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GERAIS

Número de pessoas atuando no agronegócio brasileiro segue avançando

Pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS, mostram que, no terceiro trimestre deste ano, a população ocupada (PO) no agronegócio somou 19,07 milhões de pessoas, aumento de 0,9% (ou de 170,8 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2021 e o maior número desde 2015, quando a PO totalizou 19,08 milhões de pessoas.

Pesquisadores do Cepea indicam que esse crescimento no número de trabalhadores no setor está atrelado aos desempenhos observados nos segmentos da agroindústria e de agrosserviços, que não só recuperaram as ocupações perdidas em decorrência dos desdobramentos da pandemia de covid-19, como já superam os contingentes observados antes da crise sanitária.

Para a agroindústria, o contingente ocupado de 4,06 milhões é o maior para um terceiro trimestre desde 2015, quando foram registrados 4,2 milhões de trabalhadores no segmento. No caso dos agrosserviços, o número de pessoas trabalhando no segmento somou 6,34 milhões no terceiro trimestre, um recorde, considerando-se a série histórica acompanhada pelo Cepea, iniciada em 2012.

No Brasil como um todo, 99,27 milhões de pessoas estavam ocupadas no terceiro trimestre de 2022, acima das 92,97 milhões no mesmo período do ano passado. Diante disso, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 20,33% de julho a setembro de 2022, um pouco abaixo da observada no terceiro trimestre de 2021, quando esteve em 20,55%.

Fonte: Cepea

Mulheres aumentam a participação na liderança de agtechs

No primeiro semestre de 2022, a América Latina registrou um aumento de 100% no índice de venture capital destinado a empresas lideradas por mulheres, na comparação com dados de 2019. Tais empreendimentos ficaram com um terço dos investimentos. Apesar do avanço indicado pela pesquisa da Associação de Capital Privado da América Latina (LAVCA) referida no capítulo, o segmento feminino continua sub-representado nos empreendimentos rurais no Brasil, inclusive.

Os números da participação feminina

Dados mapeados em parceria com o Sebrae mostraram que existem 520 empresas (28,7% do total de startups) com ao menos uma sócia em sua estrutura de comando entre as startups identificadas na base de dados do Radar Agtech 2022. O levantamento apontou que empresas com uma única sócia somam 407, a maior porcentagem (78%); com duas sócias são 93 (18%), sendo que apenas 20 (4%) têm três sócias ou mais.

Foto: Divulgação ManejeBem

A análise mostra ainda que empresas com uma fundadora e com apenas fundadoras são em número de 59 e 56 (11%), respectivamente. Com uma fundadora e um fundador o número sobe para 211 (41%), maior que aquelas catalogadas em outras composições, que totalizam 194 (37%).

Segundo o estudo feito na base de dados da última edição do Radar Agtech, a presença feminina acontece principalmente nos empreendimentos direcionados para o segmento “depois da fazenda”, elo que envolve as atividades de pós-produção, com a atuação de 50% (260) das agtechs.

Na sequência, estão as empresas que desenvolvem atividades voltadas à etapa da produção agropecuária, ou “dentro da fazenda”, com 34% (175) das agtechs com presença de mulheres no quadro societário.

No segmento “antes da fazenda”, caracterizado pelo fornecimento de insumos, serviços financeiros e equipamentos, a presença feminina soma 16%, totalizando  81 agtechs.

Fonte: Embrapa

Aproveitamento do lodo de tratamento de água na agricultura

No Rio Grande do Sul, um estudo coordenado pela Embrapa Clima Temperado e realizado por especialistas de diversas instituições gerou dados e estabeleceu procedimentos para o emprego seguro do lodo de estações de tratamento de água (Leta) em solos agrícolas. O trabalho científico subsidiou a elaboração da Resolução Normativa nº 461/2022, do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema-RS), a primeira relacionada ao uso desse tipo de resíduo. O Leta é um grande problema de destinação para as companhias de saneamento e costuma ser disposto somente em aterros sanitários.

Participaram da pesquisa profissionais da Embrapa Clima Temperado, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Universidade Federal do Rio Grande (FURG), com o apoio técnico e financeiro da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e o acompanhamento da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam-RS) e do Ministério Público Estadual (MP-RS).

