Curadoria Semanal: Principais Informações do Mundo Agro! 25 a 31 de março de 2024

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GERAIS

Governo Federal apresenta medidas de auxílio ao agro

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na noite do dia 26/03 para falar sobre as medidas de apoio aos produtores rurais que estão sendo adotadas pelo Governo Federal.

Clima faz produtores 'abandonar' soja e eleger outro cultivar para a safra — CompreRuralParticiparam da reunião na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o presidente da FPA, Pedro Lupion, o vice-presidente na Câmara, Arnaldo Jardim, os senadores Tereza Cristina e Alan Rick e os deputados federais Alceu Moreira, Isnaldo Bulhões, Marussa Boldrin, Sérgio Souza e Vicentinho Júnior e o assessor especial do ministro, Carlos Ernesto Augustin.

Uma das propostas que já está em discussão e será avaliada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nos próximos dias é a repactuação de débitos referentes a contratos de investimentos dos produtores de milho, soja e da pecuária de corte e de leite dos estados afetados pelas intempéries climáticas.

O ministro detalhou aos parlamentares a proposta de prorrogação das parcelas de 2024 e debateu as propostas que ainda estão sendo discutidas para o setor. Para os débitos referentes ao custeio, será realizada a análise de crédito e a avaliação de cada caso. O ministro tirou as dúvidas dos parlamentares e recebeu sugestões de propostas estruturantes.

Também foram discutidas as medidas para conter o preço dos alimentos básicos. Conforme Fávaro, uma delas será a apresentação, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), dos Contratos de Opção para arroz, feijão, trigo e milho como forma de estimular a produção.

Fonte textual: MAPA 27/03/2024

Fonte da imagem: compre rural 27/03/2024

Iniciativa que combate a fome em propriedades familiares será reproduzida em escala nacional

Alba Leal - Inajá-PE - O Sisteminha permite que famílias de baixa renda se alimentem com o que é produzido, por meio de estruturas simples montadas com recursos disponíveis no lugar

Um sistema que produz vegetais e pequenos animais para consumo local será reproduzido em, pelo menos, mil propriedades familiares em todas as regiões do Brasil. Desenvolvido originalmente nos laboratórios da Universidade Federal de Uberlândia, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais e aperfeiçoado na Embrapa, o Sisteminha Comunidades é uma tecnologia capaz de combater a fome no campo.

Aplicada com sucesso em comunidades no Brasil e na África, a tecnologia será multiplicada em escala nacional por meio de ações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com apoio da Embrapa, Institutos Federais de Educação Técnica e outras instituições. O MDA está organizando a formação de uma rede nacional para levar o Sisteminha Comunidades a mil localidades nas cinco regiões brasileiras, no prazo de 36 meses.

“A rede não se limitará a mil famílias. Esse é um número que consideramos alcançável para os R$ 14 milhões iniciais de investimento do Ministério. Porém, queremos que o projeto continue crescendo e garantindo segurança alimentar a muito mais pessoas“, declarou o secretário de Territórios e Sistemas Produtivos Quilombolas e Tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira, na manhã do dia 20 de março, durante a abertura de uma oficina voltada a estruturar a rede, realizada em Brasília, durante 3 dias.

A participação da Embrapa na rede faz parte de um esforço da empresa de intensificar o trabalho com comunidades e povos tradicionais, de acordo com a diretora de Negócios da estatal, Ana Euler. “Estamos com trabalhos com a comunidade quilombola Kalunga, com povos indígenas e grupos sociais de mulheres. Estamos reformulando a transferência de tecnologia para que as soluções cheguem cada vez mais a esses públicos”, anunciou a diretora.

