Principais Notícias da Semana no Mundo Agro (22/07/2023-28/07/2023)

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GERAIS

Comitiva do Mapa vai à Ásia em busca de parcerias e investimento

Coreia do Sul, Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos: esse é o roteiro da missão oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que está percorrendo parte do continente asiático nesta semana.

Na Coreia e no Japão, pretende-se buscar avanços em negociações sanitárias, principalmente para acesso à proteína brasileira. Outro tema tratado durante o encontro com o ministro da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais da Coreia do Sul, Jeong Hwang-geun, foi o estreitamento da cooperação técnica entre os dois países na área de fazendas inteligentes por meio de tecnologias avançadas de agricultura de precisão. O ministro Carlos Fávaro defendeu a adoção do sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para recuperação de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas no Brasil. A tecnologia é uma das principais iniciativas do país para a intensificação da produção de alimentos livre de desmatamento.

Na reunião no Banco de Exportação e Importação da Coreia do Sul, o Korea Eximbank, Fávaro voltou a apresentar o projeto do Mapa para recuperação e conversão de áreas de pastagens que permitem dobrar a área de produção de alimentos do Brasil sem necessidade de desmatamento.

O projeto prevê investimentos de aproximadamente U$ 120 bilhões em 10 anos e investidores internacionais poderão aderir ao programa financiando a recuperação das áreas que servirão para a produção de alimentos de qualidade para os mercados interno e externo. O Eximbank manifestou interesse na iniciativa e na participação em operações de crédito junto ao Banco do Brasil para projetos de agricultura sustentável e infraestrutura.

Com os Emirados e a Arábia Saudita, o foco dos encontros será a também atração de investimentos, em especial para o projeto de recuperação de pastagens degradadas.

Fonte: Embrapa

Frutas são destaque nas projeções de crescimento para os próximos dez anos

As frutas brasileiras têm apresentado importância crescente, tanto no mercado interno como no exterior.  De janeiro a junho deste ano, o valor das exportações (inclui nozes e castanhas) foi de US$ 533,3 milhões, e a quantidade exportada foi de 483,3 mil toneladas, embarcadas para mais de 120 países. A União Europeia é o principal destino das exportações nacionais.

Limões e limas, melões e mangas são as frutas que apresentaram neste ano (janeiro a junho) os melhores resultados em valor nas exportações – limões e limas US$ 84,6 milhões, melões US$ 69 milhões e mangas US$ 68,4 milhões. As uvas, abacates e maçãs também tiveram desempenho favorável, com US$ 36,4 milhões, US$ 30,1 milhões e US$ 29,5 milhões em receitas, respectivamente.

As projeções de produção até 2032/2033 mostram que os maiores aumentos de produção devem ocorrer em melão (28,7%), manga (22,9%), maçã (21,3%) e uva (16,3%).

Fonte: Mapa

Conab: As exportações de milho em junho de 2023 atingiram 1,03 milhão de t, superando o mês de maio

As exportações de milho em junho de 2023 atingiram 1,03 milhão de toneladas contra o observado em maio (um montante de 0,38 milhão de t) e acima do ocorrido no mesmo período do ano passado (0,99 milhão de t), fruto da ocorrência de negociações antecipadas.

As informações divulgadas atribuem este movimento aos prêmios de exportação que estão subindo rapidamente no mercado brasileiro, com valores maiores previstos para o final do ano, em razão do atraso na colheita sul-americana e também por conta das chuvas das últimas semanas. Estima-se que a atual colheita da segunda safra do milho paraguaio será a mais atrasada em onze anos.

Em relação aos preços dos fretes, outro tópico abordado pelo boletim, em Mato Grosso, a projeção reportada pelas fontes em maio, para o mês de junho, foi confirmada. Assim, com o avanço da colheita do milho se consolidando, a demanda por frete se aqueceu e o preço teve ligeira alta em quase todas as praças e destinos.