A pesquisa mostrou que, se devidamente tratados, os Letas podem condicionar solos agrícolas arenosos e que, sob diversas condições de aplicação, preservam a qualidade do solo e até promoveram pequenos aumentos da produtividade de lavouras experimentais de milho e azevém, em circunstâncias específicas. Além disso, quando utilizados na formulação de substratos, apresentaram benefícios como incremento de altura, de volume radicular e precocidade das plantas.

“Os lodos de estações de tratamento de água eram considerados um passivo; agora são convertidos em matérias-primas para fabricação de insumos e produtos para uso seguro na agricultura”, ressalta o gestor do Departamento de Inovação Tecnológica da Companhia, Jonas Kneip Araújo. “Essa realidade eleva a Companhia a outro patamar, tanto na sustentabilidade financeira, monetizando o que antes era despesa, além de promover uma economia circular, retroalimentando o sistema com menor impacto ambiental”, declara.

A Corsan realiza serviços de água e esgoto para 317 dos 497 municípios gaúchos. A companhia registra a produção de, aproximadamente, 51 mil metros cúbicos (m3) de lodos de estações de tratamento de água (ETAs) e cerca de 32 mil m3 de lodos de estações de tratamento de esgoto (ETEs), anualmente.

Fonte: Embrapa

Sistema vai analisar, pragas, doenças, raízes e solo

Produtores e técnicos já têm à disposição o Sistema Integrado para Análise de Raízes e Cobertura do Solo-SIARCS, lançado pela Embrapa Instrumentação Agropecuária (São Carlos, SP).

O sistema, desenvolvido em parceria com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC, da Secretaria da Agricultura de São Paulo) e com a Universidade Estadual de Londrina, tem como aplicações a análise de doenças foliares, ataque de pragas, porosidade do solo, distribuição de gotas (chuva natural ou sistemas de irrigação), cobertura vegetal, porcentagem de palha sobre o solo, comprimento e diâmetro de raízes lavadas, análise da densidade de raízes em perfis de solo, sementes, frutos, fungos e cromossomos. O sistema não tem similar no mercado nacional.

O SIARCS está disponível nas versões 2.0 para o DOS e 3.0 para Windows, a preços de R$ 650,00 e R$ 2.500,00, respectivamente, com desconto de 30% para instituições públicas.

Fonte: Embrapa

PRODUÇÃO

Mapa declara quarentena para conter a monilíase do cacaueiro

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou na última terça a Portaria nº 703 em que declara os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo e Porto Walter no estado do Acre e todo o estado do Amazonas, como área sob quarentena para a praga quarentenária ausente Moniliophthora roreri, causadora da doença conhecida como Monilíase do Cacaueiro.

A declaração implica na proibição do trânsito de materiais vegetais (frutos, plantas) hospedeiros da praga (espécies do gênero Theobroma e Herrania) para as demais unidades da Federação.

Essa é uma medida cautelar, que visa prover o suporte legal necessário às ações de fiscalização do trânsito de vegetais, executadas pelas agências estaduais de Defesa Agropecuária, com o objetivo de evitar a dispersão da praga para as áreas ainda indenes (onde não há presença da doença) do país, principalmente para as regiões produtoras de cacau e cupuaçu.

“Até então, a área de quarentena abrangia somente o município de Guajará (AM), localizado na divisa com o estado do Acre, devido à ocorrência do primeiro foco da praga confirmado no país, detectado no município de Cruzeiro do Sul (AC) em 2021. Agora, com o novo foco, todo o estado do Amazonas fica sob a área de quarentena”, explica a coordenadora-geral de Proteção de Plantas do Mapa, Graciane de Castro.

O status de “área sob quarentena” para todo o estado permanecerá vigente até que sejam concluídos os trabalhos de delimitação da área exata da ocorrência da praga e estruturadas as medidas previstas de prevenção e erradicação da praga previstas no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Moniliophthora roreri.

