A afirmação de que 66% do território brasileiro é preservado, protegido ou conservado encontra suporte em alguns dados, é alvo de críticas. Segundo a Embrapa, essa porcentagem inclui áreas protegidas legalmente, áreas preservadas dentro de propriedades rurais e outras formas de conservação ambiental. No entanto, esta afirmação é contestada por algumas fontes e organizações ambientais.
Por exemplo, críticos apontam que, embora uma grande parte da vegetação nativa seja legalmente protegida, a realidade no terreno pode ser diferente devido à alta taxa de desmatamento e degradação ambiental, especialmente na Amazônia e no Cerrado. Estudos indicam que o Cerrado, que é crucial para a biodiversidade e como sumidouro de carbono, já perdeu mais da metade de sua vegetação nativa, e o que resta está fragmentado e ameaçado por atividades agrícolas e pecuárias intensivas.
Além disso, a taxa de desmatamento na Amazônia, apesar de ter apresentado uma queda recente, ainda é preocupante. A área desmatada é significativa, e a persistência dessa prática ameaça transformar grandes áreas da floresta em ecossistemas de savana, o que teria graves consequências para o armazenamento de carbono, a biodiversidade e os padrões de precipitação. Portanto, enquanto os dados oficiais destacam um alto percentual de área preservada, a situação real é complexa e envolve desafios contínuos de conservação e manejo sustentável do território brasileiro.
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MIRANDA, Evaristo E. de. Vegetação protegida, preservada e conservada no Brasil. Canal Rural, 25 out. 2017. Disponível em: Embrapa 09/07/2024. Acesso em: 09 jul. 2024.
BUTLER, Rhett A. Deforestation in the Amazon rainforest continues to plunge. Mongabay, 05 jul. 2023. Disponível em: Mongabay 09/07/2024Acesso em: 09 jul. 2024.