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GERAIS
Governo Federal apresenta medidas de auxílio ao agro
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu representantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na noite do dia 26/03 para falar sobre as medidas de apoio aos produtores rurais que estão sendo adotadas pelo Governo Federal.
Participaram da reunião na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o presidente da FPA, Pedro Lupion, o vice-presidente na Câmara, Arnaldo Jardim, os senadores Tereza Cristina e Alan Rick e os deputados federais Alceu Moreira, Isnaldo Bulhões, Marussa Boldrin, Sérgio Souza e Vicentinho Júnior e o assessor especial do ministro, Carlos Ernesto Augustin.
Uma das propostas que já está em discussão e será avaliada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nos próximos dias é a repactuação de débitos referentes a contratos de investimentos dos produtores de milho, soja e da pecuária de corte e de leite dos estados afetados pelas intempéries climáticas.
O ministro detalhou aos parlamentares a proposta de prorrogação das parcelas de 2024 e debateu as propostas que ainda estão sendo discutidas para o setor. Para os débitos referentes ao custeio, será realizada a análise de crédito e a avaliação de cada caso. O ministro tirou as dúvidas dos parlamentares e recebeu sugestões de propostas estruturantes.
Também foram discutidas as medidas para conter o preço dos alimentos básicos. Conforme Fávaro, uma delas será a apresentação, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), dos Contratos de Opção para arroz, feijão, trigo e milho como forma de estimular a produção.
Fonte textual: MAPA 27/03/2024
Fonte da imagem: compre rural 27/03/2024
Iniciativa que combate a fome em propriedades familiares será reproduzida em escala nacional
Um sistema que produz vegetais e pequenos animais para consumo local será reproduzido em, pelo menos, mil propriedades familiares em todas as regiões do Brasil. Desenvolvido originalmente nos laboratórios da Universidade Federal de Uberlândia, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais e aperfeiçoado na Embrapa, o Sisteminha Comunidades é uma tecnologia capaz de combater a fome no campo.
PRODUÇÃO
Publicação indica os melhores períodos para plantio de maracujá no Tocantins
Independente da cultura agrícola, plantar na época mais indicada é sempre o melhor a ser feito no campo. Para gerar esse tipo de informação, um dos trabalhos de pesquisa agropecuária mais relevantes é o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Desenvolvido em parceria pela Embrapa e por outras instituições, orienta o produtor considerando variáveis de solo e de clima, por exemplo.
No Tocantins, recentemente foi atualizado o zoneamento para a cultura do maracujá, recomendada para 112 dos 139 municípios. O período ideal envolve os meses de outubro e novembro, quando normalmente começam as chuvas no estado. Mas cada tipo de solo, cada condição de clima requer determinada época de plantio. A pesquisa trabalha com decêndios (períodos de 10 dias; portanto, um mês tem três decêndios, compreendidos nos intervalos de dias 01 a 10, 11 a 20 e 21 até o final do mês).
Para ilustrar as recomendações, são gerados mapas a partir do cruzamento dos diversos dados. Dois conceitos importantes envolvem a frequência de sucesso e o risco de insucesso. A pesquisa trabalha com frequências de sucesso de 80% (com o respectivo risco de 20% de perda de rendimento), 70% de sucesso (com 30% de risco) e 60% de sucesso (e, portanto, risco de 40% de perda). Pode parecer complexo, com muitos números envolvidos, mas na verdade é uma maneira de simplificar grande quantidade de parâmetros e suas interações.
E para o produtor, no campo, por que é importante seguir as recomendações? Quem explica é Balbino Evangelista, analista de pesquisa da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO): “é de muita importância para o produtor porque, se ele seguir as orientações do estudo e plantar na época recomendada, significa que vai aumentar suas chances de obter boa produtividade e lucro. Ou seja, vai reduzir os riscos de quebra de colheita de frutos por falta de chuva ou ocorrência de temperaturas elevadas durante o cultivo”.
Cultivar de trigo tropical da Embrapa tem rendimento 12% superior em anos secos
Estudos sobre mudanças climáticas indicam agravamento dos problemas relacionados com irregularidades na distribuição das chuvas e o aumento de estresse hídrico durante o ciclo das culturas, principalmente nas regiões do centro, norte e nordeste do País. Nesse cenário, um dos desafios para a expansão da triticultura tropical é o desenvolvimento de plantas com tolerância à restrição hídrica, que sejam capazes de fazer uso mais eficiente da água e que tenham melhor tolerância ao calor. Por ser um problema complexo, envolvendo interações solo-água-planta-ambiente, a seleção de plantas tolerantes à restrição hídrica é um constante desafio para os programas de melhoramento genético.
O desafio da seca é maior no trigo cultivado em sistema de sequeiro, ou trigo safrinha, que representa cerca de 80% da área de cultivo com trigo tropical. De acordo com o pesquisador Joaquim Soares Sobrinho, a região do Cerrado sofre frequentemente com veranicos, trazendo ondas de calor e seca que afetam o trigo em épocas críticas do desenvolvimento da planta, como no perfilhamento e no enchimento de grãos: “O maior impacto é verificado quando falta água no enchimento de grãos, resultando na diminuição do seu peso”, conta Soares.
