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GERAIS

Vacinação contra a febre aftosa é prorrogada

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prorrogou a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa em todas unidades da Federação. O novo prazo será até 17 de dezembro de 2022, podendo a declaração da vacinação pelo produtor ser realizada até dia 24 de dezembro. Esses prazos aplicam-se a todas as UFs, exceto aquelas que encaminharam solicitações individuais ao Mapa com pedidos de prazos diferentes. Ao todo, espera-se vacinar cerca de 161 milhões de animais.

A medida foi definida após solicitação de alguns estados, motivadas, em parte, pela a aprovação e liberação de lotes de partidas de vacina ao final da etapa. “A ampliação do prazo foi definida para evitar transtornos ao produtor e evitar prejuízos à cobertura vacinal”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

A vacinação ocorre em animais de até 24 meses em dez estados (AL, AM, CE, MA, PA, PB, PE, PI, RR e RN), conforme o calendário nacional de vacinação.

Acesse o calendário de vacinação clicando aqui

Já nas 11 unidades da Federação (BA, ES, GO, MG, MS, MT, RJ, SE, SP, TO e DF), que compõem o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE-PNEFA), a vacinação é para bovinos e bubalinos de todas as idades.

As vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Devem ser usadas agulhas novas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina.

Além da vacinação, os produtores devem fazer a comprovação junto ao órgão executor de defesa sanitária animal de seu estado. A declaração da vacina pode ser entregue de forma online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados.

Fonte: Mapa Saiba mais

Espumante gaúcho recebe registro de Indicação Geográfica

O espumante natural da região de Altos de Pinto Bandeira (RS) foi reconhecido como Indicação Geográfica de Denominação de Origem (DO). Para receber esse reconhecimento, os produtos agrícolas devem ter o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, determinando que o produto ou serviço cujas qualidades ou características sejam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos. O registro foi publicado na Revista da Propriedade Industrial (RPI) nº 2.708, do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), órgão responsável por conceder o registro.

Com aspectos identificados por meio de avaliações sensoriais, o espumante de Altos de Pinto Bandeira tem características especiais, como acidez equilibrada, ataque adocicado, complexo, fino, harmônico, refrescante, aveludado, cremoso, notas de torrefação, nozes, café, amêndoas, boa persistência, final de boca agradável, retrogosto cítrico/levedura/mel.

O produto é fabricado nos municípios de Pinto Bandeira, Farroupilha e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, o equivalente a uma área de 65 quilômetros quadrados. A altitude média dessa área é de 632 metros, com terrenos de relevo ondulado até montanhoso. As temperaturas são mais amenas, enquanto a exposição solar é favorecida pela localização da região na margem esquerda do Vale do Rio das Antas e pela boa circulação horizontal do ar devido à localização no alto de um dos patamares do planalto basáltico da Serra Gaúcha.

As variedades de uvas que se adaptam ao clima e ao solo da região, utilizadas no espumante, são Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico.

Além das condições homogêneas do meio geográfico, ressalta-se a interação com fatores humanos, resultantes do saber-fazer agrícola e vitícola dos produtores. Eles buscam selecionar as uvas com grau de maturação adequado, especificamente, para elaborar os melhores “vinhos base” para espumantes, que requerem um menor teor alcoólico e uma acidez mais acentuada que aquela de “vinhos tranquilos”, garantindo o frescor necessário nos espumantes da DO Altos de Pinto Bandeira.

Com esta concessão, o Brasil chega a 108 Indicações Geográficas registradas no INPI, sendo 33 Denominações de Origem e 75 Indicações de Procedência.

Fonte: Mapa

PRODUÇÃO

Embrapa desenvolve milho transgênico com tecnologia BTMAX

A Embrapa e a Helix, empresa do grupo Agroceres, apresentaram, no último dia 22 de novembro em Patos de Minas-MG, cultivares de milho melhoradas com o evento transgênico de milho BTMAX, que apresenta alta eficácia contra as pragas lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), considerada a principal praga da cultura do milho e broca-da-cana (Diatraea saccharalis). O evento transgênico BTMAX, obtido com a adição de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), é resultado de parceria público-privada 100% nacional entre a Embrapa e a Helix e foi aprovado por unanimidade pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em junho de 2022.

