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GERAIS
Equipe interministerial dialoga para definir políticas de estímulo à produção de alimentos
Em março, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou de reunião interministerial convocada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para dialogar sobre propostas de estímulo à produção, equilíbrio e redução de preços de alimentos básicos. A expectativa é facilitar o acesso da população brasileira à alimentos como arroz, feijão, trigo e milho.
O ministro Fávaro também explicou que devido as medidas de apoio à cadeia produtora, o preço para os produtores já sofreu queda, que agora os atacadistas devem repassar o reajuste para o consumidor. “Medidas de apoio ao consumidor já está acontecendo e será intensificada. Caso essas medidas estruturantes não baixarem, podemos tomar outras medidas governamentais que serão estudadas pela equipe econômica”, reforçou Fávaro.
O ministro Paulo Teixeira evidenciou que a alta do preço dos alimentos ocorrida no final do ano de 2023 foi puxada por intemperes climáticas, como a altas temperaturas na região Centro-Oeste e o grande volume de chuvas no Sul do país. “Esse aumento ocorreu em função de questões climáticas. Foi o aumento sazonal e a tendência agora é diminuir”, pontuou. Na ocasião também foi reforçado o compromisso desta gestão em fomentar o trabalho da Conab e garantir o preço mínimo de alimentos. O objetivo é garantir estabilidade no preço dos alimentos em todo o país.
Fonte textual: Gov.br 20/03/2024
Fonte da imagem: redebrasilatual 20/03/2024
Bioprodutos geram até 214% de retorno sobre sua aplicação na cultura do feijão
Uma pesquisa da Embrapa Arroz e Feijão avaliou o uso de produtos biológicos em coinoculação como substituto de fertilizantes nitrogenados na produção de feijão em Goiás e Minas Gerais. Os resultados mostraram taxas de retorno sobre o investimento de até 214%, com custos de produção inferiores em comparação com o uso de fertilizantes nitrogenados. O estudo foi realizado em diversas localidades, incluindo áreas comerciais e de agricultura familiar, e abrangeu três safras utilizando a cultivar feijão carioca Pérola. A coinoculação envolveu a adição de rizóbios e Azospirillum brasilense, microrganismos benéficos para as plantas, visando maximizar sua contribuição para a produção agrícola.
PRODUÇÃO
WASDE: Principais tendências para Soja, Trigo e Milho
SOJA – O analista Pedro Schicchi observa que a produção de soja no Brasil diminuiu menos do que o esperado, enquanto as exportações aumentaram às custas do esmagamento e dos estoques finais. As importações chinesas também aumentaram. No entanto, o mercado não reagiu fortemente ao relatório, possivelmente aguardando o próximo relatório de Intenção de Plantio dos EUA, em 28 de março.
MILHO – O relatório WASDE sobre o milho não trouxe grandes mudanças, mantendo os números estáveis nos EUA. Na América do Sul, a produção da Argentina aumentou, resultando em um aumento nas exportações. No entanto, a mudança mais significativa veio da Ucrânia, onde apesar da diminuição na produção, os esforços para aumentar as exportações de milho pelo Mar Negro resultaram em uma redução nos estoques finais.
TRIGO – O relatório WASDE sobre trigo teve ajustes na produção, resultando em estoques finais ligeiramente mais folgados nos EUA devido à redução nas exportações. A produção mundial aumentou, principalmente devido aos ajustes na Austrália, Rússia e Argentina, mas foi parcialmente compensada por reduções na UE e na Sérvia. O aumento do uso de ração em algumas regiões levou a um aperto marginal nos estoques finais mundiais. As exportações de trigo da Ucrânia também aumentaram significativamente, ultrapassando os máximos de cinco anos nos últimos meses.
Fonte: noticias 360 20/03/2024
Sou de Algodão divulga balanço do Programa SouABR 2022/2023
O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), divulgou o balanço do Programa SouABR 2022/2023. O programa utiliza blockchain para rastrear a produção de algodão, fornecendo transparência aos consumidores. No período, mais de 127 mil peças, 38.800 metros de tecidos e 92.400 quilos de malhas foram produzidos a partir do programa. O relatório destaca a participação de produtores, fazendas, fiações, tecelagens, malharias e confecções rastreadas. O programa visa promover uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável, incentivando o consumo consciente e destacando a certificação socioambiental pelo programa ABR (Algodão Brasileiro Responsável). O movimento Sou de Algodão foi criado em 2016 para promover a moda e o consumo responsável, valorizando os profissionais da cadeia produtiva e informando sobre o Algodão Brasileiro Responsável.
Fonte: abrapa 20/03/2024
Plantadeira de mudas de forrageiras aumenta a produtividade do trabalho em até oito vezes
A máquina Topa Tudo, desenvolvida pela pesquisa agropecuária, é uma solução para expandir áreas com forrageiras plantadas por mudas, atendendo à demanda de produtores de leite e carne. Reduzindo significativamente o tempo de plantio em comparação com métodos manuais, ela aumenta a disponibilidade de forragens para alimentação animal. Além disso, a plantadeira é capaz de plantar outras espécies arbóreas, contribuindo para uma economia considerável ao reduzir o número de operações de preparo do solo. Acoplável a tratores de média potência, a Topa Tudo proporciona um resultado econômico superior na produção animal, aumentando a eficiência do trabalho em até oito vezes. Essa inovação responde a uma demanda significativa dos produtores rurais, especialmente para a expansão de áreas com cultivares de capim-elefante de alto rendimento e qualidade nutritiva lançadas pela Embrapa, que são reproduzidas por mudas, tornando o plantio manual demorado e dispendioso.
