Principais Notícias da Semana no Mundo Agro (08/07/2023-14/07/2023)

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GERAIS

Lei da União Europeia (UE) contra o desmatamento pode prejudicar as exportações brasileiras

Em audiência pública conjunta realizada na Câmara dos Deputados, foram debatidos os impactos do Regulamento da União Europeia (UE) contra o desmatamento em cadeias produtivas e as exportações brasileiras. A lei do Parlamento Europeu tem aplicação prevista para dezembro de 2024 e incide sobre madeira, soja, carne bovina, cacau, café, óleo de palma, borracha e derivados.

Na avaliação de representantes do governo brasileiro, a regulação envolve fatores complexos que apresentam prejuízos diretos ao comércio agrícola e, principalmente, aos pequenos e médios produtores. Para eles, a regulamentação extrapola os limites de legislar sobre seu próprio território e mercado, além de não observar os princípios internacionais e, incentiva o aumento das desigualdades nas relações comerciais.

Aprovada no dia 19 de abril, pelo Parlamento Europeu, a lei determina a proibição da importação de produtos provenientes de áreas com qualquer nível de desmatamento identificado até dezembro de 2020 – seja legal ou ilegal. O Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR) incide sobre diversos produtos constantes na cadeia produtiva brasileira, com exceção, apenas, do óleo de palma, não exportado pelo país.

Entre as principais punições constantes na determinação, estão a suspensão do comércio importador, a apreensão ou completa destruição de produtos, além de multas em dinheiro correspondentes a até 4% do valor anual arrecadado pela operadora responsável. Para entrar em território europeu, as commodities precisarão passar por rigorosa verificação para afastar a possibilidade de terem sido produzidas em áreas desmatadas.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Conab realizou novos leilões para contratação de frete de cestas

Dois leilões para a contratação de serviço de frete de cestas de alimentos foram realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na última quinta-feira (13). O objetivo foi remover 114,3 toneladas de alimentos dentro do estado do Amazonas e 193,3 toneladas de alimentos dentro do estado do Pará.

As cestas do aviso n°33 a serem transportadas estão localizadas na cidade de Manaus (AM) e terão como destino os municípios de São Gabriel da Cachoeira e Barcelos, ambos no estado do Amazonas.

Já as cestas do aviso n.º35 a serem transportadas estão atualmente localizadas no município de Ananindeua, no Pará, e terão como destino outros municípios do mesmo estado, tais como: Capitão Poço, Paragominas, Tomé-Açu, Aurora do Pará, Santa Luiza do Pará, Jacundá, Goianésia do Pará, Tucuruí, Baião, Marabá, São Geraldo do Araguaia, Brejo Grande do Araguaia, Bom Jesus do Tocantins, Itupiranga, Canaã dos Carajás, Água Azul do Norte e Ourilândia do Norte.

As empresas interessadas em participar desse tipo de leilão precisam estar incluídas no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) e no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais da Conab (Sican). Também é necessário comprovar que a atividade econômica principal é compatível com o serviço a ser realizado.

Fonte: CONAB

Projeto estimula a exportação de farelo de milho

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou, em Sorriso (MT), do lançamento do Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho 2023-2025. A iniciativa faz parte de um convênio firmado entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a União Nacional do Etanol de Milho (Unem).

Com duração de dois anos, a parceria integra a estratégia do Brasil de promover o etanol de farelo de milho como alternativa energética, agregar valor às exportações do agronegócio e aumentar a oferta do produto para produção de proteína animal.

Fonte: Agrolink

FAO reconhece Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial

Já existem 78 Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (Giahs) ao redor do mundo reconhecidos pela FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Em reunião do Conselho Científico Consultivo do Programa Globally Important Agricultural Heritage Systems (Giahs), realizada em Valencia, Espanha, entre 3 e 7 de julho, seis novas propostas foram aprovadas.

No primeiro dia do evento, houve uma visita de campo à Horta de Valencia, que é um Giahs reconhecido. Nos demais, foram discutidas as propostas submetidas para avaliação.

Fonte: Sou Agro

(Fonte do vídeo: La resiliencia de la Huerta de Valencia durante la COVID-19. Food and Agriculture Organization of the United Nations. 2020. Disponível em: youtube. Acesso em 14 de julho de 2023)

Essa foi a primeira reunião realizada fora da sede da FAO, em Roma. A ideia é fazer encontros anuais dessa maneira, visitando sítios já reconhecidos.

