperaturas baixas e ocorrência de geadas no centro-sul do país poderão impactar os cultivos de milho e feijão segunda safra que se encontram em fases fenológicas sensíveis, além das hortaliças e das culturas perenes como o café, cana-de-açúcar e frutas.

Segundo o Inmet, outro fator importante é que a queda de temperatura e a maior intensidade de geada podem ocasionar a ocorrência da temperatura letal, ou seja, uma temperatura que promove danos mais graves e irreversíveis às culturas. Por exemplo, registros de temperaturas nas estações meteorológicas menores que 2°C na fase de florescimento podem comprometer a cultura do milho, enquanto 1°C nesta mesma fase, impacta severamente a cultura do feijão (o feijão é afetado por temperaturas mais altas que essa).

Fonte: Mapa

Previsão de chuva

Previsão de chuva – 17/05/2022 – 23/05/2022

De acordo com o modelo numérico do INMET, os maiores acumulados são previstos para o norte dos estados do Amazonas, Roraima, Amapá e Pará e no Nordeste, para os estados de Sergipe, Maceió e áreas de Pernambuco com valores na faixa de 80 e 200 mm.

Região Norte

São previstas chuvas intensas no extremo norte do Amazonas, noroeste do Pará, em Roraima e no Amapá com valores na faixa entre 80 e 200 mm, devido a persistência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). No centrossul do Amazonas e parte central do Pará, são previstos acumulados de chuvas que não ultrapassarão os 100 mm. Nas demais áreas, a previsão é de chuvas abaixo de 60 mm.

Região Nordeste

São previstas chuvas intensas nos próximos dias em Sergipe, sul de Pernambuco e Alagoas com valores entre 80 e 200 mm. As chuvas previstas no norte do Maranhão, do Piauí e nordeste do Ceará não deverão ultrapassar os 150 mm. Enquanto acumulados abaixo de 30 mm são previstos em grande parte da Bahia, oeste de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba.

Região Centro-Oeste

São previstos menores volumes de chuva na região, que não deverão passar de 20 mm.

Região Sudeste

Não são previstos acumulados de chuva que ultrapassem os 40 mm em toda a região. Porém, a ocorrência de chuvas mais intensas entre os dias 17 e 18 em áreas do sul de Minas Gerais, nordeste de São Paulo e Rio de Janeiro não está descartada.

Região Sul

Os maiores volumes de chuva são previstos para o leste do Rio Grande do Sul e sudeste de Santa Catarina, entre 20 e 60 mm. Para esta área também são previstos ventos fortes, entre 60 e 100 km/h, entre hoje (16/05) e amanhã (17/05). Nas demais áreas, estão previstos acumulados de chuva que não irão ultrapassar os 20 mm.

Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (17/05/2022 e 23/05/2022). Fonte: INMET.

Previsão de chuva – 24/05/2022 – 01/06/2022

De acordo com o modelo de previsão numérica GFS, a semana poderá apresentar grandes acumulados de chuva no extremo norte do país.

Norte

São previstos acumulados entre 50 e 125 mm no norte dos estados do Amazonas e do Pará, Roraima e Amapá. Nas demais áreas, os acumulados de chuva previstos não deverão ultrapassar os 50 mm e em algumas localidades do sul do Tocantins e do Pará, não tem previsão de chuvas.

Região Nordeste

São previstos menores acumulados de chuva que não deverão ultrapassar os 30 mm em grande parte da região, exceto em toda faixa do litoral nordestino, onde os volumes de chuva poderão ser entre 50 e 120 mm.

Centro-Oeste e Sudeste

Em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, os acumulados de chuvas não deverão ultrapassar os 30 mm, exceto em áreas do centrossul do Mato Grosso do Sul e de São Paulo, onde as chuvas podem alcançar os 50 mm.

Região Sul

Os menores volumes de chuva são previstos para o Paraná, entre 20 e 50 mm. Para os demais estados, as chuvas poderão ultrapassar os 70 mm, principalmente na parte central do Rio Grande do Sul.

Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (24/05/2022 e 01/06/2022). Fonte: GFS.

Previsão de geada

Tabela 1. Previsão de geada entre os dias 17 e 20 de maio de 2022.

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