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O feijão-caupi cresce em importância no Agro nacional

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(Curadoria Agro Insight)

Hoje, trouxemos mais informações sobre o cultivo do feijão-caupi e a evolução das cultivares, que proporcionaram um aumento das exportações desse tipo de feijão.

Importância econômica

O feijão-caupi, feijão-de-corda ou feijão-macassar [Vigna unguiculata (L.) Walp.] é uma excelente fonte de proteínas (23% a 25% em média) e apresenta todos os aminoácidos essenciais, carboidratos (62% em média), vitaminas e minerais, além de grande quantidade de fibras dietéticas e baixa quantidade de gordura (teor de óleo de 2% em média). Representa alimento básico para as populações de baixa renda do Nordeste brasileiro. Apresenta ciclo curto, baixa exigência hídrica, rusticidade para se desenvolver em solos de baixa fertilidade e, por meio da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, tem a habilidade para fixar nitrogênio do ar.

Por seu valor nutritivo, o feijão-caupi é cultivado principalmente para a produção de grãos, secos ou verdes, e para o consumo humano, in natura, na forma de conserva ou desidratado. Também é utilizado como forragem verde, feno, ensilagem, farinha para alimentação animal e ainda como adubação verde e proteção do solo.

A produção mundial de feijão-caupi em 2014, segundo registro da FAOSTAT (2015), foi de aproximadamente 5,6 milhões de toneladas, produzidas em 12,5 milhões de hectares, com uma produtividade média de 446,50 kg ha-1. Provavelmente, os dados estão subestimados em função de países como Brasil e Índia, entre outros, não apresentarem estatísticas separadas de feijão-caupi e feijão-comum, apesar de apresentarem volumes expressivos de produção. Os três maiores produtores de feijão-caupi são Nigéria (2,1 milhões de toneladas), Níger (1,6 milhão de toneladas) e Burkina Faso (571 mil toneladas). Croácia, Palestina, República da Macedônia, Trinidad Tobago, Bósnia Herzegovina, Egito e Filipinas são os países com maior produtividade de grãos, acima de 2.500 kg ha-1.

Estimativas não oficiais, obtidas por Silva (2016), mostram que em 2015 o Brasil produziu 452.013 toneladas colhidas em 1.078.040 hectares, com uma produtividade média de 419 kg ha-1. Essa produção coloca o Brasil como o quarto maior produtor mundial. Os maiores produtores brasileiros em 2015 foram os estados do Mato Grosso (127.000 toneladas), Ceará (107.291 toneladas), Piauí (55.278 toneladas), Pernambuco (52.406 toneladas), Maranhão (50.314 toneladas) e Bahia (20.890 toneladas). O Ceará apresentou a menor produtividade de grãos, com 270 kg ha-1, enquanto o Mato Grosso, a maior produtividade, com 1.095 kg ha-1.

O feijão-caupi é cultivado predominantemente no sertão semiárido da região Nordeste e em pequenas áreas na Amazônia. Nessas regiões, ainda predominam práticas tradicionais de cultivo, com baixo uso de tecnologias e baixas produtividades de grãos. No entanto, com o advento de tecnologias que permitem o seu cultivo totalmente mecanizado, tem aumentado a área de cultivo, a produção e produtividade na região Centro-Oeste, notadamente no Estado do Mato Grosso. Nesse estado, a realidade é diferente, cultivando-se o feijão-caupi em larga escala, com a participação de médios e grandes produtores, apresentando as maiores produtividade de grãos.

Considerando as estimativas obtidas em 2015, a cultura do feijão-caupi foi responsável pela geração de 961.993 empregos no Brasil, com o valor de produção estimado em R$ 643.553.333,00, tendo produzido suprimento alimentar para 26.505.491 pessoas.

Exportações

As exportações brasileiras de feijão-caupi (feijão-de-corda) em 2022 atingiram 46.353 toneladas, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Estes números representam 34,07% de toda a exportação de feijão do País. Estados Unidos, Afeganistão, Paquistão, Canadá e China foram os países que mais compraram o feijão brasileiro, segundo o MDIC.