Em 14 de junho, foi realizada a inauguração do novo corredor de importação de fertilizantes do Arco Norte no Porto do Itaqui, em São Luís/MA. O projeto conta com investimentos de cerca de R$ 400 milhões, com capacidade para movimentar até 1,5 milhão por ano de t do insumo, suprindo a demanda crescente por fertilizantes na região do Arco Norte do país.

De acordo com o Boletim, a empresa Mosaic Fertilizantes prevê investir em uma unidade de mistura, armazenagem e distribuição a ser instalada no Terminal Integrador de Palmeirante – TIPA. Essa operação consiste no carregamento no Porto do Itaqui de composições ferroviárias da VLI Logística até a recém-estrutura construída para recepção, armazenagem e expedição de fertilizantes no terminal integrador de Tocantins (também de propriedade da VLI). A projeção é para a criação de um polo industrial no terminal, com área aproximada de 230 hectares.

Fonte: Conab

Coleção de livros mostra resultados de pesquisas sobre castanha-da-amazônia

A cadeia de valor da castanha-da-amazônia, que é um dos principais produtos do agroextrativismo brasileiro, envolvendo mais de 60 mil famílias de povos e comunidades tradicionais e aproximadamente 60 empresas de beneficiamento e comercialização, agora passa a contar também com um amplo conjunto de conhecimentos e resultados de pesquisas disponibilizados na coleção de livros “Castanha-da-amazônia: Estudos sobre a espécie e sua cadeia de valor”, que foi lançado dia 27 de julho.

Fonte: Embrapa

Algodão brasileiro de portas abertas para o mundo

Vinte e cinco empresários da indústria têxtil mundial chegam ao Brasil para participar da Missão Compradores 2023 em julho. A partir do dia 28, a comitiva visitará os principais estados brasileiros produtores de algodão para conhecer o cotidiano das fazendas e unidades de beneficiamento de algodão e conferir, in loco, as iniciativas para garantir a qualidade da pluma nacional. A missão é realizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), desde 2015.
A missão ocorre até 8 de agosto e é uma grande oportunidade para aproximar compradores e produtores do algodão brasileiro. “O objetivo é mostrar como produzimos algodão no Brasil de forma responsável. O profissionalismo da nossa agricultura, a tecnologia empregada e a qualidade da fibra são alguns dos pontos mais importantes que serão apresentados aos empresários”, afirma Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa.
A Missão Compradores está em sua sétima edição. Neste ano, participam representantes da Índia, Paquistão, Malásia, Bangladesh, Turquia, China e Vietnã. Esses sete mercados estão entre os dez maiores importadores globais de algodão. Juntos, receberam 1,24 milhão de toneladas exportadas pelo Brasil, no atual período comercial (2022/23), representando 90,2% do total embarcado.
A participação do algodão brasileiro no total de importação desses países ainda pode crescer significativamente. No fechamento da temporada 2021/22, a maior participação da fibra nacional nesses mercados foi na Malásia (67%) e na China (27%). Nos demais países convidados para a missão (Índia, Paquistão, Turquia e Vietnã), a pluma brasileira representou menos de 20% do total importado.
Fonte: Abrapa

Valor Bruto do Café brasileiro é estimado em R$ 50 bilhões

O total do Valor Bruto da Produção estimado para os Cafés do Brasil deverá atingir a soma de R$ 50 bilhões neste ano-cafeeiro 2023. Desse valor, aproximadamente R$ 39,1 bilhões, que equivalem a 78%, foram apurados para os cafés da espécie Coffea arabica (café arábica), e, adicionalmente, R$ 10,9 bilhões para os cafés da espécie Coffea canephora (café robusta+conilon), que correspondem em torno de 22% do total geral. Entretanto, como no ano-cafeeiro 2022 o valor total bruto apurado foi de R$ 53,11 bilhões, o previsto para 2023 implicará redução de 6% na comparação com o ano anterior.