O criador do Sisteminha, o pesquisador Luiz Carlos Guilherme, da Embrapa Cocais (MA) explicou que a tecnologia foi concebida para ser uma solução efetiva ao problema da fome, com a qual a comunidade é capaz de produzir o próprio alimento. “É voltado a qualquer cidadão que queira aumentar a sua diversidade de alimentos seja no meio rural, urbano e periurbano”, comentou.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, oficializou a parceria assinando um Termo de Execução Descentralizada (TED) com o MDA. Ela destacou que o Sisteminha cumpre o desafio de contribuir com o Governo Federal na redução da insegurança alimentar e no combate à fome. “A ciência só tem significado se alcançar a cada um dos brasileiros”, declarou a presidente, lembrando que a etapa de expansão da tecnologia irá alcançar 500 mulheres chefes de família.

Também participaram da solenidade o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Fernando Schiavon; a coordenadora-geral de governança Fundiária e Territorial de Quilombos e Povos Tradicionais do MDA, Ana Maria Sales Placidino; a secretária-executiva adjunta do MDA, Marina Godoi de Lima; o chefe-geral da Embrapa Cocais, Marco Bonfim, além de parceiros da sociedade civil.

O que é o Sisteminha?

Trata-se de um sistema de baixo custo inicial que integra a criação de peixes à produção vegetal e outros tipos de criação. De pequeno porte, a tecnologia é voltada à prover segurança e soberania alimentar aos usuários, sendo projetada para pequenas propriedades (a partir de 100m2). Com o passar do tempo, ele gera excedentes de produção que podem ser comercializados promovendo também o desenvolvimento social.

Versátil, o Sisteminha pode ser facilmente adaptado às necessidades, experiência, preferências do produtor e condições de clima, solo, água e mercado locais. Recentemente, ele recebeu uma versão voltada ao empreendedorismo comunitário, batizada de Sisteminha Comunidades, que contempla o desenvolvimento local com parte da produção voltada ao mercado.

O Sisteminha foi implantado com sucesso em comunidades no Maranhão, onde virou política pública sendo implantado nos 30 municípios mais carentes do estado. Também tirou da fome famílias em países africanos como Gana, Uganda e Moçambique. E agora com a parceria com o MDA ganhará escala e se expandirá para todo o Brasil (ver box sobre a estratégia de expansão)

“Quando começamos, a maioria de nós não tinha o básico para comer”, conta Milena Pereira Martins, do Quilombo São Martins em Paulistana (PI). “Uma família começou [o Sisteminha] e outras perceberam que se todas entrassem a compra de insumos iria ser mais fácil e a produção aumentaria para todo mundo”, relatou durante a Oficina.

Antônia Maria Messias do Nascimento, etnia indígena Krenyê no Maranhão, contou que a comunidade depende de um único meio de transporte para acessar a cidade mais perto que fica a 60 quilômetros da aldeia Pedra Branca, onde mora. Entre os mantimentos que mais transportava estavam os ovos, por terem preço mais acessíveis. “Essas são as nossas galinhas hoje do Sisteminha”, mostrou a foto em sua apresentação, “em pouco tempo, já teremos ovos lá mesmo”, apresentou.

Fonte – texto e imagem: Embrapa 27/03/2024

Conab, MDA e Incra debatem novos desafios para fortalecer agricultura familiar

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Os gestores de todas as regionais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) se reúnem para estabelecer as ações para 2024 com objetivo de superar os novos desafios a fim de promover a agricultura familiar no país.  Também participam das atividades representantes da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas). Os debates se iniciaram na abertura do 2º Encontro Nacional do MDA, Incra, Conab, Anater e Ceagesp e CeasaMinas realizado nesta segunda-feira (25), em Brasília.

Durante a solenidade de abertura, o presidente da Conab, Edegar Pretto, ressaltou as ações de reestruturação da estatal. “A Conab está preparada para fazer estoques públicos e regular preços para os consumidores, sem abandonar nossos agricultores que também precisam se viabilizar economicamente. Todos nós estamos unidos no compromisso da erradicação da fome outra vez. E com a nossa luta, a nossa persistência, nós vamos conseguir”, destacou. “A Política Nacional de Abastecimento vai aproximar os produtores dos consumidores. Vamos encurtar esse caminho ao garantir lucro para quem produz e também baratear a comida a quem consome”, reforçou Pretto.