O faturamento brasileiro com essas exportações alcançou nada menos do que US$ 30,2 milhões. O País produziu, no ano passado, de acordo com o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe), 629,3 mil toneladas de feijão-caupi (Vigna unguiculata). Bahia, Ceará, Tocantins, Piauí e Mato Grosso, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram os maiores produtores na safra 2021/2022 Para este ano, o Ibrafe projeta números ainda mais animadores para as exportações: 150 mil toneladas de caupi e mungo.

Cultivares

A escolha correta da cultivar para um determinado ambiente e sistema de produção é de grande importância para a obtenção de uma boa produtividade. Contudo, isso por si só não é suficiente para o sucesso da exploração. É necessário, também, que a cultivar tenha características de grão e de vagem, que atendam às exigências de comerciantes e consumidores (Freire Filho et al., 2000).

Além de apresentar alta produtividade de grãos e resistência ou tolerância às principais pragas e doenças, outras características importantes devem ser consideradas na escolha de uma cultivar de feijão-caupi, quais sejam: o ciclo de maturação, o porte da planta, o tipo comercial do grão e o mercado.

Ciclo de maturação

As cultivares de feijão-caupi podem ser classificadas quanto ao ciclo de maturação da planta em seis tipos (FREIRE FILHO et al., 2005), segundo o período compreendido entre a emergência e a maturação fisiológica:

1 – Ciclo superprecoce: maturação em até 60 dias.

2 – Ciclo precoce: maturação entre 61 e 70 dias.

3 – Ciclo médio: maturação entre 71 e 90 dias.

4 – Ciclo médio-precoce: maturação entre 71 e 80 dias.

5 – Ciclo médio-tardio: maturação entre 81 e 90 dias.

6 – Ciclo tardio: maturação acima de 90 dias.

Para o cultivo de pequenas áreas, onde o produtor tem condições de fazer duas ou mais colheitas manuais, as cultivares mais indicadas são aquelas de ciclo médio. Para o cultivo de grandes áreas, é importante que sejam utilizadas duas ou mais cultivares de ciclos diferentes. Isso reduz o risco de perda por veranico ou outro fator adverso e faz com que a maturidade seja alcançada de forma escalonada, facilitando a colheita. Para o cultivo de safrinha, quando o feijão-caupi é semeado do meio para o fim da estação das chuvas, as cultivares mais indicadas são as de ciclos superprecoce, precoce e médio-precoce. No cultivo de vazante e no irrigado com alta tecnologia, exceção feita quando o objetivo é a produção de sementes para plantio de sequeiro, devem ser usadas cultivares de ciclos superprecoce, precoce e médio-precoce. No cultivo irrigado, a adoção de cultivares mais precoces é importante porque a cultura ocupa a área por menos tempo e proporciona menor consumo de água e energia.

Porte da planta

O porte da planta de feijão-caupi pode ser classificado em quatro tipos, segundo o comprimento e o ângulo entre o ramo principal e os secundários (FREIRE FILHO et al., 2005):

Porte ereto: planta com os ramos principal e secundários curtos, estes formando um ângulo de agudo a reto em relação ao ramo principal.

Porte semiereto: planta com os ramos principal e secundários curtos a médios, estes formando um ângulo reto em relação ao ramo principal.

Porte semiprostrado: planta com os ramos principal e secundários de comprimentos médios, estes tocando o solo.

Porte prostrado: planta com os ramos principais e secundários longos, estes tocando o solo.

A arquitetura da planta de feijão-caupi é resultado da interação dos seguintes caracteres: hábito de crescimento; comprimentos do hipocótilo, do epicótilo, dos entrenós, dos ramos principal e secundários e do pedúnculo das vagens; disposição dos ramos laterais em relação ao ramo principal e consistência dos ramos. Este último caráter tem grande influência no grau de acamamento das plantas. Para os cultivos tradicionais, geralmente em pequenas áreas e em consórcio, a arquitetura não é tão importante, mas se deve dar preferência a cultivares semiprostradas, com ramos de tamanho médio a longo. Para cultivos de sequeiro mais tecnificados e cultivos irrigados, a arquitetura passa a ter maior importância, devendo ser dada preferência a cultivares de portes mais compacto e mais ereto, de ramos curtos, que permitam a colheita mecânica. Os portes mais eretos permitem maior densidade populacional, contribuindo para um incremento da produtividade por área.