Fonte: embrapa 20/03/2024
Ovos/CEPEA: Produção atinge recorde em 2023
A produção brasileira de ovos para consumo atingiu 3,4 bilhões de dúzias em 2023, um recorde da série histórica do IBGE, iniciada em 2018, e um aumento de 3% em relação ao ano anterior. O volume produzido se intensificou principalmente de julho a dezembro, o que confirma o movimento de queda nos preços observado pelo Cepea ao longo de 2023. Com a maior oferta do produto na segunda metade do ano, os valores caíram mais de 12% frente ao primeiro semestre em todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. Vale destacar que o setor de avicultura de postura viveu um momento atípico na primeira metade de 2023, com o feito histórico de manter os preços em alta por cinco meses consecutivos (de fevereiro a junho). Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio das demandas interna e externa aquecidas.
Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)
Fonte da imagem: cnabrasil 20/03/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras – atualizado em 18 de março
Fonte da imagem: bra-agroquimica 20/03/2024
Destaques da semana
Arroz – 17,1% colhido. No RS, o tempo mais seco permitiu o avanço na colheita. As lavouras apresentam boa produtividade e excelente rendimento de grãos. Em SC, os dias de sol favoreceram o progresso da colheita. Na região Sul, a operação está mais atrasada devido à demora no plantio, além do replantio de algumas áreas. No TO, a colheita avança e registra-se melhores rendimentos, comparado à colheita inicial. No MA, as lavouras de sequeiro apresentam bom desenvolvimento. Em MT, a colheita começa a ganhar ritmo. Os rendimentos obtidos têmsido satisfatórios. No PA, as lavouras da segunda safra de arroz irrigada apresentam ótimo desenvolvimento. Algodão
Algodão – 100% semeado. No estado de Mato Grosso, o crescimento e a gestão das plantações foram impulsionados pelas condições climáticas favoráveis. Na Bahia, as plantações exibem uma qualidade excepcional, graças às condições ambientais propícias. Em Mato Grosso do Sul, o clima tem propiciado um desenvolvimento excepcional das plantações. Em Goiás, as condições climáticas têm impulsionado o progresso das plantações de forma notável. No Piauí, as plantações encontram-se em condições favoráveis para o seu desenvolvimento.
Feijão 1ª safra – Até o momento, foi colhido 49,3% da safra. Na Bahia, a colheita teve início na região Centro-Norte. Nessas áreas, nota-se um rendimento menor devido ao estresse hídrico no início do ciclo e à presença da mosca branca. Entretanto, na região Centro-Sul, a colheita está progredindo e as plantações estão em melhores condições. Na região Oeste, o desenvolvimento das plantações está bastante satisfatório. Em Minas Gerais, a colheita está quase finalizada, restando apenas as plantações tardias que foram beneficiadas por um regime de chuvas mais favorável. No Rio Grande do Sul, a colheita teve início na região do Planalto Superior, que tradicionalmente realiza o plantio mais tarde. No Piauí, o regime de chuvas está irregular, mas tem mantido um nível mínimo de umidade nos solos para o desenvolvimento das plantações. A maioria das plantações encontra-se na fase reprodutiva.
Milho 1ª Safra – Até o momento, foi colhido cerca de 37% da safra. Em Minas Gerais, a colheita progrediu bem e foi favorecida pelo clima seco. No Rio Grande do Sul, as plantações mais tardias têm se beneficiado da regularidade das chuvas, embora os volumes tenham sido baixos. Na Bahia, as plantações no Oeste estão mostrando bom desenvolvimento. No entanto, no Centro-Sul, a redução das chuvas está prejudicando o crescimento pleno das plantações. No Piauí, as plantações estão se desenvolvendo bem, mas aquelas semeadas no Norte foram afetadas pela irregularidade das precipitações. No Paraná, o tempo seco e quente contribuiu para a colheita, embora os resultados estejam abaixo das expectativas iniciais. Em Santa Catarina, a colheita foi concluída no Extremo-Oeste e as plantações tardias estão apresentando melhores produtividades. No Maranhão, em Goiás e no Pará, as plantações estão em boas condições.
Milho 2ª Safra – Até o momento, aproximadamente 92,3% da área total foi semeada. Em Mato Grosso, o plantio foi concluído e as condições climáticas têm sido favoráveis para o desenvolvimento das plantações. No Paraná, a falta de chuvas e as altas temperaturas estão impactando negativamente as plantações estabelecidas. Nas regiões Oeste e parte do Sudoeste, a situação é especialmente crítica, pois as plantações estão na fase reprodutiva, onde a definição da produtividade é crucial, exigindo maiores volumes de chuva. Em Mato Grosso do Sul, as plantações nas regiões Sudoeste e Leste continuam enfrentando estresse hídrico, resultando em uma redução do potencial produtivo. Em Goiás, a cultura apresenta um bom desenvolvimento, porém observa-se a incidência de cigarrinha, o que pode representar um desafio adicional para os agricultores. Em Minas Gerais, as plantações estão em boas condições, sem grandes problemas relatados até o momento. No Tocantins, as condições climáticas são favoráveis tanto para a cultura quanto para o manejo das plantações. No Piauí e no Maranhão, o plantio está seguindo o ritmo da colheita da soja, mostrando uma sincronia na atividade agrícola desses estados.