Dentre as ações executadas pelo governo federal enfatizadas pelo ministro do MDA, Paulo Teixeira, está o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). No último ano, a Conab investiu cerca de R$ 712,4 milhões a fim de adquirir a produção da agricultura familiar no país. O recurso, repassado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), beneficiou mais de 49 mil agricultores e agricultoras, que receberam apoio para comercialização de cerca de 94 mil toneladas de alimentos. “Acho importante anunciar que a Conab voltou com o PAA que já contratou 700 milhões. Isso é muito expressivo. E esse PAA precisa ser traduzido para os movimentos sociais. As entidades precisam saber”, frisou Teixeira.

Fonte textual: Conab – Conab, MDA e Incra debatem novos desafios para fortalecer agricultura familiar 27/03/2024

Crédito da imagem: Getty Images

Missão do Reino Unido destaca transparência do Brasil em relação ao controle da gripe aviária

Auditores visitaram estruturas em três Estados e no Distrito Federal; reunião final aconteceu nesta terça (26) em São Paulo

Vetores de Pássaro De Gripe e mais imagens de Vírus da Gripe Aviária - Vírus da Gripe Aviária, Doença, Galinha - Ave doméstica - iStockA missão do Reino Unido que esteve no Brasil desde o dia 18 de março encerrou os trabalhos de auditoria do sistema de controle da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (SFA-SP). Os técnicos visitaram laboratórios, granjas, frigorífico de abate de aves, incubatórios e outras estruturas de controle da doença em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. O trabalho começou no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Distrito Federal.

Na reunião final, os auditores destacaram a transparência do Brasil em relação ao controle da doença. O país não registrou casos de gripe aviária em granjas comerciais e tem recebido missões estrangeiras que importam ou têm interesse em importar carne de frango, ovos e material genético avícola brasileiros. No dia 1º de março, uma missão japonesa finalizou trabalho semelhante no país.

Em Santa Catarina o grupo conheceu o Serviço de Defesa Agropecuária da Secretaria de Desenvolvimento Rural e da Agricultura do Estado, executado pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em Florianópolis, além de propriedades em Forquilhinha e Maracajá e um frigorífico de abate de aves, no município de Forquilhinha.

No Rio Grande do Sul, eles visitaram a SFA-RS, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Estado e o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) do Mapa em Porto Alegre. O laboratório é vinculado à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa.

Em São Paulo, os quatro auditores estiveram no LFDA de Campinas, em um laboratório credenciado em Descalvado e em um incubatório de avós em Rio Claro. Balazs Toth, Ana Belen Obeso Prieto, Alex Royden e Marco Falchieri disseram sair satisfeitos da auditoria no Brasil. Em seguida, eles vão preparar um documento relatando suas impressões ao governo brasileiro.

A reunião final foi híbrida e contou com técnicos do Mapa diretamente de Brasília, como o diretor do Departamento de Negociações Não-Tarifárias e de Sustentabilidade da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SRI), Augusto Billi; do diretor do Departamento de Saúde Animal da SDA, Eduardo de Azevedo; e da coordenadora de Temas Internacionais da SDA, Virgínia Carpi. Em São Paulo, os trabalhos foram acompanhados pela chefe da Divisão de Gestão de Planos de Vigilância do Mapa, Daniela de Queiroz Baptista; pela chefe da Divisão de Gestão de Demandas Internacionais, Eliana Lara; pelo superintendente Guilherme Campos; e pelo chefe da Divisão de Defesa Agropecuária do Mapa em São Paulo, Fabio Paarmann.

A equipe do Mapa destacou o profissionalismo e o profundo conhecimento técnico dos auditores do Reino Unido. Guilherme Campos lembrou que o ministro Carlos Fávaro tem conduzido a gestão com muita determinação, buscando fortalecer as equipes de Defesa Agropecuária, as condições de controle e monitoramento e as parcerias com outras esferas de governo, que são fundamentais para se construir uma rede de proteção.