Fonte: Mapa

Mapa planeja instalação de irradiador multipropósito

Foi lançado na última terça-feira (22), em Brasília, o modelo de plano de negócios para a instalação de um irradiador multipropósito no Brasil, tecnologia que pode contribuir para evitar o desperdício de alimentos, como frutas, e conter pragas nas lavouras.

No lançamento, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, destacou a importância de dar visibilidade ao documento. “É uma importante ferramenta para demonstrar ao mercado a viabilidade da tecnologia, que contribui para potencializar as exportações dos produtos agropecuários brasileiros, além de reduzir o desperdício”.

Alimentos tratados com a tecnologia de irradiação já são consumidos em mais de 60 países. De forma segura, a técnica permite reduzir perdas de produção, estender a vida útil e evitar intoxicações por alimentos contaminados. O irradiador multipropósito tem se mostrado eficiente no controle de insetos e micro-organismos patogênicos.

Com essa tecnologia, o Brasil poderia ampliar as exportações, já que a durabilidade das frutas, seria estendida. O documento menciona também que o equipamento poderia ser usado no tratamento de carnes, hortaliças, condimentos, castanhas, opoterápicos, fitoterápicos, polpas de frutas, rações para animais, embalagens e outros produtos.

O modelo, construído ao longo de um ano por uma consultoria especializada, estima que a tecnologia poderia gerar um faturamento anual de R$ 261 milhões com retorno a partir de 3,9 anos. O volume mínimo de produtos irradiados em três turnos de operação seria da ordem de 270 mil toneladas.

Fonte: Mapa

Monitoramento das lavouras de soja

As lavouras de soja estão 75,9% semeadas no Brasil. Em MT, as precipitações ocorridas beneficiaram muitas lavouras em estágio crítico, sobretudo das regiões Oeste e Médio-Norte, que estavam sob risco de deficit hídrico. No RS, a semeadura evolui conforme o avanço da colheita da safra de inverno. Ambas estão atrasadas em relação à afra passada. No PR, 90% da área foi semeada, com a maioria das lavouras apresentando bom desenvolvimento. Em GO, o plantio ocorre mais lentamente no Sul devido às precipitações desuniformes e abaixo do esperado. Em MS, o plantio está quase finalizado e as lavouras encontram-se em boas condições. Algumas áreas no centro do estado, foram replantadas devido ao prejuízo causado por chuvas de granizo.

Em MG, o avanço da semeadura foi favorecido com o retorno das chuvas. No Matopiba, o plantio evolui em todas regiões, devido à regularização das precipitações.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de arroz

As área de arroz encontram-se 79,3% semeadas. No RS, as regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste estão com a semeadura quase finalizada, enquanto que as regiões das Planícies Costeiras Interna e Externa, com 90%, e a região Central está com 73% das áreas semeadas. As lavouras em desenvolvimento vegetativo estão em ótimas condições.

Em SC, a área semeada está em 99% e, onde a semeadura foi realizada mais cedo, as lavouras iniciam a fase de floração. No TO, o plantio avança compreendendo 60% das áreas. No MA, apesar das

chuvas, a colheita avançou 10 pontos percentuais na última semana.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de trigo

O trigo entra em fase final de colheita, com 72,7% das lavouras colhidas. No RS, as condições Climáticas favoreceram a maturação e a colheita, que evoluiu significativamente. As lavouras estão com ótima sanidade e a qualidade do produto colhido está boa.

No PR, com o clima mais quente e com menos chuvas, houve avanço da colheita. A qualidade continua prejudicada pelo excesso de umidade no final do ciclo. Em SC, o menor volume de precipitações na última semana propiciou em pequeno avanço na colheita. As lavouras colhidas vêm apresentando boas produtividades.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de milho (1ª safra)

Avança a semeadura do feijão, estando 62,6% semeado. Em MG, o plantio avança de forma significativa sob boas condições climáticas. No RS, 84% da área foi semeada. As lavouras apresentam boas condições na maioria das áreas. O plantio

deve se estender até janeiro. No PR, a semeadura aproxima-se da conclusão, com 85% das áreas em boas condições. Na BA, o plantio está acelerado desde a regularização das chuvas.

