Principais Notícias da Semana no Mundo Agro (26/08/2023-01/09/2023)

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GERAIS

Brasil alcança 41 mercados abertos para a exportação de produtos do Agro

Reforçando a confiança na qualidade e nos controles sanitários e fitossanitários estabelecidos pelos exportadores brasileiros, foram atualizadas para 41 as novas aprovações sanitárias de importação para produtos da agropecuária nacional desde janeiro deste ano.

As mais recentes foram para importação de crustáceos (camarão e lagosta) e moluscos bivalves (ostra e mexilhão) congelados brasileiros para Singapura, pescados para o arquipélago Nova Caledônia e material genético suíno para o Uruguai.

De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, a abertura de novos mercados demonstra a competitividade e a confiabilidade do setor produtivo brasileiro reconhecido em mais de 200 países e territórios. O resultado é fruto do trabalho conjunto do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com a atuação, principalmente, dos adidos agrícolas e do Ministério das Relações Exteriores (MRE) nas negociações comerciais bilaterais.

A abertura de mercado, no entanto, não significa comércio e embarques imediatos dos produtos agropecuários. É preciso, ainda, um trabalho de preparação do produtor e do exportador para atender às demandas de cada um desses novos clientes, além do desenvolvimento de atividades de promoção comercial e de divulgação.

O Brasil já é um grande exportador de carnes, milho, soja e diversos produtos da cadeia agrícola, atendendo ao objetivo do Ministério da Agricultura e Pecuária de diversificar a pauta exportadora brasileira.

Fonte: Embrapa

Entidades levam demandas do agronegócio ao Mapa

Mais de 20 entidades que representam o agronegócio brasileiro, entre elas a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), estiveram reunidas na tarde do dia 29 de agosto, com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em Brasília. Durante a reunião, representantes das entidades tiveram a oportunidade de colocar à mesa as demandas específicas de seus setores, compartilhar experiências e dificuldades e cobrar soluções efetivas.

Segundo o diretor executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, que também esteve no encontro, o ministro ressaltou o trabalho do Mapa na abertura de novos mercados mundiais para a produção brasileira, o que resultou no agendamento de inúmeras missões internacionais ao Brasil para discutir acordos comerciais. “Estamos sendo reconhecidos pela qualidade do nosso produto e, por meio da certificação oficial, certamente iremos alcançar o primeiro lugar nas exportações”, afirmou. Ao total, foram 41 mercados abertos para a exportação de produtos da agropecuária nacional, em oito meses de gestão, de acordo com informações do ministro.

Para Busato, o país está prestes a colher sua maior safra de algodão dos últimos tempos, o que torna a promoção do algodão na Ásia determinante para o sucesso das exportações. “Foram lançadas duas propostas pelo ministro, a primeira é de nos unirmos a outras cadeias produtivas, mesmo porque plantamos milho, soja, entre outras culturas, para divulgar a agropecuária brasileira, principalmente nos mercados da Ásia e dos Emirados Árabes, juntamente com a Apex, e ampliar um programa de divulgação que já existe. É muito importante que a Abrapa participe, para que a gente consiga ganhar força e conquistar cada vez mais espaço no mercado internacional”, explicou.

A outra proposta de Fávaro é que as entidades contribuam para a modernização do Mapa, principalmente nos processos que envolvam informatização. Para compilar esses dados e reconhecer o trabalho dos produtores que investem no sistema, o Mapa está desenvolvendo uma plataforma de regularização, onde os interessados poderão participar voluntariamente para a apresentação dos dados.

Fonte: Abrapa

Plano Safra recebe adicional de R$5,1 bi

O Governo Federal decidiu antecipar contratações que ocorreriam ao longo do ano agrícola e com isso o BNDES disponibilizará, a partir desta quarta-feira, 30, R$ 5,1 bilhões adicionais no âmbito dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGFs) do Plano Safra 2023-2024.

Desse total, R$ 3,4 bilhões serão destinados à agricultura empresarial, com destaque ao programa Moderfrota, que terá R$ 1 bilhão para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. Para a agricultura familiar, há R$ 1,7 bilhão adicionais por meio do Pronaf. Por meio dos PAGFs o BNDES financia custeio e investimento agrícola em suas diversas finalidades, como projetos de ampliação e modernização da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, dentre outras.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destaca o esforço do Banco para apoiar o fomento à agricultura de precisão. “É a maior participação do BNDES na história do Plano Safra, tanto para a agricultura comercial quanto para a agricultura familiar. No primeiro semestre, o Banco aumentou em 54% o desembolso para o agro, quando comparamos com o mesmo período do ano passado. Todo esse esforço vem acompanhado de um aprimoramento de gestão, em que o BNDES monitora em tempo real as propriedades rurais para que os empréstimos não sejam destinados a áreas de desmatamento irregular”, explica.