Fonte textual: Gov.br 27/03/2024  

Fonte da imagem: istock photo 27/03/2024

PRODUÇÃO

Publicação indica os melhores períodos para plantio de maracujá no Tocantins

Independente da cultura agrícola, plantar na época mais indicada é sempre o melhor a ser feito no campo. Para gerar esse tipo de informação, um dos trabalhos de pesquisa agropecuária mais relevantes é o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Desenvolvido em parceria pela Embrapa e por outras instituições, orienta o produtor considerando variáveis de solo e de clima, por exemplo.

No Tocantins, recentemente foi atualizado o zoneamento para a cultura do maracujá, recomendada para 112 dos 139 municípios. O período ideal envolve os meses de outubro e novembro, quando normalmente começam as chuvas no estado. Mas cada tipo de solo, cada condição de clima requer determinada época de plantio. A pesquisa trabalha com decêndios (períodos de 10 dias; portanto, um mês tem três decêndios, compreendidos nos intervalos de dias 01 a 10, 11 a 20 e 21 até o final do mês).

Para ilustrar as recomendações, são gerados mapas a partir do cruzamento dos diversos dados. Dois conceitos importantes envolvem a frequência de sucesso e o risco de insucesso. A pesquisa trabalha com frequências de sucesso de 80% (com o respectivo risco de 20% de perda de rendimento), 70% de sucesso (com 30% de risco) e 60% de sucesso (e, portanto, risco de 40% de perda). Pode parecer complexo, com muitos números envolvidos, mas na verdade é uma maneira de simplificar grande quantidade de parâmetros e suas interações.

E para o produtor, no campo, por que é importante seguir as recomendações? Quem explica é Balbino Evangelista, analista de pesquisa da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO): “é de muita importância para o produtor porque, se ele seguir as orientações do estudo e plantar na época recomendada, significa que vai aumentar suas chances de obter boa produtividade e lucro. Ou seja, vai reduzir os riscos de quebra de colheita de frutos por falta de chuva ou ocorrência de temperaturas elevadas durante o cultivo”.

Fonte – texto e imagem:  notícias 360 27/03/2024

 

Cultivar de trigo tropical da Embrapa tem rendimento 12% superior em anos secos

Estudos sobre mudanças climáticas indicam agravamento dos problemas relacionados com irregularidades na distribuição das chuvas e o aumento de estresse hídrico durante o ciclo das culturas, principalmente nas regiões do centro, norte e nordeste do País. Nesse cenário, um dos desafios para a expansão da triticultura tropical é o desenvolvimento de plantas com tolerância à restrição hídrica, que sejam capazes de fazer uso mais eficiente da água e que tenham melhor tolerância ao calor. Por ser um problema complexo, envolvendo interações solo-água-planta-ambiente, a seleção de plantas tolerantes à restrição hídrica é um constante desafio para os programas de melhoramento genético.

O desafio da seca é maior no trigo cultivado em sistema de sequeiro, ou trigo safrinha, que representa cerca de 80% da área de cultivo com trigo tropical. De acordo com o pesquisador Joaquim Soares Sobrinho, a região do Cerrado sofre frequentemente com veranicos, trazendo ondas de calor e seca que afetam o trigo em épocas críticas do desenvolvimento da planta, como no perfilhamento e no enchimento de grãos: “O maior impacto é verificado quando falta água no enchimento de grãos, resultando na diminuição do seu peso”, conta Soares.

