Herbicidas para o manejo de plantas daninhas em pastagens

Herbicida em pastagem

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(Curadoria Agro Insight)

Hoje, a curadoria Agro Insight está compartilhando uma publicação dos pesquisadores Maurílio Fernandes de Oliveira (Embrapa Milho e Sorgo), Ivan Jannotti Wendling (Universidade Federal do Espirito Santo) e Márcia Cristina Teixeira da Silveira (Embrapa Pecuária Sul), voltada ao manejo de pastagens, mais especificamente ao manejo de plantas daninhas com o uso de herbicidas.

plantas daninhas

Foto: FONTANELI, Renato Serena

Uso e manejo de herbicidas em pastagens

A causa do aparecimento de plantas daninhas em pastagens se deve principalmente às medidas inadequadas na fase de implantação, como o preparo do solo, sistema de plantio, insuficiente adubação de correção e manutenção. Além disso, o aparecimento destas plantas é comum com o empobrecimento do solo tanto quimicamente (deficiência de N, P, K, Ca, Mg, S e outros) como fisicamente (compactação), deficiência ou excesso de água. O plantio de espécie ou cultivar de forrageiras não adaptadas às condições edafoclimáticas, a baixa qualidade da semente e taxa de semeadura, a falta de controle das plantas daninhas em momento adequado, bem como durante o uso da pastagem, especialmente mediante ajuste inadequado de carga, levando a condições de sub ou superpastejo, roçadas impróprias e queimadas, contribuem para o aparecimento das plantas daninhas.

A infestação de plantas daninhas de folhas largas é considerada um dos fatores que contribuem para a baixa produtividade da pastagem (capacidade de suporte média nacional de 0,75 unidade animal UA/ha, sendo que 1 UA refere-se a um animal com 450 kg peso vivo). Assim, a eliminação destas plantas daninhas é problema com que todo pecuarista depara-se constantemente, já que a maioria do rebanho nacional é explorada exclusivamente no pasto. Importante considerar o banco de sementes de plantas daninhas no solo, sendo este expresso em número de sementes por área ou quantidade de solo. Para exemplificar, áreas de pastagens apresentam entre 500 a 15.000 sementes por m2. Em pastagens com altos valores de banco de sementes de plantas daninhas e formadas, por exemplo, com revolvimento do solo, submetidas a superpastejo, que propicie solo descoberto, podem favorecer o maior aparecimento de plantas daninhas.

O problema da germinação das plantas daninhas está ligado diretamente à grande capacidade que estas têm para competir com as poáceas cultivadas, pois levam uma série de vantagens nesta competição em função da menor palatabilidade, da germinação desuniforme e/ou dormência (o que dificulta o controle), do rápido crescimento que as favorece na competição por espaço e pelos recursos do meio. A presença dessas invasoras também cria um ambiente propício ao desenvolvimento de parasitas externos, podem causar ferimentos nos animais, intoxicação ou envenenamento, além de comprometerem a estética da pastagem e, consequentemente, da fazenda.

Diante desse contexto, fica evidente que pastagens bem formadas, com solo coberto por espécie escolhida para alimentação, bem manejadas, com adubação de correção e manutenção praticamente não apresentarão problemas em nível crítico por plantas daninhas. Portanto, o conhecimento atrelado à implantação e ao uso de pastagens pode trazer benefícios que associados ao adequado controle químico proporcionarão saltos em produtividade com sustentabilidade. Este é o enfoque que este documento busca trazer dentro da apresentação de métodos de controle de plantas daninhas com foco no uso e manejo de herbicida em pastagens.

Este trabalho se adequa ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 12 “assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis” em função de que novos herbicidas devem ser usados segundo recomendação do fabricante garantindo eficiência no sistema e na produtividade.

Métodos de controle de plantas daninhas em pastagens

Os métodos de controle de plantas daninhas em pastagens podem ser: controle cultural (em áreas com alto potencial de plantas e sementes de daninhas, deve-se utilizar espécie ou cultivar de forrageira mais agressiva, por exemplo: Brachiaria brizantha cv. Marandu ou Xaraés ou Piatã, e aumentar a taxa de semeadura); físico (fogo); controle manual através do uso de enxadão (arranquio) e através do uso de foice (roçada manual); controle mecânico através do uso de roçadeiras (hidráulicas ou de arrasto); controle químico (uso de herbicidas). Os melhores resultados são obtidos quando há integração dos diversos métodos e associação desse controle a melhorias em termos de manejo de uma forma global (correção, adubação, ajuste de carga, etc.), que permitirá um controle preventivo. O objetivo deste documento é, pensando no controle químico, detalhar o uso de herbicidas.