Com resultados em laboratório e de campo conduzidos em regiões relevantes para o agronegócio do milho no Brasil, “o BTMAX foi tão eficiente quanto a melhor tecnologia existente no mercado e não apresentou nenhum dano em folhas ou no cartucho da planta, mesmo em regiões com alta pressão da lagarta-do-cartucho, como foi o caso de Rondonópolis, no estado de Mato Grosso, que talvez tenha sido o mais impactante para a tomada de decisão da equipe”, explica Cesar Moisés Camilo, pesquisador da Helix.

Ainda segundo o pesquisador, mesmo com a diluição da folha do milho BTMAX em dieta artificial de 25 vezes, 70% das lagartas estavam mortas em sete dias. Ao final de 14 dias, o BTMAX eliminou 99% das lagartas, sendo que 1% restante não completou o ciclo, “um ponto muito importante para o manejo de resistência da proteína”, reforça o pesquisador da Helix. “O milho BTMAX não apresenta resistência cruzada com as proteínas presentes em eventos comerciais que já apresentam quebra de resistência“, reitera Cesar Camilo.

Fonte: Embrapa

Novo clone de cajueiro é rustico e produtivo

Pesquisadores da Embrapa Agroindústria Tropical (CE) desenvolveram clone de cajueiro que demonstrou excelente desempenho na região semiárida de altitude. O BRS 555, que acaba de ser lançado, é recomendado para o sertão do Seridó e para o semiárido serrano da mesorregião de Serra de Santana, no estado do Rio Grande do Norte. O elevado potencial produtivo é um destaque do clone, que registrou uma média de 2,7 mil quilos por hectare (kg/ha) de castanha do sexto ao nono ano de produção.  A produção média do estado, em 2021, foi de 336 kg/ha, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em média, a produtividade da castanha do novo clone foi 57,6% superior ao clone testemunha BRS 265, enquanto a produção do pedúnculo registrou um incremento de 60,4% na comparação com o BRS 265. A variedade apresenta uma amêndoa com bom peso, em média 2,5g.

Outra vantagem dessa nova variedade é a resistência à broca-do-tronco (Marshallius anacardii), praga com forte incidência e severidade na área serrana e que provoca a redução da copa, da estatura de plantas e, consequentemente, da produção.

Fonte: Embrapa

Mapa declara quarentena para conter a monilíase do cacaueiro

Mais uma cultivar está sendo lançada pelo Programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa para ampliar o leque de opções ao setor produtivo. A BRS F50 (Cecília) apresenta como principal diferencial a resistência a doenças nas folhas, o que diminui a necessidade de uso de defensivos químicos, lhe conferindo indicação a sistemas orgânicos de produção.

Uma das principais características da BRS F50 (Cecília) é sua resistência moderada a doenças foliares, como a requeima (Phytophthora infestans), principal doença da batata no mundo, que pode causar a perda total da produção, e a pinta preta (Alternaria grandis), também importante, que reduz o tamanho dos tubérculos e a produtividade.

 

Essa resistência, no entanto, não dispensa a necessidade de medidas de manejo de controle de doenças, independentemente do tipo de sistema utilizado, com substâncias ou produtos permitidos para cada caso. Os cuidados também são importantes porque a variedade não é resistente a doenças como o vírus Y da batata (PVY) e o vírus do enrolamento das folhas da batata (PRLV).

Fonte: Embrapa

Brasil se prepara para ser o maior exportador global de algodão

Brasil é o único grande produtor de algodão do mundo que pode dobrar as exportações de forma sustentável, com aumento da produtividade e da rastreabilidade total da fibra. Produtores trabalham por lavouras com alta tecnologia em todo o ciclo produtivo.

O Grupo Horita cultiva 112 mil hectares de lavouras, entre primeira e segunda safras, incluindo 60 mil hectares de soja e 12 mil hectares de milho. O crescimento do negócio de algodão dos Horita é um retrato do que aconteceu no resto do país. Em uma década, a partir dos anos 2000, acotonicultura passou de produção familiar para a empresarial.