Em relação especificamente aos cafés da espécie C. arabica, caso seja feita uma avaliação comparativa do que foi estimado para 2023 com a receita bruta efetivamente apurada no ano-cafeeiro anterior de 2022, que foi de R$ 40,40 bilhões, constata-se que deverá ocorrer uma ligeira redução de 3,1%, caso tal faturamento bruto se efetive até o final da colheita da safra deste ano. Em complemento, quanto aos cafés da espécie C. canephora, cujo faturamento em 2022 foi de R$ 12,70 bilhões, nesta mesma base comparativa dos dados, verifica-se que também haverá um declínio mais expressivo de 14%.

Como os Cafés do Brasil são produzidos nas cinco regiões geográficas do país, em quinze estados da Federação e também no Distrito Federal, com expressiva concentração nos estados da Região Sudeste, para fins de mera comparação nesta análise e divulgação, vale destacar o faturamento bruto da cafeicultura previsto para este ano de 2023 para cada uma dessas regiões, em ordem decrescente.

Assim, constata-se que na Região Sudeste o Valor Bruto da Produção calculado atingirá o montante de R$ 43,95 bilhões, o qual equivalerá a 88% do total nacional. Na sequência desse ranking, na segunda posição em nível nacional, destaca-se a Região Nordeste com a receita estimada em R$ 2,54 bilhões (5%); em terceira posição, a Região Norte com R$ 2,42 bilhões (4,8%). Na quarta posição, a Região Sul com R$ 707,22 milhões (1,4%), e, por fim, a Região Centro-Oeste com valor de R$ 408,82 milhões, que correspondem a 0,8% do total geral.

Fonte: Embrapa

PRODUÇÃO

Nova cultivar de feijão mulatinho para o Nordeste

Os produtores e o mercado de sementes passam a contar, a partir de agosto, com a BRS FS307, a mais nova cultivar de feijão-comum do grupo mulatinho para o Nordeste, a ser lançada no Semiárido Show 2023, em Petrolina (PE).

Com vagens de cor amarela, grão de cor bege opaco e de formato reniforme plana (em forma de rim), a BRS FS307 tem como destaque a maior produtividade quando comparada materiais como a BRS Agreste e BRS Marfim, além de apresentar qualidade de grão superior e moderada resistência à antracnose e à murcha-de-fusário, importantes doenças no contexto regional.

Rendimento
O potencial produtivo da BRS FS307, obtido a partir da média dos cinco ensaios em que a cultivar apresentou as maiores produtividades, foi de 4.200 kg/ha. Essa estimativa demonstra que a cultivar tem potencial genético elevado, e que se o ambiente for favorável e existirem boas condições de cultivo, altas produtividades podem ser alcançadas.

Em 22 ensaios de campo, na época de semeadura das águas em Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Bahia, a BRS FS307 apresentou produtividade média de 2.703 kg ha, com 13,9% de superioridade quando comparada à média das testemunhas (2.409 kg ha). Considerando cada um dos Estados, a superioridade foi 9% na Bahia, 15,2% em Pernambuco, 12,9% em Sergipe e 16,9% em Alagoas.

O ciclo da emergência à maturação fisiológica é de 83 dias, sendo uma cultivar semiprecoce. Devido ao período de pós-colheita maior em relação às cultivares comuns do grupo carioca, espera-se que a cultivar BRS FS307 tenha um preço diferenciado no mercado, gerando maior renda ao pequeno produtor.

Com relação a características de qualidade tecnológica e industrial dos grãos, a cultivar possui uniformidade para coloração e tamanho de grãos, sendo a massa média de 100 grãos de 24g, superior em relação às das cultivares BRS Marfim (22,8 g) e BRS Agreste (21g).

Na mesa
O tempo médio de cocção da BRS FS307 é de 43 minutos. Com relação à porcentagem de proteína, o teor médio da BRS FS307 (23%) está dentro do padrão para feijão-comum.

O pesquisador Luís Cláudio de Faria, da Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO), que vem atuando junto à Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) e coordenou o desenvolvimento da cultivar, explica que a BRS FS307 visa ampliar a participação das cultivares do grupo mulatinho no mercado brasileiro, fortalecer a cultura do feijão no Nordeste e ainda cumprir a missão da Embrapa como desenvolvedora de tecnologias para a agricultura familiar.