Fonte: FAO

(Fonte do Vídeo: Globally Important Agricultural Heritage Systems (GIAHS) Inmersive Experience. Food and Agriculture Organization of the United Nations. 2023, Disponível em: youtube Acesso em: 14 de julho de 2023)

Os Giahs ou Sipam (Sistemas Importantes del Patrimonio Agrícola Mundial) são agroecossistemas habitados por comunidades que vivem em uma relação intrincada com seu território. Esses locais em evolução são sistemas resilientes caracterizados por notável agrobiodiversidade, conhecimento tradicional, culturas, organização social e paisagens manejadas de forma sustentável por agricultores, pastores, pescadores e povos da floresta, de forma a contribuir para seus meios de subsistência e segurança alimentar.

No Brasil, a Embrapa e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estão em articulação para a criação do Programa Nacional para Valorização de Sistemas Agrícolas Tradicionais. Os programas chamados Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Nacional (Niahs) já existem na Coreia, Japão, China e Equador; e no Chile também há uma proposta em construção.

Fonte: Embrapa

PRODUÇÃO

Calendário de semeadura da soja para a safra 2023/2024

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, na última terça-feira (11), a Portaria nº 840 que estabelece os calendários de semeadura de soja referente à safra 2023/2024 para 21 unidades da Federação.

O calendário de semeadura é adotado como medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário, com objetivo de reduzir ao máximo possível o inóculo da ferrugem asiática da soja, considerada uma das mais severas doenças que incidem na cultura. A medida implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) visa à racionalização do número de aplicações de fungicidas e a redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas no seu controle.

Em relação aos períodos dos calendários estabelecidos na safra anterior, as alterações para essa nova safra levaram em consideração a análise dos dados relativos ao levantamento do Consórcio Antiferrugem, que detectou expressivo aumento nos relatos da ferrugem asiática da soja na safra 2022/23, em função do regime de chuvas ocorrido à época, conforme dados divulgados pela Embrapa Soja.

Como parte das estratégias de manejo da ferrugem asiática da soja, visando minimizar eventuais prejuízos aos sojicultores e aos demais atores envolvidos na cadeia produtiva da soja, a Secretaria de Defesa Agropecuária adotou um período limitado de 100 dias corridos para os calendários de semeadura em todos os estados produtores de soja, conforme recomendação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o propósito de se evitar epidemias severas da doença durante a safra.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Baixas temperaturas exigem providências do pecuarista

Em meados de junho, um frio intenso e úmido assustou os pecuaristas de algumas regiões dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, principalmente do Pantanal, após uma junção de fatores que causou a mortandade de milhares de bovinos. Como o inverno ainda está no início, é possível que novas frentes frias batam à porta do produtor. Assim, a fim de evitar possíveis perdas, há medidas e conhecimentos que podem ajudar na tomada de decisão.

É fundamental que os produtores estejam preparados para esses momentos. Tudo começa com um bom planejamento, sendo a condição sanitária e nutricional do rebanho importante para evitar as mortes por hipotermia.

Em sanidade animal, garantir condições que evitem desconforto físico e térmico é um dos cinco princípios básicos, ou liberdades, a serem atendidos em relação ao bem-estar animal, preconizados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Conhecer os fatores de risco que causam a hipotermia, que é a diminuição da temperatura corporal abaixo do normal estabelecido, causada pelo frio, geada, ventos ou chuvas, é de extremo valor. Diante desse cenário, soma-se a falta de abrigo para os animais e de alimentos. Soma-se também a condição corporal do indivíduo, a raça e a idade.

O primeiro é o enfrentamento à geada no campo, que começa pela proteção florestal, com áreas florestadas ou invernadas contendo “capões de mata”, que servem de agasalho aos animais contra os ventos gelados e as temperaturas a céu aberto. Para a proteção contra as correntes de ventos, recomenda posicionar os animais em invernadas que possuam barreiras naturais (morros) ou vegetais (árvores, reservas); e evitar correntes de ar frio, geralmente canalizadas, ao longo dos cursos d’água.