Além do rendimento, em anos de estresse hídrico a qualidade do trigo também é impactada. “Em anos com seca, especialmente nos cutivos de sequeiro, os grãos de trigo ficam enrugados, contendo menor teor de proteína do que em condições hídricas normais. Contudo, a alteração na composição de proteínas pode resultar em farinhas de maior qualidade e melhor desempenho para produção de pães, se a temperatura elevada (acima de 32°C) for por períodos curtos (menos de 36h). Valores superiores de temperatura e calor, diminuem a qualidade de proteína (excessivo teor de gliadinas), e consequentemente a qualidade panificativa. Por outro lado, seca e altas temperaturas no momento do enchimento de grãos aumentam o teor de amido nos grãos de trigo”, avalia a pesquisadora Martha Miranda.
O ano de 2023 foi considerado um dos melhores para o trigo tropical. No cultivo de sequeiro, os rendimentos foram cerca de 50% superiores à média do ano anterior. “Além da boa disponibilidade hídrica, a distribuição das chuvas e as temperaturas mínimas mais amenas resultaram no alongamento do ciclo das cultivares, permitindo que a planta aproveitasse melhor os recursos disponíveis no ambiente e convertesse em rendimento de grãos”, relata Soares.
Fonte: Embrapa 27/03/2024
Modelos matemáticos apontam como a produção agrícola no Cerrado sofrerá os impactos das mudanças no clima
Pesquisadores utilizaram modelos matemáticos calibrados para simular as emissões do gás de efeito estufa óxido nitroso (N2O) em diferentes sistemas de manejo no Cerrado ao longo de 50 anos. Concluíram que as emissões aumentarão com o tempo devido ao aumento da temperatura, enquanto a produção de biomassa e de grãos diminuirá. O estudo, realizado na Embrapa Cerrados em parceria com a Embrapa Meio Ambiente e a Universidade de Brasília, usou o modelo STICS, que demonstrou precisão na simulação do crescimento das culturas e das emissões de N2O. Os resultados indicam que sistemas agrícolas como o Plantio Direto são mais produtivos e emitem menos N2O em comparação com sistemas convencionais. O modelo climático ETA-HADGEM previu aumento significativo das temperaturas, o que afetará negativamente a produção agrícola e aumentará as emissões de N2O. O estudo ressalta a importância de encontrar alternativas aos fertilizantes químicos para reduzir as emissões de N2O e mitigar os impactos das mudanças climáticas na agricultura.
Fonte – texto e imagem: Embrapa 27/03/2024
Monitoramento semanal das condições das lavouras – atualizado em 25 de março
Fonte da imagem: freepik 27/03/2024
Destaques da semana
Arroz – A colheita de grãos está progredindo, com 24% já colhido. No Rio Grande do Sul, a colheita está em andamento em todas as regiões, com rendimento e qualidade satisfatórios, apesar de chuvas intensas terem causado problemas como alagamentos e debulha do arroz na região da Fronteira Oeste e Sul. Em Santa Catarina, o clima favorável tem beneficiado a colheita, especialmente no Sul, com a qualidade do arroz colhido sendo considerada muito boa. No Maranhão, as áreas de arroz sequeiro estão em boas condições, com início da colheita na região Central. Em Goiás, a colheita foi concluída em São Miguel do Araguaia, e bons rendimentos são registrados na região Leste, com lavouras sob pivôs sendo consideradas boas. No Tocantins, a colheita na região da Lagoa da Confusão ultrapassou 30% da área, e em Formoso do Araguaia atingiu 60%. Em Mato Grosso, a colheita está avançando com bom rendimento e qualidade dos grãos.
Algodão – No setor do algodão, a semeadura atingiu 100%. Em Mato Grosso, apesar das chuvas irregulares, as lavouras estão se desenvolvendo bem, principalmente em fase de floração e abertura de capulhos. Na Bahia, as lavouras apresentam excelente qualidade, sem registros significativos de pragas ou doenças. Em Goiás, o clima favorável tem beneficiado o desenvolvimento das lavouras de algodão. Em Mato Grosso do Sul, o clima também está favorável, e as lavouras estão em boas condições.
Feijão 1ª safra – A colheita atingiu 52,8%. Na Bahia, na região Central, a colheita está atrasada em relação ao calendário usual, com apenas 15% da área total colhida devido à escassez de chuvas e alta incidência de mosca branca, principalmente no Centro-Norte. No entanto, no Oeste, as condições são melhores, e as lavouras estão se desenvolvendo bem. Em Minas Gerais, ainda há lavouras tardias a serem colhidas, beneficiadas por um regime de chuvas melhorado. No Rio Grande do Sul, as chuvas registradas no Planalto Superior afetaram o ritmo da colheita. No Piauí, a colheita começou timidamente, com rendimento abaixo do esperado devido à irregularidade das chuvas, especialmente no início do ciclo.
Milho 1ª Safra – A colheita atingiu 42,8%. Em Minas Gerais, a colheita está em andamento. No Rio Grande do Sul, as chuvas têm dificultado o progresso da colheita, e os rendimentos estão variando consideravelmente, com muitas lavouras sofrendo acamamento devido às fortes chuvas e ventos. Na Bahia, as lavouras no Extremo Oeste estão se desenvolvendo bem, mas a redução das chuvas no Centro-Sul e Centro-Norte está afetando o potencial produtivo das lavouras. No Piauí e Maranhão, as boas chuvas têm beneficiado o desenvolvimento da cultura. Em Santa Catarina, a colheita está avançando, e as lavouras tardias estão apresentando melhor desempenho. No Paraná, as produtividades estão variando consideravelmente.