Características
Ciclo: Semiprecoce
Arquitetura: Semi-ereta
Massa de 100 grãos: 24g
Escurecimento: Normal

Resistência a doenças
Antracnose: Moderadamente resistente
Curtobacterium: Suscetível
Crestamento bacteriano: Suscetível
Mancha angular: Suscetível
Fusarium oxyspora: Intermediária
Fusarium solani: Sem informação
Ferrugem: Sem informação
Mosaico comum: Resistente
Mosaico dourado: Suscetível

Fonte: Embrapa

Identificadas doenças de mandioca em áreas indígenas

A Embrapa Amapá identificou micro-organismos que atingiram plantações inteiras de mandioca em áreas indígenas de Oiapoque, no extremo norte do estado do Amapá. Análises em laboratório confirmaram a presença de três espécies de fungos fitopatogênicos nas amostras de plantas, de manivas-sementes e da mandioca, bem como a ocorrência de sintomas compatíveis com a doença conhecida como “superbrotamento”.  O trabalho conta com apoio da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Bahia.

Além de fornecer técnicas agronômicas, sobretudo para produção de manivas-sementes de qualidade comprovada, a Embrapa cuida da capacitação de multiplicadores indígenas, em atendimento à solicitação encaminhada pela 29ª Assembleia de Avaliação e Planejamento do Oiapoque (Apio), evento realizado pelo Conselho dos Caciques dos Povos Indígenas do Oiapoque (CCPIO) em março deste ano, em que uma equipe da Embrapa esteve presente. Atende também a encaminhamentos feitos pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e pelo Grupo de Trabalho que integra diversos órgãos do Governo do Estado.

A Embrapa ressalta que é fundamental a assistência técnica permanente, dada por parte das instituições estaduais, a fim de assegurar a manutenção das práticas agrícolas compatíveis com a cultura indígena, e da segurança alimentar dos povos indígenas. A equipe da Embrapa dedicada a atender esta demanda dos povos indígenas de Oiapoque é formada pelos gestores Antonio Claudio Almeida de Carvalho (chefe-geral), Cristiane de Jesus (chefe de Pesquisa), pesquisador Adilson Lopes Lima (fitopatologista), os analistas Jackson de Araújo dos Santos e Adriana Bariani, e o técnico Aderaldo Gazel.

Fonte: Embrapa

Fermentado de açaí tem propriedades similares às do vinho tinto

Uma bebida fermentada da polpa de açaí, produzida pelo empreendimento Flor da Samaúma, localizado em Macapá (AP), apresenta características físico-químicas e sensoriais semelhantes a alguns vinhos tintos. A conclusão é de uma análise feita pela Embrapa Agroindústria Tropical (CE). Tanto os perfis físico-químicos revelam esta proximidade entre as duas bebidas, quanto a partir de análise sensorial com 50 provadores, consumidores habituais de vinho, ficou demonstrado que há uma atitude positiva de compra do produto.

De acordo com o chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Gustavo Saavedra, a bebida da polpa de açaí, especificamente do rótulo Curiaú, surpreendeu os provadores. Ele acredita que o produto apresenta grande potencial de inserção mercadológica após passar por ajustes tecnológicos.

Fonte: Embrapa

Como produzir feno de amendoim forrageiro para deixar o rebanho bem alimentado e produtivo

Desenvolvida pela Embrapa, a BRS Mandobi, primeira cultivar brasileira de amendoim forrageiro propagada por sementes, possibilita a produção de feno como alternativa para a pecuária na Amazônia.

A BRS Mandobi apresenta um fácil manejo, alto valor nutritivo e produção de forragem. Além do aproveitamento do excedente do feno no período chuvoso, também pode ser comercializada no mercado local, tornando-se uma atividade econômica rentável.