Além do rendimento, em anos de estresse hídrico a qualidade do trigo também é impactada. “Em anos com seca, especialmente nos cutivos de sequeiro, os grãos de trigo ficam enrugados, contendo menor teor de proteína do que em condições hídricas normais. Contudo, a alteração na composição de proteínas pode resultar em farinhas de maior qualidade e melhor desempenho para produção de pães, se a temperatura elevada (acima de 32°C) for por períodos curtos (menos de 36h). Valores superiores de temperatura e calor, diminuem a qualidade de proteína (excessivo teor de gliadinas), e consequentemente a qualidade panificativa. Por outro lado, seca e altas temperaturas no momento do enchimento de grãos aumentam o teor de amido nos grãos de trigo”, avalia a pesquisadora Martha Miranda.

O ano de 2023 foi considerado um dos melhores para o trigo tropical. No cultivo de sequeiro, os rendimentos foram cerca de 50% superiores à média do ano anterior. “Além da boa disponibilidade hídrica, a distribuição das chuvas e as temperaturas mínimas mais amenas resultaram no alongamento do ciclo das cultivares, permitindo que a planta aproveitasse melhor os recursos disponíveis no ambiente e convertesse em rendimento de grãos”, relata Soares.

Fonte: Embrapa 27/03/2024

Modelos matemáticos apontam como a produção agrícola no Cerrado sofrerá os impactos das mudanças no clima

Pesquisadores utilizaram modelos matemáticos calibrados para simular as emissões do gás de efeito estufa óxido nitroso (N2O) em diferentes sistemas de manejo no Cerrado ao longo de 50 anos. Concluíram que as emissões aumentarão com o tempo devido ao aumento da temperatura, enquanto a produção de biomassa e de grãos diminuirá. O estudo, realizado na Embrapa Cerrados em parceria com a Embrapa Meio Ambiente e a Universidade de Brasília, usou o modelo STICS, que demonstrou precisão na simulação do crescimento das culturas e das emissões de N2O. Os resultados indicam que sistemas agrícolas como o Plantio Direto são mais produtivos e emitem menos N2O em comparação com sistemas convencionais. O modelo climático ETA-HADGEM previu aumento significativo das temperaturas, o que afetará negativamente a produção agrícola e aumentará as emissões de N2O. O estudo ressalta a importância de encontrar alternativas aos fertilizantes químicos para reduzir as emissões de N2O e mitigar os impactos das mudanças climáticas na agricultura.

Fonte – texto e imagem: Embrapa 27/03/2024

Monitoramento semanal das condições das lavouras – atualizado em 25 de março

Fonte da imagem: freepik 27/03/2024

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Destaques da semana

Arroz – A colheita de grãos está progredindo, com 24% já colhido. No Rio Grande do Sul, a colheita está em andamento em todas as regiões, com rendimento e qualidade satisfatórios, apesar de chuvas intensas terem causado problemas como alagamentos e debulha do arroz na região da Fronteira Oeste e Sul. Em Santa Catarina, o clima favorável tem beneficiado a colheita, especialmente no Sul, com a qualidade do arroz colhido sendo considerada muito boa. No Maranhão, as áreas de arroz sequeiro estão em boas condições, com início da colheita na região Central. Em Goiás, a colheita foi concluída em São Miguel do Araguaia, e bons rendimentos são registrados na região Leste, com lavouras sob pivôs sendo consideradas boas. No Tocantins, a colheita na região da Lagoa da Confusão ultrapassou 30% da área, e em Formoso do Araguaia atingiu 60%. Em Mato Grosso, a colheita está avançando com bom rendimento e qualidade dos grãos.

Algodão  – No setor do algodão, a semeadura atingiu 100%. Em Mato Grosso, apesar das chuvas irregulares, as lavouras estão se desenvolvendo bem, principalmente em fase de floração e abertura de capulhos. Na Bahia, as lavouras apresentam excelente qualidade, sem registros significativos de pragas ou doenças. Em Goiás, o clima favorável tem beneficiado o desenvolvimento das lavouras de algodão. Em Mato Grosso do Sul, o clima também está favorável, e as lavouras estão em boas condições.

