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Viabilidade Econômica da Safra 2021/22 de Soja

Viabilidade econômica da safra 2021/22 da soja

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Hoje trouxemos uma análise da viabilidade econômica da soja, em especial no Estado do Mato Grosso do Sul. Masque pode ser usada como parâmetro para outras regiões.

Desde já, destacamos a necessidade dos produtores terem muita atenção em relação aos insumos, pois os custos com esse item representam mais de 50% do total.

Região centro-sul

Os insumos utilizados na safra 2021/2022 correspondem, em média, a 53,31% do custo total. Dentre os insumos, os fertilizantes (com média de 25,04%), as sementes (média de 8,95%) e os inseticidas (média de 5,92%) são os principais componentes que proporcionam percentual elevado dos custos na região centro-sul, que somados seus percentuais atingem, em média, 39,91% do custo total.

As operações agrícolas, que englobam a manutenção das máquinas e dos equipamentos, o combustível e a mão de obra, correspondem, em média, a 8,85% do custo total. Essa participação é alterada, dependendo do maior ou menor uso das máquinas na lavoura, principalmente na realização das pulverizações de defensivos agrícolas.

Os custos administrativos considerados são despesas importantes na administração e no acompanhamento da atividade, e impactam o custo total, com média de 16,15%.

Somando-se os insumos, as operações agrícolas e os custos administrativos têm-se o Custo Operacional Efetivo (COE), também conhecido como o desembolso que o produtor faz para efetuar sua atividade, que corresponde, em média, a 78,29% do custo total. O Custo Operacional Total (COT), formado pelo COE, pela manutenção de benfeitorias e pelas depreciações de máquinas, equipamentos e benfeitorias, atinge, em média, 82,53% do custo total.

Outro item, não menos importante, é o custo de oportunidade, também denominado de remuneração dos fatores de produção (RFT), representado pela remuneração esperada sobre o capital empregado em máquinas, equipamentos, benfeitorias e a terra, correspondendo, em média, a 17,47% do custo total. Na remuneração da terra considerou-se a taxa de 4% sobre o valor venal da terra nua e rateado entre as culturas da soja e do milho safrinha.

Somente o fator terra responde, em média, por 13,21% dos custos.

Região norte

Os insumos utilizados na cultura da soja, nessa região, têm forte impacto no custo de produção, atingindo, em média, 55,05%. Dentre os insumos, os fertilizantes (com média de 25,81%), as sementes (média de 11,67%) e os fungicidas (média de 6,21%) são os principais componentes que proporcionam percentual elevado dos custos, na região norte, que somados seus percentuais atingem, em média, 43,69% do custo total.

As operações agrícolas, que englobam a manutenção das máquinas e dos equipamentos, o combustível e a mão de obra, correspondem, em média, a 8,11% do custo total. Essa participação é alterada, dependendo do maior ou menor uso das máquinas na lavoura, principalmente na realização das pulverizações de defensivos agrícolas.

Outro componente importante no custo de produção são os denominados custos administrativos, que englobam despesas com a gestão da propriedade e os custos de comercialização da produção, correspondendo, em média, a 15,65% do total.

Somando-se os insumos, as operações agrícolas e os custos administrativos formam o Custo Operacional Efetivo (COE), também conhecido como o desembolso que o produtor faz para efetuar sua atividade, que corresponde, em média, a 78,81% do custo total.

O Custo Operacional Total (COT), formado pelo COE, pela manutenção de benfeitorias e pelas depreciações de máquinas, equipamentos e benfeitorias, atinge, em média, 83,40% do custo total.

Outro item, não menos importante, é o custo de oportunidade, também denominado de remuneração dos fatores de produção (RFT), representado pela remuneração esperada sobre o capital empregado em máquinas, equipamentos, benfeitorias e a terra, correspondendo, em média, a 16,30% do custo total. Na remuneração da terra considerou-se a taxa de 4% sobre o valor venal da terra nua e rateado entre as culturas da soja e do milho safrinha.

Somente o fator terra responde, em média, por 11,58% dos custos.

O custo total de produção estimado para a região norte, para implantação da cultura da soja, na safra 2021/2022, por hectare, é de R$ 5.102,99 para a soja RR e de R$ 5.045,11 para a soja IPRO.

Quantidades produzidas

As alterações na produtividade indicam o preço necessário para remunerar o custo de produção. Assim, quanto menor a produtividade, maior deverá ser o preço de comercialização, e quanto maior a produtividade, menor deverá ser o preço para cobrir os custos.

Considerando-se que as produtividades, por hectare, podem variar em um intervalo de 42 sc ha-1 e 78 sc ha-1, o preço por saca de 60 kg, na região centro-sul, para a soja RR, pode ficar entre R$ 111,39, quando o preço for reduzido em 30%, e R$ 59,98, quando o preço for aumentado em 30%. Para a soja IPRO, o preço de nivelamento pode ficar entre R$ 111,56 e R$ 60,07.

Para a soja convencional, o preço pode variar entre R$ 116,71 e R$ 62,84. Na região norte, o preço de nivelamento para a soja RR pode ficar entre R$ 104,14, quando o preço for reduzido em 30%, e R$ 56,08, quando o preço for aumentado em 30%. Para a soja IPRO, o preço pode ficar entre R$ 102,96 e R$ 55,44.

Considerações

Os custos de produção da safra 2021/2022 estão elevados, devido ao aumento dos preços dos insumos e das máquinas agrícolas. Assim, o pleno conhecimento dos custos contribui para melhorar a tomada de decisão, bem como para verificar a rentabilidade do negócio da soja na próxima safra.

Alguns itens utilizados na elaboração das estimativas de custos diferenciam as duas regiões; dentre eles, o custo com as sementes, as máquinas agrícolas e os insumos agrícolas.

O custo com sementes na região norte é maior que o da região centrosul, por causa da maior quantidade de sementes utilizadas.

As diferenças nas operações agrícolas ocorrem em virtude da categoria potencial das máquinas e dependem do maior ou menor uso na atividade.

Outra diferença recai no uso dos insumos agropecuários que, geralmente, são os mesmos nas duas regiões, mas o que difere no seu custo são as quantidades utilizadas e o número de aplicações. As tecnologias RR, IPRO e convencional podem exigir diferenciações nas utilizações dos defensivos agropecuários.

BIBLIOGRAFIA E LINKS RELACIONADOS

RICHETTI, A. Viabilidade econômica da cultura da soja para a safra 2021/2022, em Mato Grosso do Sul. Série: (Embrapa Agropecuária Oeste. Comunicado técnico, 262).

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Tags: custo de produção, Mato Grosso do Sul, soja, viabilidade econômica

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