Safra não significa apenas produzir em quantidade e qualidade; deve-se analisar algumas questões estratégicas interdependentes. Primeiramente, “o que produzir” reflete em si o conhecimento atribuído à demanda de produtos agrícolas ou pecuários (pressupondo uma série histórica de preços), para um determinado mercado doméstico ou internacional de commodities.
A questão “quando produzir” relaciona-se ao período adequado de semeadura para cada cultura, além de outras características apontadas pelo zoneamento agrícola, constituindo um importante instrumento destinado ao seguro rural, como um dos principais instrumentos de transferência de risco a quem produz, sobretudo diante de possíveis adversidades climáticas.
Já o “quanto produzir” envolve um conjunto de gastos diversos, dentre os quais os custos da atividade, suas despesas e seus investimentos inseridos no processo produtivo, estes últimos que contemplam a depreciação como uma reserva contábil, no sentido de poder adquirir novos equipamentos ao final da vida útil. Vale destacar que a otimização de tarefas (como a utilização de softwares de gestão), na qual se inclui redução de desperdícios e otimização da mão de obra (capacitação contínua), elevam a eficiência e por consequência, os custos se reduzem.
Por fim, a questão “como” iniciar o cultivo? Além de todo planejamento atribuído às questões anteriores, procurar adequar qual a melhor tecnologia incorporada ao sistema – como exemplo, os diferentes métodos de irrigação. Em paralelo, observar a necessidade de crédito rural e seus fatores condicionantes, como projeto técnico, DAP e seguro rural, como importantes medidas do produtor aliado à gestão em sua integralidade.
Assim, desejo uma ótima safra a todos!
Palestrante e Pesquisador em Economia e Gestão do Agronegócio – UNESP
[email protected] / (18) 99709-4631
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