Feijão 1ª safra – A colheita atingiu 52,8%. Na Bahia, na região Central, a colheita está atrasada em relação ao calendário usual, com apenas 15% da área total colhida devido à escassez de chuvas e alta incidência de mosca branca, principalmente no Centro-Norte. No entanto, no Oeste, as condições são melhores, e as lavouras estão se desenvolvendo bem. Em Minas Gerais, ainda há lavouras tardias a serem colhidas, beneficiadas por um regime de chuvas melhorado. No Rio Grande do Sul, as chuvas registradas no Planalto Superior afetaram o ritmo da colheita. No Piauí, a colheita começou timidamente, com rendimento abaixo do esperado devido à irregularidade das chuvas, especialmente no início do ciclo.

Milho 1ª SafraA colheita atingiu 42,8%. Em Minas Gerais, a colheita está em andamento. No Rio Grande do Sul, as chuvas têm dificultado o progresso da colheita, e os rendimentos estão variando consideravelmente, com muitas lavouras sofrendo acamamento devido às fortes chuvas e ventos. Na Bahia, as lavouras no Extremo Oeste estão se desenvolvendo bem, mas a redução das chuvas no Centro-Sul e Centro-Norte está afetando o potencial produtivo das lavouras. No Piauí e Maranhão, as boas chuvas têm beneficiado o desenvolvimento da cultura. Em Santa Catarina, a colheita está avançando, e as lavouras tardias estão apresentando melhor desempenho. No Paraná, as produtividades estão variando consideravelmente.

Milho 2ª SafraA semeadura atingiu 96,8%. Em Mato Grosso, as lavouras estão apresentando bom desenvolvimento. No Paraná, a falta de chuvas e altas temperaturas estão impactando o potencial produtivo, especialmente no Oeste, Norte e Centro Ocidental. Em Mato Grosso do Sul, as lavouras do Sudoeste e Leste continuam sob estresse hídrico. Em Goiás, as chuvas alternadas com períodos de sol estão favorecendo o desenvolvimento da cultura. Em Minas Gerais, o plantio está em andamento em algumas regiões, mas com redução do uso de tecnologia. No Maranhão, Piauí e Tocantins, as lavouras estão se desenvolvendo em boas condições. No Pará, há um excelente desenvolvimento no polo de Redenção.

Soja – A colheita atingiu 66,3%. Em Mato Grosso, está quase finalizada, com áreas tardias apresentando ótimos rendimentos. No Rio Grande do Sul, as chuvas estão impedindo um avanço significativo na colheita, resultando em produtividades variadas. No Paraná, as precipitações foram benéficas para as lavouras em enchimento de grãos, mas interromperam a colheita em várias regiões. Em Goiás, a colheita está sendo concluída, com melhorias na qualidade e no rendimento de grãos. Em Mato Grosso do Sul, a colheita está atrasada no Sudoeste, com alta incidência de percevejo-marrom afetando o potencial produtivo. Na Bahia, as lavouras estão com bom desenvolvimento. No Tocantins, a colheita tem rendimentos variáveis. No Maranhão, a colheita está avançando no Sul e Sudoeste, com bom desenvolvimento nas demais regiões. No Piauí, a maioria das áreas está em maturação, sob boas condições. Em Santa Catarina, a colheita está progredindo, mas as produtividades têm oscilado. No Pará, a colheita está sendo concluída no Polo de Redenção e na região da BR-163, com bom desenvolvimento nas lavouras do polo de Paragominas e Santarém.

Fonte: CONAB. Boletim com informações sobre monitoramento semanal das condições da lavoura de 25/03/2024

MERCADO E ECONOMIA

 

ARROZ: CLIMA DEIXA SETOR EM ALERTA

Saco de arroz branco e colher de pau colocados no chão de madeira

As fortes chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul na última semana deixaram o setor arrozeiro em alerta. Segundo pesquisadores do Cepea, em algumas regiões, houve acamamento das plantas, o que pode acarretar em perdas de produtividade nesta fase final de ciclo. Além disso, estruturas de secadores e galpões ficaram comprometidas em determinadas localidades e alguns acessos rodoviários foram dificultados. Diante disso, o ritmo de negócios esteve lento nos últimos dias. Quanto aos preços, ainda que muitos compradores tenham pressionando as cotações do casca, em algumas regiões, os valores chegaram a esboçar reação para determinadas faixas de rendimentos. Do lado produtor, são poucos os que necessitam “formar caixa” neste momento. Assim, a oferta esteve restrita, também conforme pesquisadores do Cepea.

Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.)

CAFÉ: CHUVAS FAVORECEM LAVOURAS DE ARÁBICA E ROBUSTA

Copos planos e grãos de café

As chuvas registradas nas regiões produtoras brasileiras de café têm sido positivas às lavouras tanto de arábica como de robusta. Segundo pesquisadores do Cepea, as precipitações devem auxiliar no enchimento dos grãos de cafezais mais tardios e contribuir para a realização das últimas adubações da safra – a umidade do solo favorece a absorção dos nutrientes. O ritmo de negócios segue lento no spot nacional, mas esse cenário pode mudar nas próximas semanas; com a proximidade da colheita, mais lotes devem ser escoados, à medida que produtores precisem fazer caixa para custear os trabalhos no campo. Por enquanto, o diferencial entre os preços das variedades continua estreito. Nesta parcial de março (até o dia 25), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta registrava média de R$ 883,54/sc e o do arábica, de R$ 1.010,87/sc, resultando em diferença de 127,33 Reais/sc – em março do ano passado, era de quase 460 Reais/sc.

Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

ALGODÃO: LIQUIDEZ SEGUE BAIXA NO SPOT

Flores de algodão

O mercado de algodão em pluma segue enfraquecido, com compradores e vendedores mostrando pouco interesse em realizar novos negócios no spot. Dentre os agentes ativos, observa-se desacordo quanto ao preço e/ou à qualidade dos lotes disponibilizados. Segundo pesquisadores do Cepea, produtores estão atentos ao desenvolvimento da próxima temporada e buscam melhores oportunidades para liquidar o saldo da safra 2022/23. Do lado comprador, indústrias fazem aquisições pontuais para entrega imediata, ao passo que outras unidades trabalham com estoques e/ou com a matéria-prima já contratada.

Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

COLETIVA VIRTUAL APRESENTA RESULTADOS DA CADEIA DE SOJA E BIODIESEL EM 2023

Cepea, 27/03/2024 – No próximo dia 4 de abril (quinta-feira), das 14h às 15h30, o Cepea e a Abiove apresentam, por meio de coletiva virtual, os resultados consolidados do PIB da cadeia de soja e biodiesel em 2023. Também serão divulgados dados relativos a emprego e comércio exterior deste setor. Entre os participantes, estarão o coordenador científico do Cepea, professor Geraldo Barros, os pesquisadores da área de macroeconomia do Cepea, Nicole Rennó, Rodrigo Peixoto e Fernanda Lisbinski, além de André Nassar e Daniel Amaral, representando a Abiove. Faça a sua inscrição clicando aqui ou pelo link: https://encurtador.com.br/kCEPU .

Fonte: Cepea (www.cepea.esalq.usp.br)

Imagens: Freepik 27/03/2024

CLIMA

PREVISÃO DE CHUVA

Informações para a 1ª semana (25/03/2024 a 01/04/2024):

 

Para a Região Norte são previstas pancadas de chuva no decorrer da semana, com valores maiores que 80,0 mm em praticamente toda a região, mas, principalmente, em áreas do Pará, Rondônia, Acre, Amazonas e Amapá, podendo vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e trovoadas. Nas demais áreas, não se descartam pancadas de chuva isoladas com menores acumulados.

Em grande parte da Região Nordeste, são previstas pancadas de chuva, podendo ser localmente fortes no centro-norte e leste da região, com volumes superiores a 70,0 mm. Nas demais áreas, podem ocorrer pancadas de chuva isoladas em menores acumulados.