O controle químico é um método rápido e necessita de menos mão de obra. A utilização de herbicidas, ao acabar com a competição causada pelas plantas daninhas, ajuda no aumento da produção de massa verde na pastagem, e consequentemente no aumento da capacidade de suporte. Ao se optar pelo controle químico, deve-se definir o herbicida e o método de aplicação mais eficiente, econômico e seguro para cada caso. Para isto recomenda-se levar em consideração os seguintes fatores:

Verificar as condições da pastagem

Antes de se recomendar a utilização de herbicidas numa pastagem, é fundamental verificar se há um número suficiente de plantas forrageiras para tomar o lugar das plantas daninhas que serão controladas. Quando a pastagem está em adiantado estado de degradação, pode ser mais vantajosa recuperação ou renovação da pastagem.

Identificar a planta daninha

Antes de definir um programa de controle de plantas daninhas em pastagens, sugere-se a identificação das espécies e a densidade populacional. Com isso, pode-se conhecer suas características morfológicas, anatômicas, ecológicas, capacidade competitiva, susceptibilidade aos herbicidas, etc.

Tipo de folhagem

Folhas do tipo coriáceo dificultam a penetração do herbicida nas aplicações dirigidas à folhagem. Deve-se escolher o herbicida e o aditivo (espalhante adesivo) apropriados para facilitar a absorção. Assim, deve-se escolher um tipo de aplicação no qual este fator não determine o resultado da aplicação (aplicações no toco, por exemplo).

Estádio de desenvolvimento

O estádio de desenvolvimento da planta daninha interfere diretamente na eficiência das aplicações foliares de herbicidas sistêmicos. Esste tipo de aplicação deve ser utilizado quando as plantas daninhas estão em pleno desenvolvimento vegetativo, pois a planta apresentará boa área foliar para a absorção do herbicida e haverá uma melhor translocação, o que ocorre durante a época chuvosa. Durante o florescimento e a frutificação das plantas daninhas, a translocação até as raízes é bastante reduzida, sendo direcionada para as estruturas de reprodução (flores e frutos). Como o herbicida deve também atuar na estrutura radicular, aplicações foliares durante este estádio podem não obter o sucesso desejado.

Densidade populacional

É importante para a escolha do tipo de aplicação e do equipamento. No caso de aplicações foliares, quando a densidade é elevada, recomenda-se utilizar equipamentos tratorizados, desde que a topografia da área o permita.

Na recuperação ou renovação de pastagens degradadas, deve-se eliminar todos os fatores limitantes à produtividade das forrageiras. Desta forma, deve-se realizar a limpeza da área, a conservação e o preparo adequado do solo, a correção da fertilidade do solo, o controle das plantas daninhas, e dar a devida atenção ao correto manejo dessa pastagem no intuito de mantê-la produtiva e longeva.

Pelo fato de o ecossistema pastagens ser dinâmico, o seu manejo adequado ainda é apontado por produtores e técnicos que trabalham com a produção animal em pasto como desafiador (Genro; Silveira, 2018). Questões relativas à lotação dos piquetes, definição do momento de entrada e saída dos animais nas áreas, ainda geram muitas dúvidas. As pesquisas na área de manejo de pastagens demonstram que um ponto-chave está em disponibilizar forragem (em quantidade e qualidade) que satisfaça as exigências de manutenção dos animais em pastejo e melhore seu desempenho, ao mesmo tempo em que se tenham condições de persistência para as plantas forrageiras pastejadas (manutenção de quantidade de folhas suficientes para garantir rebrotação rápida, vigorosa e maior condição de competição).

