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GERAIS
Mapa promove interação entre governo e setor produtivo de árvores cultivadas
Fonte: freepik 01/05/2024
A ideia é identificar as sinergias e integrar atividades que contribuam com o desenvolvimento florestal nos biomas brasileiros. Para entender os desafios e as iniciativas em andamento que impactam social e ambientalmente a cadeia de florestas plantadas, a Secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária, Renata Miranda, iniciou uma série de visitas a empresas do setor florestal privado.
O objetivo dessa iniciativa é estreitar a relação entre o governo e o setor produtivo de árvores plantadas, buscando compreender a dinâmica atual e apresentar as ações propostas pelo Plano Floresta+Sustentável (F+S) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A meta é contribuir para a construção de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável da cadeia florestal nos diferentes biomas brasileiros, atendendo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A primeira visita foi à Bracell, uma empresa brasileira produtora de celulose e celulose solúvel, que está entre as maiores do mundo e cuja prática sustentável está alinhada com metas globais. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial dessa matéria-prima, e a produção florestal é o terceiro produto agrícola mais exportado do país, destacando sua importância no cenário internacional.
“Nosso país tem grande potencial e oportunidades para expandir a cadeia de florestas plantadas em todos os segmentos, e a Bracell é um exemplo global de que é possível produzir de forma sustentável, gerando prosperidade em seu entorno”, comentou a secretária.
Fonte do texto: MAPA 01/05/2024
Em comparação, o custo médio para resolver a insegurança alimentar com transferências de renda para garantir acesso a alimentos saudáveis é de 1,5% do PIB, sem incluir despesas de gestão e implementação. O relatório identifica várias fontes de financiamento para a segurança alimentar e nutrição na região, como: financiamento do consumo e produção de alimentos; gasto público em agropecuária e proteção social; fluxos internacionais de desenvolvimento; e financiamento do sistema bancário e dos mercados de capitais.
O documento ressalta a importância de investir na agricultura para abordar a insegurança alimentar, observando que o problema não é a falta de alimentos, mas sim o acesso inadequado devido a barreiras físicas e econômicas, especialmente em áreas rurais pobres. O relatório destaca a necessidade de calcular os custos para implementar políticas e programas de segurança alimentar, bem como de melhorar a coleta de dados sobre os fluxos de financiamento.
Mario Lubetkin, da FAO, afirmou que é essencial alinhar políticas sociais, econômicas e comerciais para melhorar a segurança alimentar, especialmente quando os gastos com alimentos representam 22% do PIB regional. Ele sugere intervenções abrangentes, como apoio à agricultura familiar, sistemas de compras públicas e regulamentações para rótulos nutricionais, para fortalecer os sistemas alimentares.
José Manuel Salazar-Xirinachs, da CEPAL, apontou que a pobreza extrema na região alcançou 11,4% em 2023, afetando mais de 70 milhões de pessoas. Ele ressaltou a necessidade de políticas públicas inclusivas e gastos públicos melhor direcionados para atender às populações mais vulneráveis. Lola Castro, do WFP, destacou que a América Latina e o Caribe têm a alimentação saudável mais cara do mundo, e que é inaceitável que populações vulneráveis paguem tão caro pela má nutrição em um continente que produz alimentos suficientes para todos. Por fim, Manuel Otero, do IICA, enfatizou a necessidade de análises nacionais para fortalecer e melhorar os sistemas alimentares, propondo uma abordagem ampla com foco nos principais fluxos financeiros para garantir uma resposta eficaz à insegurança alimentar e à má nutrição.
Fonte: FAO 01/05/2024
GT de Agricultura do G20 faz primeira reunião presencial e avança em acordos entre os países
O Grupo de Trabalho (GT) de Agricultura do G20, composto pelas 19 maiores economias do mundo e dois blocos regionais, realizou sua primeira reunião presencial sob a presidência brasileira nos dias 29 e 30 de abril, em Brasília, no Serpro. O evento, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), reuniu representantes de 30 países, membros do G20, convidados e organizações internacionais para discutir soluções que promovam a sustentabilidade e a prosperidade na agricultura e nos sistemas alimentares.
No primeiro dia, o foco foi o papel da agricultura familiar no combate à fome e pobreza, a mecanização sustentável para aumentar a produção de alimentos e a transformação dos sistemas alimentares. O segundo dia foi dedicado à análise da minuta da declaração ministerial, a ser assinada na reunião final do GT em setembro. A agenda também incluiu visitas a armazéns da Conab, a estabelecimentos de agricultores familiares e a uma cooperativa de laticínios, para mostrar o impacto das políticas públicas brasileiras no setor agrícola.