Tipos comerciais de grãos

Quanto ao tipo comercial de grãos, Freire Filho (2011) classificou as cultivares de feijão-caupi em três classes, com subclasses distintas:

1 – Classe Branco: com o mínimo de 90% de grãos com tegumento de coloração branca.

1.1 – Subclasse Branco Liso: cultivares com grãos de tegumento branco, liso, sem halo, com ampla variação de tamanhos e formas.

1.2 – Subclasse Branco Rugoso: cultivares com grãos de tegumento branco, rugoso, reniforme, sem halo, com pequena variação de tamanho e relativamente grandes.

1.3 – Subclasse Fradinho: cultivares com grãos de tegumento rugoso de cor branca e com um halo preto de contornos definidos.

1.4 – Subclasse Olho-Marrom: cultivares com grãos de tegumento liso ou rugoso de cor branca e com um halo marrom de contornos definidos.

1.5 – Subclasse Olho-Vermelho: cultivares com grãos de tegumento liso ou rugoso de cor branca e com um halo vermelho de contornos definidos.

2 – Classe Preto: com o mínimo de 90% de grãos com tegumento de coloração preta, podendo apresentar brilho ou ser opaco.

3 – Classe Cores: com o mínimo de 90% de grãos da classe cores, admitindo-se até 10% de outras cultivares da classe cores, que apresentem contraste na cor ou no tamanho.

3.1 – Subclasse Mulato Liso: cultivares com grãos de tegumento liso de cor marrom, com a tonalidade variando de clara a escura e ampla variação de tamanhos e formas.

3.2 – Subclasse Mulato Rugoso: cultivares com grãos de tegumento rugoso de cor marrom, com a tonalidade variando de clara a escura e ampla variação de tamanhos e formas.

3.3 – Subclasse Canapu: cultivares com grãos de tegumento marrom-claro, liso, relativamente grandes, bem-cheios, levemente comprimidos nas extremidades, com largura, comprimento e altura aproximadamente iguais.

3.4 – Subclasse Sempre-Verde: cultivares com grãos de tegumento de cor levemente esverdeada e liso.

3.5 – Subclasse Verde: cultivares com o tegumento e/ou cotilédones de cor verde.

3.6 – Subclasse Manteiga: cultivares com grãos de tegumento de cor creme-amarelada e liso.

3.7 – Subclasse Vinagre: cultivares com grãos de tegumento liso de cor vermelha.

3.8 – Subclasse Azulão: cultivares com grãos de tegumento liso de cor azulada.

3.9 – Subclasse Corujinha: cultivares com grãos de tegumento liso de cor mosqueada cinza ou azulada.

3.10 – Subclasse Rajada: materiais que têm grãos com tegumento de cor marrom, com rajas longitudinais de tonalidade mais escura.

4 – Misturado: com grãos de diferentes classes e que não atende às especificações de nenhuma das classes anteriores.

No Brasil, são comercializados vários tipos de grãos de feijão-caupi. No comércio a granel, predominam as subclasses Mulato Liso, Branco Liso, Branco Rugoso, Canapu e Sempre-Verde; já no mercado de grãos empacotados, as subclasses Mulato Liso, Sempre-Verde, Branco Liso, Branco Rugoso e Fradinho (FREIRE FILHO, 2011).

O tamanho do grão também é um caráter muito importante, tanto para o mercado interno quanto para o externo. Na subclasse Manteiga, a preferência é por grãos com peso inferior a 10 g por 100 grãos. Por outro lado, nas subclasses Branco Rugoso e Fradinho, a preferência é por grãos com peso superior a 25 g por 100 grãos. De modo geral, tanto as cultivares locais quanto as melhoradas, em sua grande maioria, têm peso variando de 15 g a 20 g por 100 grãos. Constata-se, contudo, que tanto produtores quanto compradores e empacotadores preferem grãos com peso superior a 20 g por 100 grãos.