O manejo por altura envolve o conceito da interceptação luminosa, em que se estabelece o momento ideal para pastejo quando esta esteja entre 90 e 95% (Carnevalli et al., 2006; Barbosa et al., 2007; Zanine et al., 2011), de forma a otimizar o acúmulo de folhas em relação à massa de forragem e favorecer o consumo de forragem pelos animais em pastejo, sempre considerando limites ecofisiológicos de crescimento das plantas forrageiras. Ele tem sido amplamente divulgado e adotado pela sua praticidade e eficácia. Além do mais, a altura do pasto é considerada um elo entre plantas, animais e os fatores ambientais que condicionam a produção. Logo, esta é uma ferramenta que pode auxiliar produtores e técnicos no que diz respeito às tomadas de decisão relativas ao uso das pastagens compondo uma estratégia de controle preventivo à presença de plantas daninhas e que pode também se somar ao uso e manejo do controle químico no sentido de torná-lo mais efetivo, dentro de uma lógica de método integrado de controle.

Plantas daninhas mais comuns em pastagens

O conhecimento das plantas daninhas em campo dá-se pelo nome popular, comum ou vulgar. Esse nome popular geralmente apresenta diferentes denominações para a mesma planta daninha numa mesma região. Algumas delas encontradas em pastagens estão descritas na Tabela 1 com o respectivo nome popular. Observa-se que um mesmo nome popular pode ser utilizado para identificar diferentes plantas (nome científico). Por isto, no planejamento, é importante identificar as plantas daninhas e verificar no rótulo quais produtos apresentam eficiência no controle destas plantas.

Tabela 1. Nome popular e científico de plantas daninhas encontradas em pastagens.

Nome popular Nome científico
Angiquinho, topete-de-cardeal Calliandra parviflora Benth
Angiquinho, vinhático-de-espinho,   aromita,   espinheiro, esponjinha, esponjeira, mimoseira, espinilho Acacia farnesiana Willd
Acácia-de-espinho, arranha-gato, unha-de-gato Acacia plumosa Lowe
Babaçu Attalea speciosa Mart ex Spreng
Cansanção, urtiga Cnidoscolus urens (L.) Arthur
Casadinha Eupatorium squalidum DC
Mata-pasto, cambará Eupatorium maximilianii Schrad.
Cipó-cambira Pyrostegia dichotoma Miers
Cipó-de-são-joão, cipó-de-fogo, bela-flor Pyrostegia venusta (Ker) Miers
Aroeira Myracrodruon urundeuva Fr. All.
Erva-de-rato, erva-café, café-ravo, roxa, roxinha, roxona, cafezinho e vick (1) Palicourea marcgravii A. St. Hill
Coerana, pimenteira, dama-da-noite, baúna, canema Cestrum     laevigatum     Schlecht     (Axillare,     Parqui, Corymbosum, Sendtenerianum)
Chumbinho, camará, cambará, margaridinha (1) Lantana spp. (Camara, Brasiliensis, Fulcata, Glutinosa, Tiliaefolia).
Barbatimão Stryphnodendron spp.
Mamona (1) Ricinus communis L.
Mascagnia pubiflora: corona, timbó, cipó-prata (1) Mascagnia spp.
Mascagnia rígida: tingui, salsa-rosa, péla-bucho, quebra- bucho (1)
Mascagnia coriaceae: suma-roxa, suma, quebra-bucho (1)
Mascagnia elegans: rabo-de-tatu
Cipó-preto, cipó-ruão, cipó-vermelho (1) Tetrapterys multiglandulosa e Tetrapterys acutifolia
Falsa-ciganinha (1) Riedeliella graciliflora Harms
Falso-cipó-prata (1) Trigonia nivea Cambess
Unha-de-gato, sensitiva, dormideira, malícia Mimosa invisa Mart e Mimosa pigra L.
Arranhadeira, dormideira, malícia, unha-de-gato Mimosa quadrivalvis var. Leptocarpa (DC)
Guanxuma, vassoura, malva Sida spp.
Malva, malvisco, guaxima Sidastrum micranthum (A. St.-Hil) Fryxell
Vassourinha, malvastro Malvastrum coromandelianum (L.) Garcke
Gervão-branco Croton glandulosus L.
Cheirosa Hyptis suaveolens (L.) Poit
Esporão-de-galo Celtis pubescens HBK
Capim-navalha, cabeçudo Paspalum virgatum L.
Assa-peixe Vernonia polyanthes Less.
Assa-peixe-roxo Vernonia westiniana Less.
Buva, buva-do-canadá, voadeira Conyza canadensis L.
Botão-de-ouro, fazendeiro, fazendeiro-de-folha-dentada, fazendeiro-peludo, picão-branco Galinsoga quadriradiata Ruiz & Pav.