Fonte: Embrapa

Projeto estima estoque de carbono da cafeicultura de Rondônia

​Atualmente ausentes na literatura científica, os dados de carbono sequestrado pela cafeicultura rondoniense podem comprovar a sustentabilidade do cultivo local e, com isso, abrir portas de novos mercados para o produto, além de possibilitar ao agricultor o acesso a programas de pagamentos e a mais investimentos.

Denominado “CarbCafé – RO”, um projeto de pesquisa liderado pela Embrapa Territorial (SP) conta com a parceria da Embrapa Rondônia, dos Cafeicultores Associados da Região Matas de Rondônia (Caferon), do banco Sicoob, agente financiador com a Embrapa, e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A parceria também prevê outros trabalhos inéditos, como o mapeamento das áreas de café e o inventário de carbono. As primeiras ações tiveram início entre maio e junho, com visitas a unidades produtivas de Cacoal (RO), para articular a participação dos agricultores.

Os números da produção rondoniense começam a evoluir no cenário brasileiro. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – safra 2022/2023 – apontam o estado como o quinto maior produtor de café do País, ocupando o segundo posto quando considerado somente o café canéfora. Atualmente, a cafeicultura local envolve mais de 10 mil produtores rurais, e a maior parte das plantações de café do estado são encontradas em pequenas propriedades rurais (com quatro hectares, em média).

Mas a ampliação de mercados traz desafios. Cresce a exigência dos compradores, dentro e fora do Brasil, pela comprovação de que os artigos de cadeias produtivas não provenham de áreas desmatadas. Para o café cultivado na Amazônia, a pressão é o dobro, como enfatiza o presidente da Caferon.

Fonte: Embrapa

Boas práticas na produção de açaí

Técnicos da agroindústria do Projeto Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (Reca) e uma equipe da Embrapa Acre estão realizando diagnóstico para verificar o nível de adoção das boas práticas de produção de açaí entre os fornecedores da agroindústria de processamento de polpa de frutas. A atividade começou no mês de junho e envolve mais da metade dos 90 manejadores de açaí que vivem na divisa entre os estados do Acre, Rondônia e Amazonas.

A pesquisadora da Embrapa Acre, Cleísa Cartaxo, explica que o diagnóstico é o primeiro passo para conhecer mais sobre como a atividade funciona no campo. “A garantia da qualidade sanitária da polpa de açaí não depende apenas dos controles adotados na agroindústria. Os cuidados com a produção da matéria-prima devem iniciar ainda no campo ou na floresta e seguir até a embalagem e armazenamento do produto”, acrescenta.

A adoção das Boas Práticas de Produção de Açaí (BPP) contempla um conjunto de medidas de higiene e controle de qualidade nas agroindústrias de polpa e, também, aspectos nas etapas de pré-coleta, com o manejo das espécies florestais e agroflorestais, coleta e pós-coleta de frutos.

Fonte: Embrapa

Monitoramento das lavouras

Milho (2ª safra) – 47,9% colhido

47,9% colhido. Em MT, a colheita está progredindo e, em algumas regiões, a colheita se direciona para os talhões finais. As produtividades verificadas são excepcionais, contudo a falta de espaço nos armazéns tem interrompido, pontualmente, a colheita. No PR, as precipitações interromperam a colheita em diversas regiões. Os fortes ventos provocaram tombamento de lavouras em algumas áreas do estado. Em MS, a colheita está ocorrendo lentamente, pois os produtores estão aguardando a redução natural da umidade dos grãos. Em GO, a colheita está atrasada em comparação à safra passada devido à falta de espaço nos armazéns, o que tem influenciado na velocidade de colheita. Em SP, as precipitações favoreceram as lavouras semeadas tardiamente. Em MG, a colheita avança de forma regular em todas as regiões. No Triângulo Mineiro, os produtores aceleraram os trabalhos a fim de evitar tombamento de plantas em função dos fortes ventos que ocorrem em agosto. No TO, as operações de colheita tem avançado em todas as regiões e o estado atingiu 75% da área semeada. No PI, a maioria das lavouras se estabeleceu em boas condições, embora com redução no rendimento em áreas pontuais por deficit hídrico. O clima seco permitiu que a colheita avançasse. No MA, a colheita está progredindo em todas as regiões produtoras. No PA, a redução das precipitações permitiu o progresso na colheita em todo o estado. A falta de espaço nos armazéns tem limitado a maior evolução da colheita.