Uma prática simples, mas, às vezes, esquecida, é deixar os cantos de cerca abertos na direção por onde caminham os animais em busca de proteção e, claro, proteger os mais debilitados do rebanho, levando-os a uma área protegida próximo da sede da propriedade. Por fim, à medida do possível, manter a suplementação na dieta.

O planejamento para esse período de inverno começa nas outras estações. O ideal é evitar que os animais passem outono e inverno com escores corporais abaixo de quatro (escala de nove) ou três (escala de cinco). Em relação ao pasto, uma sobra de forragem para a fase de escassez, algo entre 4 e 5 ton de MS/ha para cada animal, para uma janela de cinco meses é recomendável.

Fonte: Embrapa

Açaí cultivado próximo a grandes áreas de mata nativa e com abundância de polinizadores produz até 4 vezes mais

Estudo pioneiro sobre o cultivo do açaizeiro em terra firme na Amazônia mostra que a presença de grandes áreas de vegetação nativa no entorno ou próxima aos plantios de açaí em terra firme pode aumentar em quatro vezes a produtividade do açaizal quando comparada à lavoura com ausência de floresta.

A polinização é um fator crucial para a produção de frutos do açaizeiro, uma vez que é uma palmeira de polinização cruzada (autoincompatível) e apresenta flores masculinas e femininas em tempos diferentes nas inflorescências. Ou seja, precisa de um agente que transporte o pólen das flores masculinas para as flores femininas de touceiras diferentes e, assim, possibilite a fecundação e a formação de frutos.

De acordo com o biólogo Alistair Campbell, pesquisador colaborador da Embrapa Amazônia Oriental Existem duas estratégias principais para promover os serviços de polinização:

  • manejo de polinizadores (introdução de caixas de abelha dentro dos plantios)
  • melhorar as condições ambientais para aumentar a abundância e diversidade de polinizadores nativos no ambiente.

Fonte: FORBES

Figura 1: Representação da floresta como fator decisivo para produtividade do Açai

 

Fonte: Imagem disponível em: Embrapa. Acesso em 14 de julho de 2023.

 

O impacto econômico foi de 433% (quase cinco vezes mais) na produtividade (toneladas por hectare de frutos) nas áreas com pelo menos 40% de floresta conservada em relação às áreas com 10% de cobertura florestal no raio de um quilômetro.

Fonte: Embrapa

Monitoramento das lavouras

Milho (2ª safra) – 28,9% colhido

Monitoramento das lavouras

Milho (2ª safra) – 28,9% colhido

. No PR, a colheita começou timidamente. Em MS, os produtores estão aproveitando o clima mais seco para que os grãos percam a umidade naturalmente. Algumas lavouras tardias começam apresentar sinais de déficit hídrico. Em GO, o ritmo da colheita está abaixo do esperado devido a dificuldades na comercialização. Em SP, 90% das lavouras estão em maturação. Em MG, o clima mais seco permitiu um maior avanço nas operações de colheita, porém em algumas regiões, a falta de espaço nos armazéns atrasa a retirada do cereal do campo. Em TO, a colheita avança e muitos produtores têm armazenado o milho em silos bolsas. No MA, o potencial produtivo na região de Balsas foi afetado devido ao controle deficiente da cigarrinha. Nas demais regiões, a colheita terá seu início nos próximos dias. No PI, a colheita já foi iniciada e as produtividades estão abaixo do estimado inicialmente. No PA, a colheita está encerrando no Sudoeste. Nas demais regiões, as lavouras também estão em colheita e em estágio avançado de maturação.

Algodão – 12% colhido

Em MT, há intensificação da colheita. A produtividade é melhor que na última safra. No Extremo-Oeste da BA, as lavouras de sequeiro seguem em fase de colheita, com boa produtividade e qualidade de fibra, enquanto as irrigadas estão em fase de formação de maçãs e maturação, com bom desenvolvimento. No Centro-Sul, o clima favorece a colheita. Em MS, o clima favorece a colheita e a qualidade das fibras. Concomitantemente há pulverização de desfolhantes, com adição de inseticida para redução populacional do bicudo, visando o próximo ciclo produtivo. No Sudoeste de GO, a maioria das lavouras está em fase de maturação, porém as precipitações tardias e as temperaturas abaixo da média causaram atraso no início da colheita. No Sul do MA, ocorre a colheita das lavouras de primeira safra. Nas demais regiões, as lavouras encontram-se em maturação. A colheita das lavouras de segunda safra está prevista para ser iniciada na próxima semana. Em MG, a colheita avança, porém a maioria das lavouras está finalizando a maturação com a abertura das maçãs do terço superior. Em SP, no Oeste e em Paranapanema, a colheita está quase encerrada. No Norte, a colheita está em andamento com boa produtividade. No PI, a colheita avança normalmente.