O GT de Agricultura inclui representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), do MDA, do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e da Embrapa. O grupo, liderado por Roberto Perosa e copresidido por Fernanda Machiaveli, aborda segurança alimentar, agricultura sustentável, inovação tecnológica, adaptação às mudanças climáticas e combate à fome e pobreza.
O encontro serviu como preparação para a Reunião Ministerial em setembro, no Mato Grosso, e para a Cúpula de Líderes do G20 em novembro, no Rio de Janeiro. A próxima reunião do GT será em junho, em Brasília, antecedida por um encontro de cientistas organizado pela Embrapa em maio. O Brasil assumiu a presidência temporária do G20 em dezembro de 2023 e planeja mais de 100 reuniões de grupos de trabalho e cerca de 20 reuniões ministeriais durante seu mandato, culminando com a Cúpula de Chefes de Governo e Estado em novembro de 2024, no Rio de Janeiro. Essa é a primeira vez que o Brasil ocupa a presidência do G20 no formato atual do grupo.
Fonte da reportagem: MAPA 01/05/2024
PRODUÇÃO
Nova versão de sensor para irrigação gera economia e aumenta a produtividade da lavoura
O sensor IGstat é um dispositivo de baixo custo projetado para reduzir o consumo de energia e água na irrigação, ajudando a aumentar a produtividade. Sua versão mais recente foi aprimorada em termos de fabricação e controle, sendo utilizado tanto em ambientes protegidos quanto em campo aberto. A automatização do sensor ajusta a irrigação com base na umidade do solo, garantindo eficiência no uso da água.
O IGstat foi desenvolvido pela Embrapa Instrumentação em parceria com a Tecnicer Tecnologia Cerâmica Ltda. e é comercializado pela startup Pitaya Irrigação. Uma vantagem do sensor é sua capacidade de irrigar sem a necessidade de informações técnicas complexas sobre o solo ou sobre coeficientes de irrigação. Ele é versátil e pode ser usado em diferentes tipos de irrigação, como aspersão, gotejamento e inundação, e em diversas culturas e tamanhos de áreas.
Para garantir a qualidade do sensor, foi criado um painel pneumático que testa e calibra até dez sensores automaticamente. Isso assegura robustez e confiabilidade. Mais de 600 sensores IGstat já foram testados em várias culturas no Brasil e até na Arábia Saudita.
O sensor mede 6 cm de comprimento e 2 cm de diâmetro, consistindo de uma cápsula porosa com um núcleo de microesferas de vidro e duas mangueiras para entrada e saída de ar. Quando o solo está úmido, o ar não passa pelo sensor. Ao atingir um nível crítico de umidade, o ar passa, reduzindo a pressão e acionando a irrigação. A irrigação é interrompida automaticamente quando o solo recupera a umidade, aumentando a pressão de ar.
Os sensores são customizados para cada cultura, ajustando-se ao nível crítico de umidade. O IGstat é uma alternativa mais acessível aos sensores importados, contribuindo para melhorar a eficiência do uso da água na agricultura, setor que consome cerca de 70% da água global, segundo a FAO.
Fonte: Embrapa 01/05/2024
Robô gera economia de 37 toneladas de ração por ano na suinocultura brasileira
O uso de um robô distribuidor de ração na suinocultura brasileira está trazendo benefícios significativos, como economia de ração e redução do esforço físico dos criadores, além de aumentar a eficiência na gestão das granjas. Desenvolvido em parceria entre a Embrapa Suínos e Aves e a empresa Roboagro, esse robô pode economizar mais de 37 toneladas de ração por ano, permitindo que os produtores rurais se concentrem mais na administração das granjas e menos nas tarefas manuais.
O robô não substitui a presença humana, mas permite que os criadores dediquem mais tempo para observar e gerenciar os animais, em vez de alimentar manualmente. Bruna Brandão, que opera um desses robôs em uma granja de suínos no Paraná, explica que o robô não só poupa tempo, mas também aumenta a precisão da distribuição de ração, melhorando a eficiência da produção.