Quanto à forma do grão, no comércio a granel, predominam as formas reniforme, losangular (romboide), ovalada e quadrangular (canapu); já no comércio de grãos empacotados, predominam as formas reniforme, ovalada e losangular, todas sem arestas marcantes. As características do hilo, da membrana do hilo, do anel do hilo e do halo são mais importantes na Classe Branco e há uma preferência por grãos sem halo, com tendência de preferência por grãos com hilo e anel do hilo pequenos, membrana do hilo e anel do hilo de cor clara, devendo na Classe Branco o halo ser de tamanho médio e de contorno definido (FREIRE FILHO, 2011).

Dessas características, entretanto, a cor parece ser o fator mais importante na formação do preço do produto. Portanto, é importante que o produtor procure usar cultivares que tenham grãos bem aceitos pelos comerciantes e consumidores.

Nas áreas semiáridas, mais sujeitas à distribuição irregular das chuvas e a veranicos longos, devem ser usadas cultivares mais rústicas, mais tolerantes a estresses hídricos e calor, com maior capacidade de recuperação após uma estiagem. Em áreas mais favorecidas e sistemas de produção em que são feitas correção de acidez de solo, aplicação de fertilizantes, controle de invasoras, pragas e doenças, como na região dos cerrados, devem ser usadas cultivares que respondam à melhoria da qualidade do ambiente.

Mercado

A produção de grãos de feijão-caupi pode ser realizada visando aos mercados de grãos secos, vagens e grãos verdes (feijão-verde).

O tipo de cultivar a ser usada pelo produtor para o mercado de feijão-verde depende do sistema de cultivo que será adotado. Para a agricultura familiar, as cultivares devem apresentar, preferencialmente, crescimento indeterminado, porte semiprostrado, amplo ciclo produtivo e vagens grandes. Nesse sistema, o pequeno produtor tem preferência por cultivares com longo período de floração e frutificação, que possibilite mais de uma colheita. Para a agricultura empresarial, as cultivares devem ter, preferencialmente, crescimento determinado, porte ereto a semiereto, superprecoces a precoces, maturação uniforme, vagens de tamanho médio a grande, atrativas, uniformes, bem-granadas, de fácil debulha e com longo período de preservação pós-colheita, devendo-se adotar o plantio escalonado (várias datas de plantios), de forma que se tenha regularidade na oferta do produto (SOUSA, 2013).

Em ambos os sistemas de cultivo do feijão-verde, as cultivares devem ter vagens atrativas para o comprador, uniformes, bem-granadas e relação de peso grão verde/peso vagem verde superior a 60%. Também devem ter a capacidade de preservar um bom aspecto pós-colheita (brilho e cor verde) e serem de fácil debulha manual ou mecânica. Os grãos devem manter um bom aspecto pós-debulha, ser claros e apresentar baixa perecibilidade. Grãos que escurecem com rapidez perdem o valor comercial. Para esse tipo de produção, há uma preferência por cultivares de vagens roxas e grãos brancos, mas também são usadas vagens de cor verde e grãos de outras cores e tipos comerciais, como os tipos Azulão, Canapu, Sempre-Verde e Corujinha. Além disso, é muito importante que as cultivares sejam bem-adaptadas, tenham boa capacidade e estabilidade produtiva, bom nível de resistência a doenças e pragas e bom aspecto na lavoura.