(1) Planta tóxica para bovinos.

Métodos de aplicação dos herbicidas

Os métodos de aplicação dos herbicidas podem ser: aplicação foliar, aplicação no toco, aplicação no tronco (basal) e aplicação no solo.

Aplicação foliar

A calda do herbicida é aplicada nas folhas das plantas daninhas e da pastagem. Dependendo do tipo e do porte das plantas daninhas e do tamanho da área ocupada por elas, a aplicação poderá ser realizada em área total ou dirigida. A tomada de decisão por aplicação foliar dirigida ou em área total poderá seguir o critério da intensidade da infestação de plantas daninhas na pastagem: menor que 40% de infestação recomenda-se aplicação foliar dirigida (aplica-se sobre as plantas daninhas apenas), e maior que 40% de infestação recomenda-se aplicação em área total (aplica-se sobre as plantas daninhas e pastagem continuamente). Nas áreas em que as plantas daninhas encontram-se em reboleira (distribuição apenas numa parte da pastagem) sugere-se aplicação dirigida.

A Embrapa possui uma tecnologia chamada “Campo limpo” que propicia o controle seletivo de plantas daninhas em pastagens (Embrapa Pecuária Sul, 2019).

Aplicação no toco

Aplica-se o herbicida diretamente no toco das plantas logo após o corte rente ao solo. A poda é feita com foice ou enxadão, rachando-se ou picando-se o tronco ou a raíz. O herbicida é aplicado com pulverizador costal manual ou pincel. Em plantas que apresentam um engrossamento do toco abaixo do nível do solo, recomenda-se o uso do enxadão. Recomenda-se o uso de corante (azul de metileno ou violeta de genciana) na calda para marcar as plantas tratadas. Aplicações no toco são recomendadas para plantas resistentes às aplicações foliares ou de porte muito elevado, podendo ser realizadas durante todo o ano.

Aplicação no tronco (basal)

Método utilizado para arbusto de grande porte ou resistente às aplicações foliares. O herbicida pode ser aplicado nos caules, sem roçada, com pulverizador manual ou pincelamento basal, até 30 a 40 cm de altura. Geralmente, utilizam-se soluções com óleo diesel. Em plantas muito resistentes, os cortes são feitos manualmente ao redor do tronco ou mesmo anelamento total precedendo a aplicação.

Tratamento no solo

Utiliza herbicidas granulados que possam ser absorvidos no sistema radicular e translocados para a parte aérea. Os grânulos devem ser depositados ao redor do caule da planta daninha ou a lanço no caso de plantas espinhosas, plantas de reboleira e a grama batatais. Com a chuva, o produto é diluído, infiltrado no solo e absorvido pelo sistema radicular da planta daninha. As aplicações não devem ser feitas em plantas roçadas ou queimadas recentemente.

Conhecendo-se a planta a ser controlada, conhecendo-se o método(s) mais adequado(s) para controle e sendo um deles o controle químico, o produtor irá se deparar com diferentes principios ativos (nome técnico) com atividade herbicida para uso em pastagens registrados no Brasil. Na Tabela 2 encontram-se o nome técnico destes herbicidas, as marcas comerciais e as principais espécies suscetíveis por nome técnico. Para o mesmo nome técnico, encontram-se diferentes marcas comerciais. As espécies suscetíveis registradas são diferentes para as diferentes marcas comerciais mesmo sendo para um único nome técnico.

 

Tabela 2. Herbicidas para uso em pastagens, marcas comerciais e algumas espécies suscetíveis.