Feijão (2ª safra)

No PR, cerca de 90% da área está colhida. As lavouras remanescentes estão em maturação e uma pequena parcela ainda em enchimento de grãos. Os dias mais frios e com baixa luminosidade acabou por postergar o ciclo, que, mesmo diante de algumas oscilações, vem apresentando rendimentos satisfatórios e boa qualidade no produto obtido. Em MG, a conclusão da colheita está iminente. O clima seco tem permitido a realização das operações e garantido boa qualidade aos grãos obtidos, já que podem ser colhidos na umidade ideal.

Na BA, o feijão-caupi está em fase mais avançada, inclusive com a maioria das áreas em plena colheita. A baixa umidade favorece a secagem dos grãos maduros e reduz a incidência de doenças de final de ciclo associadas com excesso de umidade. Para o feijão cores, as lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos, apresentando ótima condição, principalmente pelo uso de irrigação

complementar. Em SC, restam apenas pequenas áreas a serem colhidas no Meio-Oeste do estado. Inclusive, o atraso no ciclo se deu por conta do excesso de chuvas e de baixa incidência luminosa em determinado período.

Trigo – 91,5% semeado

No RS, o tempo seco e a boa umidade do solo propiciaram condições adequadas para a semeadura em praticamente todo estado, em especial no Leste do Planalto Médio e no Planalto Superior. Até o momento, a formação do estande de plantas é boa, assim como a condição geral das lavouras. No PR, a semeadura está finalizando, com a maioria das lavouras em desenvolvimento vegetativo, entretanto algumas já estão em enchimento de grãos.

Até o momento, há um bom desenvolvimento desta cultura. Em SP, as lavouras estão, principalmente, em enchimento de grãos. As chuvas ocorridas favorecem a recuperação de algumas áreas antes atingidas por secas.

Em SC, as boas condições climáticas favoreceram o plantio. As lavouras apresentam boa germinação e bom desenvolvimento vegetativo. Na BA, as lavouras seguem em fase desenvolvimento vegetativo, floração e enchimento de grãos e em boas condições. Em MG, as primeiras lavouras semeadas iniciam a colheita, entretanto, a maioria encontra-se em enchimento de grãos e maturação. As condições das lavouras são consideradas boas. Em MS, as condições ambientais são boas para as lavouras, assim como para pulverizações de fungicidas protetores e inseticidas para eliminação da baixa população de lagartas e pulgões.

Em GO, a colheita do trigo sequeiro está em andamento. As lavouras de trigo irrigado estão em fase de enchimento de grãos e avançam para a fase de maturação.

Fonte: CONAB. Monitoramento Semanal das
Condições das Lavouras. Disponível em: file:///C:/Users/Raquel/Downloads/MonitoramentoZdasZCondiesZdasZLavourasZ-ZSUINFZ03-07ZaZ07-07Z1%20(8).pdf. Acesso em 14 de julho de 2023.

 

MERCADO 

Indicadores Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada

Soja

As cotações da soja subiram no mercado interno na primeira semana de julho. De acordo com pesquisadores do Cepea, esse avanço está vinculado às valorizações externas e cambial (US$/R$), cenário que deixa a oleaginosa nacional mais atrativa aos importadores. Quanto aos derivados, pesquisadores do Cepea indicam que os preços do farelo de soja também subiram no mercado doméstico, impulsionados pelas valorizações da matéria-prima e dos contratos externos e pelas maiores demandas interna e internacional. Já os preços do óleo de soja caíram, diante da baixa liquidez, devido à disparidade entre as pedidas de compradores e os valores ofertados pelos vendedores.