Em SP, a semeadura foi concluída. Em SC, os baixos volumes de chuvas reduziram o ritmo do plantio e astemperaturas amenas ainda são fator limitante ao crescimento das plantas, causando atraso no ciclo da cultura. No MA, o plantio foi iniciado.

Fonte: Conab

Monitoramento das lavouras de feijão (1ª safra)

52,7% semeado. No PR, apesar da melhora das condições climáticas na última semana, cerca de 30% das lavouras encontram-se em condições regulares ou ruins devido ao excesso de chuvas e baixas temperaturas, o que tem aumentado a pressão de doenças. Em MG, o plantio e o desenvolvimento das lavouras têm evoluído bem, favorecidos pelas chuvas regulares.

Na BA, a semeadura progrediu em ritmo acelerado após a regularização das chuvas. Em SC, as baixas temperaturas não tem sido favoráveis para o desenvolvimento das lavouras e os produtores estão postergando o plantio, visando melhores condições climáticas.

Em GO, não há registro de problemas relevantes com pragas ou doenças nas lavouras.

Fonte: Conab

MERCADO

Mercado brasileiro de hortaliças e frutas

A cenoura apresentou preços mais baixos em alguns dos mercados atacadistas do país em outubro, especialmente nas Centrais de Abastecimento de Goiânia/GO (-12,76%), de Rio Branco/AC (-10,55%) e do Rio de Janeiro/RJ (-6,47%). As informações estão no 11º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Mesmo apresentando queda no último mês, o movimento de preços baixos para a cenoura não se manteve em todos os mercados. Nas Ceasas de Brasília/DF (16,38%) e de Recife/PE (4,12%) houve aumento. O acréscimo na oferta desta cultura deve-se à recuperação da produção, sobretudo em Minas Gerais. O Boletim ressalta ainda que os menores níveis de oferta foram entre fevereiro e abril, sendo que em maio ampliou-se significativamente, cerca de 25%. Os novos níveis parecem atender a demanda, pois desde maio a oferta se mantém praticamente constante, com preços em declínio.

Na contramão da cenoura, outras hortaliças apresentaram movimento de alta nos preços, principalmente para a batata e cebola. No caso da batata, mesmo com a maior oferta na maioria dos mercados atacadistas, houve queda significativa na produção enviada a partir de São Paulo e os preços subiram, atingindo a variação máxima de 63,52% na Ceasa de Fortaleza/CE, seguida pela alta de 50,06% na Ceasa de São José/SC. Já para a cebola, a redução de 6% da oferta nacional em relação a setembro, as chuvas constantes e intensas nas áreas produtoras que prejudicam a colheita e a disponibilidade internacional nesta época não permite realizar importações que possam cobrir a demanda no mercado. Com isso, o aumento chegou a 45,61% em Brasília/DF e 28,64% em Recife/PE. Além desses, o tomate também teve alta de 71,61% em Brasília/DF, de 60,56% em São José/SC e de 53,87% em Belo Horizonte/MG. Esse comportamento dos preços do tomate é típico para o período, que é de menor oferta após finalização da safra de inverno.

No mês de outubro, dentre as frutas analisadas, laranja, maçã, mamão e melancia apresentaram alta de preços na maioria dos mercados atacadistas. A tendência de alta de uma forma geral ainda é reflexo da diminuição da rentabilidade no último ano, o que causou uma redução da oferta, além de fatores climáticos, mais notadamente no caso da maçã, produto que teve uma redução da safra atual. Apesar da tendência geral de alta, a banana teve baixa nos preços considerando a média ponderada, favorecida pelo mês marcado por demanda regular, com preços quase estáveis em grande parte das Ceasas. Somente para a variedade nanica o movimento foi de elevação, devido à menor produção deste ano. Mesmo assim, as cotações da banana diminuíram especialmente em Fortaleza/CE (-30,13%) e Recife/PE (-13,60%), onde a banana passou a custar entre R$ 1,07 e R$ 1,33 o quilo, respectivamente.