Algodão – 28,8% colhido

28,8% colhido. Em MT, as condições climáticas são propícias para o avanço da colheita, assim como para o controle do bicudo-do-algodoeiro. No Extremo-Oeste da BA, as lavouras de sequeiro estão em fase de colheita e as irrigadas em formação de maçãs e maturação. No Centro-Sul, a colheita está sendo favorecida pelas condições climáticas. Em MS, o clima seco contribui para as operações de pulverização de desfolhantes e da colheita, bem como o manejo das soqueiras nas lavouras colhidas. No Sul do MA, a colheita está progredindo nas lavouras de primeira e segunda safra. Em GO, a ausência de chuvas e as temperaturas amenas contribuem para a evolução da colheita, assim como para a qualidade da pluma, que já está sendo beneficiada. Em MG, a colheita tem apresentado resultados positivos na produtividade e na qualidade das fibras. Em SP, a colheita alcançou 92%. No PI, a colheita alcançou mais da metade da área semeada e confirma as boas produtividades.

Feião (2ª safra)

No PR, a ocorrência de chuvas inviabilizou o progresso na colheita, contudo a operação atingiu 98% da área total. Na BA, o feijão-caupi cultivado em sequeiro está em fase final de colheita. A baixa umidade está favorável à maturação dos grãos, diminuindo a incidência de doenças e pragas de final de ciclo. Para o feijão cores, cultivado em sistema irrigado e semeado mais tarde, as lavouras estão em estágios menos avançados no ciclo, especialmente entre floração e enchimento de grãos. No geral, as condições são consideradas ótimas. Em MG, a colheita foi finalizada e a qualidade do grão obtido foi considerada boa, no geral, mesmo com algumas situações pontuais de final de ciclo, com chuvas na maturação e na colheita, além de baixas temperaturas. As produtividades obtidas também foram classificadas como satisfatórias.

Trigo 97,9% semeado

No RS, a semeadura foi retomada após as condições climáticas estarem mais estáveis, em especial na região Norte. Na região das Missões e na Fronteira Oeste, a semeadura está encerrada. Apesar das lavouras estarem com bom desenvolvimento, as condições climáticas propiciaram o aparecimento de doenças fúngicas e acamamento em algumas áreas. No PR, a área estimada foi completamente semeada. As lavouras estão, em sua maioria, em desenvolvimento vegetativo. As condições climáticas são, de maneira geral, favoráveis ao cultivo, entretanto as chuvas interromperam os tratos culturais. Em SP, as lavouras estão, predominantemente, em estágios de floração e enchimento de grãos. Em SC, as condições climáticas foram estabilizadas e a semeadura foi restabelecida. Nas lavouras mais adiantadas, foram realizadas operações de adubação de cobertura. Nas regiões do Extremo-Oeste e Oeste, as lavouras iniciaram a diferenciação reprodutiva e alongamento dos entrenós, em boas condições. No Extremo-Oeste, as grandes variações de temperatura têm diminuído o perfilhamento e acelerado o desenvolvimento precoce das lavouras. Em MS, a umidade no solo e as baixas temperaturas favorecem os cultivos. Em algumas áreas, as condições climáticas têm favorecido a ocorrência de brusone. Na BA, as lavouras estão, majoritariamente, em fase de enchimento de grãos e o clima tem favorecido o desenvolvimento e a qualidade dos cultivos. Em GO, a colheita do trigo sequeiro está praticamente encerrada, enquanto as lavouras irrigadas estão em maturação. Em MG, foi iniciada a colheita, contudo a maior parte das lavouras está enchimento de grãos e maturação.