O robô distribui ração em instalações de suínos em terminação, repetindo essa tarefa várias vezes ao dia. Essa automação ajuda a controlar e medir a ração fornecida, evitando desperdícios e otimizando a conversão alimentar dos suínos, fator crucial para a suinocultura. Osmar Dalla Costa, da Embrapa, destaca que a automação precisa ser complementar ao trabalho humano, com a supervisão dos produtores para garantir que tudo funcione corretamente.
O robô também gera relatórios diários sobre o consumo de ração, ajudando a detectar anomalias e permitindo uma abordagem mais preventiva no gerenciamento dos lotes de suínos. Os criadores podem ajustar a quantidade de ração conforme as necessidades específicas de cada baia ou em diferentes horários do dia.
Os estudos da Embrapa indicam que a economia de ração é resultado do controle do desperdício e do melhoramento na conversão alimentar dos suínos. A distribuição controlada reduz em média 5% o consumo de ração em comparação com sistemas que oferecem ração à vontade. O robô também permite maior homogeneidade na distribuição, proporcionando uma alimentação mais uniforme para os animais.
Com mais de mil robôs em operação, a Roboagro destaca que essa tecnologia pode transformar produtores em gestores mais eficientes, já que a automação libera tempo para tarefas mais estratégicas. Além disso, o robô oferece a vantagem de distribuição precisa e programada, reduzindo custos e melhorando a eficiência no processo de criação de suínos.
Fonte: Embrapa 01/05/2024
Avaliação positiva para o Programa Cotton Brazil
Monitoramento semanal das condições das lavouras – atualizado em 29 de abril
Destaques da semana
Arroz – A colheita está 78,7% concluída em nível nacional. No Rio Grande do Sul (RS), a colheita teve pouco progresso devido às chuvas, mas a qualidade do grão colhido é boa. Em Santa Catarina (SC), a colheita está praticamente finalizada na região Norte e restam poucas áreas a serem colhidas na região Sul. No Maranhão (MA), a colheita está lenta por conta do excesso de chuvas. Em Goiás (GO), a colheita está avançando tanto em áreas irrigadas sob pivô quanto em áreas de sequeiro. No Tocantins (TO), 70% da colheita está concluída. Já no Mato Grosso (MT), a menor intensidade das chuvas favoreceu a colheita.
Algodão – A semeadura está 100% concluída. No Mato Grosso (MT), a redução nas precipitações ajudou a realizar tratos preventivos nas lavouras. Na Bahia (BA), as lavouras estão em ótimas condições. No Maranhão (MA), as lavouras de primeira safra estão em fase de floração, enquanto as de segunda safra estão na formação das maçãs. De modo geral, a cultura apresenta boa condição. No Mato Grosso do Sul (MS), a colheita está no início. O sol pleno ajudou as plantas após um período chuvoso que causou apodrecimento em algumas maçãs.
Milho 1ª Safra – A colheita atingiu 59,8% de conclusão. Em Minas Gerais (MG), a colheita progrediu, alcançando 60%. No Rio Grande do Sul (RS), a baixa luminosidade afetou as lavouras em fase de enchimento de grãos, e a colheita avançou lentamente devido à elevada umidade do ar, prejudicando a qualidade dos grãos. Na Bahia (BA), embora as lavouras apresentem bom desenvolvimento, o avanço da colheita na região Centro-Sul mostrou baixo rendimento. No Paraná (PR), o clima mais quente e seco facilitou a colheita. Em Santa Catarina (SC), a colheita está na fase final e avançando bem. No Maranhão (MA), as lavouras estão em boas condições, e a colheita começou na região Sul. Em Goiás (GO), a colheita continua progredindo. No Pará (PA), a colheita foi concluída.
Milho 2ª Safra – A semeadura está 100% concluída. No Mato Grosso (MT), as condições são favoráveis, com a maioria das lavouras em floração e enchimento de grãos. No Paraná (PR), a maioria das lavouras está na fase reprodutiva, com clima propício para o manejo. No Mato Grosso do Sul (MS), a boa umidade do solo garante o pleno desenvolvimento das lavouras. Em Goiás (GO), as condições climáticas são favoráveis, especialmente para lavouras semeadas mais cedo. Em Minas Gerais (MG), a maioria das lavouras está se desenvolvendo bem, embora a menor umidade do solo esteja prejudicando algumas lavouras tardias. No Maranhão (MA), as lavouras estão em boas condições. No Piauí (PI), as lavouras continuam se desenvolvendo bem, com chuvas favorecendo o crescimento. No Pará (PA), a falta de luminosidade em algumas regiões prejudica o desenvolvimento das lavouras.