O BNDES é um grande apoiador do setor agropecuário e seus recursos chegam aos produtores rurais e suas cooperativas, principalmente por meio de agentes financeiros parceiros. No Plano Safra 2023/24, já foram protocolados mais de R$ 11,5 bilhões via instituições parceiras, dentre agências de fomento, bancos de montadoras, cooperativas de crédito, bancos cooperativos, bancos privados e bancos públicos. Esse modelo de operação permite uma distribuição descentralizada de recursos por todo o país, facilita o desenvolvimento da política pública de apoio à agropecuária e já alcançou cerca de 57,5 mil produtores rurais e suas cooperativas desde 1° de julho de 2023.

Ampliação do acesso ao crédito – O BNDES disponibiliza no Plano Safra 2023/24 o maior orçamento de sua história. São R$ 38,4 bilhões, aumento de 53% em relação ao Plano Safra anterior, sendo R$ 26,4 bilhões em recursos com juros equalizados dos PAGFs e mais R$ 12 bilhões de recursos do Banco, por meio do BNDES Crédito Rural, que garante perenidade na oferta de recursos ao setor.

Fonte: Mapa

Livro sobre o uso racional da água na pecuária

A água é um insumo essencial para a produção pecuária, envolvendo diferentes processos, como o consumo pelos animais e a produção de pastagens. Para auxiliar o setor produtivo a ter uma utilização mais sustentável deste recurso natural, a Embrapa Pecuária Sul está lançando o livro “Manejo da água na pecuária – Aplicação de conceitos, princípios e práticas para racionalizar seu uso”. O lançamento da publicação acontece na Expointer, no dia 31 de agosto, a partir das 16 horas, no estande da Embrapa, no Pavilhão Internacional.

Com edição técnica dos pesquisadores Gustavo Trentin e Marcia Silveira, da Embrapa Pecuária Sul, o livro é dividido em cinco capítulos e busca abranger todo o ciclo dos recursos hídricos em um sistema de produção pecuário. De acordo com Gustavo Trentin, a publicação traz diferentes abordagens sobre a água dentro de um sistema pecuário, possibilitando uma visão mais ampla sobre o uso do recurso. “Ao entender esses processos, o produtor tem mais condições de fazer um planejamento sobre a utilização dos recursos hídricos e, com isso, tornar seu sistema de produção mais eficiente e sustentável”, ressaltou o pesquisador.

A publicação pode ser acessada gratuitamente no seguinte endereço: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1152726/manejo-da-agua-na-pecuaria-aplicacao-de-conceitos-principios-e-praticas-para-racionalizar-seu-uso.

Fonte: Embrapa

PRODUÇÃO

Genômica ajuda na seleção de bovinos de corte para eficiência alimentar

A partir deste ano, os criadores da raça Angus poderão selecionar reprodutores com capacidade de transmitir características relacionadas à eficiência alimentar aos seus descendentes. Isso porque a Embrapa, em parceria com a Associação Brasileira de Angus, Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) e BioData Ciência de Dados, desenvolveu uma nova avaliação genômica que prediz a capacidade de transmissão dessas características pelos progenitores. A tecnologia, em lançamento durante a 46ª edição da Expointer, possibilitará, na prática, que o pecuarista comece a introduzir nos seus rebanhos animais mais eficientes na conversão, em carne, dos alimentos que consomem.

A avaliação genômica é baseada em três novas predições DEPGs (diferença esperada na progênie aprimorada pela genômica) que estão inter-relacionadas: Consumo de Matéria Seca (CMS), Consumo Alimentar Residual (CAR) e Ganho Médio Diário Residual (GMDR).

O CMS é o consumo médio diário de alimento do animal com base na matéria seca, descontando a água presente nos componentes da dieta; o CAR é a diferença entre o consumo de alimento observado e o esperado em função do peso metabólico do animal e do ganho médio diário; o GMDR é a diferença entre o Ganho Médio Diário (GMD) observado para cada animal durante a prova e o estimado com base no consumo de matéria seca e peso metabólico.