A chuva deve ter um pouco mais de regularidade em parte da Região Centro-Oeste durante a semana. Nos estados de Mato Grosso e Goiás, os totais de chuva podem ultrapassar 80,0 mm. Por outro lado, em Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, a chuva deve ser irregular, com total em torno de 40 mm.

Em grande parte da Região Sudeste haverá diminuição no volume e intensidade da chuva. Porém, ainda são previstas pancadas de chuva isoladas em áreas de Minas Gerais e São Paulo, mas que podem ser localmente fortes no noroeste de São Paulo, triângulo mineiro, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo. Nas demais áreas, não se descarta chuva com menores acumulados.

Na Região Sul será de tempo quente e seco, mas a partir do dia 31/03, a previsão é de pancadas de chuva no extremo sul da região, especialmente no Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina.

Informações para a 2ª semana (02/04/2024 a 10/04/2024):

 

 

Em grande parte da Região Norte, são previstos acumulados maiores que 70,0 mm, mas principalmente em áreas do Amazonas, Pará e Tocantins. Nas demais áreas, há previsão de volumes de chuva inferiores a 50,0 mm.

Na Região Nordeste, a previsão indica chuva em forma de pancada, podendo superar 80,0 mm no interior da região e ser localmente forte. Nas demais áreas, são previstos menores acumulados de chuva.

Em grande parte das regiões Centro-Oeste e Sudeste, são previstas pancadas de chuva, que podem ser localmente fortes e superar 80,0 mm. A chuva deve ser mais intensa nos estados de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro. Nas demais áreas, a previsão é de menores acumulados de chuva.

Na Região Sul, a previsão é de chuva maior que 80,0 mm no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No Paraná, a previsão é de volumes menores.

EVENTOS E CURSOS AGRO

DATA DE INÍCIO: 06 de abril de 2024 14:00
DATA DE TÉRMINO: 06 de abril 18:00
CATEGORIA: Curso
Mais informações e inscrições: Agroagenda 27/03/2024
Evento online 
Inscrição: 400,00
DATA DE INÍCIO: 08 de abril de 2024 19:00
DATA DE TÉRMINO: 13 de abril 11:00
CATEGORIA: Curso
Mais informações e inscrições: Agroagenda 27/03/2024
Evento online
Inscrição: 40,00 – individual / 35,00 – dupla
DATA DE INÍCIO: 03 de abril de 2024 08:00
CATEGORIA: Curso
Mais informações e inscrições: Agroagenda 21/03/2024
Evento presencial e gratuito 
DATA DE INÍCIO: 6 de abril de 2024 08:00
DATA DE TÉRMINO: 06 de abril de 2024 16:00
CATEGORIA: Dia de Campo
ENDEREÇO: Rod. BA-161 – Igarité, Barra – BA
TELEFONE (71) 99106-5776
Mais informações e inscrições: Agroagenda 27/03/2024
                                                                                                                             
DATA DE INÍCIO: 04 de abril de 2024 08:00
DATA DE TÉRMINO: 05 de abril de 2024 18:45
CATEGORIA: Palestra
ENDEREÇO: Instituto Federal do Amazonas – Campus Manaus Leste – Av. Cosme Ferreira, 8045 – São José Operário, Manaus – AM, 69083-000
Mais informações e inscrições: Agroagenda 27/03/2024
Evento Presencial e gratuito
DATA DE INÍCIO: 6 de abril de 2024 19:00
DATA DE TÉRMINO: 6 de abril de 2024 21:00
CATEGORIA: Palestra
ENDEREÇO: Auditorio Sebrae – Av. Barão do Rio Branco, 292 – Centro, Guanambi – BA, 46430-000
Mais informações e inscrições: Agroagenda 27/03/2024
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Tags: algodão, Arroz, boletim metereológico, clima, Cursos e eventos agro, feijão, Laranja, Leite, mercado e economia, milho, Previsão de chuva, previsão de chuvas, Safra, soja

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