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GERAIS
Ações do Mapa para a reconstrução do agro no Rio Grande do Sul
Fonte: TV Pampa 29/05/2024
Após a instalação do Gabinete Itinerante do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Rio Grande do Sul, o ministro Carlos Fávaro anunciou que a Embrapa iniciará um trabalho de mapeamento e consultoria aos produtores atingidos, começando em 10 de junho. Fávaro detalhou as ações federais para a reconstrução do agronegócio no estado, incluindo o Programa Emergencial de Reconstrução do Agronegócio (PERSul), e a autorização do Conselho Monetário Nacional para prorrogar parcelas de crédito rural até 15 de agosto.
Fávaro explicou que o plano de reconstrução será dividido em duas fases: suspensão imediata dos débitos dos produtores e posterior reconstituição e repactuação dos mesmos, seguida por investimentos para recompor perdas causadas pelas chuvas.
Além disso, Fávaro mencionou a medida provisória para a compra de até 300 mil toneladas de arroz importado, visando controlar preços e evitar especulação. O governo também está trabalhando na descentralização da produção agrícola para enfrentar mudanças climáticas, com reforço no próximo Plano Safra 2024/25, que incluirá mais recursos e subvenções para seguros rurais e apoio à comercialização. Fávaro destacou ainda a abertura de 124 novos mercados em 51 países, e os avanços nas relações diplomáticas, como a certificação do Brasil livre de febre aftosa e novas habilitações para exportações à China, enfatizando o bom momento da agropecuária brasileira no cenário internacional.
Fonte da reportagem: MAPA 29/05/2024
PRODUÇÃO
Receitas estimulam aproveitamento integral de abóbora e inhame
Foto: Elias Rodrigues
O inhame, rico em fibras e vitaminas, é conservável por longos períodos e pode ser congelado. A abóbora, fonte de fibras, minerais e vitaminas, também é durável e pode ser congelada. O projeto visa não só diversificar a alimentação e aumentar a nutrição, mas também preservar variedades tradicionais e melhorar as práticas de cultivo.
Oficinas técnicas e gastronômicas foram realizadas para ensinar boas práticas de manejo e processamento dos alimentos, beneficiando a economia local e fortalecendo a segurança alimentar. As novas receitas são vistas como uma maneira de agregar valor aos produtos locais e expandir o mercado interno de inhame e abóbora em Alagoas.
Fonte: Embrapa 29/05/2024
Técnicos da Conab debatem impactos econômicos da ferrugem asiática na cultura da soja
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) foi convidada para debater os impactos econômicos da ferrugem asiática na cultura da soja. O evento ocorreu na quarta-feira (29), das 8h às 12h, no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) do Acre, voltado para produtores rurais, técnicos e estudantes.
Atualmente, a ferrugem asiática é considerada um dos principais problemas da produção de soja. Quando não controlada, a doença pode provocar perdas de até 90% do total de uma plantação do grão. Isso representa um prejuízo para a economia. Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a ferrugem surgiu no Brasil pela primeira vez na safra 2001/2002.
Entre os assuntos que serão tratados estão os danos, sintomas, ciclo e dispersão da doença, as medidas a serem tomadas e como estabelecer um programa de controle efetivo. A Conab será representada pela superintendente Regional no Acre, Alessandra Ferraz Cavalcante, e pelo engenheiro agrônomo e técnico da Gerência de Acompanhamento de Safras da Companhia, Marco Chaves. Além disso, a Conab está em pesquisa de campo no estado para a realização do 9º levantamento da safra de grãos 23/24, cujo anúncio ocorrerá no dia 13 de junho. Nestas visitas são coletadas informações sobre área plantada, estádio de desenvolvimento das culturas, percentual colhido, produtividade e qualidade do produto. Além disso, também são avaliadas as condições das lavouras, condições climáticas, seus reflexos, entre outras variáveis.