Fonte: Conab

MERCADO

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

A disputa entre compradores domésticos e externos pela oleaginosa resultou em alta nos preços nacionais, que alcançaram, na semana passada, os maiores patamares nominais desde abril/23, conforme dados do Cepea. DERIVADOS – Os preços do farelo de soja também subiram nos últimos dias. Além das influências da alta da matéria-prima e da valorização externa do derivado, a demanda pelo produto brasileiro segue aquecida, tanto por parte de compradores domésticos quanto de externos. Já os preços do óleo de soja caíram, influenciados pela retração de grande parte dos compradores.

Milho

As negociações de milho seguem em ritmo lento no Brasil, visto que compradores estão à espera de novos recuos nos preços com o avanço da colheita, segundo informações do Cepea. Vale lembrar que, agora, todos os estados produtores da segunda safra de milho já iniciaram a colheita – o estado de São Paulo era o único que ainda não havia iniciado as atividades. No cenário externo, o fim do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro e os ataques que ocorreram na cidade portuária de Odessa, na Ucrânia, devem restringir ainda mais os embarques naquele território.

Algodão

Os preços do algodão em pluma continuam em elevação no spot nacional. De acordo com colaboradores do Cepea, cotonicultores se mantêm firmes em suas posições, atentos às atividades de campo e ao cumprimento de contratos a termo. Além disso, os valores externos seguem dando sustentação no mercado interno. A liquidez, por sua vez, está enfraquecida, com os negócios limitados pela disparidade de preço e/ou qualidade e pela consequente retração de agentes. No entanto, alguns fechamentos envolvendo tanto a pluma remanescente da safra 2021/22 quanto a da temporada 2022/23 vêm sendo realizados.

Arroz

A boa demanda externa pelo arroz brasileiro, além da baixa oferta, tem impulsionado as cotações no mercado nacional, de acordo com dados do Cepea. Além disso, as restrições da Índia às exportações do cereal podem resultar em aumento dos preços no cenário internacional, visto que esse país é o maior fornecedor global do produto. Nos últimos dias, a média ponderada do estado do Rio Grande do Sul, representada pelo Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros e pagamento à vista), retomou o patamar dos R$ 85,00/saca de 50 kg, o que foi observado pela última vez em meados de maio deste ano.

Trigo

Os preços externos do trigo subiram na última semana após a suspensão do acordo de exportação de grãos pelo Mar Negro entre Rússia e Ucrânia, devido à não renovação por parte da Rússia – que alegou que a parte relativa ao país não estaria sendo cumprida. Esse cenário eleva as preocupações relacionadas à disponibilidade do cereal para suprir a demanda mundial. No mercado interno, conforme dados levantados pelo Cepea, as cotações do cereal também subiram, influenciadas pela alta externa. No entanto, é importante ressaltar que a Ucrânia não está entre as principais origens do trigo importado pelo Brasil e que a produção nacional cresceu nas últimas safras.

Açúcar

O ritmo das negociações envolvendo açúcar cristal branco foi baixo no mercado spot paulista por mais uma semana, com a liquidez total captada pelo Cepea menor que a da semana anterior. Por mais que a oferta interna dos tipos de melhor qualidade esteja restrita – visto que as usinas aumentaram o volume de açúcar direcionado às exportações –, a demanda interna não tem mostrado sinais de aquecimento, o que vem pressionando os valores domésticos. De 17 a 21 de julho, a média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 134,77/saca de 50 kg, queda de 2,84% em relação à da semana anterior (de R$ 138,71/sc). No comparativo das últimas duas sextas-feiras, a baixa foi de 1,45%.

Etanol

As cotações dos etanóis anidro e hidratado continuam em baixa no mercado paulista, de acordo com informações do Cepea. O Indicador do hidratado CEPEA/ESALQ fechou em R$ 2,0965/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins) de 17 a 21 de julho, recuo de 4,19% frente à semana anterior. Quanto ao etanol anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ fechou a R$ 2,6409/litro, valor líquido de impostos (PIS/Cofins), queda de 1,73% no mesmo período. Segundo pesquisadores do Cepea, o cenário de baixa está atrelado à fraca demanda.