As características se relacionam, e, em síntese, busca-se selecionar animais que sejam mais eficientes no uso dos alimentos fornecidos na dieta. Por meio do Consumo Alimentar Residual são identificados animais com ganho de peso igual à média do grupo em teste, mas com menor consumo diário de alimento. São aqueles que tenham, portanto, CAR negativo, e a capacidade de manter níveis adequados de produção usando menos recursos.

Por outro lado, o Ganho Médio Diário Residual positivo seleciona animais que ganham mais peso do que a média do grupo, comendo a mesma quantidade, ou seja, têm maior produção sem aumentar a necessidade de recursos alimentares. As características possuem de média a alta herdabilidade.

Fonte: Embrapa

Calculadora de sementes forrageiras está disponível para produtor rural

Na hora de implantar ou reformar a pastagem, o produtor sofre com a dúvida sobre a quantidade de sementes a ser plantada. De olho nesse problema, os pesquisadores da Embrapa Gado de Corte (MS) desenvolveram a calculadora de sementes. A ferramenta fornece uma sugestão da quantidade de sementes forrageiras necessária para a implantação da pastagem. Disponível, gratuitamente, na Plataforma Pasto Certo, ela é resultado da parceria Embrapa, Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto) e Faculdade de Computação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Facom-UFMS).

“Com esse instrumento, reforçamos as boas práticas de manejo, preconizadas pela pesquisa. É útil para o produtor, que pode escolher a quantidade e a qualidade de sementes, estando mais consciente de suas escolhas”, afirma o pesquisador Sanzio Barrios. Nos últimos anos, ele e os pesquisadores Ademir Zimmer (falecido) e Jaqueline Verzignassi trabalharam diretamente no desenvolvimento da calculadora.

Redução de custos, menor desperdício de maquinários, percepção de distorções, inclusive nos preços, são outros benefícios apontados pelos especialistas para o pecuarista que incorporar a ferramenta à rotina da propriedade rural. Ela foi desenvolvida nas versões Android, iOS (sistema operacional da Apple) e web, e funciona em dispositivo móvel ou em tela cheia (www.pastocerto.com”), sem ocupar espaço no smartphone ou desktop, com sincronismo de informações.

Fonte: Embrapa

Benefícios da fruta juçara para a indústria de alimentos e para a preservação da espécie

Fruto nativo da Mata Atlântica, a juçara é saudável e é também um ótimo ingrediente para diferentes produtos alimentícios. É o que demonstra uma pesquisa realizada pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, que transformou a fruta em bebida tipo smoothie, em corante e outros tipos de apresentação de polpa. A pesquisa contribui para agregar valor à matéria-prima e  para ajudar a proteger a palmeira juçara, que chegou a ser incluída na lista de espécies em risco de extinção, por causa da extração ilegal de seu palmito.

Fonte: Embrapa

Monitoramento das lavouras

Milho (2ª safra) – 84% colhido

Em MT, a colheita foi finalizada com recordes de área, produtividade e de produção. No PR, as áreas de milho acamadas, devido aos fortes ventos de julho, aliadas à umidade elevada dos grãos, tem retardado a velocidade da colheita, que se encontra muito atrasada em relação à safra passada. Em MS, mesmo diante os fortes ventos, aliados às precipitações, que provocaram o tombamento de plantas no Sudoeste do estado, no geral, são esperadas produtividades conforme o estimado. A colheita não evoluiu com maior intensidade devido às limitações de umidade dos grãos e descarregamento dos caminhões. Em GO, a colheita progride dentro do esperado, mesmo com as precipitações que ocorreram em algumas regiões. Em SP, a colheita alcançou 60% da área total e as lavouras estão em fase de maturação e colheita. Em MG, a colheita atingiu 87% da área total e nas áreas mais quentes do estado já foi finalizada. No MA, a colheita foi finalizada nas regiões Sul e Central. No PI, a colheita foi finalizada, com produtividades um pouco abaixo do esperado inicialmente, devido ao déficit hídrico ocorrido em algumas áreas. No PA, a colheita está em progresso no polo de Santarém.