Milho

A retração de parte dos consumidores e o avanço da colheita de segunda safra mantêm as cotações do milho enfraquecidas neste início de julho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. No campo, a ausência de chuvas na última semana favoreceu o avanço nos trabalhos. Dados da Conab mostram que, até o dia 1º de julho, a colheita chegou a 20% da área nacional, avanço semanal de 9 p.p., mas ainda atraso de 8 p.p. em relação ao ciclo anterior.

Algodão

As cotações do algodão em pluma voltaram a subir no mercado brasileiro, depois de acumularem queda de significativos 12,51% em junho, conforme apontam dados do Cepea. O impulso veio da posição mais firme do vendedor, que está atento à sustentação da paridade de exportação. Muitos desses agentes se afastaram do spot nacional nos últimos dias, à espera de valores mais atrativos para comercialização. Compradores, por sua vez, diante das vendas ainda enfraquecidas, negociam somente “da mão para a boca”.

Arroz

As exportações de arroz em casca seguiram em alta no primeiro semestre deste ano. Em junho, especificamente, os embarques somaram 149,76 mil toneladas em equivalente arroz em casca, queda de 24,2% em relação ao mês anterior. No balanço do primeiro semestre, foram embarcadas 851,72 mil toneladas, 22,6% maior que o volume registrado no mesmo período de 2022. Quanto às importações, em junho/23, totalizaram 117,16 mil toneladas em equivalente arroz em casca, sendo 8,4% inferior ao volume de maio/23, mas 11,9% maior que o de junho/22. Assim, as exportações superaram as importações em 32,6 mil toneladas em junho, em 130,2 mil toneladas no primeiro semestre de 2023 e em 1,03 milhão de toneladas nos últimos 12 meses. Diante deste cenário, é válido que vendedores aproveitem a elevada paridade de exportação para redução de estoques domésticos e sustentação de preços da matéria-prima.

Trigo

Os preços do trigo caíram no mercado de lotes no início de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, as negociações ocorrem de forma lenta, apenas de acordo com a necessidade dos moinhos. No campo, a semeadura de trigo caminha para o fim no Brasil, sobretudo no Sul, onde estão os maiores produtores do cereal. Produtores da Argentina também estão avançando com a semeadura. Enquanto isso, no Hemisfério Norte, a colheita de trigo de inverno nos Estados Unidos ainda segue em ritmo abaixo do verificado em anos anteriores. 

Açúcar

Em meio à boa evolução na colheita e ao processamento da cana, os valores médios do açúcar cristal branco oscilaram no mercado spot do estado de São Paulo na primeira semana de julho. Segundo pesquisadores do Cepea, nos momentos de quedas, os preços foram influenciados pela postura mais flexível das usinas ativas no mercado e pela demanda enfraquecida, ao passo que as altas nas cotações estiveram atreladas a valorizações pontuais observadas nos contratos do demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures). No geral, a liquidez captada na primeira semana deste mês foi menor em relação à observada no final de junho.

Etanol

A primeira semana de julho foi marcada por forte queda no Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado, que voltou ao patamar nominal observado no início de setembro de 2022. Entre 3 e 7 de julho, o Indicador do hidratado fechou a R$ 2,2398/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), expressiva baixa de 11,65% frente ao da semana anterior. De acordo com pesquisadores do Cepea, o movimento de queda do hidratado foi resultado da demanda bastante desaquecida, mesmo com a relação de preços mostrando vantagem para o biocombustível nas bombas. Além disso, ainda existem volumes de compras feitas anteriormente a serem retirados. Do lado vendedor, alguns agentes de usinas cederam no preço de venda, na tentativa de atrair compradores, mas com pouco sucesso.

Boi

O poder de compra de pecuaristas terminadores frente ao milho tem aumentado ao longo deste ano, mesmo diante da queda do preço da arroba do boi gordo nesse período. De acordo com levantamento do Cepea este cenário se deve às intensas desvalorizações do cereal, que é um dos principais insumos da alimentação. Dados do Cepea mostram que, no acumulado de 2023 (de dezembro/22 até a parcial de julho/23), enquanto o valor médio da arroba do boi caiu 8% (Indicador CEPEA/B3, estado de São Paulo), o do milho (Indicador ESALQ/BM&FBovespa, Campinas – SP) recuou significativos 32%, em termos reais (as médias foram deflacionadas pelo IGP-DI). Diante disso, com a venda de um quilo de boi gordo no mercado paulista, o pecuarista consegue comprar 18,35 quilos de milho em julho, o maior poder de compra do recriador frente a este cereal desde setembro de 2017.