Fonte: Conab

 Conjuntura do mercado internacional da soja

Preços na Bolsa de Valores de Chicago (CBOT) fecham com a média semanal em baixa de -0,78%. Preços de Chicago tem forte variação, mas termina a semana perto da estabilidade. Altas e baixas dos preços de óleo de soja, guerra na Ucrânia, preocupação com economia chinesa e riscos climáticos na américa do sul influenciaram nas variações semanais de grãos A tendencia é que os preços CBOT continuem estáveis com leve alta para próxima semana.

 Conjuntura do mercado internacional do trigo

No mercado internacional, praticamente não houve alteração na cotação da média semanal. A semana começou com indicações de alta diante de rumores quanto às incertezas em relação ao acordo de grãos na região do Mar Negro. Ao longo da semana, os dois países integrantes do conflito concordaram em prorrogar por mais 120 dias o acordo de exportações de grãos, que estava próximo de vencer e as cotações desvalorizaram. Atuaram também como fatores baixistas a queda do preço do petróleo no mercado internacional e a alta do dólar em relação às demais moedas. A média semanal fechou em US$ 433,61/ton, apresentando discreta desvalorização semanal de 0,04%.

Conjuntura do mercado internacional do algodão

Os preços do algodão que vinham subindo fecharam a semana em queda em Nova Iorque. Tensões geopolíticas e cenário de recessão, com seus efeitos sobre a demanda de algodão, pesaram sobre os preços. O fraco desempenho das exportações norte-americanas, a baixa do petróleo e a valorização do dólar diante das outras moedas também foram elementos de pressão sobre as cotações da pluma.

Conjuntura do mercado internacional do milho

O volume total exportado de milho entre fevereiro/21 e janeiro/22, segundo dados da Secex atingiu 20,8 milhões de toneladas. Esse montante exportado é inferior em 40,4% ao exportado no mesmo período de 2020. Entre fevereiro e outubro de 2022, a exportação de milho foi de 28,8 milhões de toneladas, valor 134,5% superior ao mesmo período de 2021.

Exportação do algodão brasileiro

O Brasil exportou 507,7 mil toneladas no acumulado de agosto a outubro de 2022, totalizando uma receita de US$ 1,045 bilhão, aumento de 55% sobre o recebido no mesmo período de 2021.  A China foi o principal destino das vendas brasileiras (209,3 mil toneladas) e representou 41% das exportações acumuladas. A participação chinesa nesse início de ano comercial é 10 pontos percentuais maior no total embarcado, se comparado à igual período de 2021.

As estimativas para a safra 2022/23 foram atualizadas pela Abrapa, em outubro. De acordo com o levantamento, a área plantada de algodão deverá subir 1,3%, e é estimada em 1,658 milhão de hectare. A produção é projetada em 2,95 milhões de toneladas, uma variação de 18% ante a safra 2021/22.

Fonte: Abrapa

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

A comercialização de soja em grão está aquecida no mercado brasileiro. Esse cenário está atrelado à demanda firme, sobretudo externa, e à maior necessidade de venda por parte do sojicultor. Neste caso, pesquisadores do Cepea ressaltam que o volume remanescente de grão da safra 2021/22 é elevado, e a expectativa é de produção recorde na temporada 2022/23.

Milho

As exportações brasileiras de milho seguem intensas. Nas primeiras semanas de novembro, já foram embarcadas 2,28 milhões de toneladas de milho, com média diária de escoamento de 286 mil toneladas, segundo a Secex. Caso esse desempenho diário seja mantido até o encerramento deste mês, as exportações podem somar 5,7 milhões de toneladas em novembro, o que seria o dobro do volume escoado no mesmo mês de 2021. Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar do bom andamento da safra verão e da proximidade da finalização da colheita nos Estados Unidos, a demanda internacional vem sendo impulsionada por dificuldades logísticas enfrentadas no Mar Negro e pela redução na produção da União Europeia, devido à seca.

Algodão

Após duas semanas registrando pequenos aumentos, as cotações do algodão em pluma se enfraqueceram no mercado interno nesta semana. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio sobretudo das desvalorizações externas. Além disso, alguns vendedores mostraram maior interesse em negociar novos lotes no spot nacional, diante da necessidade de “fazer caixa”. Como indústrias e comerciantes também estão mais ativos, a liquidez está maior.