Tipos de Cultivares

As cultivares de feijão-caupi também podem ser classificadas, com base na origem do germoplasma, em cultivares locais e melhoradas (FREIRE FILHO et al., 2000):

1 – Cultivares Locais

No Brasil, há um grande número de variedades/raças locais/crioulas, que ainda são muito cultivadas, principalmente por pequenos agricultores, que produzem as próprias sementes. Esse germoplasma tem uma variabilidade genética imensurável, a qual pode ser observada a partir dos diferentes tipos de grãos que são encontrados nas feiras livres e nos mercados das médias e grandes cidades. Há algumas características que são predominantes nas cultivares locais: em sua maioria são misturas varietais com cinco ou mais componentes; apresentam crescimento indeterminado e porte semiprostrado ou prostrado; ciclo médio, de 71 a 90 dias; folhas globosas; vagens no nível ou acima da folhagem; comprimento médio de vagem em torno de 18,0 cm; número médio de grãos por vagem em torno de 14,0; peso médio de 100 grãos em torno de 19,0 g (FREIRE FILHO et al., 1981).

Os nomes das cultivares locais, geralmente, são dados em função de alguma característica que se destaca na cultivar, em sua maioria relacionada à cor ou forma dos grãos.

2 – Cultivares Melhoradas

As diversas características desejadas em uma cultivar ideal, geralmente, estão presentes em diferentes cultivares ou mesmo não existem fenotipicamente, havendo, portanto, a necessidade de serem reunidas em uma mesma cultivar ou serem obtidas por meio da manipulação genética. Outro aspecto relacionado a essa questão é que os fatores bióticos e abióticos que formam o ambiente, como também as exigências dos produtores, comerciantes e consumidores, são dinâmicos. Além disso, a busca do aperfeiçoamento da exploração e da melhoria da produtividade e da qualidade exige um trabalho permanente de criação e seleção de novas cultivares.

No início, o melhoramento do feijão-caupi foi voltado, principalmente, para o aumento da produtividade; posteriormente, para a resistência a doenças, principalmente as viroses; atualmente, além dessas duas características, está sendo dada grande ênfase à qualidade física e nutricional do grão e à arquitetura da planta.

As principais características das cultivares de feijão-caupi registradas no Registro Nacional de Cultivares do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CULTIVARWEB, 2017), com suas regiões de adaptação, encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1. Principais características das cultivares de feijão-caupi lançadas e recomendadas para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.

Cultivar(1)

Ano

de lançamento

Região de adaptação

Porte da planta(2)

Ciclo de maturação

Subclasse comercial

Peso de 100 grãos (g)

Produtividade de grãos (kg.ha-1)