Algodão – 78,4% colhido

Em MT, as chuvas isoladas não prejudicaram a qualidade da pluma e a evolução da colheita. A produtividade média manteve-se alta e o rendimento médio de fibra é bom. O manejo foi concentrado no manejo das soqueiras e no controle do bicudo. No Extremo-Oeste da BA, as lavouras estão em fase de colheita, apresentando boa produtividade e qualidade de fibras. Na região Centro-Sul, as lavouras colhidas têm apresentado baixa produtividade. Em GO, a colheita tem progredido nas áreas irrigadas, porém no Extremo-Sul, as precipitações têm atrasado essa operação em algumas áreas. Em MS, as chuvas interromperam, momentaneamente, a colheita sem prejudicar a qualidade das fibras. No Sul do MA, a colheita das lavouras de primeira e de segunda safras está em andamento, com produtividades abaixo da última safra. Em MG, a colheita estáprogredindo e nota-se boa produtividade e qualidade das fibras. Em SP, a colheita está quase finalizada, restando apenas algumas lavouras na região de Riolândia. No PI, a colheita está finalizada.

Feião (2ª safra)

Na BA, a colheita evolui lentamente. É possível constatar redução no potencial produtivo devido à escassez hídrica registrada em algumas regiões produtoras, principalmente àquelas que estão em estágio de floração e enchimento de grãos. Em MG, o clima mais seco tem favorecido a maturação, a secagem e a colheita, além de reduzir a incidência de pragas e doenças de final de ciclo. Verificou-se que a qualidade e o rendimento dos grãos têm sido muito bons. Em GO, a colheita tem avançado e faltam cerca de 15% da área a ser colhida. As lavouras remanescentes estão em maturação e uma pequena fração em enchimento de grãos. As condições fitossanitárias estão ótimas. Em SP, aproximadamente 75% da área total foi colhida. As lavouras remanescentes estão em fase de enchimento de grãos e maturação. No PA, há registro de chuvas esparsas e de pouco volume. As condições são favoráveis para a evolução das lavouras, que estão entre as fases de desenvolvimento vegetativo e floração. As lavouras estão classificadas entre boas e regulares.

Trigo 6,9% colhido

No RS, as condições das lavouras são boas. A maioria dos cultivos estão em desenvolvimento vegetativo e floração. No PR, a maior parte das lavouras estão em maturação. Alguns cultivos apresentam falhas de germinação e as altas temperaturas registradas têm impactado o desenvolvimento das plantas. Em MG, a colheita avança nas lavouras de sequeiro e irrigadas. A qualidade do trigo colhido é boa, com elevado PH, assim como a produtividade. Em SP, as lavouras estão predominantemente em enchimento de grãos, com algumas áreas em colheita.

Em SC, iniciou a fase de florescimento em alguns cultivos. As condições das lavouras são consideradas boas, apesar de haver relatos de incidência de doenças, como o oídio e manchas foliares. Em GO, iniciou a colheita das lavouras irrigadas. As chuvas não prejudicaram a qualidade dos grãos colhidos. Em MS, a umidade do solo tem beneficiado as lavouras em estágio de enchimento de grãos. As primeiras áreas colhidas indicam boas produtividades, entretanto há regiões que foram afetadas pela brusone. Na BA, o início da colheita apresentou boa qualidade e produtividade.

Fonte: Conab

MERCADO

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

As exportações brasileiras de soja e de milho estão em ritmo acelerado. O maior fluxo de grão tem resultado em aumentos nos preços dos fretes e em redução na disponibilidade de cotas nos portos brasileiros. Segundo pesquisadores do Cepea, esse contexto vem afastando vendedores do spot nacional e reduzindo a liquidez no interior do País, o que tem feito os preços da soja registrarem pequenas oscilações diárias. Nos portos, agentes consultados pelo Cepea indicam que o de Santos (SP) está com restrição para recebimento de soja, devido à capacidade de estocagem. Assim, as negociações são mais frequentes nos portos de Paranaguá (PR) e de São Francisco (SC), porém, para entregas a partir de outubro/23. Os dados parciais da Secex mostram que, até a terceira semana de agosto, os embarques de soja somam 5,4 milhões de toneladas, com média mensal 48,6% maior que a de agosto/22.

Milho

As exportações brasileiras de milho têm se intensificado nas últimas semanas. Os embarques vêm dando suporte aos preços domésticos – o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) vem atravessando este mês de agosto operando entre R$ 52 e R$ 53/saca de 60 kg. Neste cenário, parte dos produtores se afastou do spot, à espera de recuperação nos valores. CAMPO – Ao mesmo tempo em que a colheita de segunda safra avança na maior parte das regiões, produtores também já iniciaram a semeadura da temporada 2023/24 em algumas praças. Até o dia 19, a média nacional colhida somava 78,8%, aproximadamente 12 p.p. abaixo do registrado em 2022, segundo dados da Conab.