Trigo

O acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro foi renovado entre Rússia e Ucrânia para os próximos 120 dias. Assim, apesar da guerra na região, a Ucrânia continuará a escoar internacionalmente o trigo e outros produtos agrícolas. Esse cenário pressionou os valores externos do cereal. Apesar disso, agentes brasileiros consultados pelo Cepea estão atentos e preocupados com o contexto na Argentina, maior fornecedora de trigo ao Brasil. Em nova estimativa, a Bolsa de Rosário reduziu novamente a produção argentina na temporada 2022/23, para 11,8 milhões de toneladas. A produtividade deve ser a menor em 15 anos. Vale lembrar que a safra passada foi recorde na Argentina, com produção de 23 milhões de toneladas. Quanto aos preços no Brasil, após semanas em queda, as cotações do trigo voltaram a subir no mercado balcão (ao produtor).

Etanol

O ritmo de negócios envolvendo o etanol hidratado pouco se alterou no mercado spot do estado de São Paulo ao longo da semana passada, mesmo com o feriado nacional no dia 15 (Proclamação da República). Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário se deve às compras realizadas em períodos anteriores. Assim, as reposições foram pontuais, e os preços registraram apenas pequenas quedas. Entre 14 e 18 de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado do estado de São Paulo fechou a R$ 2,8115/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins – alíquota zerada), pequena queda de 0,95% frente ao do período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 3,2710/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins – alíquota zerada), ligeiro recuo de 0,73%.

Açúcar

Os preços do açúcar cristal branco vêm operando acima dos R$ 130/saca de 50 kg no mercado spot do estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, além da oferta limitada neste período de encerramento da moagem de cana-de-açúcar da safra 2022/23, a desvalorização do Real frente ao dólar norte-americano ao longo das duas últimas semanas também deu suporte aos valores pedidos pelo cristal branco pelas usinas de São Paulo. Vale lembrar que o dólar valorizado torna as exportações mais atrativas que das vendas internas.

Arroz

Os preços do arroz seguem em alta, conforme apontam dados do Cepea. Na parcial deste mês (de 31 de outubro a 22 de novembro), o Indicador do arroz em casca CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) aumentou 4,52%, encerrando a R$ 83,78/saca de 50 kg nessa terça-feira, 22. Segundo pesquisadores do Cepea, compradores estão mais presentes, indicando ofertas mais elevadas. Além disso, a recente valorização do dólar em relação ao Real elevou a paridade de exportação, atraindo novos vendedores.

Boi

Os preços médios do boi gordo vêm operando abaixo de R$ 300 desde a última semana de outubro, pressionados sobretudo pela maior oferta de animais para abate. A média da parcial de novembro (até o dia 22), está em R$ 282,04, sendo 5% abaixo da do mês anterior, 10,7% inferior à de novembro/21 e a menor desde novembro/19, quando, vale lembrar, os valores do boi gordo iniciaram um forte movimento de alta. Já os preços do bezerro vêm mostrando certa estabilidade, sustentados pelos bons volumes de chuvas, que favorecem os pastos e tendem a aquecer a demanda de terminadores por novos lotes de animais – há praticamente sete semanas, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa fecha nas casas de R$ 2.300/cabeça e de R$ 2.400,00.  Diante disso, cálculos do Cepea mostram que a relação de troca atual é a pior ao pecuarista em 2022. Na parcial de novembro, o produtor que faz terminação precisa de 8,68 arrobas de boi gordo paulistas para a compra de um bezerro em Mato Grosso do Sul, 5% a mais que no mês anterior. Até então, o momento mais desfavorável ao pecuarista neste ano havia sido registrado em janeiro, quando foram necessárias 8,59 arrobas de boi gordo para fazer a reposição. A média da relação de troca deste ano está em 8,35 arrobas, evidenciando o atual momento desfavorável.

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão de chuva – De 21 a 28 de novembro de 2022

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê acumulados de chuva significativos em grande parte do País, desde o noroeste da Região Norte até o leste do Sudeste e Sul, entre os dias 21 e 28 deste mês (Figura 1). A atuação de uma frente fria vai favorecer a formação de um corredor de umidade ao longo desta semana.