O Brasil, que se tornou o segundo maior exportador mundial, quer ir além e ser o número um no mundo. “Isso vai acontecer – e a Ásia é o grande mercado”, afirma Horita. A estimativa de consultores é que a posição de liderança vai se consolidar em dez anos, com potencial de 4 milhões de toneladas exportadas.

Em 2021, o país exportou 2,1 milhões de toneladas de algodão e têxteis de algodão – que representa uma pequena parte – por US$ 3,7 bilhões, de acordo com o Agrostat (Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro), organizado pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).

O professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, diz que é preciso olhar quais são os desafios da cadeia, tomando como realidade uma demanda firme por algodão não somente da China, o atual maior comprador da fibra brasileira e maior fabricante de têxteis do mundo, mas de todo o sudeste asiático, principalmente a demanda de países como a Tailândia, o Vietnã e a Indonésia, com fortíssimas indústrias têxteis. E também olhar para o sul asiático, recomenda Jank, onde está a Índia, que de fato tem a segunda maior indústria têxtil do mundo, atrás apenas da China.

Fonte: Abrapa

Monitoramento das lavouras

Soja

86,1% semeado. Em MT, a regularização das precipitações permitiu a retomada da semeadura e o replantio em áreas pontuais. As lavouras apresentam bom desenvolvimento. No RS, a semeadura pouco avançou nesta semana devido à baixa umidade no solo. No PR, o plantio avança. As lavouras, em sua maioria, apresentam boas condições. Em GO, as lavouras têm apresentados os efeitos da restrição hídrica de novembro. As chuvas têm sido desuniformes e houve ocorrência de granizo em algumas áreas do Sudoeste.  Na BA, a maioria das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e em boas condições. No PI, a semeadura avança em função da estabilização das precipitações. Em SP, as lavouras estão em boas condições.

Fonte: Conab

Arroz

82,5% semeado. No RS, nas regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste, a semeadura foi finalizada, e nas regiões das Planícies Costeiras Interna e Externa e Central, as operações estão quase encerradas. As lavouras em Desenvolvimento vegetativo estão com bom potencial produtivo. Os reservatórios estão com ótima capacidade operacional. Em SC, a redução no volume de chuvas favoreceu o progresso da semeadura. Nas primeiras áreas semeadas, as lavouras iniciam a fase de floração. No TO, o plantio avança, alcançando 65% das áreas. No MA, o arroz irrigado está em diversos estágios e a colheita pouco avançou devido à predominância de lavouras em estágio reprodutivo.

Fonte: Conab

Trigo

86,6% colhido. No RS, as condições climáticas favorecem a colheita. As produtividades obtidas até o momento são satisfatórias, com a média de PH acima de 80. No Noroeste, Missões e Depressão Central, a colheita encerra-se nos próximos dias. No Planalto Superior, a operação de colheita iniciou-se e a maioria das áreas está em enchimento de grãos e maturação. No PR, a colheita segue acelerada e aproxima-se da finalização. Em SC, a estabilidade climática permitiu o avanço da colheita e a manutenção da qualidade dos grãos, com PH variando de 72 a 82. Algumas lavouras apresentaram redução de qualidade em função das más condições climáticas durante a fase reprodutiva.

Fonte: Conab

Milho (1ª safra)

68,6% semeado. Em MG, o plantio está próximo da conclusão, com atraso em relação a safra passada devido à falta de umidade em várias regiões. No RS, a semeadura evolui lentamente e, com a falta de precipitações significativas no Noroeste, observa-se algumas  lavouras sob restrição hídrica.

Na BA, com a regularização das chuvas, houve aumento do ritmo de semeadura. No PR, o clima mais seco permitiu uma intensificação do plantio e a maioria das lavouras apresentam boas condições vegetativas. Em SC, o plantio está praticamente concluído, com as lavouras em boas condições, mas com o seu desenvolvimento atrasado em função dos excessos hídricos e baixas temperaturas registrados. Em SP, o plantio está finalizando. No MA, a semeadura é incipiente devido a priorização da soja.