Algodão

A liquidez está lenta no mercado spot do algodão em pluma, apesar de a colheita estar em fase final e do avanço do beneficiamento. Segundo informações do Cepea, os agentes ativos estão atentos ao cumprimento e/ou ao recebimento de contratos a termo, fechando novos negócios somente para suprir necessidades imediatas ou para liquidar estoques remanescentes. Colaboradores do Cepea afirmam que há desacordo quanto aos preços e à qualidade dos lotes disponibilizados.

Arroz

O ritmo forte das transações externas e o maior interesse comprador seguem impulsionando as cotações do arroz em casca, que continuam registrando elevação significativa. A alta do Indicador CEPEA/IRGA-RS do casca (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) está perto dos 11% na parcial deste mês. De acordo com levantamento do Cepea, nos últimos dias, a demanda esteve firme até mesmo para o arroz “livre” (armazenado nas propriedades dos produtores), para recompor estoques. A menor disponibilidade do produto, por sua vez, favorece a restrição vendedora, que aposta na continuidade da tendência de alta até a chegada da nova safra, prevista para daqui a pelo menos seis meses.

Trigo

As cotações do trigo no mercado brasileiro continuam em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, este movimento se deve ao avanço da colheita no País, à elevada disponibilidade interna, a compras em ritmo pontual e à desvalorização externa. De acordo com os dados do Cepea, as médias mensais de agosto (até dia 25) são as menores, em termos nominais, desde setembro de 2020 no Paraná e desde outubro de 2020 em São Paulo e em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, a média atual ainda supera a de junho deste ano, que, por sua vez, havia sido a mais baixa desde outubro de 2020. Quanto aos derivados de trigo, os preços internos também seguem em baixa. No caso da farinha, a pressão vem da menor demanda, e para os farelos, da alta disponibilidade de milho.

Açúcar

O preço do açúcar cristal branco tem operado na casa dos R$ 135,00/saca de 50 kg no mercado spot paulista neste final de agosto, acima do que era verificado em meados do mês. Pesquisadores do Cepea indicam que o movimento de reação nos valores se deve à postura firme das usinas com relação aos preços ofertados na pronta-entrega, em meio à boa evolução da safra 2023/24. Ressalta-se que, mesmo com a elevação nas cotações, cálculos do Cepea mostram que os valores domésticos do cristal continuam remunerando menos que as exportações.

Etanol

A maior presença de compradores no spot impulsionou os preços do etanol hidratado nas usinas do estado de São Paulo – esta foi a segunda semana consecutiva de alta. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado às maiores saídas de combustíveis na primeira quinzena de agosto nas usinas e a relatos de algumas distribuidoras de que, nas bombas, o biocombustível também está apresentando maior procura do consumidor final. Além disso, a proximidade do feriado de 7 de setembro reforçou a necessidade de novas compras por parte de distribuidoras. Do lado vendedor, a maior parte das usinas esteve firme nos preços, optando por participar de maneira mais pontual do spot.

Boi

O mês de agosto está se encerrando e ficando marcado pela forte queda nos preços de negociação do boi gordo. No estado de São Paulo, a arroba (Indicador CEPEA/B3) registra média de R$ 222,32 no mês (até o dia 29), com baixas de 11,4% frente ao mês anterior e de significativos 24% em relação à de agosto/22. Trata-se, também, da menor média, em termos reais, desde julho de 2018, quando esteve em R$ 222,06 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI). Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão sobre os valores do animal vem tanto da oferta quanto da demanda. No campo, além do já maior volume de boi gordo e de fêmeas prontos para o abate, pecuaristas, temendo novas desvalorizações, passaram a ofertar mais lotes de animais no spot nacional. Do lado da demanda, muitos agentes de frigoríficos consultados pelo Cepea vêm reduzindo o ritmo de aquisição de novos lotes, devido ao alongamento das escalas de abate e também aos menores preços pagos pelos chineses pela carne brasileira.

CLIMA

Previsão de chuva

Previsão para a 1ª semana (28/08/2023 a 04/09/2023)

Entre os dias 28 de agosto de 2023 e 4 de setembro, os maiores acumulados são previstos em áreas do noroeste e sul do País (tons em laranja e vermelho no mapa da figura 1), além de áreas do Rio de Janeiro, Espírito Santo, norte de Minas Gerais e divisa entre os estados de Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais (tons em verde e amarelo no mapa da figura 1).