Por outro lado, em grande parte do Nordeste, principalmente em áreas do norte da Bahia, Ceará e na costa leste da região, o tempo deve permanecer seco.

Região Norte

São previstos acumulados de chuva maiores que 20 milímetros (mm) em grande parte da região, com destaque para áreas do noroeste do Amazonas e norte de Roraima, onde podem ocorrer totais superiores a 80 mm. No Tocantins, os volumes podem passar de 50 mm e, em áreas do norte do Pará e do Amapá, o número não deve ser maior que 10 mm.

Região Nordeste

Os maiores acumulados de chuva vão se concentrar no sul da Bahia, além de áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Os volumes podem ultrapassar 40 mm. Nas demais áreas, a previsão é de tempo seco.

Região Centro-Oeste

São previstos acumulados de chuva significativos em grande parte do centro-norte de Goiás, Distrito Federal e norte do Mato Grosso, com totais maiores que 50 mm. Em grande parte do Mato Grosso do Sul e do sul de Mato Grosso, também podem ocorrer pancadas de chuva. Nas demais áreas, são previstos acumulados entre 20 e 50 mm.

Região Sudeste

O avanço de uma frente fria associado a um canal de umidade vai favorecer grandes acumulados de chuva, maiores que 60 mm, em grande parte da região. Em do leste de São Paulo, sul e noroeste de Minas Gerais e norte do Espírito Santo, os volumes podem ultrapassar 80 mm. Nas demais localidades, como no oeste de São Paulo e nordeste de Minas Gerais, os totais de chuva podem ficar entre 20 e 50 mm.

Região Sul

A previsão também indica grandes acumulados de chuva no leste da região, com volumes superiores a 80 mm no oeste do Paraná e Santa Catarina. Já as áreas centrais e o noroeste do Rio Grande do Sul devem registrar baixos acumulados de chuva (menores que 20 mm). Nas demais localidades, os volumes devem ficar entre 20 e 50 mm.

Figura 1. Mapa da previsão de chuva (21/11/2022 a 28/11/2022). Fonte: INMET.

Previsão de chuva – De 29 de novembro a 06 de dezembro 2022
Região Norte

São previstos acumulados de chuva maiores que 50 mm em praticamente toda a região, com exceção do oeste do Acre, noroeste do Amazonas e sul do Amapá, onde os volumes devem ser inferiores a 40 mm.

Região Nordeste

Os maiores volumes de chuva ficarão concentrados no oeste do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), com acumulados superiores a 50 mm. Já no centro-norte do Ceará, Rio Grande do Norte e na costa leste da região, com exceção do litoral baiano, não há previsão de chuva. Nas demais áreas, podem ocorrer baixos volumes (inferiores a 30 mm).

Região Centro-Oeste

As chuvas podem ultrapassar 50 mm no norte de Goiás, Distrito Federal e grande parte do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No entanto, no centro-sul de Goiás e sul de Mato Grosso do Sul, os acumulados devem ficar 20 mm e 50 mm.

Região Sudeste

Os maiores totais de chuva podem ocorrer em grande parte de São Paulo e em áreas do centro-sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, com volumes superiores a 50 mm. Nas áreas centrais e no Triângulo Mineiro, as chuvas devem ficar abaixo de 50 mm.

Região Sul

A previsão indica baixos acumulados de chuva (menores que 50 mm) em grande parte do Rio Grande do Sul e em áreas do extremo oeste de Santa Catarina e Paraná. Entretanto, em grande parte do Paraná e no leste de Santa Catarina, os volumes devem superar 50 mm.

Figura 2. Mapa da previsão de chuva (29/11/2022 a 06/12/2022). Fonte: GFS.

CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!

Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 Produção Integrada de Folhosas

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

Biogás: da produção à viabilidade econômica

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

IrrigaFácil: uso e manejo de irrigação

Instituição promotora: Embrapa

Data: 11/07 a 19/08/22

Inscrição: Clique aqui

 

Controle biológico: enfoque em manejo de lagartas com bioinseticidas

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Qualifica Mulher

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição:Clique aqui

 

RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição:Clique aqui

 

Apicultura para Iniciantes

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

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