Nome técnico Marcas comerciais Espécies Suscetíveis
Aminopiralide + 2,4-D Jaguar Cheirosa

Casadinha

Malva-branca

Guanxuma (vassoura)

Assa-peixe-branco

Gervão-branco

Carqueja

Aminopiralide + fluropixir Dominum Trueno Cheirosa Casadinha Malva-branca

Guanxuma (vassoura) Agriãozinho

Assa-peixe (branco e roxo) Gervão-branco

Fluropixir (absorção pelas folhas, raíz e caule) Starane 200 Mata-pasto

Assa-peixe (branco e roxo)

Fluroxipir + picloram Plenum Planador Espinho-agulha Unha-de-vaca Mata-pasto Cheirosa

Malva-branca

Guanxuma (vassoura) Assa-peixe

Fluroxipir + triclopir (absorção foliar) Truper Assa-peixe (branco e roxo)

Guanxuma ou malva-branca Cambará-roxo, casadinha Mata-pasto

Caraguatá

Dormideira, malícia, não-me-toque

Glifosato (absorção foliar) Diversas formulações Produto não seletivo
Metsulfuron-metílico (absorção foliar e radicuar) Ally Gervão-branco

Velame

Malva-vermelha

Guanxuma (vassoura)

Picloram (absorção foliar e radicular) Browser

Crater

Danado

Leopar

Navigator

Picloran 240 Volagro

Pique 240 SL

Runner

Silverado,

Texas

Toco

Tropero

Padron

Guanxuma

Mata-pasto

Cheirosa

Assa-peixe (branco e roxo)

Gervão-branco

Arranha-gato

Pau-de-angu

Jacarandá-de-espinho

 

 

 

 

Tebutiuron (absorção radicular)

Aval 100

Graslan 100 peletizado

Lava 100

Assa-peixe Leiteiro, leiteira

Arranha-gato; unha-gato Carqueja

Dormideira, malícia Grama batatais

Espinho-agulha, angélica Jurubeba

Fruta-de-lobo

Urtiga

Tabela 2 (Continuação). Herbicidas para uso em pastagens, marcas comerciais e algumas espécies suscetíveis.

Nome técnico Marcas comerciais Espécies Suscetíveis
Triclopir-butotílico (absorção via foliar e radicular) Crescendo

Garlon 480 BR

Rascal

Triclon

Triclopyr 480 Volagro

Erva-quente

Leiteiro, leiteira

Ciganinha

Cambará, Camará, Chumbinho

Assa-peixe

Unha-de-gato

Jurubeba

Angiquinho

Triclopir + picloram (aplicação basal dirigida) Toggar TB Aroeira

Ciganinha

Jurema-preta

Ata brava

Camboatá, capiúva

Leiteira, leiteiro

Pindoba

Espinho-de-agulha, roseta

Goiabinha

Ipê-amarelo, ipê-tabaco

2,4-D (absorção pelas folhas, raíz e caule) 2,4-D Nortox, Aminamar, Bratt, Cam-

peon, Dez, DMA 806 BR, Grant, Na- vajo, Pren-D 806, U 46 BR, U 46 D-

Fluid 2,4D

Carrapicho-de-carneiro

Picão-preto

Buva Tiririca

Corda-de-viola

Melão-de-são-caetano

Guanxuma (vassoura)

2,4-D + picloram Arena

Artys

Camp-D

Disparo

Dontor

Flanker

Jacaré

Labrador

Mannejo

Navigator-D

Pampa

Raio

Tractor

Tucson

Turuna

Tordon

Manejo

Grazon

Unha-de-gato Arranha-gato Angiquinho Carqueja Unha-de-boi Unha-de-vaca Picão-preto Buva

Aguapé

Cambarazinho, mata-pasto Cheirosa

Tanchagem Erva-de-bicho Samambaia Aroerinha

Guanxuma (vassoura) Lobeira

Assa-peixe (branco e roxo) Malva-veludo (malva-branca)