CLIMA

Previsão de chuva

Entre os dias 10 e 17 de julho de 2023, os maiores acumulados são previstos no noroeste do País, além de áreas da Região Sul (tons em amarelo e vermelho no mapa da figura 1). Já em áreas centrais do Brasil, interior da Região Nordeste e sul da Região Norte, há previsão de predomínio de tempo seco em toda a semana (tons em branco e azul no mapa da figura 1).

Região Norte

São previstos volumes de chuva maiores que 20 milímetros (mm) no extremo norte, que podem ultrapassar 50 mm em áreas do noroeste do Amazonas e norte de Roraima, devido ao calor e alta umidade. Nas demais áreas, como em Rondônia, Acre, Tocantins e sul da região haverá predomínio de tempo seco e sem chuva.

Região Nordeste

A previsão é de baixos acumulados de chuva no extremo norte do Maranhão. Já no litoral da costa leste, incluindo áreas do Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia) o tempo segue instável e com previsão de chuva durante a semana, por conta do transporte de umidade vindo do oceano. Nas demais áreas, como no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e interior e norte da região, a previsão é de tempo estável e seco em toda a semana.

Regiões Centro-Oeste e Sudeste

A persistência de uma massa de ar seco deixará o tempo estável e sem chuva nas regiões, com possível aumento da nebulosidade no meio da semana. Além disso, podem ser registrados baixos valores de umidade relativa do ar, chegando a valores inferiores a 30% principalmente no Centro-Oeste e centro e norte de Minas Gerais.

Região Sul

A formação de um ciclone extratropical a partir do dia 12 de julho irá ocasionar volumes de chuvas expressivos, além de rajadas de vento intensas em grande parte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná, com acumulados que podem ultrapassar 80 mm. Já em áreas do norte do Paraná, há previsão de tempo seco e sem chuvas em grande parte da semana.

Figura 2: Previsão de chuva para 1ª semana (de 10/07/2023 a 17/07/2023).

Fonte: INMET

Na segunda semana, entre os dias 18 a 25 de julho, a semana poderá apresentar grandes acumulados de chuva, maiores que 50 mm, em áreas do norte da Região Sul e litoral da Região Sudeste, além de áreas do noroeste do País e costa leste da Região Nordeste. Já em grande parte do Brasil Central e interior do Nordeste, há previsão de tempo seco e sem chuva ao longo da semana.

Região Norte

São previstos acumulados maiores que 30 milímetros (mm) em praticamente todo o extremo norte, com volumes superiores a 60 mm em áreas do noroeste do Amazonas e em Roraima. Já em áreas do sul da região, não há previsão de acumulados de chuva significativos.

Região Nordeste

São previstos baixos acumulados de chuva, mas que podem ultrapassar 30 mm em áreas do litoral da costa leste. Em áreas do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), norte e no interior da região, não há previsão de chuva, predominando o tempo seco.

Regiões Centro-Oeste e Sudeste

A previsão é de tempo seco em praticamente toda a semana, com exceção de áreas do litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, onde podem ocorrer baixos volumes de chuva, menores que 60 mm.

Região Sul

A previsão é de acumulados de chuva, maiores que 50 mm, em áreas do leste de Santa Catarina e centro-sul do Paraná. Já em grande parte do sul e oeste do Rio Grande do Sul, além de oeste de Santa Catarina, não há previsão de chuvas. Nas demais áreas, podem ocorrer baixos acumulados, menores que 20 mm.

Figura 3. Previsão de chuva para 2ª semana (de 18/07/2023 a 25/07/2023)

Fonte: INMET

CURSOS E EVENTOS

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RENIVA – Introdução às estratégias de produção de materiais de plantio de mandioca

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Produção e Tecnologia de Sementes e Mudas

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Data: 17/02/22 a 31/12/22

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Produção de mudas de cajueiro – enxertia

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Viticultura Tropical no Semiárido

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Data: Contínuo

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