Fonte: Conab

Feijão (1ª safra)

60,9% semeado. 9,7% colhido. No PR, a semeadura está próxima da finalização. O clima foi mais favorável, com menos chuvas e temperaturas médias mais próximas da faixa adequada à cultura. 71% das lavouras estão em boas condições, 28% regulares e 1% ruim. Em MG, as lavouras continuam sendo semeadas e apresentam Desenvolvimento satisfatório. Há boa disponibilidade hídrica nos solos, favorecendo a cultura.

Na BA, o clima favoreceu o avanço da semeadura, que já ultrapassa a metade da área prevista. Em SC, ocorreu avanço no plantio, principalmente do feijão preto. As lavouras estão em condições boas e regulares. O clima se encontra mais estável, com menos chuvas e temperaturas favoráveis. No RS, iniciou-se a semeadura das lavouras

mais tardias, em regiões de maior altitude.

Fonte: Conab

MERCADO

Conjuntura do mercado internacional

Soja

Preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) fecham com a média semanal em estabilidade.

Preços de Chicago tem variações na semana motivada por uma preocupação de aumento dos casos de Covid na China, que podem reduzir a demanda por importações da comodities.

Outro fator de variação nos preços na CBOT foi o fato de uma nova rodada do “dólar para soja” na Argentina, que pode aumentar a oferta de grãos.

Preços em Chicago deve esperar novas definições de mercado. Ainda não dá para estimar altas ou baixas de preços na próxima semana.

Além dos fatos citados acima, como uma menor demanda chinesa e uma maior oferta na Argentina, que afetam negativamente os preços. A alta do óleo de soja e os problemas climáticos na Argentina, por sua vez, dão sustentação aos preços.

Além disto, a proximidade da divulgação do quadro de oferta e demanda internacional do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – Usda, no dia 09/12, também deve influenciar nos preços internacionais na próxima semana.

Fonte: Conab

Trigo

No mercado internacional, por mais uma semana, praticamente não houve alteração na cotação da média semanal. Com um dia a menos de negociações devido ao feriado de Ação de Graças e apesar dos fatores altistas como o clima adverso na Austrália e Argentina, prevaleceram os baixistas como a força do dólar em relação às demais moedas, o aumento das casos de Covid na China, a queda da cotação do petróleo e do milho, a extensão do acordo para o corredor seguro da Ucrânia e a estimativa de safra recorde russa. A média semanal fechou em US$ 433,20/ton, apresentando discreta desvalorização semanal de 0,07%.

Fonte: Conab

Algodão

Após ensaiar uma recuperação no meio da semana com o mercado mais otimista, a preocupação com a recessão econômica global, as perdas do petróleo e o fraco desempenho das exportações de algodão norte-americana derrubaram os preços na ICE. O risco de queda da demanda global diante do aumento dos casos de Covid-19

na China e em outros países, também preocupa o mercado internacional.

Fonte: Conab

 Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

 Soja

As chuvas abaixo do esperado em regiões do Sul e do Centro-Oeste do País têm preocupado sojicultores quanto ao desenvolvimento das lavouras. Parte dos produtores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, inclusive, desacelerou a semeadura da oleaginosa, no intuito de aguardar maior umidade do solo. Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam que, dos 43,24 milhões de hectares a serem cultivados com soja no Brasil, 75,9% haviam sido semeados até o dia 19, abaixo dos 85,7% em igual período da temporada anterior. Na Argentina, a escassez de chuva é ainda maior, cenário que limita as atividades de campo e deixa sojicultores em alerta. Dos 16,7 milhões de hectares de soja a serem cultivados no país vizinho, apenas 19,4% foram semeados até o dia 24, atraso de 20 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021, segundo a Bolsa de Cereales.