Fonte (imagem): UFSM 29/05/2024 Fonte (reportagem): Conab 29/05/2024
Após exportação recorde de algodão, Abrapa chega à China para fortalecer parcerias
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) está promovendo uma missão na China de 28 de maio a 6 de junho para fortalecer as relações comerciais. A delegação brasileira, incluindo membros da Abrapa e da Associação Nacional de Exportadores de Algodão (Anea), busca consolidar o recorde de exportações de algodão brasileiro, que atingiu 1,2 milhão de toneladas de agosto de 2023 a abril de 2024, podendo dobrar o recorde de 2020/21.
A missão inclui reuniões com grandes empresas chinesas como a Chinatex, China National Cotton Exchange (CNCE), e China National Cotton Group Corporation (CNCGC). A agenda contempla um jantar de negócios, participação no “2024 China Cotton Industry Development Summit” e visitas técnicas a fiações e indústrias têxteis em Xangai e Ningbo.
A comitiva também participará da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), onde destacará o Programa de Qualidade do Algodão Brasileiro (PQAB). A missão é organizada pelo Cotton Brazil, uma iniciativa global da Abrapa, com apoio da Apex-Brasil e Anea.
Fonte: Abrapa 29/05/2024
Vespa é capaz de controlar a broca-das-pontas do cajueiro
Foto: Ariane Soares (Broca, inseto adulto)
A Embrapa Agroindústria Tropical, em colaboração com a Universidade Federal de Alagoas, identificou o uso potencial de vespas parasitoides do gênero Goniozus legneri para controlar a broca-das-pontas do cajueiro, uma séria ameaça à cultura devido aos danos nos ramos frutíferos. Essa descoberta abre caminho para fortalecer práticas de controle biológico na cajucultura brasileira, promovendo saúde e sustentabilidade na produção.
O estudo é de autoria da pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical Nívia Dias e tem como coautores Ariane Soares e Jakeline Maria dos Santos, da AgroServ Proteção de Cultivos, e o professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Celso Azevedo.
As vespas parasitoides são pequenos insetos que desempenham um papel crucial no controle natural de pragas. Elas recebem essa classificação porque colocam seus ovos dentro do inseto hospedeiro (pragas prejudiciais à agricultura), matando-o. Geralmente, são altamente especializadas, com espécies diferentes para pragas específicas e, por isso, muito eficazes na redução da população de insetos nocivos, sem prejudicar insetos benéficos, animais e o meio ambiente.
Nívia Dias, entomologista e pesquisadora, defende o controle biológico como uma estratégia promissora a ser utilizada no manejo integrado de pragas (MIP) do cajueiro. No entanto, é indispensável que seja realizada a identificação das espécies de inimigos naturais de uma determinada área, assim como as pragas e culturas às quais eles estão associados.
O estudo identificou pela primeira vez no Brasil a espécie Goniozus legneri como um parasitoide eficaz da broca-das-pontas do cajueiro. Essa descoberta é significativa, pois sugere o potencial do controle biológico como uma técnica segura e sustentável para o manejo integrado de pragas na agricultura.
Fonte: Embrapa 29/05/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras
Atualizado em 27 de maio
Arroz– A colheita de grãos está avançada em várias regiões do Brasil. No Rio Grande do Sul, cerca de 95% da área está colhida, com a expectativa de melhores condições climáticas e drenagem do solo para avançar ainda mais. No Maranhão, o clima mais seco tem facilitado as operações, principalmente nas áreas em sequeiro. Em Goiás, a ausência de chuvas tem beneficiado a maturação e secagem dos grãos. No Tocantins, a redução das chuvas tem colaborado com a evolução da maturação e secagem dos grãos. Em Mato Grosso, a colheita já foi finalizada.