Na porção central do Brasil, interior da Região Nordeste e sul da Região Norte, há previsão de predomínio de altas temperaturas, tempo seco e baixa umidade em praticamente toda a semana (tons em branco e azul no mapa da figura 1).

Região Norte

São previstos volumes de chuva maiores que 50 milímetros (mm) no noroeste do Amazonas, devido ao calor e alta umidade. Nas demais áreas, predomínio de tempo seco e sem chuvas.

Região Nordeste

Há previsão de tempo seco e sem chuvas, além de baixos valores de umidade relativa, principalmente, em áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e interior da região. Há possibilidade de chuva na costa leste da região, especialmente, no litoral baiano.

Região Centro-Oeste

A persistência de uma massa de ar quente e seco deixará o tempo estável e sem chuvas em praticamente toda a região, com exceção da divisa entre os estados de Goiás e o Distrito Federal, onde há previsão de chuvas pontuais e maiores que 30 mm. Além disso, poderão ser registrados baixos valores de umidade relativa do ar entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Região Sudeste

O tempo também ficará seco e sem chuvas, principalmente, em São Paulo e no sul de Minas Gerais. Nestas áreas, podem ser registrados baixos valores de umidade relativa do ar, inferiores a 30%. Já em áreas do Rio de Janeiro, Espírito Santo e nordeste de Minas Gerais, podem ocorrer acumulados de chuva maiores que 30 mm.

Região Sul

A previsão é de tempo seco e sem chuvas no início da semana. Porém, a atuação de uma nova frente fria, a partir do dia 2 de setembro, intensificará áreas de instabilidade que causarão acumulados de chuva que podem ultrapassar 50 milímetros (mm) no noroeste do Rio Grande do Sul e oeste e sul de Santa Catarina. No norte do Paraná, há previsão de tempo seco e sem chuvas em grande parte da semana.

Figura 1. Previsão de chuva para 1ª semana (28/08/2023 a 04/09/2023). Fonte: INMET.

Previsão para a 2ª semana (05/09/2023 a 13/09/2023)

Na segunda semana, entre os dias 5 e 13 de setembro de 2023, a semana poderá apresentar grandes acumulados de chuva maiores que 60 milímetros (mm) em áreas da Região Sul e leste da Região Nordeste do País. Já em grande parte do Brasil Central e interior do Nordeste, há previsão de tempo seco e sem chuvas ao longo da semana.

Região Norte

São previstos acumulados maiores que 30 mm no Acre e no extremo oeste da região. Nas demais áreas da região, não há previsão de acumulados de chuva.

Região Nordeste

São previstos baixos acumulados de chuva na faixa leste da região. Em áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), norte e no interior da região, não há previsão de chuvas havendo predomínio de tempo estável e seco.

Regiões Centro-Oeste e Sudeste

Há previsão de tempo seco em praticamente toda a semana, exceto no leste de São Paulo que podem ultrapassar os 25 mm.

Região Sul

Há previsão de acumulados de chuva significativos, maiores que 70 mm, em áreas entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nas demais áreas, podem ocorrer baixos acumulados, menores que 20 mm.

Figura 2. Previsão de chuva para 2ª semana (05/09/2023 a 13/09/2023). Fonte: GFS Fonte: INMET

Fonte: INMET

CURSOS E EVENTOS

Selecionamos uma série de eventos importantes no mundo Agro e que podem interessar você. Todos online!

Batata-doce: da produção de mudas à pós-colheita

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Produção Integrada de Folhosas

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Biogás: da produção à viabilidade econômica

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Cultivo do algodoeiro em sistemas orgânicos no semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Medidas de Prevenção, Monitoramento e Controle da Vespa-da-Madeira

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Apicultura para Iniciantes

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas

Instituição promotora: Embrapa

Data: 17/02/22 a 31/12/22

Inscrição: Clique aqui

 

Produção de mudas de cajueiro – enxertia

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

Viticultura Tropical no Semiárido

Instituição promotora: Embrapa

Data: Contínuo

Inscrição: Clique aqui

 

 

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Tags: Abrapa, Adubação, Agricultura 4.0, algodão, Bioinsumos, Carne Bovina, Cepea, clima, Conab, Cultivar, embrapa, INMET, Mapa, milho, soja, Startups, trigo, Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc)

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