Milho

Enquanto as negociações nos portos seguem intensas desde o início deste mês, impulsionadas pela maior demanda externa, no interior do País, a liquidez tem sido baixa. Isso porque, atentos às valorizações nos portos e à espera de novas altas nos preços, agricultores priorizam as vendas ao mercado externo e limitam a disponibilidade no spot nacional. Esse cenário, somado à maior presença de compradores, vem elevando os valores do milho. A demanda mais aquecida nos portos brasileiros ocorre mesmo em período de colheita nos Estados Unidos. Assim, a maior procura externa é influenciada pela oferta global enxuta, tendo em vista problemas climáticos no Hemisfério Norte, que reduziram a oferta, e o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que resulta em limitações da logística no Mar Negro. Por sua vez, os estoques brasileiros confortáveis e a expectativa de safra verão volumosa estimulam produtores a negociarem o milho para exportação. Com isso, até a terceira semana de novembro (considerando-se 12 dias úteis), os embarques brasileiros já superaram o volume escoado em todo o mês de novembro do ano anterior.

Algodão

Os preços internos do algodão em pluma estão enfraquecidos neste final de mês. Segundo pesquisadores do Cepea, as recentes quedas se devem à baixa nos valores externos, à maior flexibilidade de alguns vendedores e à pressão exercida por parte dos compradores. Já no acumulado de novembro, os preços da pluma registram alta. Vale lembrar que a cotação do algodão começou este mês operando abaixo dos R$ 5/libra-peso, apresentando reação sobretudo na primeira metade do mês, quando voltou ao patamar observado no início de outubro/22. De acordo com pesquisadores do Cepea, naquele momento, a sustentação veio da posição firme de vendedores, que estiveram atentos às altas da paridade de exportação e dos contratos negociados na Bolsa de Nova York (ICE Futures). Além disso, algumas indústrias mostraram necessidade imediata de adquirir novos lotes e uma parcela dos demandantes pagou valores maiores para a pluma de qualidade superior.

Trigo

A colheita de trigo no Brasil continua avançando e já ultrapassa os 70% da área destinada ao cereal, com destaque para o Paraná, um dos principais estados produtores, e onde os trabalhos de campo estão na reta final. Pesquisadores do Cepea ressaltam, contudo, que as divergências entre a qualidade do trigo dos estados do Sul disponibilizados no spot vêm resultando em queda nos valores ao produtor e em alta no mercado atacadista. No geral, a liquidez está maior no Rio Grande do Sul, que vem ofertando um trigo de melhor qualidade nesta temporada. Colaboradores do Cepea também informaram que está chegando trigo do Paraguai no Paraná.

Etanol

O ritmo de negócios envolvendo o etanol teve poucas alterações ao longo da última semana no mercado spot do estado de São Paulo – somente na terça-feira, 22, que o Cepea registrou liquidez um pouco maior. Segundo pesquisadores do Cepea, vendedores estiveram firmes nos preços pedidos, atentos às exportações aquecidas de etanol e ao valor do açúcar. Compradores, por sua vez, tiveram pouco interesse em concretizar novos fechamentos. Nesse cenário, os preços fecharam estáveis. Entre 21 e 25 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado do estado de São Paulo foi de R$ 2,8094/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), ligeira queda de 0,07% frente ao do período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,2423/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins – alíquota zerada), recuo de 0,88%.

Açúcar

Os preços médios do açúcar cristal branco seguem avançando no mercado spot do estado de São Paulo. No final da última semana, o Indicador do cristal branco CEPEA/ESALQ, cor Icumsa de 130 a 180, atingiu a casa dos R$ 135,00/saca de 50 kg, patamar nominal que não era observado desde o início de maio deste ano. De acordo com pesquisadores do Cepea, o movimento de alta é atribuído ao período de encerramento da moagem da cana da safra 2022/23. Levantamento do Cepea mostra que a maioria das usinas paulistas deve finalizar a produção até o final deste mês, sendo poucas as que continuam a moer cana em dezembro.

Arroz

As cotações do arroz em casca no Rio Grande do Sul estão em movimento de alta desde o final de agosto. Segundo pesquisadores do Cepea, o avanço está atrelado à aquecida demanda externa, que favorece a redução dos excedentes no mercado brasileiro. Além disso, a maior paridade de exportação eleva o interesse vendedor, influenciando os preços domésticos. Assim, do encerramento de agosto até esta semana, o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% grãos inteiros, com pagamento à vista) subiu 12%, saltando da casa dos R$ 75/saca de 50 kg para R$ 85/sc de 50 kg.