Sequeiro

Irrigado

Sempre-Verde 1981 AL, BA, CE, MA, PI, RN, SE SPR 70-80 Sempre-Verde 15,9 900 1.200
BR 2 – Bragança 1985 PA SER 65-75 Manteiga 16,0 811 2.008
BR 3 – Tracuateua 1985 PA PR 70-80 Branco Rugoso 30,0 914 1.698
Setentão 1988 AL, BA, CE, MA, PB, PI, RN, SE SPR 65-70 Sempre-Verde 19,8 1.200
IPA-205 1988 MA, PB, PE, RN SPR 70-80 Mulato Liso 20,0 1.319
IPA-206 1989 BA, PB, PE, RN SER 65-75 Mulato Liso 22,0 1.240
Riso do Ano 1990 RN SPR 70-90 Branco Liso 15,5 1.000 1.300
BR 14-Mulato 1990 PI, BA SPR 65-75 Mulato Liso 16,0 883 1.967
BR 17-Gurguéia 1994 PI SPR 70-80 Sempre-Verde 12,0 976 1.964
Amapá 1997 AP, RN SER 70-75 Branco Liso 16,0 1.200
Monteiro 1998 PI PR 70-75 Branco Rugoso 28,4 2.070
Patativa 1999 CE SPR 65-70 Mulato Liso 19,0 1.267
BRS Mazagão 2000 AP, PI SER 60-65 Branco Liso 15,0 1.271 1.895
BRS Rouxinol 2001 BA, PI SER 65-75 Sempre-Verde 17,0 892 1.509
BRS Paraguaçu 2002 BA, PI SPR 65-75 Branco Liso 17,0 890 1.087
BRS Guariba 2004 MA, PI SER 65-70 Branco Liso 19,0 1.489
BRS Marataoã 2004 BA, PB, PI SPR 70-75 Mulato 15,0 978
BRS Potiguar 2005 RN SER 65-70 Mulato Liso 23,0 1.100 1.600
BRS Milênio 2005 PA PR 70-80 Branco Rugoso 23,0 1.399
BRS Urubuquara 2005 PA PR 70-80 Branco Rugoso 22,0 1.276
BRS Novaera 2007 MA SER 65-70 Branco Rugoso 20,0 1.125 1.611
BRS Pujante 2007 BA, PE SPR 70-75 Mulato Liso 25,0 704
BRS Xiquexique 2008 AL, AM, AP, BA, MA, MT, MS, PE, PI, RN, RO, RR, SE SPR 70-75 Branco Liso 16,0 1.018 1.593
BRS Cauamé 2009 AL, AM, AP, MS, PA, PE, RO, RR, SE SER 65-70 Branco Liso 17,0 977 1.769
BRS Tumucumaque 2009 AL, AM, MA, MT, MS, PA, PE, PI, RN, RO, RR, SE SER 65-70 Branco Liso 18,0 1.100 1.703
BRS Pajeú 2009 AL, MA, MT, MS, PA, PE, PI, RR, SE SPR 70-80 Mulato Liso 21,0 981 1.863
BRS Potengi 2009 AM, MA, MT, MS, PE, RN, RO, RR SER 65-70 Branco Liso 20,0 972 1.766
BRS Itaim 2009 PA, PI, RR, TO ER 60-65 Fradinho 23,0 1.712 1.373
BRS Juruá 2009 BA, MT, PA, PI, RR, SE, TO SPR 70-80 Verde 19,0 1.094 1.151
BRS Aracê 2009 BA, MT, PA, PI, RR, SE, TO SPR 70-80 Verde 18,0 1.355 1.192
BRS Acauã 2010 BA, PE, PI SPR 70-80 Canapu 18,0 1.338 1.407
BRS Carijó 2010 BA, PE, PI ER 60-65 Fradinho 19,0 1.227 1.651
BRS Tapaihum 2010 BA, PE, PI ER 60-65 Preto 19,0 1.183 1.619
Miranda IPA 207 2011 PE SPR 65-70 Mulato 21,0 2.181
BRS Imponente 2016 MA, MT, PI, PA SER 65-70 Branco Rugoso 34,0 1.311 1.276

(1)Fonte: Adaptado de Freire Filho et al. (2011) e (CULTIVARWEB, 2017). (2) SPR = Semiprostrado; PR=Prostrado; SER = Semiereto; ER=Ereto.

Novas cultivares

Ao longo das últimas cinco décadas de intensos trabalhos, já foram desenvolvidas dezenas de cultivares de feijão-caupi, que hoje são plantadas em praticamente todo o País, com destaque para as regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste. Estão no caminho do mercado consumidor brasileiro e, no futuro do internacional, mais quatro cultivares de feijão-de-corda (caupi) e uma de feijão mungo. A BRS Bené, de grãos marrons graúdos; a BRS Guirá, de grãos pretos brilhosos; a BRS Utinga, um feijão branco de grãos também graúdos; e a BRS Natalina, que é a primeira cultivar de feijão do tipo manteiguinha do Brasil.

BIBLIOGRAFIA E LINKS RELACIONADOS

Embrapa/Notícias – Novas variedades de feijão-caupi. Melhoramento genético. Maio de 2023.

Embrapa/Notícias – Tecnologia da Embrapa ajuda a manter ritmo das exportações de feijão-caupi. Abril de 2023.

ROCHA, M.M.; SILVA, K.J.D.; MENEZES JUNIOR, J.A.N. Importância econômica. Cultivo de Feijão-Caupi. 2ª edição, Embrapa Meio-Norte, Sistema de Produção, 2.

ROCHA, M.M.; SILVA, K.J.D.; FREIRE FILHO, F.R.; MENEZES JUNIOR, J.A.N. Cultivares. Cultivo de Feijão-Caupi. 2ª edição, Embrapa Meio-Norte, Sistema de Produção, 2.

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Tags: feijão caupi

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