Alguns pontos precisam ser ressaltados no que diz respeito ao uso do controle químico no controle de plantas invasoras em pastagens:
  • Nas pastagens recém-implantadas, a aplicação de herbicidas deve ser feita entre 20 e 40 dias após a emergência ou rebrotas das plantas daninhas de folha Essa prática é viável, levando- se em conta as pequenas doses dos produtos utilizados de custo mais baixo e a eficiência de controle nessa fase de desenvolvimento da maioria das invasoras.
  • O uso de herbicidas considera a necessidade de uso de equipamento de proteção individual, a calibração do pulverizador, o uso de dosagens recomendadas. Deve-se evitar a aplicação em períodos de estiagem, especialmente quando o solo estiver com baixa umidade e as plantas daninhas estiverem sob insuficiência hídrica (murchas), baixa umidade relativa do ar (inferior a 60%), ventos superiores a 6 km h-1; evitar dias chuvosos impedindo que o produto aplicado seja removido das folhas, evitar dias com altas temperaturas (dias quentes) e com solo com menor umidade, aplicar o produto com as plantas daninhas turgidas e em dias frescos com pouco vento.
  • Aplicações pela manhã em plantas umedecidas por orvalho podem ter reduzida absorção dos Além disso, deve-se seguir a recomendação do rótulo do produto e a orientação do técnico.

Considerações

As plantas daninhas em pastagens causam prejuízos e devem ser controladas periodicamente nos sistemas de produção.

A presença destas plantas pode estar vinculada a erros cometidos, por exemplo, na escolha da espécie ou cultivar da forrageira, no preparo de solo, na qualidade de semente, na densidade e profundidade de semeadura, na época de plantio, no controle inicial das pragas e invasoras, no manejo de formação ou primeiro pastejo e/ou nos ajustes da taxa de lotação. Assim, é imprescindível evitar sub e superpastejo, estar atento à necessidade de realização de adubação de correção e manutenção das pastagens e conhecimento de espécies daninhas e método adequado de controle.

Com a adoção dos cuidados acima, pode-se reduzir ou evitar a degradação das pastagens, e no caso de pastagens renovadas ou recuperadas minimizar problemas de reinfestação, reduzindo-se os custos de produção, maximizando a produtividade e a rentabilidade do sistema produtivo

BIBLIOGRAFIA  E LINKS RELACIONADOS

OLIVEIRA, M. F. de; WENDLING, I. J.; SILVEIRA, M. C. T. da. Uso e manejo de herbicidas em pastagens. 2. ed. rev. ampl. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2019. 17p.

BARBOSA, R. A.; NASCIMENTO JÚNIOR, D.; EUCLIDES, V. P. B.; SILVA, S. C.; ZIMMER, A. H.; TORRES JÚNIOR, R. A. A. Capim-tanzânia submetido a combinações entre intensidade e frequência de pastejo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 42, n. 3, p. 329-340, 2007.

CARNEVALLI, R. A.; SILVA, S. C. da; BUENO, A. A. O.; UEBELE, M. C.; BUENO, F. O.; HODGSON, J.; SILVA, G. N.; MORAES, J. P. G. de. Herbage production and grazing losses in Panicum maximum

  1. Mombaça under four grazing managements. Tropical Grasslands, v. 40, n. 3, p. 165-176, 2006.

EMPRAPA PECUÁRIA SUL. Aplicador seletivo de herbicida Campo Limpo.   Disponível em:<https://www.embrapa.br/pecuaria-sul/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/558/ aplicador-seletivo-de-herbicida-campo-limpo>. Acesso em: 18 out. 2019.

GENRO, T.C.M; SILVEIRA, M.C.T. da. Uso da altura para ajuste de carga em pastagens. Bagé: Embrapa Pecuária Sul, 2018. 17 p. (Embrapa Pecuária Sul. Comunicado Técnico, 101).

KICHEL, A. N.; ALMEIDA, R. G.; COSTA, J. A. A.; BALBINO, L. C. Estratégias de recuperação de pastagem por meio da integração lavoura-pecuária-floresta. In: SIMPÓSIO DE PECUÁRIA DE CORTE – SIMPEC, 7., 2011, Lavras. Anais… Lavras: UFLA: NEPEC, 2011. p. 315-334.

ZANINE, A. M.; NASCIMENTO JÚNIOR, D.; SANTOS, M. R.; PENA, K. S.; SILVA, S. C.; SBRISSIA, F. Características estruturais e acúmulo de forragem em capim-tanzânia sob pastejo rotativo. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 40, n. 11, p. 2364-2373, 2011.

 

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Tags: Agenda 2030, Controle Químico, Erva Daninha, herbicida, Objetivo de desenvolvimento sustentável, pastagem, Selo ODS 12, sustentabilidade

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