Algodão – A colheita está em estágio inicial em várias regiões do país. Em Mato Grosso, apenas 0,7% da área foi colhida, mas as lavouras apresentam bom desenvolvimento, sanidade regular e formação de maçãs satisfatória. Na Bahia, a colheita começou. Em Mato Grosso do Sul, também iniciou-se a colheita, com a observação da incidência do bicudo-do-algodoeiro em lavouras mais tardias. No Maranhão, as lavouras estão em boas condições durante a abertura de capulhos e formação de maçãs, com início da desfolha em algumas áreas. Em Goiás, a colheita começou, com lavouras de sequeiro em estágio de formação de maçãs e abertura de capulho, enquanto as irrigadas estão no início de floração. Em Minas Gerais, a colheita começou nas lavouras de sequeiro. Em São Paulo, a colheita está concentrada na região de Riolândia. No Piauí, as lavouras estão se desenvolvendo em boas condições..
Feijão 1ª safra – 98% colhido. Na BA, a colheita do feijão cores foi concluída no Oeste e restam apenas algumas áreas de feijão caupi
Feijão 2ª safra – No Paraná, a escassez de chuvas e as temperaturas mais baixas estão impulsionando o avanço da colheita. Em Santa Catarina, a frente fria, juntamente com as chuvas e as temperaturas baixas, estão impactando negativamente o progresso da colheita, resultando em uma redução na qualidade dos grãos devido à umidade durante a maturação das lavouras. No Rio Grande do Sul, o excesso de umidade está prejudicando a colheita, com as lavouras apresentando grãos de baixa qualidade, incluindo grãos germinados e a presença de fungos, sendo as maiores perdas observadas na região central. Na Bahia, as chuvas no nordeste do estado estão beneficiando o desenvolvimento das culturas, especialmente do feijão caupi em sequeiro, enquanto a semeadura do feijão cores irrigado foi concluída em boas condições.
Milho 1ª Safra – 78,4% colhido. Em Minas Gerais, os produtores estão aguardando a redução da umidade dos grãos para concluir a colheita. No Rio Grande do Sul, as lavouras estão enfrentando perdas devido ao excesso de chuvas nos grãos maduros, falta de insolação e erosão dos nutrientes necessários para o enchimento dos grãos. Na Bahia, algumas áreas na região Centro-Sul estão sendo destinadas à silagem devido ao baixo rendimento dos grãos. No Piauí, a colheita está avançando na região do Cerrado. No Maranhão, a colheita da primeira safra está progredindo em quase todo o estado, exceto na região Norte. Em Goiás, o clima seco tem favorecido a colheita.
Milho 2ª Safra –Com apenas 1,1% colhido, a situação da safra varia em diferentes regiões do país. Em Mato Grosso, a colheita está concentrada nas áreas irrigadas, enquanto outras áreas estão no estágio de enchimento de grãos e maturação. Em Mato Grosso do Sul, o retorno das chuvas beneficiou algumas regiões, mas não conseguiu reverter completamente as perdas em outras áreas. Em Goiás, o clima seco está impactando as lavouras em enchimento de grãos, especialmente nas áreas tardias. São Paulo enfrenta uma redução no potencial produtivo devido à falta de precipitações. Minas Gerais também sofre com a ausência de chuvas, afetando a produtividade em parte do estado. No Tocantins, as lavouras estão em fase de maturação. No Maranhão, a maioria das áreas está no estágio de enchimento de grãos, mas algumas foram prejudicadas pela redução das chuvas. No Piauí, muitas lavouras foram afetadas pelo menor volume de precipitações. No Pará, a maioria das lavouras está em boas condições.
Soja – Com 8,1% colhido, a situação da safra varia em diferentes regiões do país. Em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Piauí, a colheita foi finalizada. No Rio Grande do Sul, as operações de colheita têm enfrentado dificuldades devido à alta umidade do solo, problemas logísticos e demora na recepção e secagem dos grãos nos armazéns. Isso tem causado perdas quantitativas e qualitativas, como debulha das vagens, germinação dos grãos e presença de fungos. No Maranhão, a colheita foi finalizada no Sul e está em andamento nas demais regiões. Em Santa Catarina, o atraso na colheita resultou em perdas devido à germinação dos grãos nas vagens. No Pará, a redução das precipitações permitiu um grande avanço na colheita.