Boi

Os preços médios do boi gordo recuaram ao longo de novembro na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea, pressionados sobretudo pela maior oferta de animais para abate. Diante disso, em novembro (até o dia 29), o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (mercado paulista) teve média de R$ 283,27, quedas de 4,54% frente à de outubro e de expressivos 10,4% em relação à de novembro do ano passado, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). Trata-se, também, da menor média real registrada pelo Cepea desde outubro de 2019, quando foi de R$ 254,29. Isso chama a atenção de agentes do setor consultados pelo Cepea porque mostra que os valores atuais voltaram aos patamares observados justamente no período em que os preços da arroba iniciaram um intenso movimento de alta, tendo como impulso, naquele momento, a elevação das compras chineses e a diminuição no volume de animais para abate no Brasil.

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão de chuva – De 29 de novembro e 14 de dezembro de 2022

De acordo com o modelo numérico do INMET, são previstos acumulados de chuva significativos em grande parte do País, considerando uma faixa desde o noroeste da Região Norte, áreas central e extremo sul da Bahia até o leste das regiões Sudeste e Sul, ocorridos principalmente devido a atuação de um episódio de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) no início e decorrer da semana, onde persiste um canal de umidade contribuindo para ocorrência das chuvas.

Região Norte

São previstos acumulados de chuva maiores que 20 mm em grande parte da região, com destaque para áreas central e leste do Amazonas, central e sul do Pará e do Tocantins e norte de Roraima, onde podem ocorrer acumulados superiores a 80 mm. Em áreas de Roraima, oeste do Acre e sul do Amapá, os acumulados não devem ultrapassar 10 mm.

Região Nordeste

Os maiores acumulados de chuva se concentrarão em áreas do centrossul da Bahia, além de áreas do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) com volumes que podem ultrapassar os 80 mm. Já na parte norte da região, parte central do Ceará, do Rio Grande do Norte e da Paraíba, não se descarta ao longo da semana, a ocorrência de pancadas de chuvas isoladas principalmente devido o calor e alta umidade.

Centro-Oeste

Há previsão de acumulados de chuva significativos em grande parte do Mato Grosso, divisa com Goiás, Distrito Federal, com acumulados que podem ultrapassar 70 mm. Já em grande parte do Mato Grosso do Sul e sudoeste de Mato Grosso, podem ocorrer pancadas de chuva decorrentes de instabilidades causadas por uma massa de ar quente e úmida no meio da semana. Nas demais áreas, são previstos acumulados de chuva entre 20 e 50 mm.

Região Sudeste

Um canal de umidade pode favorecer grandes acumulados de chuva no início da semana, maiores que 50 mm. Em áreas do sudeste de São Paulo, sul e nordeste de Minas Gerais e do Espírito Santo os acumulados poderão ultrapassar os 80 mm. Já no oeste de São Paulo e centro-oeste de Minas Gerais, os acumulados poderão ficar entre 30 e 70 mm.

Assim como nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as áreas de instabilidade associadas ao canal de umidade poderão ocasionar grandes acumulados de chuva no leste e sul da Região Sul, com volumes que podem ultrapassar os 80 mm no sudoeste do Rio Grande do Sul, e leste do Paraná e Santa Catarina. Nas demais áreas, há previsão de volumes de chuva entre 20 e 50 mm.

Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (29/11/2022 e 05/12/2022).

Fonte: INMET

CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!

Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 Produção Integrada de Folhosas

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

Biogás: da produção à viabilidade econômica

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

IrrigaFácil: uso e manejo de irrigação

Instituição promotora: Embrapa

Data: 11/07 a 19/08/22

Inscrição: Clique aqui

 

Controle biológico: enfoque em manejo de lagartas com bioinseticidas

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Qualifica Mulher

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição:Clique aqui

 

RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição:Clique aqui

 

Apicultura para Iniciantes

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição:Clique aqui

 

Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas

Instituição promotora: Embrapa

Data: 17/02/22 a 31/12/22

Inscrição:Clique aqui

 

Produção de mudas de cajueiro – enxertia

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição:Clique aqui

 

Viticultura Tropical no Semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Apicultura para Iniciantes

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

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