Boi

Pesquisas realizadas pelo Cepea em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) mostram que, no balanço do primeiro semestre de 2023, os custos de produção da pecuária de corte dos sistemas de cria e de recria-engorda recuaram. Segundo pesquisadores, esse resultado esteve atrelado ao movimento de queda nos preços de insumos para suplementação e dieta do rebanho. Esse cenário traz certo alívio aos pecuaristas, sobretudo diante da queda nos valores de negociação da arroba do boi gordo ao longo deste ano. No acumulado de 2023 (de dezembro/22 até a parcial de julho/23), a média do Indicador do boi gordo CEPEA/B3, estado de São Paulo, registra baixa de 9,04%, em termos reais.

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão para o período entre os dias 24/07/2023 e 31/07/2023

Entre os dias 24 e 31 de julho de 2023, os maiores acumulados de chuva estão previstos para o noroeste do Brasil, além de áreas da Região Sul (tons de verde a vermelho no mapa da figura 1).

Já na maior parte do País, principalmente em áreas centrais e no interior da Região Nordeste, há previsão de predomínio de altas temperaturas, tempo seco e baixa umidade (tons em branco no mapa da figura 1).

Região Norte

Previsão de volumes de chuva maiores que 20 milímetros (mm) no extremo norte da região, podendo ultrapassar 50 mm em áreas do noroeste do Amazonas e norte de Roraima devido ao calor e a alta umidade. Nas demais áreas, como em Rondônia, Acre, Tocantins e sul da região, haverá predomínio de tempo seco e sem chuva.

Região Nordeste

Podem ocorrer baixos acumulados de chuva (menores que 30 mm) na costa leste da região, principalmente no litoral sul da Bahia. Nas demais áreas, como no Matopiba (região que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e no interior e norte da região, o tempo continuará estável e seco.

Regiões Centro-Oeste e Sudeste

Um sistema de alta pressão e uma massa de ar seco deixará o tempo estável e sem chuva em praticamente toda a região. A previsão ainda indica baixa umidade relativa do ar, com valores inferiores a 30%, principalmente, no Centro-Oeste e oeste de São Paulo.

Região Sul

Uma frente fria poderá provocar acumulados de chuva maiores que 40 mm em áreas centrais de Santa Catarina e no extremo sul do Rio Grande do Sul. Já em áreas do Paraná, há previsão de tempo seco e sem chuva.

Figura 1. Previsão de chuva para a 1ª semana (24/07/2023 a 31/07/2023). Fonte: INMET.

Previsão para o período entre os dias 01/08/2023 e 08/08/2023

Na segunda semana, entre os dias 1° e 8 de agosto de 2023, a previsão indica grandes acumulados de chuva (maiores que 40 mm) no norte da Região Sul, sul de Mato Grosso do Sul e de São Paulo, áreas do oeste da Região Norte e na costa leste do Nordeste. Veja figura 2. Já em grande parte do Brasil Central e no interior do Nordeste, há previsão de tempo seco e sem chuva ao longo da semana.

Região Norte

São previstos acumulados menores que 20 mm em praticamente todo extremo norte da região, com exceção de áreas do oeste do Amazonas e do Acre, onde os volumes podem ser superiores a 50 mm. Nas demais áreas da região, não há previsão de acumulados de chuva.

Região Nordeste

Previsão de baixos acumulados de chuva, podendo ultrapassar 30 mm em áreas do litoral da costa leste. Em áreas do Matopiba (região que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), norte e interior da região, o tempo ficará seco e não há previsão de chuva.

Regiões Centro-Oeste e Sudeste

Previsão de tempo seco, com exceção de áreas do sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul e no litoral do Rio de Janeiro, onde podem ocorrer volumes de chuva maiores que 30 mm.

Região Sul

Previsão de acumulados de chuva maiores que 30 mm em grande parte do Paraná. Nas demais áreas, podem ocorrer acumulados menores que 20 mm.

Figura 2. Previsão de chuva para a 2ª semana (01/08/2023 a 08/08/2023). Fonte: GFS.

Fonte: INMET

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